Há duas maneiras de se analisar o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), apresentado na véspera do Natal pelo secretário Paulo Vanucchi e aprovado pelo presidente-demiurgo, e que tanto barulho tem provocado, inclusive com pedidos de demissão nos altos escalões governamentais e rumores de crise militar. A primeira é como mais uma monumental trapalhada, obra de um bando de ferrabrazes e porra-loucas incrustados no governo, de “aloprados” com idéias juvenis de revanchismo e de “justiça social” a qualquer preço – inclusive ao preço da própria justiça e dos direitos humanos. Outra é como a culminação de uma estratégia longamente planejada, de alcance internacional, da qual os atuais governantes no Brasil são apenas uma peça, e que está voltada para a demolição das instituições democráticas e para a instalação, em seu lugar, de uma ditadura de esquerda, conforme o caminho preconizado por Gramsci e pelo Foro de São Paulo.
Somente para não deixar passar em branco: o tal PNDH-3 estabelece, entre outras medidas, a censura à imprensa, ao prever punições para os órgãos de informação que não se comportarem bem em relação ao tema dos direitos humanos, segundo determinação do governo; legaliza a violência no campo de grupos revolucionários como o MST, ao instituir, no lugar da aplicação da Lei, como a implementação de mandados de reintegração de posse, “reuniões de conciliação” entre proprietários e invasores; e impõe o revanchismo e a mistificação histórica como norma, ao sugerir a revisão da Lei de Anistia de 1979, de modo a punir somente os que combateram o terrorismo de esquerda. Defende, ainda, a legalização do aborto e a regularização da profissão de prostituta – métier em tudo compatível com a dignidade da pessoa humana.
Somente para não deixar passar em branco: o tal PNDH-3 estabelece, entre outras medidas, a censura à imprensa, ao prever punições para os órgãos de informação que não se comportarem bem em relação ao tema dos direitos humanos, segundo determinação do governo; legaliza a violência no campo de grupos revolucionários como o MST, ao instituir, no lugar da aplicação da Lei, como a implementação de mandados de reintegração de posse, “reuniões de conciliação” entre proprietários e invasores; e impõe o revanchismo e a mistificação histórica como norma, ao sugerir a revisão da Lei de Anistia de 1979, de modo a punir somente os que combateram o terrorismo de esquerda. Defende, ainda, a legalização do aborto e a regularização da profissão de prostituta – métier em tudo compatível com a dignidade da pessoa humana.
.
Não sei quanto a quem lê estas linhas, mas acredito que é a segunda alternativa colocada no primeiro parágrafo a que mais corresponde à realidade. Não é a primeira vez que essas iniciativas são propostas pela claque do Planalto – e, tudo indica caso a tentativa atual falhe, não será a última. Medidas como a censura governamental, disfarçada sob o pomposo rótulo de “controle social da mídia”, mediante a idéia da criação de um Conselho Nacional de Jornalismo e, mais recentemente, da CONFECOM, sem falar na revogação da Anistia e na proteção estatal aos baderneiros do MST, são pontos de honra para ministros como Paulo Vanucchi, Tarso Genro e Franklin Martins. A julgar pelo prontuário dos esquerdistas no poder, creio que não há muita dúvida de que estamos mesmo diante de uma tentativa de golpe – a mais grave ameaça à democracia no Brasil desde o fim do regime militar.
Claro, já estão dizendo por aí que o Apedeuta não tem nada a ver com a estrovenga, que é tudo uma maluquice desse ou daquele ministro mais estouvado etc. Seria estranho se não fosse assim. O ataque à democracia, no figurino gramsciano, jamais deve ser frontal e aberto: deve-se sempre manter uma certa plausible deniability – o trabalho sujo, a tarefa de destruir os valores da democracia e da liberdade, cabe aos cães de fila como Vanucchi e Tarso Genro, jamais aos generais como Lula. Este, segundo o clássico figurino gramsciano, poderá sempre esconder-se por trás de seu cargo e da faixa presidencial, posando de democrata e de estadista – “o cara”, escolhido “homem do ano” pelo Le Monde. Quando esquerdistas falam em democracia e em justiça, podem ter certeza: as maiores vítimas serão a democracia e a justiça.
O governo Lula bateu-se contra um golpe inexistente em Honduras, apoiando e dando abrigo na embaixada a quem de fato tentou golpear as instituições naquele país. Deu seu respaldo à fraude política e à tirania no Irã, em Cuba e na Venezuela, fechando os olhos para o golpe institucional na Nicarágua. Nada mais natural, portanto, que, mais cedo ou mais tarde, tentasse seu próprio golpe bolivariano. Com o PNDH-3, a máscara democrática do lulo-petismo finalmente caiu. O golpismo lulo-petista-bolivariano está em marcha. Só não vê quem não quer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário