tag:blogger.com,1999:blog-373510042024-03-19T01:29:23.819-03:00Blog Do ContraEste é um blog assumidamente do contra. Contra a burrice, a acomodação, o conformismo, o infantilismo, a ingenuidade, a abobalhação e a estupidez que ameaçam tomar conta do País e do Mundo.
Seja livre. Seja do contra.
- "A ingenuidade é uma forma de insanidade" (Graham Greene)Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.comBlogger1020125tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-68646044169175482832014-09-03T12:21:00.000-03:002014-09-03T12:21:00.456-03:00A ARTE DA FUGA<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>João Pereira
Coutinho<br /><em>Folha de S.Paulo</em>, 2/09/2014</strong><br /><br />Quem leva a sério a opinião
política dos artistas? Eu não. Deixei de o fazer com a ruína dos regimes
totalitários.<br /><br />Nas pinturas de Isaak Brodsky (sobre Lênin); nos filmes de
Leni Riefenstahl (sobre Hitler); e nas telas de Alessandro Bruschetti (sobre
Mussolini), a "arte política" deixou um testamento vergonhoso, que passou pela
legitimação –melhor: pela exaltação das virtudes de psicopatas.<br /><br />Exceções,
sempre houve. Mas o casamento entre arte e política normalmente deu maus
resultados. A "arte pela arte" não é apenas um bordão do século 19. É um
conselho prudente para quem tem pretensões de se dedicar a ela.<br /><br />Por isso
ri alto com a carta aberta que 55 artistas enviaram à Fundação Bienal de São
Paulo.<br /><br />Ponto prévio: nenhuma pessoa adulta escreve cartas abertas em
manada; quando falamos de artistas, ou pretensos artistas, a coisa ainda soa
pior. Ou a arte vive da autonomia individual, ou não vive. Só covardes assinam
em manada.<br /><br />Mas os 55 revoltaram-se com o apoio financeiro que Israel
concedeu à Bienal. Não querem dinheiro judeu porque acreditam que esse dinheiro,
depois da guerra em Gaza, conspurca as suas integridades estéticas.<br /><br />Se o
dinheiro fosse da Autoridade Palestina, ou até do Hamas, talvez a conversa fosse
outra. Não é. É de Israel.<br /><br />Não vou regressar ao conflito entre Israel e o
Hamas, que vive agora a sua trégua clássica antes do próximo confronto. Enquanto
o mundo não entender direito a natureza islamita e jihadista do Hamas, não vale
a pena gastar latim com o assunto.<br /><br />Mas talvez não seja inútil fazer uma
pergunta meramente teórica: de que vive a arte, afinal?<br /><br />Arrisco uma
resposta: a arte vive da liberdade. Um clichê sem grande
importância?<br /><br />Errado. Parafraseando Saul Bellow, eu gostaria de conhecer o
Balzac dos zulus. Não conheço. Se Nova York, Londres ou Berlim são centros de
excelência estética, isso deve-se à estabilidade política e à riqueza material
de tais cidades.<br /><br />E mesmo que a arte seja "engajada", o que já me parece
uma corruptela da sua vocação, convém que o "engajamento" seja direcionado para
os alvos certos.<br /><br />Os 55 artistas da Bienal falham nos dois
planos.<br /><br />Começando pela liberdade, basta consultar os rankings da ONG
Freedom House para 2014. Não vou cansar o leitor com números e mais números.
Resumindo, digo apenas: Israel é o único país do Oriente Médio e do norte de
África considerado "livre". O resto oscila entre "parcialmente livres" (Tunísia,
Líbia, Kuait) e "não livres" (Iraque, Irã, Arábia Saudita).<br /><br />E, para
ficarmos na vizinhança de Israel, é a desgraça: Jordânia, Egito ou Síria
continuam antros de repressão. Os 55 artistas, que deveriam defender a liberdade
de expressão como quem defende o oxigênio, assinam uma carta contra o único país
que respeita essa liberdade em todo o Oriente Médio.<br /><br />E sobre os direitos
humanos? Fato: Israel merece várias linhas de condenação nos relatórios anuais
da Human Rights Watch, outra ONG independente. Mas nada que se compare ao
comportamento dos mesmos países do Oriente Médio, para não falar da vizinhança
em volta.<br /><br />Um bom indicador do respeito pelos direitos humanos está no
tema clássico da pena de morte. Israel aboliu-a para crimes civis. Do Egito à
Jordânia, do Líbano à Autoridade Palestina, a execução judicial continua a
verificar-se.<br /><br />Digo "judicial" porque o Hamas, todos o sabemos, prefere
fazer as coisas de forma "extrajudicial", fuzilando traidores no meio da
rua.<br /><br />De resto, será preciso dissertar sobre a diferença entre os
"direitos" das mulheres ou dos homossexuais em Israel e nos países em volta?
