(Nesta segunda-feira, dia 4 de fevereiro, ocorreram manifestações de protesto em vários países contra as FARC. Milhares de pessoas saíram as ruas para expressar sua condenação e dar um basta aos seqüestros dos narcoterroristas colombianos. Menos no Brasil).
Do blog de Reinaldo Azevedo, 4/02/2008 (o texto está em negrito, meus comentários vêm em seguida):
Os colombianos, mais uma vez, manifestam seu inequívoco repúdio ao terrorismo. Não é a primeira vez, certo? As eleições democráticas do país e a popularidade do presidente Álvaro Uribe deixam isso muito claro. Mas é importante que o protesto tenha um alvo definido.
O que causa estranheza — ou nem tanto — é que justamente os familiares dos seqüestrados tenham decidido não participar. Não deixa de ser uma evidência de que os terroristas foram longe demais. Compreende-se: vivem sob chantagem, sob o tacão do medo, que é a condição dos parentes das vítimas desse tipo de crime. Temem ver seus nomes no noticiário, o que colocaria sob risco seus entes queridos. Triste é ler a justificativa: “O evento foi politizado” — como se pudesse haver um protesto contra o terror que fosse imune à política.
Claro, aí também estão as patas do ditador do outro lado da fronteira: Hugo Chávez. Ele foi o primeiro a se opor à manifestação de protesto e ainda se coloca como um intermediário entre os familiares e os terroristas — ou seja: é terrorista também. O vagabundo já afirmou que os narcobandoleiros têm “um projeto político bolivariano”. Portanto, reconhece a sua legitimidade.
Assim, os familiares dos seqüestrados temem endossar a luta contra o terror e lançar o nome de seus parentes numa lista negra do terrorismo e do chavismo. Nesta segunda, o coronel saudou a disposição das Farc de libertar mais três pessoas, como se fosse uma concessão que devesse ser aplaudida, um gesto de boa vontade. Ao mesmo tempo, estimula o conflito com a Colômbia, falando no risco de um conflito armado entre os dois países.
Os colombianos e milhares de cidadãos em várias partes do mundo manifestaram seu repúdio contra o terrorismo das Farc. E que fique claro: contra Hugo Chávez também.
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Creio que as palavras acima resumem tudo. Faço apenas um pequeno adendo: as FARC, para quem ainda não sabe ou se nega a ver, é parceira do governo Lula da Silva e do PT no Foro de São Paulo, sobre o qual já falei aqui. Assim como o Chávez, que tenta posar de intermediário quando na verdade apóia os narcoterroristas colombianos. Está claro agora porque as declarações de Lula em Havana "condenando" os seqüestros como "abomináveis" foram tudo pura encenação, um teatrinho hipócrita para inglês ver? Está claro porque o governo brasileiro, com Lula e Marco Aurélio Garcia à frente, se recusa a reconhecer as FARC como um bando de seqüestradores, assassinos e terroristas?
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Que fique claro: os protestos desta segunda-feira no mundo todo não foram contra as FARC e Hugo Chávez somente. Foram contra Lula também. Foram contra todos os que, por cinismo, omissão ou covardia, preferem silenciar e fingir-se de cegos ante o que ocorre na Colômbia.
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Outra coisa. Tudo bem que é carnaval, mas alguém viu alguma manifestação em alguma cidade do Brasil, por menor que fosse, contra as FARC nesta segunda-feira? Não vi vivalma, um gato pingado sequer. Onde estava a UNE? E a CUT? E a CNBB? E as entidades de direitos humanos? Devem estar esperando a folia de momo passar e a ressaca acabar para botarem o bloco na rua novamente. Desta vez contra Bush, a guerra no Iraque, a globalização, o neoliberalismo... Esse é o Brasil.
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Quem apóia narcotraficantes e terroristas, como fazem Chávez e Fidel Castro, é narcotraficante e terrorista também. E quem se cala diante do narcotráfico e do terrorismo, recusando-se a chamá-los pelo nome, como deve ser chamado?
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