Era para ser o assassinato político perfeito. Um tiroteio no Arizona – estado de, entre outros, o ex-candidato a Presidência dos EUA John McCain. Seis mortos, inclusive uma menina de 9 anos de idade (ainda por cima, nascida em 11/09/2001). Uma deputada do Partido Democrata – o partido de Obama – ferida gravemente com um tiro na cabeça. Um assassino armado até os dentes. Pronto. Estava montado o palco para mais um circo, mais uma tentativa oportunista do beautiful people americano para criar um "caso" e ganhar alguns pontinhos na guerra cultural.
Antes mesmo que a fumaça dos tiros tivesse se dissipado, a grande imprensa americana e mundial, o New York Times à frente, já tinha escolhido os culpados: Sarah Palin, que colocara em seu website uma imagem de alvo sobre o distrito da deputada baleada (que o atirador do Arizona tenha visto ou não tal imagem, não tem a menor importância, decretaram os jornais), o Tea Party, o NRA, a "cultura das armas" etc. Só faltaram colocar a culpa na CIA ou no Mossad.
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Antes mesmo que a fumaça dos tiros tivesse se dissipado, a grande imprensa americana e mundial, o New York Times à frente, já tinha escolhido os culpados: Sarah Palin, que colocara em seu website uma imagem de alvo sobre o distrito da deputada baleada (que o atirador do Arizona tenha visto ou não tal imagem, não tem a menor importância, decretaram os jornais), o Tea Party, o NRA, a "cultura das armas" etc. Só faltaram colocar a culpa na CIA ou no Mossad.
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Pois é, né? Parecia um caso perfeito para ser explorado pela esquerda americana, que vê em Sarah Palin nada menos do que um demônio de saias e na posse de armas de fogo, e não nos que as portam, a causa de todos os crimes. Barack Obama, claro, não perdeu a chance de tirar uma lasquinha do episódio, pregando a “união de todos” etc. Parecia perfeito. Mas não contavam com a realidade.
Jared Lee Loughner, o assassino mentalmente perturbado que matou 6 e feriu gravemente 14, inclusive a deputada democrata Gabrielle Guiffords, se encaixa muito mais no perfil de esquerdista paranóico do que de membro do Tea Party. Vamos a alguns fatos:
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Jared Lee Loughner, o assassino mentalmente perturbado que matou 6 e feriu gravemente 14, inclusive a deputada democrata Gabrielle Guiffords, se encaixa muito mais no perfil de esquerdista paranóico do que de membro do Tea Party. Vamos a alguns fatos:
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- Ele odeia o governo dos EUA, que acreditava estar manipulando sua mente - seu ódio chegava a extremos de paroxismo quando via George W. Bush na TV.
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- Fanático por teorias conspiratórias, ele acreditava, como milhares de esquerdistas e antiamericanos, que os atentados de 11 de setembro de 2001 foram perpetrados pela Casa Branca.
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- Ele lia Marx e Hitler. Não me surpreenderia se em sua biblioteca fossem encontrados livros de Noam Chomski e de Tariq Ali (ou, se fosse brasileiro, de Emir Sader e Frei Betto).
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- Gabriele Guiffords, a congressista democrata ferida com um tiro na cabeça, e que se tornou uma quase-mártir do lobby anti-armas nos EUA, defende, ela mesma, a posse de armas ("como uma tradição", mas defende).
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Nem é preciso lembrar, mas nenhum desses fatos foi mencionado na imprensa brasileira, tendo sido referidos somente vários dias depois do atentado, e apenas de relance, na grande mídia norte-americana. O veredicto já havia sido tomado, antes mesmo que o caso chegasse às manchetes: a culpa do crime foi de Sarah Palin, do Tea Party, da NRA...
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- Gabriele Guiffords, a congressista democrata ferida com um tiro na cabeça, e que se tornou uma quase-mártir do lobby anti-armas nos EUA, defende, ela mesma, a posse de armas ("como uma tradição", mas defende).
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Nem é preciso lembrar, mas nenhum desses fatos foi mencionado na imprensa brasileira, tendo sido referidos somente vários dias depois do atentado, e apenas de relance, na grande mídia norte-americana. O veredicto já havia sido tomado, antes mesmo que o caso chegasse às manchetes: a culpa do crime foi de Sarah Palin, do Tea Party, da NRA...
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Era para ter sido o crime perfeito. Os esquerdistas americanos acreditaram nisso. Muitos caíram na deles. Menos os que têm algum respeito pelos fatos, em vez da ideologia.
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