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sexta-feira, março 01, 2013

VOCÊ SABIA...? 100 FATOS QUE OS BAJULADORES DA DITADURA CUBANA NÃO IRÃO CONTESTAR

1 - Antes da tomada do poder por Fidel e Raúl Castro, em 1959, Cuba tinha o 3. PIB per capita da América Latina e um dos melhores níveis de vida do continente, com uma numerosa classe média, ocupando o 11. lugar em qualidade de vida, inclusive nos quesitos saúde e educação, não no continente, mas no mundo?
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2 - Cuba, que é hoje um dos paises mais pobres das Américas (só perde para o Haiti), era, antes de 1959, mais rico do que a Espanha e a Áustria, e tão rico quanto a Itália?

3 - Cuba, que hoje é um país recordista em número de exilados (2 milhões desde 1959), era, nos anos 50, um país de imigrantes, e não de emigrantes? (Somente na embaixada cubana em Roma, ocorreram 12 mil pedidos de visto para Cuba em 1957)
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4 – O salário médio do trabalhador cubano em 1958 era superior ao da maioria dos países europeus?
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5 - O índice de alfabetização em Cuba – apresentada como uma "conquista" do regime castrista – era de cerca de 80% da população antes de Fidel? (Só para comparar: no Brasil, era de 50%.)

6 - Cuba, onde hoje impera a censura e a única imprensa permitida é a controlada pelo Estado, tinha uma das imprensas mais dinâmicas e plurais do mundo, com mais aparelhos de TV per capita do que a Áustria e a Alemanha, e já possuía TV em cores em 1958? (No Brasil, a TV em cores só chegou em 1972.)

7 - Ao contrário da lenda castrista de que a ilha era um paraíso do jogo e da prostituição, só havia 8 (oito!) cassinos em toda Cuba antes de serem proibidos? E o número de prostitutas em Havana não era maior do que o existente em qualquer cidade turística do mundo, como Mônaco?

8 - Em 1958, mais cubanos passaram férias nos EUA do que norte-americanos em Cuba?

9 - Diferente do mito apregoado há mais de cinco décadas, a economia cubana não era dominada por empresas norte-americanas, e os investimentos dos EUA na ilha, em vez de aumentarem, estavam em declínio desde a década de 30?

10 - Fidel Castro começou sua carreira política como pistoleiro, sendo acusado de pelo menos duas mortes e uma tentativa de homicídio quando era estudante na Universidade de Havana nos anos 40?

11 - Fidel Castro participou ativamente dos distúrbios de rua conhecidos como El Bogotazo em Bogotá, Colômbia (1948), que foram organizados pelos comunistas e pela ditadura argentina de Juan Perón para tumultuar a reunião que deu origem à Organização dos Estados Americanos (OEA), e que deixaram milhares de mortos, dando inicio ao período conhecido como La Violencia?

12 - Fidel e Raúl Castro, condenados pelo ataque armado ao quartel de Moncada em 1953, em que morreram dezenas de pessoas, passaram menos de dois anos na prisão, que descreveram como quase uma “colônia de férias”? E, beneficiados por uma anista, jamais a concederam a nenhum de seus opositores?

13 - O livro que tornou Fidel Castro famoso, A História me absolverá, é uma fraude editorial, não sendo, de maneira alguma, a transcrição de sua defesa no julgamento pelo ataque ao Moncada?

14 - A Revolução Cubana não foi originalmente feita para implantar o comunismo na ilha, mas, ao contrário, para restabelecer a democracia (interrompida pelo golpe de Batista em 1952) e restaurar a Constituição democrática de 1940 (que Fidel e seus barbudos jogaram no lixo logo após tomarem o poder)?

15 - Ao contrário do mito constantemente repetido, a Revolução Cubana não começou com 12 revolucionários, e o Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, era um entre vários movimentos que atuavam contra a ditadura de Fulgencio Batista – e a existência desses movimentos foi simplesmente apagada nos registros históricos?

16 - O governo dos EUA não apoiava a ditadura de Fulgencio Batista e inclusive decretou um embargo de armas ao governo cubano que favoreceu enormemente os revolucionários castristas?

17 - A ditadura de Batista caiu devido mais à perda de apoio dos EUA do que à guerrilha, sendo sua queda muito mais resultante de causas políticas do que militares?

18 - O número de mortos em combate durante a luta contra Batista (1956-1959) não foi 20 mil, como afirma o regime dos Castro, mas 182?

19 - O Departamento de Estado dos EUA era quase inteiramente pró-castrista e a CIA – isso mesmo, a CIA!ajudou ativamente (inclusive com dinheiro) Fidel Castro na luta contra Batista?

20 - Apesar disso, Fidel Castro, em 1958 – antes de tomar o poder – já dizia, em carta à sua amante Celia Sánchez, que lutar contra os EUA “era seu destino”?

21 - Quando chegou ao poder, Fidel Castro jurava de pés juntos "não sou comunista" e "não quero o poder", e era considerado um "democrata" e um “humanista” pela grande mídia norte-americana, a começar pelo The New York Times?

22 - Raúl Castro, irmão de Fidel e atual ditador da ilha, é filiado ao Partido Comunista Cubano desde 1953, e foi treinado como agente comunista na antiga Tchecoslováquia?

23 - Raúl Castro é um conhecido torturador e assassino, responsável diretamente pela execução de 70 prisioneiros em janeiro de 1959?


 O hermanito Raúl em ação, num ato de puro amor à humanidade

24 - Fidel Castro, ao tomar o poder, prometeu eleições livres em seis meses e, seis meses depois, com seu poder pessoal consolidado, fez um discurso em que perguntou cinicamente à multidão: "eleições? eleições para quê?"

25 - Ao invés de restaurar a democracia, Fidel Castro extinguiu todos os partidos e proibiu qualquer oposição, criando um regime de partido único - o Partido Comunista de Cuba (PCC)?

