sexta-feira, junho 10, 2011

POR QUE BIN LADEN NÃO SE ESCONDEU NO BRASIL?

Por 6 votos a 3, o STF decidiu que Cesare Battisti merece a liberdade. Os senhores ministros, depois de muito deliberarem sobre o assunto, concluíram que o terrorista homicida não é um terrorista homicida (parte da imprensa já havia decidido o mesmo antes, pois só o chama de “ativista”...). Decidiram também que a Itália, cuja Justiça condenou Battisti por quatro assassinatos nos anos 70, em um processo judicial limpo, não é um paîs democrático. Nisso estão de acordo com o Apedeuta, que rasgou no último dia do mandato um tratado de extradição entre os dois países.





Battisti na juventude: o idealismo estampado na cara


Segundo o STF, Battisti não é um terrorista, e o grupo a que ele pertenceu, que tinha o singelo nome de Proletários Armados para o Comunismo (PAC), era um clube de escoteiros. Também de acordo com os senhores ministros, a Itália não é uma democracia. Democracia é Cuba, cujos presos políticos Lula-Apedeuta já comparou a bandidos. O STF já decretou cartorialmente a nulidade de um Artigo da Constituição no caso do “casamento gay”. Agora decidiu que terrorismo não é crime.

Entre os argumentos utilizados pelos juízes da Suprema Corte para livrar a cara de Battisti, estava o de que a Justiça italiana, ao exigir a extradição do criminoso, estava cometendo uma “ingerência” em um “assunto interno” do Brasil. Ingerência? Assunto interno? Desde quando querer que um assassino condenado judicialmente seja extraditado para cumprir pena por seus crimes no país onde eles foram cometidos é ingerência (ainda mais em um “assunto interno”)? O governo Lula-Dilma, e agora o STF, é que cometeram uma gravíssima ingerência na política italiana, ao protegerem um facínora com argumentos de Policarpo Quaresma. O nacionalismo é mesmo o último refúgio do velhaco.

Quando uma tropa de elite dos EUA matou Osama Bin Laden, uma tropa parlamentar liderada pelo senador Eduardo Suplicy chorou a morte do megaterrorista, alegando profundas preocupações humanitárias. Agora esses mesmos humanistas do terror comemoram a soltura do terrorista homicida Battisti. Nenhum deles solta uma lágrima pelas vítimas. Direitos humanos é coisa preciosa demais para ser desperdiçada com as famílias dos mortos, pensaram. Vejam a foto a seguir (Suplicy está na foto):


Battisti e seus amigos: verdadeiros humanistas


O engraçado (para não dizer o trágico) dessa situação surreal é que hâ mesmo quem se encha de indignação contra o waterboarding em prisioneiros da Al Qaeda pelas forças de segurança dos EUA, mas não diga uma palavra em favor dos direitos dos mortos pelos terroristas de esquerda. Os petistas que defendem Battisti alegaram, entre outros motivos para não entregá-lo à Justiça italiana, que ele estava doente. Essa gente é mesmo movida por um forte sentido humanitário.


O Brasil virou o cafofo do Battisti. Osama Bin Laden cometeu um erro ao refugiar-se no Paquistão. Deveria ter vindo para o Brasil. Aqui, com o apoio de tantos amigos influentes como Tarso Genro e o senador Suplicy, ele certamente receberia o status de refugiado político. Poderia até iniciar uma parceria com Antonio Palocci, como consultor. De direitos humanos.


Mas também, que coisa essas vítimas de Battisti, heim? Quem mandou ser assassinado pelas balas da esquerda? Não sabiam que terrorismo é só o que a direita faz? Os cadáveres precisam aprender a morrer do lado certo.


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P.S.: Somente para lembrar, aí vai uma lista dos assassinatos atribuídos a Battisti:


6 de junho de 1978, Udine - Antonio Santoro, agente penitenciário, é assassinado por Battisti e outro cúmplice que declarou que ele - Battisti -disparou a arma.


16 de fevereiro de 1979, Santa Maria di Sala - Lino Sabbadin, açougueiro, depois de reagir ao roubo cometido por Battisti e seus comparsas, é brutalmente assassinado por Diego Giacomin. Battisti dava cobertura no momento do crime.


16 de fevereiro de 1979, Milano - Pierluigi Torregiani, também brutalmente assassinado por ter reagido anteriormente a um assalto numa pizzaria, cometido pelo grupo de Battisti. Esse crime foi ainda mais hediondo por dois motivos: o grupo retornou ao local para "acertar contas" com Pierluigi por ter atirado num dos comparsas na tentativa anterior, e também porque o grupo atinge o filho adolescente de Pierluigi - Alberto, que até hoje vive paralisado numa cadeira de rodas por conta dos disparos. Eis uma foto recente de Alberto Torregiani:

19 de abril de 1979, Milano - Segundo testemunhas, Battisti atira diversas vezes no agente da DIGOS (Divisão de Inteligência da Polícia), Andrea Campagna, que foi um dos responsàveis pela investigação do caso de Torregiani.

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