Este é um blog assumidamente do contra. Contra a burrice, a acomodação, o conformismo, o infantilismo, a ingenuidade, a abobalhação e a estupidez que ameaçam tomar conta do País e do Mundo. Seja livre. Seja do contra. - "A ingenuidade é uma forma de insanidade" (Graham Greene)
sexta-feira, janeiro 30, 2009
EXTRADITEM TARSO GENRO!
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Um diálogo sobre discursos (ou: da necessidade de recolocar frases no contexto)
Oi Gustavo, mais uma vez eu agradeço a repercusso do meu artigo no seu Blog e queia escarecer apenas alguns pontos:
1. A infrmação sobre o Olmet foi retirada da TV, acho que a fonte não estava bem informada, mas não importa posto que veio de uma autoridade israelense.
5. acho que você não conseguiu entender o que Kant disse, e o fato de você apoiar a causa de Israel contra o Hamas (o que para mim é plenamente legitimo e que de certa forma eu também apoio) acabou fazendo com que você perdesse a dimensão de que há, nos dois lados do conflito, uma perigosa semelhança. A ideia de uma "terra sem povo para um povo sem terra" é mais semelhante a retórica do Hammas do que você percebeu.
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Novamente, Pablo, meus parabéns por você reconhecer o direito de Israel existir. Com isso, você está se diferenciando de nove em cada dez analistas "sérios" que, nos últimos dias, não cansaram de repetir na TV, até a exaustão, o mantra da "reação desproporcional" de Israel contra o Hamas (como se Israel devesse, em nome da proporcionalidade, provocar um genocídio em Gaza). Alguns chegaram mesmo, no auge da demência, a fazer comparações completamente descabidas entre a luta de Israel contra o Hamas e o... nazismo! Isso demonstra até que ponto o antissemitismo, velado ou não, já tomou conta da cobertura do conflito no Oriente Médio. Felizmente, ao que parece, você não compactua com esse discurso imoral e calhorda. Faço apenas um adendo: mesmo que o discurso do Shimon Peres fosse incorreto (o que não foi o caso), isso não iria mudar muita coisa: independentemente do discurso que tenham as autoridades israelenses, e até de quais sejam suas ações (basta ver a história da região nos últimos nove anos), os atentados terroristas do Hamas e do Hezbollah, assim como a mentalidade antissemita de parte da opinião mundial, continuariam do mesmo jeito. Infelizmente, para os inimigos de Israel, não importa o que seus líderes digam ou façam, a legitimação moral do Estado de Israel jamais será por eles reconhecida. Diante disso, resta a Israel apenas defender-se. É uma pena que tanta gente considere isso uma atitude "racista" e "etnocêntrica".
- Israel é um Estado democrático e tem o direito de existir e de se proteger;
- Os inimigos de Israel, como o Hamas, juraram destruí-lo e exterminar sua população;
- A ação militar israelense em Gaza foi defensiva e visou a eliminar ou debilitar essa ameaça;
- No decorrer da ação de Israel em Gaza, o Hamas não hesitou em usar a população palestina, inclusive crianças, como escudos humanos;
- A maior parte da opinião pública mundial mordeu a isca e se colocou contra Israel, acusando-o inclusive de promover um "massacre" em Gaza;
- Diante das acusações, Shimon Peres tratou de colocar os pingos nos is, ao dizer que, ao contrário do Hamas, Israel cuida de suas crianças;
- A frase foi interpretada por muitos como uma demonstração de arrogância de Israel, e não como a constatação de uma realidade óbvia: Israel, ao contrário do Hamas, não usa crianças como escudos humanos para ganhar pontos na guerra de propaganda.
Tudo isso apenas comprova uma coisa: há uma campanha sistemática anti-Israel, e quase ninguém se dispõe a defendê-lo dos verdadeiros racistas e genocidas.
Cada vez mais concordo com a frase de Golda Meir: "Prefiro receber protestos a receber condolências".
O resto é conversa pra boi dormir.
sexta-feira, janeiro 23, 2009
AS IMPRESSIONANTES CREDENCIAIS DO BRASIL

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quarta-feira, janeiro 21, 2009
OBA-OBAmania