26 - Em vez de restabelecer a Constituição democrática de 1940, Fidel impôs uma outra, em 1976, de tipo soviético-stalinista, vigente até hoje?

27 - Os comunistas cubanos, que desprezavam Fidel Castro como um "aventureiro", participaram com dois ministérios do primeiro governo Batista (1940-44)?

28 - O primeiro chefe de governo (primeiro-ministro) apontado pelos revolucionários após a queda de Batista, José Miró Cardona, teve de demitir-se apenas um mês depois por pressão de Fidel Castro? E, dos membros do primeiro governo revolucionário, praticamente nenhum continuava no cargo apenas alguns meses depois, estando ou no exílio ou na prisão?

29 - O primeiro presidente de Cuba depois da queda de Batista, Manuel Urrutia, foi derrubado por Fidel Castro num golpe palaciano por se recusar a apoiar a comunização da ilha?

30 - A maioria das execuções em Cuba foi sumária, e os julgamentos eram uma farsa?


Paredón em Cuba: notem a valentia do cidadão em pé, prestes a disparar o tiro de misericórdia num perigoso "gusano" por um mundo melhor...
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31 - O regime dos Castro vendeu (literalmente) o sangue de muitos fuzilados, drenando-o com estes ainda vivos e usando esse comércio macabro como fonte de renda?

32 - Muitos fuzilados não eram torturadores e agentes de Batista, mas ex-revolucionários que não aceitaram a guinada comunista de Fidel Castro, como William Morgan e Humberto Sori Marím?

33 - Entre os condenados à morte no paredón, estiveram vários menores de idade? 

34 - Um dos mais importantes comandantes revolucionários cubanos, Huber Matos, foi preso e condenado a 20 anos de prisão por ter escrito uma carta a Fidel Castro renunciando a seu posto no governo por se opor à crescente influência dos comunistas na ilha?

35 - Muito antes de os EUA se aperceberem e começarem a planejar a derrubada do regime cubano, Fidel Castro já havia iniciado negociações secretas com a ex-URSS para comunizar a ilha de Cuba?

36 - A tentativa de desembarque de exilados na Baía dos Porcos (abril de 1961) fracassou não devido à resistência das milícias cubanas, mas porque o governo de John F. Kennedy, no último momento, negou apoio aéreo aos incursores, abandonando-os à própria sorte?

37 - Cuba foi palco de uma das maiores guerrilhas camponesas da história da América Latina, na serra de Escambray (1960-1966), que foi combatida pelo regime castrista?

38 - O regime de Fidel Castro estimulou ativamente, inclusive com armas, dinheiro e homens, movimentos terroristas na América Latina já desde 1959, muitos contra governos democráticos e legalmente constituídos, intervindo assim, diretamente, nos assuntos internos de outros países?

39 - Entre os que receberam apoio material do regime cubano, esteve o líder comunista brasileiro Carlos Mariguella, que se orgulhava de ser terrorista e cujo livro Minimanual do guerrilheiro urbano tornou-se a bíblia de muitos grupos terroristas nos anos 70 e 80, como o Baader-Meinhof alemão e o IRA irlandês?

40 - Um dos maiores alvos da subversão patrocinada por Fidel Castro no começo dos anos 60 foi um governo de esquerda, o de Rómulo Betancourt, na Venezuela (1958-1964)? E foi por causa do apoio material aos terroristas que queriam derrubar Betancourt que Cuba foi excluída da OEA em 1964?

41 - O apoio de Cuba a grupos terroristas na America Latina, como os Tupamaros uruguaios, está na origem de vários golpes militares no continente, inclusive no Brasil?

42 - O regime cubano patrocinou atentados e estimulou guerrilhas até mesmo em países aliados de Cuba, como o México?

43 - O general Arnaldo Ochoa Sánchez, mais tarde fuzilado a mando de Fidel Castro em 1989, propôs invadir a Amazônia com um barco repleto de combatentes cubanos para ajudar a luta armada no Brasil em 1973?

44 - A ditadura cubana apoiou ativamente algumas das ditaduras mais perversas e sanguinárias do planeta, como a de Muamar Kadafi na Líbia, a dos Assad na Síria, e a de Kim Il sung na Coréia do Norte? E segue apoiando regimes semelhantes?


Kadafi e Castro: bons companheiros

45 - Militares cubanos lutaram ao lado das forças da ditadura síria na Guerra do Yom Kippur (1973) - uma guerra de extermínio contra Israel?

45 - Entre as ditaduras que tiveram apoio militar de Fidel Castro, conta-se a tirania marxista de Mengistu Hailé Mariam na Etiópia (1977-1991), responsável por mais de um milhão de mortos numa das piores fomes da História, que inspirou a campanha Live Aid e a música pop We Are The World, sucesso nos anos 80?

46 - Militares cubanos estiveram envolvidos em vários golpes de Estado, muitos deles sangrentos, em países da África e da América Latina, como em Granada em 1983, o qual resultou numa intervenção militar norte-americana para expulsar os cubanos do país?

47 - Existem relatos de que tropas cubanas usaram armas químicas em Angola?

48 - Fidel Castro, o autoproclamado campeão da soberania dos países do Terceiro Mundo e da luta contra o imperialismo, aplaudiu a invasão da Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos em 1968 e a do Afeganistão em 1979?

49 - Em novembro de 1962, Fidel Castro planejou explodir o prédio da ONU e vários atentados terroristas em Nova York, prenunciando, assim, os atentados contra as Torres Gêmeas de 11 de setembro de 2001?

50 - Durante a Crise dos Mísseis de Outubro de 1962, Fidel Castro queria realizar um ataque preemptivo aos EUA e começar uma guerra nuclear? E que ficou furioso quando o líder da URSS, Nikita Krushev, retirou os mísseis nucleares apontados contra os EUA?

