quarta-feira, janeiro 05, 2011

Palhaçada!


Olha que engraçado!

Um palhacinho resolveu invadir o espaço de comentários do blog. Aliás, palhacinho, não: palhaços têm – ou, pelo menos, deveriam ter – alguma graça. Esse é daqueles que, em vez de riso, provocam apenas aquela sensação constrangedora de piedade e vergonha alheia.

O aprendiz de Tiririca, que convenientemente se apresenta como COMEDIANTE, escreveu o seguinte:

(Sobre o texto LULA É DE ESQUERDA)
Opa! Já vi que esse blog é a maior comédia, e é por aqui que eu vou ficar e não saio nunca mais. O dono é um palhaço e os comentadores uns panacas. Uh-hu!

Cara, você não é pouco burro não, só o suficiente... Desde quando ser de esquerda é promover a matança e a revolução? Isso não é ser de esquerda! Assim como a direita não se resume a guerra, matança, golpe e anti-comunismo. Ambas são visões equivocadas.

O MST e as Farc não são exemplos de esquerda, assim como o fascismo e o nazismo não são exemplos de direita. O contrário é burrice e idiotice. haha

Opa! Um ruminante quer levar umas chineladas. Pior para ele. Faço sua vontade. "U-hu"...

"Desde quando ser de esquerda é promover a matança e a revolução"? Desde que os comunas tomaram o poder na Rússia e deixaram atrás de si um rastro de 100 milhões de mortos. Mas tudo bem: nem todo esquerdista é revolucionário, aliás já escrevi isso. Como também já escrevi que não é preciso matar com as próprias mãos para ser considerado criminoso; basta ignorar o crime. E Lula faz mais do que isso, como mostra sua amizade inquebrantável com grandes humanistas e luminares da democracia e dos direitos humanos como Fidel Castro e Mahmoud Ahmadinejad.

Aliás, o Apedeuta aproveitou que ninguém estava olhando e resolveu não extraditar o assassino italiano Cesare Battisti. Resolveu esperar o último dia de seu mandato para fazer isso. Deve ser porque o tal Battisti é um direitista...

Pelo menos o herbívoro sabe que direita não é sinônimo de guerra, golpe e matança (já quanto ao "anticomunismo", discordo: direita que não é antitotálitaria não é a minha direita). Pelo menos percebe que fascismo e nazismo não têm nada a ver com direita, muito pelo contrário – há muito mais semelhanças entre o nazi-fascismo e o comunismo do que entre qualquer um deles e o liberalismo. Já é um grande mérito seu entender isso! Mas daí a dizer que “o PT e o MST não são exemplos de esquerda”??? Meu Deus do Céu! Depois de tudo que escrevi? Depois de todos os fatos que enumerei? Será que ainda vou ter que me repetir aqui?

Toda vez que um esquerdista tenta salvar a utopia de esquerda, ele vem com essa de que regime tal ou tal "não é de esquerda" etc. Daqui a pouco vão dizer que Lenin nao era leninista, e que Marx não era marxista (ou seja: que não eram de esquerda). Ora, tenham santa paciência!
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(Sobre o texto DIALOGANDO COM MUARES - que bem poderia ter se dirigido a ele)
Opa! Essa foi legal; eis que o dono-palhaço do blog se irrita e grita: "A maioria que se dane!". É isso aí! Que se dane o pobre, o burro, o analfabeto, o miserável, o negro, o judeu.

Mas acho que essa frase não é original. Se bem me lembro alguém da Alemanha já a disse antes, entre as décadas de 30 e 40. Depois tentou dominar a maioria. Aliás, ele usava um bigodinho muito engraçado e um símbolo que era semelhante a dois "s", fazendo SS. Opa!


O sujeito é mesmo uma graça! Digo que escrevo para quem pensa, e não para "maiorias", e aí ele vem com essa de "pobre, burro (OK, aqui ele acertou...), analfabeto, miserável, negro, judeu"... (como se "negro" e, ainda mais, "judeu" fossem "maioria" aqui ou na Antártida...) Será que preciso lembrar ao quadrúpede que o dever de qualquer pessoa honesta é concordar com sua própria consciência, não com o que "pensa" a maioria? A maioria – e os imbecis que acham que ela está sempre certa – que vá para o diabo que a carregue! A maioria que se lasque!

Além disso, o bocó metido a engraçadinho não esconde a própria ignorância. Está falando de Hitler? Pois saiba, meu filho, que poucas vezes houve governante que teve o apoio da maioria como teve o do bigodinho esquisito. Na Alemanha nazista, assim como no Iraque de Saddam Hussein e no Brasil de Lula, o governo tinha algo como 90% de aprovação popular! Hitler, inclusive, chegou ao poder levado pelo voto, não por um golpe de Estado. Ou seja: ele não tentou dominar "depois" a maioria, foi a maioria que o levou ao poder! O regime nazista foi odioso porque perseguiu não a maioria,
mas as... minorias! (judeus, gays, ciganos etc. - além de qualquer um que não se ajustasse à ideologia dominante) O cretino não sabe nem isso! É por essas e outras que prefiro a minoria, os do contra, como Thomas Mann e Albert Einstein, que tiveram de se exilar porque não se encaixavam no que queria a maioria. Mais uma vez: a maioria que se dane!

Agora espero que o gaiato cumpra a promessa, e não saia daqui nunca mais. Assim ele vai me proporcionar muitas gargalhadas.
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Vai, palhacinho, dá mais uma cambalhota! haha muito engraçado! Agora, conta aquela do papagaio, vai! Muito bom! Agora, imita um jumentinho! Toma aqui a alfafa hahaha.
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Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor! Hoje tem palhaçada? Tem, sim senhor! Tem mais um idiota que levou uma chinelada? Tem, sim senhor!

3 comentários:

Geraldo, S. disse...

Preciso brindar contigo, articulado autor, à danação das masssas; porque parece que elas já vêm "danadas" de nascença! (Alguma "falha de fabricação" inerente à Espécie; à qual o desvínculo é "anomlia")

Junior disse...

Caro,

Se você tem direito a fazer sua própria direita, como você mesmo falou, aquela que é antitotalitária, ao contrário da direita golpista e individualista. Pergunto-te por que não posso falar de uma esquerda que também não é revolucionária e cheia de matança?

Se você pega apenas uma parte da direita e esquece os golpes e demais atrocidades que o EUA e demais cometeram. Por que não posso ir contra Fidel Castro, ser antitotalitário, ser contra as Farc e me manter na esquerda por ser contra o status operante do mundo e achar que o capitalismo não é a saída ideal para o mundo?

Penso que você se engana ao tratar somente a esquerda a maneira de Fidel.

Geraldo, S. disse...

"(...)é 'anomalia'..." *