Li outro dia que um deputado federal propôs na Câmara um projeto de lei que institui o Dia do Orgulho Heterossexual.
Na hora, pensei que fosse piada. E realmente seria, se não fosse por um detalhe: existe um Dia do Orgulho Gay.
Ambas as idéias são totalmente ridículas e idiotas. Orgulhar-se da própria opção sexual é coisa de quem tem alfafa no lugar do cérebro. Presunção e arrogância, para ser mais delicado.
Por que alguém deveria sentir-se orgulhoso de ser gay, ou hétero, em primeiro lugar? Por que não instituir, também, o Dia do Orgulho Gordo? Ou do Orgulho Magro? E que tal o Dia do Orgulho Anão (ou Gigante)? Ou dos Comedores de Jiló? Ou dos Torcedores do Novorizontino? Faria tanto sentido quanto.
Haverá quem diga que se trata de um "avanço", pois é preciso "respeitar as diferenças" etc. Ora, respeito é uma coisa - e espero que os senhores e senhoras gayzistas respeitem minha opção de não ser um deles -; orgulho é outra, completamente diferente. O orgulho, como sabe qualquer pessoa com um mínimo de bom senso, é um sentimento altamente deletério. Está baseado numa idéia de exclusão, de superioridade sobre os demais. "Tenho orgulho de ser corintiano; chupa essa, palmeirenses!", ou vice-versa. Nada de bom pode surgir disso.
Pois bem. Eu falava da proposta do dia do orgulho heterossexual, e de como ela é idiota. Mesmo idéias estúpidas, porém, têm lá sua razão de ser. Nesse caso, trata-se de se contrapor à tal "parada do orgulho gay", que já virou atração turística em alguns lugares (tem gente pra tudo neste mundo). Mais que isso: é um alerta, uma reação de parte da sociedade - a maioria, que não é homossexual e que não aguenta mais ser bombardeada todos os dias pela impostura gayzista.
Graças a uma propaganda massacrante nos meios de comunicação - em especial nas novelas e programas da Rede Globo -, a ideologia gayzista (que está para os homossexuais como a CUT e o PT estão para os trabalhadores), está se impondo como um rolo compressor. Pior: ameaça cada vez mais transformar o Brasil numa espécie de ditadura rosa.
Acham que estou exagerando? Então vejam alguns exemplos recentes.
- O Supremo Tribunal Federal decidiu, em maio passado, pela legalidade do "casamento gay", chamado de “união homoafetiva” para não ferir os ouvidos mais sensíveis. A decisão fere diretamente o Artigo 226 da Constituição Federal, que deixa claro que, para fins de proteção do Estado, é reconhecida como casamento a união entre um homem e uma mulher, e que só pode ser modificado por Emenda Constitucional, a ser votada e aprovada no Congresso Nacional. Portanto, o STF usurpou a função do Legislativo e mandou às favas a separação de poderes, base da democracia. Cedendo ao lobby gayzista, trocou Montesquieu pelo ex-BBB Jean Wyllis. (Um dos ministros favoráveis à "união homoafetiva" justificou seu voto dizendo que o órgão sexual masculino é um "plus", um "regalo da natureza"... O fato de ser a união entre um homem e uma mulher o que garantiu a reprodução da espécie humana não passa de um detalhe.) Há alguns dias, um juiz de Góias declarou nulo um "casamento gay" celebrado pouco antes. Por ter invocado o Artigo da Constituição revogado cartorialmente pelo STF, está sendo linchado como "homofóbico".
- Durante a última "parada do orgulho gay" em São Paulo - a maior do mundo, com milhões de participantes e outros tantos de curiosos –, a organização do desfile exibiu imagens de santos católicos em poses homoeróticas. Trata-se de crime previsto no Artigo 208 do Codigo Penal, assim definido: "Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". (Só a título de especulação: imaginem se, em vez de santos católicos, algum engraçadinho resolvesse mostrar uma imagem de Maomé com batom e salto alto... Melhor nem pensar.)
- Uma telenovela (da Globo, claro), Insensato Coração - essa fiquei sabendo por terceiros -, enveredou escancaradamente pelo caminho do proselitismo gayzista. Seu autor, Gilberto Braga (um militante assumido), decidiu inserir, em cada capítulo, personagens e um discurso a favor do gayzismo, com "estatísticas" e tudo. A idéia é mostrar os gays como vítimas de preconceito e perseguição, e todos aqueles que torcem o nariz para eles como terríveis (lá vem a palavra de novo) "homofóbicos".