51 - Um dos grupos extremistas apoiados por Havana, os Weather Underground, planejou assassinar o presidente dos EUA Gerald Ford em 1976?

52 - O assassino de John F. Kennedy, Lee Harvey Oswald, era militante castrista e há indícios de que, pouco antes dos tiros em Dallas, ele manteve encontro com agentes cubanos na embaixada de Cuba na Cidade do México?

53 - Durante a Guerra do Vietnã, agentes cubanos ensinaram técnicas de tortura aos militares norte-vietnamitas, e inclusive torturaram até a morte prisioneiros americanos?

54 - Na juventude, Fidel Castro era fã de Hitler e sempre foi um admirador do ditador fascista espanhol Francisco Franco? E chegou a decretar luto em Cuba em 1975, quando Franco morreu?

55 - Ao longo de 30 anos, Cuba recebeu da ex-URSS o equivalente, em ajuda econômica, a cinco planos Marshall, e mesmo assim o país é hoje uma ruína econômica, por pura incompetência do regime?

56 - Fidel Castro, o herói de milhões de jovens "progressistas" no mundo todo, proibiu o rock em Cuba nos anos 60 e perseguiu gays e hippies, internando-os em campos de concentração para que fossem "reeducados" (as UMAPs – Unidades Militares de Apoio à Produção)?

57 - Um dos milhares de jovens cubanos internados à força nas UMAPs foi o famoso cantor Pablo Milanés, autor de Yolanda?

58 - A religião católica foi duramente reprimida em Cuba pelo regime cubano, que se declarou oficialmente ateu, e até a Festa de Natal foi proibida no país 
por 30 anos?

59 - Che Guevara, o ídolo das camisetas, era um psicopata assassino e stalinista, responsável por centenas de fuzilamentos de inocentes, e odiava negros e homossexuais?

60 - Che Guevara, como ministro das indústrias, levou o Banco Central de Cuba à falência e arruinou a economia do país?
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61 - Somente nos seis primeiros meses de 1959, na fortaleza-prisão de La Cabaña, em Havana, foram fuziladas 660 pessoas a mando de Che Guevara? (duas vezes mais do que os mortos pela ditadura militar brasileira em 21 anos)


62 - O número de fuzilamentos em Cuba, calculado em cerca de 17 mil desde 1959, é proporcionalmente superior ao de todas as ditaduras sul-americanas juntas? E, somando-se aos afogados ao tentarem escapar da ilha-presídio, a cifra chega a 100 mil mortos, o que torna a ditadura cubana uma das mais sangrentas da História e, certamente, a mais sangrenta da América Latina?

63 - As tão aclamadas "conquistas sociais" do regime cubano são uma farsa
e antes de 1959 Cuba ostentava níveis muito bons em educação e saúde, inclusive com uma taxa médico/pessoa superior a de muitos países europeus?

64 - A fim de arrecadar divisas, o regime cubano passou a participar, nos anos 80, do tráfico internacional de drogas, associando-se aos cartéis colombianos e ao ditador panamenho Manuel Noriega? (Foi criado inclusive um departamento especial para isso, chamado MC – Moeda Conversível –, apelidado pelos cubanos de MC – Maconha e Cocaína.)


Noriega e Fidel: parceiros de trabalho


65 - Em 1989, o esquema de narcotráfico cubano foi descoberto pela DEA, a agência norte-americana de combate às drogas, mas o ditador cubano se antecipou e mandou fuzilar o comandante militar em Angola, general Arnaldo Ochoa Sánchez, e vários colaboradores, como "queima de arquivo" e também como um expurgo?

66 - O regime de Havana foi o maior patrocinador, durante décadas, dos narcoterroristas das FARC, responsáveis por milhares de mortes numa interminável guerra civil e cujo programa é, nada menos, implantar um regime comunista do tipo cubano no país?

67 - Não há nenhum "bloqueio" a Cuba; há, sim, um embargo econômico norte-americano – que não impede que Cuba comercie livremente com mais de 170 países, e que os EUA sejam hoje o quarto maior parceiro econômico do país (por meio dos dólares enviados por exilados a seus parentes na ilha).

68 - O embargo foi decretado em represália pela expropriação, por Fidel Castro, de 1,8 bilhão de dólares pertencentes a empresas norte-americanas na ilha –  um dos maiores roubos da História?

69 - Em 2004, Cuba ficou em 166. lugar entre 167 países no quesito "liberdade de imprensa", segundo ranking organizado pela Repórteres Sem Fronteiras? (O último lugar ficou com a Coréia do Norte, outro regime comunista.)

70 - A censura em Cuba é tão forte que muitos cubanos não sabem, até hoje, que o homem foi à Lua e que o Muro de Berlim caiu?

71 - Um dos três únicos sobreviventes ainda vivos da guerrilha de Che Guevara na Bolívia, Dariel Alarcón Ramírez ("comandante Benigno"), exilou-se na França e é hoje inimigo declarado de Fidel Castro? (Os dois outros ainda vivem em Cuba, portanto não podem falar abertamente o que pensam do regime.)

72 - Segundo Benigno, que foi diretor-geral das prisões cubanas, a tortura é corrente nas cadeias da ilha, comprovando o testemunho de milhares de ex-presos politicos?

73 - Ainda segundo Benigno, Fidel Castro abandonou Che Guevara para morrer na Bolívia, pois queria se livrar dele e, ainda por cima, criar um mito politico a ser explorado para obrigar os cubanos a trabalhar?

74 - Segundo o ex-agente do serviço secreto cubano Juan Vivés, o presidente chileno Salvador Allende foi morto em 1973 pelos guarda-costas cubanos no cerco do Palácio La Moneda, porque aquele queria render-se aos militares?

