terça-feira, março 18, 2008

O BOLSA-FAMÍLIA PRECISA ACABAR. PARA O BEM DOS POBRES.



O governo federal divulgou ontem que o Bolsa-Família, o carro-chefe da atual administração lulista, foi ampliado para os jovens de 16 e 17 anos de idade, num limite de dois por família. Com isso, o valor máximo mensal pago a cada família do programa passou de R$ 112 para R$ 172. Isso significa que 1,1 milhão dos 11 milhões de famílias que já recebem o Bolsa-Família serão beneficiados por essa nova modalidade. Antes, o limite de idade para o jovem receber o benefício era de 15 anos.

O Bolsa-Família precisa acabar. Para o bem dos pobres. Para o bem do Brasil. Para o bem da ética. Da moralidade. Da honestidade. Da vergonha na cara. A ampliação do programa, para colocar debaixo da asa estatal os jovens de 16 e 17 anos - a sete meses das próximas eleições municipais - é não somente um acinte, um escândalo, um tapa na cara de quem acha que já chegamos ao fundo do poço em termos de crise ética e desmoralização da política: é um desserviço aos próprios supostos beneficiados por esse programa do governo Lula.

O Bolsa-Família nada mais é do que a ampliação do velho voto de cabresto, em nível federal, mediante a compra de votos em troca de dinheiro. Nada mais que isso. Seu objetivo não é eliminar, nem mesmo diminuir, a fome e a pobreza, ou o analfabetismo - cada família, teoricamente, precisa comprovar que os filhos estão na escola para receber a esmola estatal. Aparentemente, trata-se de uma idéia bem-intencionada. Mas não é nada disso. Seu efeito sobre a vida das pessoas mais pobres se faz sentir do mesmo jeito que as tradicionais cestas básicas doadas pelos coronéis do sertão em período eleitoral: ou seja, um instrumento de reprodução, e não de diminuição, da pobreza. O mecanismo de conservação do poder e da miséria, aqui, é exatamente o mesmo, não muda um milímetro, sendo, na verdade, ampliado: se antes a massa faminta e maltrapilha era manipulada pelo coronel local, agora todos são convertidos em estadodependentes. E não me venham com a churumela do discurso oficial de que o governo pretende que os beneficiados pelo Bolsa-Família deixem de depender do programa nos próximos anos. Ou alguém já viu na História um governo renunciar voluntariamente a esse gigantesco curral eleitoral? O Bolsa-Família já foi usado eleitoralmente em 2006, para ajudar a reeleger o Apedeuta. Será novamente usado em 2008, assim como em 2010, com certeza. E, para que esse apoio eleitoral se repita, é preciso haver mais pobres, não menos. Os pobres, mais uma vez, são usados como gado, como massa de manobra a serviço dos interesses eleitorais dos eternos donos do "pudê".

Sempre desconfiei que as causas mais profundas da pobreza e da miséria em que sobrevivem milhões de brasileiros são muito mais de ordem cultural do que econômica. Com o Bolsa-Família, essa minha desconfiança se acentuou. O programa não visa a acabar com a pobreza, mas a eternizá-la, na forma da criação de uma rede de clientela e dependência estatal em troca do apoio nas eleições. Sob o governo dos petralhas, a demagogia e o paternalismo estatal, na forma de assistencialismo, já viraram deboche, atingiram um ponto nunca dantes alcançado na história dêfte paif. O Bolsa-Família é a maior prova disso. Não satisfeito em garantir a lealdade de milhões de estadodependentes, felizes por tirarem as barrigas da miséria graças à caridade oficial, a companheirada no poder agora quer fisgar a molecada em idade eleitoral. Agem, assim, como o personagem principal do filme M, o Vampiro de Düsseldorf, que seduzia criancinhas com doces e chocolates antes de matá-las. Assim como no filme, aproveitam-se da ingenuidade dos adolescentes para garantir seus próprios interesses.

Os governantes populistas repetem com freqüência que gostam dos pobres. É verdade. Eles gostam mesmo. Gostam tanto que fazem questão que eles existam em abundância, e se reproduzam. Enquanto houver pobreza e ignorância - e sem-vergonhice -, o lulo-petismo terá uma fonte inesgotável de apoio.

Um comentário:

Anônimo disse...

bem percebesse q o seu forte naum eh compreender a necessidade do carente
fala lah pro pai de familia q tah na seca ,tem 5 filhos pequenos pra criar e naum consegue emprego e q recebe a bolsa familia q ele tah sendo comprado
o bolsa- familia tem q acabar
e q apatir de agora ele vai ter q si virar pois ele naum vai mais recebr o unico auxilo q ele tinha de sustntar a sua familia
acho tambem q vc naum compreendeu q o bolsa familia exige q as crianças estejam na escola e tenham acompanhamento medico. O bolsa familia eh uma das unicas esperanças q esses miseraveis tem de mudar a sua condiçao de pobreza
criaça na escola eh o primeiro passo para um brasil melhor vc naum acha?
e o bolsa familia eh um programa q naum visa a manuntençao da pobreza e sim uma escapatoria
revise as sua fontes de pesqisa
para um professor de historia o seu ponto de vista eh bem estaguinado