São apenas alguns exemplos. A cada dia surgem outros. Os dois primeiros mostrados acima deixam claro que a Lei, no Brasil, deixou de existir. Melhor dizendo: ela existe apenas para ajustar-se ao lobby gayzista e politicamente correto.
Assim como ocorre com outros lobbies semelhantes, o gayzista não tem qualquer compromisso com a verdade. Uma das idéias-fetiche de gente como Luiz Mott, presidente do Grupo Gay da Bahia, é que o Brasil seria um país "homofóbico". Trata-se de uma contradição em termos. Os gays representam uns 10% da humanidade, mas estão super-representados nos meios de comunicação. Cantores (e cantoras), atores, diretores, apresentadores não escondem sua homossexualidade. É difícil lembrar de um autor de telenovelas que não seja homossexual. O Brasil tem a maior parada gay do mundo. Não somos homofóbicos, assim como não somos racistas.
Da percepção claramente falsa de que o Brasil é uma espécie de Arábia Saudita decorre outra, mais fraudulenta ainda: a de que o Brasil seria uma espécie de matadouro de gays, lésbicas e travestis (ou aquela sopa de letrinhas que os militantes gostam de usar), em que homossexuais seriam vítimas de violência, tão perseguidos quanto eram os judeus na época da Alemanha nazista.
Aqui, claramente a mentira adquire ares de verdadeira psicose, de falsificação grosseira da realidade para se ajustar a um discurso ideológico vigarista. As ONGs gayzistas gostam de citar números para dizer que "no ano passado, foram mortos tantos homossexuais no Brasil" etc., querendo dizer com isso que os assassinos teriam sido todos - todos, notem bem - heterossexuais. Estaria comprovado, assim, o crime de intolerância sexual, do qual os gays seriam as vítimas.
Quem se der ao trabalho de pesquisar, porém, irá constatar uma realidade bem diferente. Não tenho os números, mas desconfio que boa parte dos casos de homicídios envolvendo homossexuais no Brasil é cometida também por homossexuais (em muitos casos, garotos de programa ou seus clientes, que os militantes gayzistas, por alguma razão, não gostam que sejam chamados de gays). Para quem gosta de História, os exemplos de homossexuais criminosos são abundantes: Calígula, Nero, Heliogábalo, Gilles de Rais, as SA nazistas de Ernst Rohm etc. Ou vejam, então, os casos de vários serial killers famosos nos EUA (John Wayne Gacy, Jeffrey Dahmer, Henry Lee Lucas etc.). Todos gays e assassinos, que matavam seus parceiros com requintes de crueldade. Se os crimes que cometeram tivessem ocorrido no Brasil, certamente seriam computados como "crimes de intolerância" ou "crimes de homofobia"...
O mesmo ocorre com outros crimes, como a pedofilia, geralmente - nem sempre, mas geralmente - praticada por adultos homossexuais. E isso inclui os padres católicos pedófilos, que também, por alguma razão misteriosa, não são chamados de gays pelos que adoram esculhambar a Igreja.
Por que os sindicalistas do gayzismo não citam esses fatos? Por dois motivos. Primeiro: não querem perder a pose de vítimas. Segundo: desejam aparecer como seres mais sensíveis e evoluídos. Superiores, enfim.
Estou dizendo que todos os gays são pedófilos e assassinos? Claro que não, e concluir assim só confirmaria minha suspeita de que certas causas políticas são mesmo incompatíveis com a inteligência. Cada um, sendo maior de idade, que faça com o próprio corpo o que quiser, desde que não coloque em risco a saúde fisica de outrem. Estou dizendo apenas o óbvio: que ser gay (ou hétero) não é um selo de qualidade que garanta que o indivíduo será um bom cidadão, bom filho ou pai, pagador de impostos e amante da paz e das flores. Dizer que alguém é um ser humano melhor porque gosta de meninos em vez de meninas é tão absurdo e tão estupidamente cretino quanto dizer que é pior pelo mesmo motivo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Menos, claro, se você for um militante, um veadinho nervosinho e afetado.