75 - Os "cinco heróis" presos nos EUA e que a ditadura castrista quer ver libertados foram detidos por espionagem, e agentes cubanos espionam exilados e governos em diversos países, inclusive no Brasil?

76 - 80% dos presos em Cuba são negros, e 100% dos membros da alta cúpula do Partido-Estado são brancos?

77 - Dentre os cerca de 2 milhões de cubanos e seus descendentes que fugiram da ditadura castrista, estão Alina Fernández e Juanita Castro, respectivamente a filha mais velha de Fidel e uma irmã de Fidel e Raúl Castro?

78 - Em 1995, Fidel castro mandou navios da Marinha cubana atacarem uma balsa repleta de refugiados que tentavam fugir da ilha, a 13 de Marzo, matando 43 pessoas, inclusive 11 crianças?

79 - No ano seguinte, a ditadura castrista abateu um avião do grupo de exilados Hermanos al Rescate, sobre águas internacionais, matando os três tripulantes?

80 - O preso político negro que ficou mais tempo atrás das grades no século XX não foi o sul-africano Nelson Mandela, mas um cubano, Eusebio Peñalver, que padeceu durante 30 anos nas masmorras da ditadura castrista?

81 - Livros como A Revolução dos Bichos, de George Orwell, estão proibidos em Cuba, e a obra completa de inúmeros escritores cubanos, como Reinaldo Arenas, Jorge Valls, Heberto Padilla e Guillermo Cabrera Infante, está totalmente censurada na ilha?

82 - O escritor Reinaldo Arenas, autor de Antes que Anoiteça, ficou vários anos preso e foi torturado porque era homossexual?

83 - Em Cuba, não é preciso cometer nenhum crime para ser preso - qualquer cidadão pode ser detido, a qualquer momento, mesmo sem ter feito nada, por "periculosidade pré-delitiva"?

84 - A quantidade de proteínas consumida pelo cubano médio hoje em dia é inferior à ração média dos escravos cubanos em 1842?

85 - A penúria em Cuba é tão grande que faltam pão, carne e leite, há apagões diários e falta até papel higiênico?


Avante... para o abismo!

86 - A maioria dos cubanos esteve proibida, até há pouco tempo, de frequentar hotéis e resorts, exclusivos para turistas, num verdadeiro apartheid social?

87 - Cuba tem uma das mais altas taxas de suicídios e abortos do mundo, sobretudo entre os jovens?

88 - Embora o Haiti esteja a poucos quilômetros de Cuba, os refugiados haitianos procuram evitar o “paraíso socialista”, preferindo enfrentar uma jornada perigosa pelo mar até os EUA?

89 - Quase todos os dias, cubanos esfomeados e desesperados tentam fugir de Cuba para a base norte-americana de Guantánamo? (A propósito, há dezenas de "guantánamos" em Cuba, como Boniato, Kilo 7, Combinado del Este etc.)

90 - As "manifestações de apoio" ao regime cubano são na realidade orquestradas e baseadas na coação, mediante a vigilância implacável dos CDRs - Comitês de Defesa da Revolução -, encarregados de espionar casa por casa?

91 - Segundo a revista Forbes, Fidel Castro é um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna superior à da rainha da Inglaterra?
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92 - Fidel Castro é certamente o tirano mais amado do mundo - fora de Cuba, e por aqueles que só conhecem a ilha como turistas?
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93 - Em Cuba, a população apelidou Fidel de "Esteban" - este bandido - e costuma dizer que na ilha só se salvarão os que tiverem (Família no Exterior)? 

94 - Quem quer que tenha a ousadia de criticar o regime cubano, ainda que moderadamente, será vítima de assassinato de caráter pelos esbirros da ditadura, sendo tachado de "gusano" (verme), "mercenário", "terrorista" etc.? (Acabamos de presenciar esse fato com a visita de Yoani Sánchez ao Brasil.)

95 - As "eleições" em Cuba são uma farsa grotesca, com partido único e sem pluralidade politico-partidária - e mesmo assim o regime se apresenta como uma "democracia"?

96 - A prostituição em Cuba, de tão generalizada, virou uma quase instituição nacional, tendo dado origem até mesmo a uma palavra - jineteras - para designar as prostitutas cubanas?

97 - Fidel Castro já deixou claro em inúmeras ocasiões que não permitirá reformas políticas e que o socialismo na ilha é "irrevogável"?

98 - Em 1990, Fidel Castro, Luiz Inácio Lula da Silva e várias organizações revolucionárias de esquerda latino-americanas, como as FARC colombianas, resolveram criar o Foro de São Paulo, inspirado na OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada em 1967 para "exportar" a revolução cubana), com o objetivo declarado de “restaurar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu”?

 

99 - Passados 54 anos, o regime cubano é a ditadura mais longeva do Ocidente, além de uma ruína econômica, política e moral, com ausência total de liberdades, partido único no poder e censura à imprensa, não dá nenhum sinal de que vai acabar um dia, mas mesmo assim ainda há quem o defenda ou se cale diante de suas atrocidades?

100 - Nada disso é divulgado em Cuba? (e muito menos pela "mídia corporativa européia e norte-americana" etc.)

Há mais fatos como estes. Mas acredito que 100 é um bom número.

Você sabia?
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Fontes:


AMMAR, Alain. Cuba Nostra: Les Secrets d'État de Fidel Castro. Paris: Plon, 2005.

COURTOIS, Stephane et al (org.). O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão. São Paulo: Bertrand Brasil, 1999.

CUMERLATO Corinne & ROUSSEAU, Dennis. A Ilha do Doutor Castro: A Transição Confiscada. São Paulo: Peixoto Neto, 2002.

BENIGNO (Dariel Alarcón Ramirez). Memorias de un revolucionario cubano - Vida y Muerte de la Revolución. Barcelona: Tusquets, 2002.