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Em seu discurso de posse, Obama falou em "reconstruir" a nação (ela foi destruída?). Esse tipo de discurso, em vez de me entusiasmar, me dá calafrios. A ideia de "reconstrução" do país - ou do mundo - é algo presente nos discursos de todos os líderes ditatoriais do século XX, de Hitler e Stálin a Fidel Castro e Hugo Chávez. Traz em si um claro componente de messianismo salvacionista, algo tão conhecido de nós, brasileiros. Não duvido que já estejam acendendo velas para Obama em alguns lugares dos EUA, assim como já estão acendendo velas para São Luiz Inácio em algumas cidades do interior do Nordeste. Uma das frases do discurso de Obama foi "a esperança venceu o medo". Impossível evitar a impressão de déjà vu.
Obama é o presidente "histórico". Sua eleição está sendo considerada, por dez em cada dez veículos da grande imprensa, uma vitória contra o racismo e um raio de esperança para a humanidade. Quanto a ser uma vitória contra o racismo, já escrevi sobre isso, e acho que foi exatamente o contrário - Obama dificilmente teria sido eleito não fosse justamente a questão racial, ou seja, o fato de ser (americanamente, diga-se) negro. Com relação à segunda questão, de se Obama é ou não uma esperança, é aqui que tenho minhas maiores dúvidas. A vitória de Obama pode ser creditada a uma série de fatores, inclusive à crise financeira mundial, mas é inegável que foi também uma vitória dos inimigos dos EUA. Muitos que torceram por ele compartilham da visão segundo a qual os EUA só agem, e o mundo reage. O terrorismo islamita, por exemplo, é visto, segundo essa visão, sempre como uma forma de reação, de resposta, à política externa norte-americana. O discurso de Obama, ao proclamar que guerras se vencem com mais do que armas e ao prometer diálogo com regimes como o do Irã, vai nessa direção. Soube que ele pretende fechar a prisão de Guantánamo e conversar também com Raúl Castro, que governa um regime que mantém umas 600 Guantánamos na ilha-prisão de Cuba, mas ninguém - principalmente, os que votaram em Obama - dá a menor bola para esse último detalhe.
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terça-feira, janeiro 20, 2009
"Ai que preguiça"...

quinta-feira, janeiro 15, 2009
ESCUDOS HUMANOS, UM PROBLEMA DA HUMANIDADE

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MENTIRAS SOBRE ISRAEL

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Suponha que as fronteiras da região retornem a como eram antes da criação de Israel, em 1948. Mais: imagine que Israel deixasse de existir, e toda a região se tornasse o Estado palestino. O Hamas e o Hezbollah cessariam sua luta? Cessariam os atentados? Claro que não! O que eles querem é a islamização do mundo, a jihad global.
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quarta-feira, janeiro 14, 2009
ENFIM, UM DEBATE

Já estava imaginando, pelos antecendentes do programa, o que viria a seguir: uma desbragada apologia da homossexualidade e um ataque vitimista e afetado, pela enésima vez na televisão, à mentalidade "homofóbica" que impede um sujeito de batom, maquiagem e salto alto de ensinar nas escolas para quem acabou de sair das fraldas e não sabe ainda a diferença entre um camelo e um cavalo. De fato, não me enganei de todo a esse respeito. Um dos primeiros a tomar a palavra, gay assumido, começou a cantar as virtudes da opção do(a) professor(a), enfatizando seu "direito como cidadão" de expor abertamente sua condição sexual em sala de aula, e criticando duramente "essa gente careta e preconceituosa, que não deixa a gente ser o que é". Ainda assim, resolvi assistir ao debate, devido à presença dos dois cientistas, cujas opiniões eu estava curioso para ouvir.
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terça-feira, janeiro 13, 2009
UM VERMELHO-E-AZUL COM UM TEXTO MUITO CONFUSO (OU MAL-INTENCIONADO)
Nada a comentar. Assino embaixo. Adiante.
Aqui começa o problema. Sob o pretexto de criticar a inação da ONU, o autor comete um disparate histórico, ao dizer que "A ONU, desde a sua fundação, só tem feito referendar a vontade dos países ricos". Se isso fosse mesmo verdade, teríamos que considerar países como Sudão, Cuba e Síria potências econômicas. A ONU, hoje, não passa de uma mega-ONG e de um clube de ditadores, muitos deles patrocinadores ativos do terrorismo, todos com alguma encrenca com os tais "países ricos". Não é por acaso que os EUA e Israel são sempre voto vencido na Assembléia-Geral da dita organização.
A retórica é o refúgio preferido da hipocrisia diplomática.
Aqui está o cerne de toda a confusão/desinformação. A condenação diplomática do governo Lula à operação israelense na Faixa de Gaza não é de fachada, infelizmente. Aliás, é aqui que mora o problema. O governo brasileiro não vê problema nenhum nos ataques terroristas do Hamas contra alvos israelenses, tanto que se abstém de condená-los abertamente, como se recusa a condenar essa organização terrorista e genocida. Isso se traduz numa iniciativa concreta contra o governo israelense, que luta há 60 anos para se proteger de quem quer destruí-lo. O Brasil já condenou Israel na Comissão de Direitos Humanos da ONU, mas se recusa até hoje a condenar a ditadura de Cuba e o governo genocida do Sudão, sem falar nos narcobandoleiros das FARC, que insiste em não classificar como o que são: terroristas. Agora, vem falar em paz no Oriente Médio, e se oferece inclusive como mediador. Isso sim é fachada pura e representação hipócrita. Patético.
segunda-feira, janeiro 12, 2009
ERRATA
"A CANTAR E A DANÇAR"... UMA HISTÓRIA DESCONHECIDA DOS "ANOS DE CHUMBO"
sábado, janeiro 10, 2009
GAZA: O QUE PRECISA SER DITO
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GUSTAVO IOSCHPE, 31, mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale, é articulista da revista “Veja” e foi colaborador da Folha . É autor de “A Ignorância Custa um Mundo” (Prêmio Jabuti 2005).