sábado, junho 04, 2011

RESPOSTA A UM HUMANISTA

Um tal Zé - posso estar enganado, mas desconfio que é o mesmo em que dei uma chinelada outro dia num post sobre a religião desarmamentista - está indignadíssimo com o dono do blog. Ele deve achar que sou um monstro moral porque fiquei feliz com o fato de que os EUA mandaram o Osama Bin Laden fazer jihad lá no reino do chifrudo - e da maneira que considero a mais adequada. Ele escreveu o seguinte:

Não vou nem sequer falar aqui se a maneira como Bin Laden foi morto é considerada correta e justa, senão é capaz de você me chamar de "anti-americano" e "viúva do Bin Laden" e aquele monte de blá blá blá sem sentido e fundamento. No entanto, não concordo (e penso que qualquer um que defenda a justiça e a liberdade de verdade também não concorde) que a Tortura é inaceitável em qualquer caso. Não podemos aceitar a tortura e muito menos ser irônico a respeito como se o ato americano não tivesse sido gravíssimo!

Vou ser bonzinho com o leitor que escreveu o que vai acima. Não, Zé, não vou lhe chamar de antiamericano e de viúva do Bin Laden. Não vou usar nenhum "blablablá sem sentido e fundamento" (como lembrar que abrigar terroristas é uma violação seriíssima do direito internacional e que Bin Laden era um alvo militar legítimo). Sobre tudo isso já falei à exaustão, creio eu. Vou somente dizer que você não tem a menor noção do que está ocorrendo à sua volta. Ou é um grande cara-de-pau.

Assim como o distinto leitor é certamente um humanista, pois "não concorda que a tortura é inaceitável em qualquer caso" (sic), eu também acho a tortura uma coisa abominável. Esmagar dedos, dar choques elétricos nos genitais, arrebentar ossos e dentes de um prisioneiro, além de ser uma covardia, é algo que só pode causar repulsa a qualquer pessoa com um mínimo de senso de decência e dignidade. Mesmo que seja para eliminar o terrorista mais procurado do mundo? Mesmo que seja para eliminar o terrorista mais procurado do mundo.

É por esse motivo que acho que o waterboarding, no caso dos assassinos da Al Qaeda, é o menor dos males possíveis. Não conheço - e acho que o Zé também não conhece - nenhum caso de terrorista preso que tenha sucumbido ou ficado com graves sequelas físicas ou mesmo psicológicas por causa do waterboarding. Também ignoro se algum cadete de West Point que já passou pela experiência num trote de calouros resolveu entrar com uma queixa-crime contra a prática em algum tribunal, por considerar que foi vítima de tortura ou coisa parecida.

E nem precisa lembrar (mas eu lembro assim mesmo): quem afirma que os EUA agiram erradamente ao despachar Bin Laden para os quintos dos infernos tem a obrigação de dizer como os EUA deveriam ter procedido. Continuo esperando por isso.

Para gente como o Zé, os EUA fizeram algo "gravíssimo". Seria o waterboarding? Duvido muito. Resta a eliminação do Bin Laden pelos Navy Seals. Sendo assim, só posso concluir: é mais um antiamericano patológico e uma viúva do Bin Laden que está chorando a morte de seu herói. E que está usando a questão do waterboarding como pretexto para remoer seu ódio. Talvez para não perder o costume.

Enfim, faço questão de repetir: os EUA estão de parabéns por terem livrado o mundo de mais um monstro. Acredito que fizeram a coisa certa. E durmo tranquilo com isso em mente. E os que invocam os direitos humanos no caso do Bin Laden, posando de humanistas, será que podem dizer o mesmo?

Um comentário:

Zé disse...

Me chamar de antiamericano etc etc. realmente resolve toda a questão. Isso não é resposta digna.

Falo da tortura e de seus maleficios. Como um país que se diz humanista e defensor dos Direitos Humanos é capaz de torturar seus inimigos para atingir seus fins? Parece que nosso velho Maquiavel sempre esteve certo em sua célebre frase.

Daí o autor deste blog, na sua sede de vingança contra aqueles que defendem a dignidade de todos os humanos, xinga-os de serem contra os americanos e amigos de terroristas e blá blá blá. Aliás, já virou praxe dos direitistas de quando uma pessoa chama atenção para um erro dos EUA, estes chamam esta pessoa de antiamericana e antidemocrata e outras palavras sem sentido. Mas a questão, que ainda está pendente, é que Prender ou matar um homem numa guerra é viável. Mas torturá-lo não é.

Querer que em troca eu dê um plano de combate militar é uma enorme hipocrisia, como sempre será uma irônia ardilosa pedir a um leigo que faça o serviço de um especialista.

Eu durmo todo dia com minha cabeça tranquila, pois nunca torturei ninguém e nem me passa pela mente isso!