Toda militância é meio burra, e a militância gayzista não é exceção. Os ativistas do gayzismo não querem lutar por direitos, mas sim impor um estilo de vida e calar os que dele discordem. Ou que simplesmente tenham valores diferentes. Quem diz isso não sou eu, é o PLC 122 - a chamada Lei da Mordaça Gay - que ameaça botar em cana até quem contar piada de bichinha numa mesa de bar. Para não mencionar o óbvio atentado contra a liberdade religiosa, com padres e pastores proibidos de citar as partes da Bíblia que condenam o homossexualismo (o que vão fazer? censurar o Antigo Testamento? reescrever os trechos do Deuteronômio de que não gostaram?). Se aprovada no Congresso, como quer o deputado Jean Wyllis, tal lei imbecil irá substituir a liberdade de expressão pela censura gayzista. Aliás, com a ajuda da Rede Globo, isso já está acontecendo.
Estão apagando a fronteira entre a vida pública e a particular, o que é profundamente triste e lamentável. Eu, se fosse gay, não sairia saracoteando por aí com o narizinho empinado e expondo abertamente minha sexualidade, como um porta-bandeira da "causa". Acho isso tão boçal e estúpido quanto as bravatas dos don-juans de periferia que, entre um gole e outro de cerveja no boteco, gostam de se gabar de suas conquistas amorosas, reais ou não, arrotando que comeram tantas no fim-de-semana. Em vez de me pavonear ou de buscar o confronto, que só pode ter maus resultados (até porque há muita bicha enrustida por aí que, diante de um gay mais atrevido, não resiste em lhe dar uns tabefes), eu usaria a inteligência, e não iria querer que o Estado calasse ou intimidasse quem tivesse idéias diferentes, apenas que me deixasse em paz para levar a vida do jeito que eu escolhi. Acima de tudo, não daria a menor bola para o que pensassem e trataria de viver minha opção sexual onde e como ela deve ser vivida: na intimidade, longe dos olhos e da atenção do mundo. É assim que a maioria dos héteros faz. Ninguém vê um homem e uma mulher no maior amasso dentro de uma igreja ou numa festa infantil. Para isso existe motel. É melhor assim, e é mais gostoso.
Francamente, não me agrada nem um pouco a divisão que querem impor ao país, tipo gayzistas de um lado e Igreja católica ou evangélicos de outro. Acho isso uma tremenda empulhação, algo tão irracional e funesto quanto a divisão entre "esquerda progressista" e "direita reacionária", ou a divisão entre raças instituída pelo sistema de cotas nas universidades. Para mim, a questão não é religiosa, nem de costumes, mas diz respeito, isso sim, à própria democracia naquilo que ela tem talvez de mais sagrado: o direito a ter e expressar uma opinião, por mais preconceituosa que seja (desde que, claro, não seja um incitamento à violência). Por isso sou obrigado a reconhecer, dado o tamanho da impostura, que os católicos e evangélicos estão cobertos de razão. Entre o PLC 122 e a defesa da liberdade religiosa, fico com a segunda sem pestanejar.
Para finalizar, algumas perguntas:
- O padre católico (ou pastor protestante) não tem o direito de expulsar da igreja/templo o casal homossexual (ou heterossexual) que estiver trocando carícias na hora da missa/culto?
- Um dono de bar ou restaurante não tem o diteito de negar-se a atender um casal gay que queira fazer um jantar romântico no local?
- O pai ou mãe de família não tem o direito de escolher se a pessoa que vai cuidar de seu filho pequeno é homossexual ou não? (Uma ex-atriz da Globo, hoje deputada evangélica, está sendo crucificada porque afirmou que sim.)
- Um dono de bar ou restaurante não tem o diteito de negar-se a atender um casal gay que queira fazer um jantar romântico no local?
- O pai ou mãe de família não tem o direito de escolher se a pessoa que vai cuidar de seu filho pequeno é homossexual ou não? (Uma ex-atriz da Globo, hoje deputada evangélica, está sendo crucificada porque afirmou que sim.)
Se você respondeu negativamente qualquer das perguntas acima, é porque sua noção de liberdade de expressão e de direitos individuais é a mesma dos que bolaram coisas como o PLC 122. Ou seja: você precisa reaprender o que significa viver numa democracia.
A História está repleta de exemplos de ditaduras que começaram alegando a defesa dos melhores motivos. Inclusive em nome da liberdade, cometeram-se crimes terriveis. Toda intolerância é odiosa. A intolerância dos tolerantes não foge à regra.
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