DePALMA, Anthony. O Homem que Inventou Fidel: Cuba, Fidel e Herbert L. Matthews do New York Times. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

FONTOVA, Humberto. Fidel - O Tirano Mais Amado do Mundo. São Paulo: Leya, 2012.

______. O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram. São Paulo: É Realizações, 2010.

MASETTI, Jorge. El Furor y El Delirio: El Hijo de la Revolución Cubana. Barcelona: Tusquets, 1999.

MATOS, Huber. Como llegó la noche. Barcelona: Tusquets, 2004.

MONTANER, Carlos Alberto. Fidel Castro y la Revolución Cubana. Barcelona: Plaza & Janés, 1986.

______. Viaje al Corazón de Cuba. Barcelona: Plaza & Janés, 1999.

MONTANER, Carlos Alberto, MENDOZA, Plinio Apuleyo, LLOSA, Alvaro Vargas. Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. São Paulo: Bertrand Brasil, 1996.

ROLLEMBERG, Denise. O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil: O Treinamento Guerrilheiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2001.

SCULZ, Tad. Fidel, um Retrato Crítico. São Paulo: Best-Seller, 1987.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

AINDA SOBRE O PORCO FEDORENTO - UM VERMELHO-E-PRETO COM DOIS "CHEDÓLATRAS"


Um devoto do culto a Santo Che Guevara, em luta contra um cruel agente do imperialismo da Terra-do-Nunca


