quinta-feira, janeiro 13, 2011

O HERÓI DOS IDIOTAS GLOBALIZADOS


Escrevi aqui outro dia que não sabia quem era Julian Assange. Agora eu sei. É um mitômano, um megalomaníaco. Um perfeito idiota. O supremo idiota. O rei dos idiotas. O herói da idiotice global. Do mesmo naipe de um Noam Chomski, um Oliver Stone, um Michael Moore.

Os advogados de Assange – que, como até os esquimós sabem, causou um reboliço de proporções mundiais ao publicar milhares de documentos secretos e confidenciais da diplomacia americana em seu site Wikileaks – agora vieram com essa: seu cliente corre o risco, se for extraditado para a Suécia, onde responde a um processo por estupro, de ir parar em Guantánamo. Pior: de ser executado pelo governo dos EUA.

A coisa seria somente risível, se não fosse mais uma pedra no edifício da mitologia que se está criando em torno de Assange. É mais facil o governo de Dilma Rousseff extraditar o terrorista italiano Cesare Battisti ou o representante das FARC no Brasil, o ex-padre Oliverio Medina, do que o dono do Wikileaks ser recambiado para Guantánamo ou acabar no corredor da morte em alguma prisão norte-americana. É um acinte à inteligência.

Assange, vamos lembrar, está sendo processado por estupro. E a Suécia, ainda que Lula da Silva ache que não, é uma democracia, assim como a Itália (classificação que, segundo os lulo-petistas, caberia, ao contrário, a Cuba ou ao Irã). Então, qual é o problema?

Não me causa surpresa que esse sujeito tenha se transformado no queridinho dos esquerdiotas: seu site, o Wikileaks, dedica-se a tornar inútil o trabalho dos diplomatas dos EUA, revelando dados que podem colocar em risco a segurança não só do país, mas do mundo todo. E isso, sim, é crime! Qual sua motivação? O antiamericanismo, o ódio, o puro e simples ódio, aos EUA, que é inseparável do ódio à civilização e à democracia. O que esse cara quer é tornar o mundo menos, e não mais, seguro, e aproveitar para aparecer nas manchetes dos jornais. E é por isso que tantos idiotas o veneram. Não tem nada a ver com “liberdade de expressão”. Nada a ver com o Freedom of Information Act (FOIA), com o qual já estão comparando - burramente, ignorantemente - o Wikileaks.

Os EUA têm segredos a esconder, e alguns, inclusive, precisam ser revelados? Não há duvida que sim, do mesmo modo que os governos da Suazilândia e do Butão. Mas não é isso que Assange faz. Em seu site, ele mostra um vídeo em que um helicóptero norte-americano Apache pulveriza um grupo de inocentes no Iraque, inclusive alguns jornalistas da Reuters. O ataque foi o resultado de um erro de informação, e os responsáveis, com ou sem Assange, deverão pagar por isso. Mas sua intenção ao mostrar o vídeo e ao vazar os documentos é reforçar a ideia de que os EUA estão no Iraque para praticar tiro ao alvo em civis. O que ele pretende é jogar lama nos EUA, pura e simplesmente. Para a alegria dos que odeiam os - é assim que eles chamam -"estadunidenses".

Há quem compare Assange a Daniel Ellsberg, o ex-funcionário do Pentágono que causou furou em 1971 ao divulgar informações secretas do governo dos EUA sobre a guerra do Vietnã. Os Pentagon Papers, como foram chamados, abalaram o governo e colocaram ainda mais a opinião pública contra a guerra. Há três diferenças fundamentais: primeiro, o número de documentos vazados por Ellsberg era muito menor do que os de agora (cerca de 1.000 contra mais de 250 mil); segundo, Ellsberg poderia dizer que estava agindo movido pela pròpria consciência, pois fora oficial de inteligência do Pentágono e estivera, inclusive, no Vietnã (se agiu certo ou não, esta é outra questão); terceiro, e o mais importante: os documentos vazados por Ellsberg não afetavam diretamente a segurança de cidadãos (norte-americanos ou não) no mundo todo, como é o caso do Wikileaks.

Mesmo assim, na época Nelson Rodrigues chegou a escrever uma crônica na qual perguntava sobre Daniel Ellsberg: se, na Segunda Guerra Mundial, um soldado americano roubasse documentos ultra-secretos revelando a data e a localização do desembarque do Dia D na Normandia, seria ou não considerado um traidor? Ellsberg foi tratado como herói pela esquerda anti-EUA. Assange também está tendo tratamento semelhante.

Tudo isso, porém, é acadêmico. O importante é que Assange está se escudando em sua condição de celebridade instantânea da esquerda chique e do antiamericanismo global para fugir a uma convocação legal por outro crime, que não tem qualquer relação com o Wikileaks. Para ele, é até conveniente que assim o seja, pois como se sabe seu público se alimenta de paranóia e fantasias conspiratórias. Quando eu quiser pôr em perigo a segurança do mundo livre, vou tomar o cuidado de estuprar duas suecas antes. Assim, estarei blindado contra qualquer acusação legal, que poderei atribuir a uma armação do imperialismo para me pegar.

Os advogados de Julian Assange estão com medo de que ele acabe em Guantánamo. Acho o receio totalmente infundado. Para alguém como ele, a cadeia não é a pior punição. Deixar de ser manchete, sim.

Um comentário:

Anônimo disse...

gUSTAVO, O WIKILEAKS BRASIL disse que o PT FRAUDOU AS ELEIÇÕES, INCLUSIVE APRESENTARAM O HACKER CONTRATADO , FOTOGRAFADO COM LULA E COM O DECRÉPITO MARCELO BLANCO- CHEFE DA AL QAEDA ELETRONICA

OS PETISTAS , APÓS ISTO, CALARAM A BOCA