Corpo do primeiro-ministro italiano Aldo Moro,
seqüestrado e assassinado
pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, em 1978:
segundo Tarso Genro, isso NÃO é terrorismo
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O STF decidiu ontem, por 5 votos a 4, pela extradição do homicida italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por diversos crimes, entre os quais quatro assassinatos no final dos anos 70. Ao mesmo tempo, porém, a Suprema Corte brasileira resolveu que a decisão final sobre a extradição ou não de Battisti não cabe a ela, mas ao presidente da República, Lula. Em outras palavras: o Supremo decidiu que não é Supremo na questão e entregou a batata quente a Lula. Assessorado por Tarso Genro, não é difícil imaginar qual será sua decisão.
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Creio que quem lê este blog já deve saber mais ou menos o que é o caso Battisti, então não vou entrar em minúcias. Vou apenas mencionar as lições mais importantes, até aqui, desse imbróglio. De acordo com o que dizem os defensores de Battisti (Tarso Genro, os parlamentares do PT e do PSOL etc.),
- a Itália era uma ditadura nos anos 70, e não um regime constitucional democrático;
- matar pessoas à bala ou em incêndios não é crime comum;
- não existe terrorismo de esquerda, em nome da ideologia comunista;
- a Itália de hoje é um Estado autoritário, e não um Estado Democrático de Direito, pois a Justiça italiana não garante o direito de defesa e o devido processo legal.
Em outras palavras, o que está dito aí em cima é o seguinte:
- Qualquer um que não gostar do governo de um país, ainda que seja uma democracia como a Itália, e que resolver matar pessoas e explodir bombas, terá a certeza de que, no Brasil, isso não será considerado crime comum.
- Qualquer um que matar pessoas e explodir bombas em outros países, em nome da ideologia comunista ou contra o "sistema", poderá fugir para o Brasil que será considerado refugiado político e não será extraditado para o país onde foi condenado por tais crimes.
Diante do que vai aí em cima, pergunto:
POR QUE RAIOS NÃO CONCEDER REFÚGIO POLÍTICO A OSAMA BIN LADEN?
Um comentário:
PF abafa ligaçao de Battisti com o terror?
Da Folha de São Paulo, sobre a PF comandada por Tarso Genro:
"Investigações realizadas apontam para o possível envolvimento do italiano Cesare Battisti na prática de crimes ligados à internação irregular de estrangeiros [no Brasil] e ainda com atividades terroristas", afirmou o delegado Cléberson Alminhana, do setor de inteligência da PF, em correspondência à Justiça Federal do Rio no dia 9 de abril de 2007...Há no processo, porém, cópia da consulta que a Justiça fez à Procuradoria da República sobre o pedido do delegado. "É notório que Cesare Battisti [...] ostenta forte ligação com grupos armados terroristas estrangeiros", escreveu o procurador Orlando Cunha...O documento assinado por Alminhana não foi o único em que a PF apontou a suspeita da participação de Battisti em atividades criminosas. Um dia após a prisão, o delegado Fábio Galvão, ao solicitar a busca e apreensão no apartamento, fazia a ilação: "Segundo informações da equipe policial, o italiano utiliza seu computador para se comunicar com a organização terrorista italiana conhecida como Brigada Vermelha"...A PF afirmou à Folha que não possui relatórios sobre supostas ligações de Battisti com terroristas. Questionada se há investigação em curso, disse "ser pouco provável".
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