Ainda no embalo da imperdível entrevista em que a jornalista Marlen Gonzalez fez picadinho do idiota útil Benicio Del Toro, resolvi fazer uma rápida pesquisa na internet, em busca de artigos sobre Che Guevara. Procurei sobretudo artigos sobre uma reportagem de capa da revista VEJA, publicada em setembro de 2007, a qual desconstrói o Porco Fedorento. A reportagem, para quem lembra, causou alvoroço e indignação entre muitos esquerdistas. Alguns deles, tomados de Síndrome de Peter Pan e revoltados com esse crime de lesa-divindade, até então inédito na imprensa brasileira, reencarnaram Torquemada e fizeram uma fogueira com a revista em frente à editora Abril - é assim que os totalitários costumam reagir diante de algo que leram e não gostaram (ou que não leram e não gostaram, dá na mesma).
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Pois bem. Não tive dificuldade em achar vários artigos e textos em blogs de esquerdiotas que saíram em defesa de El Chancho, o fuzilador-mor de La Cabaña. Resolvi analisar um deles, com um titúlo até vistoso - "Che, a Veja e a amnésia seletiva"-, de autoria de um tal Bruno Fiuza e de uma certa Maíra Kubík Mano. Peguei-o como exemplo, pois os "argumentos" utilizados no texto são basicamente os mesmos repetidos por outros chedólatras ou guevaradólatras. Aí vai o texto, em vermelho, com meus comentários em preto.
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A revista Veja traz, na capa da edição corrente, um perfil de Ernesto Che Guevara, com o suposto objetivo de desconstruir o mito criado pela esquerda em torno do revolucionário argentino.
Não foi um "suposto" objetivo, mas o objetivo claro e declarado da matéria a desconstrução do mito Che Guevara. O que não é algo difícil de fazer, é preciso admitir.
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A tese apresentada pelos jornalistas Diogo Schelp e Duda Teixeira é a de que Che não foi o herói romântico e idealista de um mundo melhor, mas sim um assassino “cruel e maníaco”. E ponto.
Acham pouco? Só para lembrar: foram necessárias décadas para que se revelasse o caráter cruel e maníaco de outro assassino cultuado pela esquerda, Stálin. Até então, ele era visto também como um herói romântico e idealista, lutando por um mundo melhor... Sempre a cantar e a dançar alegremente, como escreveu um dia desses um de seus maiores fãs, Oscar Niemeyer.
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Para defender seu argumento, os autores da matéria fazem, na verdade, o oposto do que se propõem: ao invés de desconstruírem um mito e apresentar um ser humano complexo e contraditório, eles criam um outro mito.
Vejamos que "outro mito" seria esse que a revista estaria criando. Adiante.
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O Che Guevara apresentado por Veja é unidimensional. Para chegar a isso, é preciso uma brutal descontextualização. Apenas alguns pontos:
Antes de entrar no mérito do tema, é bom nos concentrarmos nessa palavra, "unidimensional". O que seria isso? Simples: a VEJA, assim como todos os que denunciam os crimes de Che, estaria pecando por ver apenas um lado do personagem, o lado mau, esquecendo-se de uma outra sua dimensão, positiva, seu lado bom, enfim. Eu fico aqui pensando se alguém teria a coragem de tentar reabilitar Hitler, por exemplo, criticando a visão "unidimensional" que esquece que o ditador nazista gostava, por exemplo, de doces e cachorros... Alguém aí se habilita a, em nome de uma visão, digamos, "multidimensional" do Führer, deixar de lado, por um momento, questões como o Holocausto?
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1) Em nenhum momento os autores apresentam o cenário político cubano antes da revolução de 1959. A ditadura de Fulgêncio Batista e suas ações são completamente ignoradas.
A matéria era sobre Che Guevara, não sobre Cuba antes de 1959. Mas tudo bem, eu faço a vontade dos adoradores de Che, e lembro alguns fatos sobre Cuba antes da tomada do poder por Fidel e seus barbudos. Eis alguns dados interessantes sobre a realidade cubana antes da revolução:
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- A ditadura de Batista perdera o apoio dos EUA; aliás, foi por isso que caiu;
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- A luta contra Batista, encabeçada pelo Movimento Revolucionário 26 de Julho (M-26-7), pelo Diretório Revolucionário e por uma miríade de organizações políticas visava, primordialmente, ao restabelecimento da democracia e das eleições diretas, com a restauração da Constituição liberal de 1940. Todas essas promessas foram convenientemente esquecidas por Fidel Castro após tomar o poder;
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- No plano econômico e social, Cuba detinha o terceiro lugar entre os países com o maior PIB e estava entre os cinco com o melhor padrão de vida na América Latina em 1958, inclusive em setores como saúde e educação.
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Como se vê, se a revista tivesse citado esses dados, teria reforçado sua tese, ajudando a desconstruir ainda mais o mito do revolucionário argentino.
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2) Em todos os cenários de luta armada apresentados (Cuba, Congo e Bolívia), a situação local e as forças envolvidas nesses combates não são apresentadas ao leitor eo “instinto assassino” de Guevara surge quase como uma segunda natureza, imanente à sua personalidade. A frase de Jon Lee Anderson é pinçada entre as mais de mil páginas de seu livro, uma importante e completa biografia de Che, para justificar isso: “para ele, a realidade era apenas uma questão de preto e branco. Despertava toda manhã com a perspectiva de matar ou morrer pela causa”. Num contexto de guerrilha, chega a soar engraçado esperar que a atitude de um combatente não fosse essa.
Mais uma vez, façamos a vontade de quem escreveu o que está aí em cima, e falemos um pouco sobre a situação local em cada cenário e as forças envolvidas. Já falei sobre a situação em Cuba pré-1959. No Congo, onde Guevara esteve em 1965, ele colocou-se ao lado de forças guerrilheiras lideradas, entre outros personagens, por um tal Laurent-Desiré Kabila, que se tornaria ditador do país em 1997 e estaria à frente do massacre de milhares de pessoas, até ser, ele mesmo, assassinado em circunstâncias misteriosas. Na Bolívia, o maior fracasso de Che, que acabaria custando-lhe a vida, ele esbarrou na desconfiança e hostilidade da população indígena local, que via os guerrilheiros não como libertadores, mas como invasores (em certo momento, como está em seu famoso diário, ele chegou a cogitar usar a "tática do terror" para conquistar o apoio dos camponeses). Sem falar no Partido Comunista local, que lhe deu as costas, e de uma até hoje mal-explicada omissão por parte do governo de Havana (segundo um dos três únicos sobreviventes da guerrilha boliviana, Dariel Alarcón Ramírez, "Benigno", Che teria sido "traído" por Fidel Castro). Enfim, esses eram os cenários em que Che queria deslanchar sua "revolução internacional".
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Uma correção: o tal instinto assassino de Che, citado pela revista - cerca de 400 prisioneiros, a maioria presos de consciência, executados no paredón em alguns meses em 1959 -, ao contrário do que está escrito aí em cima, não era sua segunda natureza: era a única que ele tinha. Era sua própria personalidade. Se têm alguma dúvida, então por favor me expliquem como deve ser classificado quem louva "o ódio como fator de luta, o ódio intransigente ao inimigo, que o impulsiona além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, violenta, seletiva e fria máquina de matar". Convenhamos, até no contexto da luta guerrilheira, deve-se esperar que haja limites. É nesse contexto que a frase retirada do livro de Jon Lee Anderson deve ser analisada.
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3) Em determinado trecho da matéria, Guevara é acusado de ser o responsável pelo colapso econômico do país: “No comando do Banco Central e depois do Ministério da Indústria, Che começou a nacionalizar a indústria e foi o principal defensor do controle estatal das fábricas. ‘Che era um utópico que acreditava que as coisas podiam ser feitas usando-se apenas a força de vontade’, diz o historiador Pedro Corzo, do Instituto da Memória Histórica Cubana, em Miami. Como resultado de sua ‘força de vontade’, a produção agrícola caiu pela metade ea indústria açucareira, o principal produto de exportação de Cuba, entrou em colapso. Em 1963, em estado de penúria, a ilha passou a viver da mesada enviada pela então União Soviética”. Pois bem, o que os autores não falam é que no ano anterior, em 1962, foi decretado o embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, que continua até hoje apesar de ter sido vetado inúmeras vezes pela Assembléia Geral da ONU.
A ideia por trás dessa última afirmação é de que a culpa pelo descalabro econômico da ilha, e dos desmandos na área por parte de Guevara, seria do tal embargo econômico dos EUA a Cuba, que teria, inclusive, levado a ilha para a dependência em relação à URSS. É mentira. A ajuda econômica da ex-URSS a Cuba começa antes de qualquer embargo norte-americano à ilha, datando de 1960, quando o então Ministro do Comércio da URSS, Anastas Mikoyan, visita o país a convite de Fidel e Raúl Castro. Não há qualquer relação entre o embargo e a dependência de Cuba da URSS, assim como não há qualquer relação entre qualquer ação do governo dos EUA e a falência econômica do regime cubano, que é o resultado única e exclusivamente da incompetência crônica da ditadura castrista.
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Como mostra a citação acima, uma das fontes consultadas é um professor que vive em Miami. No início, o texto já diz que mesmo cheios de rancor, os cubanos dissidentes são uma fonte “da maior credibilidade”. Assim como os agentes da CIA que capturaram e assassinaram Guevara. Isso demonstra o outro pilar essencial para construir a tese da matéria: ouvir apenas um dos lados da história.
Aqui está em ação um dos instrumentos mais caros à esquerda: a velha argumentação ad hominem. As fontes consultadas pela revista, como se compõem de dissidentes que vivem em Miami, não mereceriam nenhuma credibilidade porque, afinal, trata-se de... dissidentes que vivem em Miami! Assim como os "agentes da CIA que capturaram e assassinaram Guevara" - como se todos os exilados em Miami pertencessem a essa categoria. Desqualifica-se, assim, toda uma comunidade - cerca de 2 milhões de pessoas -, simplesmente por fazerem parte dessa mesma comunidade de exilados. Se fosse para levar esse tipo de argumentação a sério, nenhum exilado deveria ter suas palavras levadas em conta. A começar por José Martí, herói nacional cubano, que passou boa parte de sua vida no exílio.

