segunda-feira, janeiro 03, 2011

DILMA, A VALENTE


Eu sou um covarde. Eu sou um pusilânime. Eu sou um covarde e um pusilânime porque não presto continência para Dilma Rousseff. Sou um borra-botas, um bunda-mole, porque não idolatro Lula e sua criatura. Quem me alertou para isso foi um leitor chamado Augusto. Ao contrário de mim, e à semelhança de Dilma Rousseff, Augusto é um bravo, um herói. Vejam o que escreveu o valente sobre meu texto A POSSE DO POSTE:

Faça uma continencia gustavo.
Admito que coragem e ideal sejam materia prima que te faltam. Quem nao tem tem dificuldade em admitir nos outros...
A presidente tem de sobra. E ainda soma capacidade, ousadia e trabalho.
So sorry, gustavo.


Dilma Vana Rousseff, como se sabe, é a própria coragem e ideal em pessoa. Ela teve a coragem e o idealismo de aceitar ser escolhida pelo chefe. De sumir por dois dias no último apagão. De fazer dossiês. De não assumir o que disse um dia sobre a legalização do aborto. De dizer que a luta armada de que participou era pela democracia. Haja coragem. Haja ideal.

Não tenho essa coragem, nem esse ideal. Tampouco tenho a capacidade, ousadia e trabalho de Dilma Rousseff. Capacidade, ousadia e trabalho revelados todos os dias em seus discursos e em seu domínio invejável da língua e da lógica. Haja capacidade. Haja ousadia. Haja trabalho.

Como disse, sou um covarde porque não presto continência para Dilma Rousseff. Vi - juro que vi - uns dois ministros (da área civil) prestando continência para ela na cerimônia de posse. Houve época em que a regra era prestar continência para gente fardada que mandava no país. Hoje, a moda é prestar continência para Dilma Rousseff. Deve ser por isso que sou um covarde. Deve ser por isso que sou um bandido. Porque não presto continência para ela. Porque sou do contra. Porque não sigo a manada.

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