terça-feira, outubro 20, 2009

OS EXCLUÍDOS

- Bandido é o c******!
Eu sou uma vítima do cruel sistema capitalista
de exploração do homem pelo homem, p****!!!
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O capitalismo é mesmo um sistema mau, muito mau.

Há dois dias, vítimas da desigualdade social gerada pela exploração capitalista da mais-valia da classe trabalhadora derrubaram a tiros de fuzil um helicóptero da cruel polícia da burguesia quando este sobrevoava o Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. Três agentes do imperialismo ianque e da opressão capitalista morreram devido à essa ação direta dos heróicos guerrilheiros do povo.

A justiça revolucionária e popular continua a se fazer sentir no Rio. Jovens injustiçados e idealistas compraram, para se defenderem da brutalidade policial, 4 toneladas de cocaína e algumas dezenas de fuzis, lança-foguetes e metralhadoras russas e israelenses. Estão em revolta contra a brutal exploração da classe dominante, ordenando toques de recolher e ateando fogo a ônibus, que, como sabemos, só levam ricos patrões e milionários para suas salas refrigeradas. Nessa luta por justiça e paz, já foram mortas cerca de 20 pessoas - os que caíram pelas balas dos excluídos do tráfico eram todos espiões a serviço do capital, claro.

A mídia burguesa, enquanto isso, insiste em chamar o que se passa nas favelas do Rio de confronto entre policiais e bandidos. Que nada! Como pode ser bandido quem vende cocaína e maconha para os filhos da elite que há 500 anos manda neztepaís? Como chamar de facínora e criminoso um bando de combatentes do proletariado que derrubaram à bala um helicóptero da polícia? E ainda fala em coisas como punição aos culpados e responsabilidade individual, a mídia burguesa e fascista.

No campo, os excluídos pelo sistema também se mobilizam por justiça e paz.

No dia 6/10, uma coluna heróica de revolucionários do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou uma grande propriedade em São Paulo e investiu contra ultra-reacionários pés de laranja, destruindo cerca de 7 mil deles. Não contentes em aplicarem aos cítricos a justiça revolucionária, atacaram e inutilizaram dezenas de perigossíssimos tratores, que seriam certamente utilizados pelo cruel agronegócio para matar de fome os filhos dos trabalhadores rurais, e levaram consigo alguns galões de fertilizantes e objetos da sede da fazenda. Em nome da reforma agrária e da justiça no campo.

Novamente, a mídia burguesa insiste em chamar os excluídos sem-terra de vândalos e criminosos, e - horror dos horrores! - alguns parlamentares pedem uma CPI para investigar o MST. Calúnia! Propaganda contra-revolucionária! Como chamar de vândalos quem descobriu que suco de laranja faz mal à reforma agrária? Como chamar de ladrão quem recebe dinheiro do governo federal para destruir tratores e laranjais? O MST, bando de vândalos e criminosos? De maneira alguma! Isso não passa de uma tentativa neoliberal e fascista de criminalizar os movimentos sociais. Basta ver o destino dado ao dinheiro repassado ao MST pelos cofres públicos, bem como o importantíssimo trabalho de conscientização que este faz, ensinando a crianças de oito anos de idade o Bê-à-Bala na Universidade Popular Mao Tsé-tung.

Como se vê, os sem-terra e os traficantes, coitados, são vítimas da barbárie capitalista. Chamá-los de bandidos, além de ser uma injustiça, é mera propaganda burguesa e reacionária. Eles não têm nada a ver com o narcotráfico e as depredações no campo. É tudo culpa do capitalismo, esse sistema mau como um pica-pau.

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