Sem falar que não foram "agentes da CIA", mas sim o Exército boliviano, que capturou e matou Guevara em 1967 (havia apenas um agente da CIA na operação, Félix Rodríguez, que chegou ao local onde Guevara foi fuzilado depois de sua captura e não teve qualquer participação em sua execução).

Os autores gostariam que a revista ouvisse "o outro lado" da história. O outro lado é o governo cubano. Seu ponto de vista já é por demais conhecido. Basta ler o Granma. A reportagem busca exatamente ir além da visão heroica oficial e revelar o verdadeiro Che, o Che por trás do pôster e da camiseta. E o consegue.

Refugiando-se na afirmação de que o regime castrista é “policialesco” e não permite a livre circulação de informações, a matéria se desincumbe de entrar em contato com qualquer fonte igualmente próxima de Che mas que tivesse outra visão sobre os acontecimentos.
Notaram as aspas em "policialesco"? Pois é. Os autores dessa fábula devem acreditar que Cuba é uma democracia em que todos têm livre direito de expressar seu pensamento. Mas deixemos isso de lado, por ora. Acharam estranho que VEJA não tenha entrado em contato com qualquer fonte próxima de Che com "outra visão" sobre o personagem? Quem seria? Um dos filhos de Che, que morreu quando eram todos ainda crianças pequenas e só sabem do pai aquilo que a propaganda oficial cubana repete? Ou Fidel e Raúl Castro? A opinião desses já é sobejamente conhecida. Ah, esse pretenso jornalismo isentista, que pretende ouvir todos os lados e que cultua a neutralidade....

Isso porque nem entramos aqui no mérito do “tom” do texto, que desqualifica com adjetivos seus personagens e se distancia de um jornalismo equilibrado: “Enquanto Che foi cristalizado na foto hipnótica de Alberto Korda, ele próprio, o supremo comandante, aparece cada dia mais roto, macilento, caduco, enquanto se desmancha lentamente dentro de um ridículo agasalho esportivo diante das lentes das câmeras da televisão estatal cubana”.
Viram só? O problema agora é com o "tom" do texto, que se distanciaria de um - vou repetir a expressão - "jornalismo equilibrado"... Fica a pergunta: que "jornalismo equlibrado" seria esse? Não é a VEJA, certamente, pois esta tem, sim, lado, e não esconde isso de ninguém. Provavelmente, claro, os autores devem estar se referindo a monumentos de imparcialidade jornalística como a Caros Amigos...

Não deixo de ficar intrigado com esse tipo de, vá lá, "argumento": "não gostei do 'tom' do texto, achei desrespeitoso etc.". Como se um órgão de imprensa devesse prestar reverência a um dos maiores engodos do século XX e a um tirano assassino e caduco, cada vez mais ridículo e deplorável diante do mito, eternamente jovem, que ele criou para dar sustentação a seu regime totalitário. Os autores devem estar tristes porque, infelizmente para eles, os tiranos envelhecem, ainda não encontraram um meio de fazer o tempo obedecer a suas ordens.

Por fim, a visão de história apresentada é, no mínimo, discutível. Ao afirmar que Che Guevara deveria ser “jogado na lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos e práticos do comunismo, como Lenin, Stalin, Trotsky, Mao e Fidel Castro”, os autores assumem uma perspectiva que reúne o pior da escola positivista do século XIX - como se a história fosse uma sucessão de etapas, uma melhor que a outra - ea notória concepção de Francis Fukuyama, segundo a qual “a história acabou” com o triunfo do capitalismo.
Finalmente, a cereja do bolo: a afirmação da revista, de que Guevara deve ir para o lugar onde já estão outros próceres do totalitarismo esquerdista, seria o resultado de uma "perspectiva que reúne o pior da escola positivista do século XIX" - como se o Positivismo, na verdade, não fosse uma doutrina filosófica com traços em comum com o marxismo, em especial a crença nas etapas sucessivas e progressivas da História (feudalismo, capitalismo, socialismo... até a pretensa "sociedade comunista perfeita"). Enfim, tenta-se atribuir aos inimigos do totalitarismo - como a VEJA - uma visão que é, ironicamente, partilhada pelo marxismo. Assim, a frase de Fukuyama é distorcida - na verdade, ele fala em triunfo das ideias liberais - para tentar "recuperar" algo de legitimidade ao totalitarismo marxista, do qual Guevara foi um dos representantes. O mesmo poderiam dizer os seguidores de outros líderes totalitários, como Hitler e Mussolini. Qual visão histórica não seria discutível para os autores do texto? A marxista, ora.
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Certamente, o culto de Che Guevara continuará, e os mesmos que queimaram exemplares da VEJA dois anos atrás encherão páginas e páginas de blogs com protestos contra a jornalista Marlen Gonzalez e a favor de Benicio Del Toro. É algo normal, e acharia até estranho se fosse diferente. Afinal, a Síndrome de Peter Pan é uma doença que atinge a muitos, que se recusam a crescer e se apegam, doentiamente, a seus mitos de infância. Não lembro bem, mas eu certamente devo ter levado um choque tremendo quando descobri, com cinco ou seis anos, que Papai Noel não existe. Quem sabe um dia os esquerdóides e idiotas úteis que idolatram Che Guevara cairão finalmente na realidade?
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Enfim, toda a lengalenga contra a reportagem de VEJA, assim como contra qualquer um que tenha a coragem de desmascarar o verdadeiro Che, não passa de uma tentativa desesperada e ideológica de preservar um mito, semelhante a outros mitos que alguns idiotas ainda insistem em idolatrar, como Stálin e Mao Tsé-tung. Uma simples questão de propaganda. Mas contra os fatos não há propaganda que resista. Pelo menos enquanto houver imprensa livre.

