quarta-feira, janeiro 20, 2010

OS DIREITOS HUMANOS DELES


Não sei se quem lê este blog está acompanhando a celeuma em torno do tal PNDH-3 - a tentativa grotesca dos esquerdopatas no governo de bolivarianizar de vez o Brasil. A coisa merece uma atenção maior do que a que vem tendo na imprensa. É simplesmente - faço questão de repetir, pois há verdades que precisam ser gritadas dos telhados para serem ouvidas - o maior atentado contra a democracia orquestrado no Brasil em mais de quarenta anos.

É o maior escândalo do governo da companheirada, sem qualquer sombra de dúvida. Maior do que o mensalão? Maior do que o mensalão. Maior do que a chanchada cucaracha em Honduras. Do que qualquer encrenca internacional ou nacional que os aloprados petistas já armaram. E digo por quê.

O que se está tramando é simplesmente um golpe de Estado. Nada mais do que isso. Trata-se de um plano completo, um programa desestabilizador das instituições, que, se implementado, irá simplesmente substituir a Constituição e o Judiciário por uma versão farofeira dos tribunais stalinistas, jogando no lixo o estado de direito democrático e instituindo oficialmente a República soviética do Brasil.
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Acham que estou exagerando? Então leiam o troço. Não acreditem em mim, acreditem no PNDH-3. Está tudo lá: censura à imprensa - o programa prevê punições e até o fechamento de meios de comunicação "que não respeitarem os direitos humanos" (na visão lulo-petista, entenda-se); revanchismo - sai a Lei de Anistia de 1979, e entram os tribunais revolucionários da esquerda para julgar nonagenários, sem que uma palavra seja dita sobre os mortos e feridos pela esquerda armada -; liqüidação do direito à propriedade, com a legitimação das invasões do MST, colocadas acima da Lei; desrespeito à liberdade religiosa, criminalização de quem é contra o aborto etc. Se isso não é um Estado bolchevique em gestação, então não sei o que é. E tudo de maneira legal, por meio das próprias instituições democráticas, ocupando espaços, contrabandeando um programa ideológico para dentro de uma política oficial de governo. Se você pensou em Gramsci, está no caminho certo.

O golpe é tão mais grave por estar sendo feito na surdina, de forma quase clandestina. Os petralhas como Paulo Vanucchi esperaram até o final do mandato do Apedeuta para mostrar sua verdadeira cara e arreganhar os dentes. Escolheram um momento também propício, no final do ano, quando quase todos estão olhando para o outro lado. Mas não contavam que alguém iria prestar atenção.

Como de outras vezes, já estão tentando tirar o do Lula da reta, blindando-o. A tática agora é dizer que o Apedeuta assinou sem ler, o que é bastante provável, haja visto o pouco apreço do Filho do Barril pela leitura, mas não o exime de responsabilidade. Assim como não serve de desculpa para Dilma Rousseff, que, como ministra da Casa Civil, está diretamente ligada ao tal programa. Lula pode até não ter lido o que assinou, mas não dá para negar que os pontos previstos no PNDH-3 já vinham sendo cozinhados há muito tempo, desde o começo do governo. Paulo Vanucchi é o mais novo aloprado. Quanto a Lula, está apenas repetindo sua velha cantilena: "não sei nada, não vi nada". A ignorância é mesmo um álibi muito conveniente.

A visão da esquerda sobre os direitos humanos é mesmo esquisita. Lula agora quer fazer todos crerem que não tem nada a ver com o PNDH-3 do jeito que está, mesmo tendo ele, Lula, escancarado a embaixada brasileira para um golpista travestido de vítima de golpe em Honduras. Lula não faz segredo de suas simpatias por liberticidas como Hugo Chávez e Evo Morales, já tendo dito que na Venezuela, por exemplo, há democracia "até demais". Também é conhecida sua veneração de longa data por Fidel Castro e pelo totalitarismo cubano, que ele considera um modelo e uma inspiração. Há alguns meses, o governo brasileiro patrocinou a volta de Cuba à OEA, mesmo com a tirania castrista não dando qualquer sinal de que vá, um dia, permitir que a ilha vire uma democracia. Sob o lulo-petismo, a diplomacia brasileira se tornou aliada dos piores tiranos e genocidas do planeta, como o sudanês Omar Al-Bashir. Mais recentemente, Lula recebeu com flores o iraniano Mahmoud Ahmadinejad, um antissemita negador do Holocausto e patrocinador do terrorismo islamita. Por falar no Irã, nosso Guia Genial reconheceu, antes mesmo dos aiatolás iranianos, a vitória fraudulenta de Ahmadinejad nas eleições presidenciais, minimizando os protestos contra a fraude - e a repressão sangrenta que se seguiu - como se fosse uma mera disputa entre torcidas de futebol. Procure alguma declaração mais firme do governo brasileiro, alguma resolução condenando de forma veemente ditaduras como a cubana e a iraniana. Não há nada. Nem um miserável muxoxo sequer. Declarações entusiasmadas de apoio a esse regimes, por sua vez, há aos montes.
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Gente como o ex(?)terrorista Paulo Vanucchi acredita que um governo, por ser popular, pode fazer o que quiser. Lula também crê que, por ser popular, irá sair sem um arranhão desse novo escândalo. Certamente sairá. Os brasileiros estão tão anestesiados que vão engolir mais essa, convencendo-se a si mesmos que ele não tem nada a ver com o PNDH-3, assim como engoliram que ele não teve nada a ver com o mensalão. Quem não dá a mínima para os direitos humanos em outros lugares também não vai dar a mínima no próprio país. Não, o PNDH-3 não é coisa deste ou daquele ministro aloprado e sem noção. É a expressão fiel e acabada do que é o governo Lula. É o retrato da esquerda no Brasil.

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