A INCRÍVEL IGNORÂNCIA DE UM IDIOTA ÚTIL


O ator porto-riquenho Benicio Del Toro, que interpreta Che Guevara num filme que está para estrear por estas plagas, passou por uma saia-justíssima ao ser entrevistado pela bela jornalista de origem cubana Marlen Gonzalez, no programa Primer Plano, do canal "41 Noticias", de Miami. O video da entrevista, que desde a semana passada foi bastante visto no Youtube, mostra um Del Toro totalmente despreparado e balbuciante diante das perguntas incisivas da estonteante apresentadora. Em uma verdadeira aula de como deve ser uma entrevista, simplesmente o rapaz foi humilhado, deixando claro que não sabe nadinha de nada sobre o personagem, El Chancho ("O Porco"), que encarna no filme de Steven Soderbergh. Dá vontade de dar pena. Creio que, de agora em diante, Del Toro deverá mudar de nome para Del Becerrito ou Del Burro.

A jornalista começa a entrevista perguntando a Del Toro se ele não considerava uma provocação lançar o filme, que faz a apologia de Guevara, em Miami, onde vivem tantas vítimas do regime castrista. Del Toro, completamente surpreso e apatetado pela pergunta inesperada, esboça uma negativa. Marlen lhe pergunta então se um filme que mostrasse o "lado bom" de Hitler não ofenderia 15 milhões de judeus e a memória de 6 milhões de judeus mortos no Holocausto. Aí Del Toro veio com a seguinte pérola: gaguejando, ele diz que não crê que Guevara, ao contrário de Hitler, tenha criado algum campo de concentração... Pois é: o rapaz não sabe nada sobre a carreira do carcereiro-mor de Cuba, quando o bravo revolucionário argentino foi o criador dos primeiros campos de concentração da ditadura castrista.

Estamos falando de assassinatos. Não é igualmente assassino quem mata um, cem, cem mil...?”, continua Marlen, deixando Del Toro ainda mais incomodado. Sem resposta, coitado, ele tentou comparar Che a um general durante a guerra... Um vexame.

Mas a saia-justa não terminou por aí. Ao lembrar as opiniões de Del Toro favoráveis sobre Che, feitas em uma infinidade de entrevistas, ela pergunta, na bucha, se ele sabia que o valente revolucionário, quando comandava a prisão de La Cabaña, mandou fuzilar mais de 400 prisioneiros. Del Toro dá uma resposta que já se tornou padrão em certos círculos: "Sabia. Muitos dos que foram fuzilados eram terroristas..." Aí é que Marlen completa o massacre: Nada disso, ela diz. “Noventa por cento eram presos de consciência. [morreram] Simplesmente por discordar do sistema nascente, por pensar diferente”. “Ah, não sabia disso”, suspira o ator...

No final, a apresentadora lembra uma frase de Che, o humanista: “A ação mais positiva e forte, independentemente de qualquer ideologia, é um tiro bem dado, no momento certo, em quem merece”. Uma frase típica de um bravo general em campo de batalha, como se vê. Del Toro, que àquela altura já havia virado um bezerrinho, pergunta a Marlen de onde ela retirou aquelas informações. Marlen então lhe presenteou com o livro Guevara: Misionero de la Violencia, do historiador cubano e ex-preso político Pedro Corzo.

Alguns podem dizer que Del Toro é apenas um ator, e que suas opiniões não devem ser levadas em conta. Nada disso. Dele não se espera, claro, um conhecimento acadêmico sobre Che e a Revolução Cubana. Mas, como qualquer pessoa, não lhe é dado flertar com a mentira e a mistificação, repetindo bobagens como se fossem a verdade. Em uma infinidade de entrevistas, ele andou pelo mundo declarando seu amor pela figura do revolucionário-fuzilador, posando de "engajado". Criticou, inclusive, o embargo norte-americano à ilha de Cuba, embora não tenha feito nenhuma menção à ditadura castrista, a verdadeira causa da penúria e da falta de liberdade na ilha-prisão. Chegou a dizer, com aquela atitude frívola típica de tantos em Hollywood, que comparava Guevara ao Batman. Fidel, pelo visto, deve ser o Homem-Aranha. E Stálin é o Super-Homem.

A ideia de que "é apenas um ator" não é desculpa para a ignorância. Ainda mais quando o sujeito não cansa de repetir que, para interpretar o personagem, ele se preparou por SETE ANOS (pelo visto, a preparação de Del Toro deve ter sido lendo os livros de Frei Betto e Emir Sader...). No momento em que aceitou estrelar e produzir um filme que enaltece um assassino como Guevara, Del Toro deveria saber que um filme sobre tal personagem não seria apenas uma "obra de arte", e que estava assumindo um papel também de formador de opinião. Não por acaso, o filme está sendo bastante elogiado em Cuba.

Benicio Del Burro, digo, Del Toro, não é "apenas um ator", assim como José Saramago não é "apenas" um escritor, nem Oscar Niemeyer é "apenas" um arquiteto. Todos esses são conhecidos, principalmente, pelas suas opiniões políticas pró-comunistas e pró-totalitárias. Ao revelar todo seu despreparo e todo seu desconhecimento sobre um personagem histórico que não cansa de elogiar, Del Toro entrou para a mesma galeria dos Jimmy Carter, dos Sean Penn, dos Michael Moore e dos Oliver Stone, ou seja: dos idiotas úteis e cretinos fundamentais.

Meus parabéns a Marlen Gonzalez, que mostrou que beleza e inteligência podem ser compatíveis e deu um show de bom jornalismo, ao não se deixar deslumbrar pelas luzes do show business e encostar na parede mais um "useful idiot". É uma pena que nós aqui só tenhamos os Zecas Camargos da vida...