Será preciso recordar o histórico de amputações de membros e lapidações de
adúlteras que existe por aquelas bandas?<br /><br />E será preciso acrescentar
alguma coisa à selvageria do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que pelo
visto não incomoda os 55 artistas da Bienal de São Paulo?<br /><br />Criticar Israel
é legítimo. Nenhum governo está acima da crítica. Transformar Israel em pária
internacional é uma forma de cegueira antissemita.<br /><br />Eu só respeitarei a
"coragem" dos 55 artistas no dia em que eles viajarem para Bagdá, Riad ou Gaza e
escreverem uma carta contra os governos locais. Em defesa da liberdade e dos
"direitos humanos".<br /><br />Isso, claro, se ainda tiverem mãos para
escrever.</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-11687363117723646032014-08-12T17:45:00.000-03:002014-08-12T19:09:13.444-03:00O VÍRUS DO ANTISSEMITISMO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.jpost.com/HttpHandlers/ShowImage.ashx?id=203863&h=236&w=370" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.jpost.com/HttpHandlers/ShowImage.ashx?id=203863&h=236&w=370" height="255" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sei que o assunto é tabu, mas... e daí? Quem disse que eu ligo pra tabus? Vamos lá.<br /> <br /> Muito do que li e ouvi no último mês me fez acender o sinal de alerta para opiniões antissemitas. Não falo do antissemitismo escancarado, que sempre existiu e que também andou dando as caras por aí, mas principalmente de um antissemitismo disfarçado, polido, velado, "cool", "bem-pensante", que muitos não c</span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">onsideram antissemitismo e que (infelizmente) parece ter virado moda. Trata-se de um antissemitsmo que não ousa dizer o nome, envergonhado, covarde, que usa e abusa do emocionalismo e de argumentos aparentemente "do bem", sendo, por isso, mais difícil de detectar. Alguns exemplos:<br /> <br /> - "NÃO SOU ANTISSEMITA; SOU ANTI-SIONISTA": É a desculpa preferida dos que querem esconder o ódio por trás de um véu de retórica. Tanto que muitos já perceberam o tamanho da empulhação. Quem diz isso acha que, separando a religião judaica do Estado de Israel e do movimento que o criou (o sionismo), está sendo menos preconceituoso e intolerante (lembram, como se isso fizesse diferença, que há judeus anti-sionistas etc.). Acontece, senhores, que tal discurso - negar a Israel o direito de se defender, e até de existir - é exatamente o discurso antissemita. Um sujeito chegou a escrever um artigo na <em>Folha de S. Paulo</em> dizendo que não tinha nada contra os judeus, mas que Israel, um Estado criado e reconhecido pela ONU em 1947, era uma "aberração"... É o mesmo que dizer: "Não sou antiamericano; sou contra os EUA". Ou (para os mais nacionalistas): "Não sou antibrasileiro; sou contra o Brasil". Ou ainda: "Não tenho nada contra os americanos (ou os brasileiros), mas os EUA (ou o Brasil) são uma aberração". Lorota pura.<br /> <br /> - "NÃO CONCORDO COM OS MÉTODOS DO HAMAS, MAS SUA LUTA É JUSTA": Os "métodos" do Hamas consistem em lançar foguetes a esmo contra Israel e usar crianças palestinas como escudos humanos em escolas e hospitais da ONU usados como depósitos de armas. Já seria o suficiente para qualquer pessoa decente denunciar com ardor esse grupo terrorista e querer que as Forças de Defesa de Israel mandem esses fanáticos inescrupulosos para o quinto dos infernos. Mas o pior é dizer que "a luta é justa" (!!!)... A "luta" do Hamas não é por terra, nem contra a "ocupação" (que em Gaza acabou em 2005), mas simplesmente pela destruição de Israel e pelo extermínio de toda a sua população. Não é uma luta pela Palestina, nem pelos palestinos, mas pelo Islã radical, do mesmo modo que grupos como o ISIS, o Al-Shabab e o Boko Haram. Ou seja: eles lutam por um genocídio dos judeus (e não somente dos judeus: dos cristãos também, e dos budistas, e dos ateus...). Uma reedição do Holocausto, exatamente o que querem os antissemitas. Luta justa, é?<br /> <br /> - "NÃO SOU A FAVOR DO HAMAS, SOU CONTRA OS BOMBARDEIOS CONTRA A POPULAÇÃO CIVIL" etc. É a desculpa "pacifista", talvez a maior balela de todas. É óbvio que qualquer pessoa normal é contra bombardear cidadãos indefesos, e Israel faz o possivel para evitar essas baixas (o Exército israelense mira em alvos do Hamas e procura avisar a população antes dos ataques). O problema é que esse argumento simplesmente ignora que as mortes de civis palestinos decorre da prática do Hamas de usá-los como escudos humanos. Ou seja: não leva em conta que a guerra de Israel não é contra os palestinos; é contra o Hamas, que faz uso dessa tática canalha, esperando exatamente causar o maior número de baixas entre civis inocentes, para com isso acusar... Israel de atacar e massacrar indiscriminadamente a população (!!!). O(a) sujeito(a) se diz contra, mas compra direitinho o discurso do Hamas...</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A propósito: alguém conhece um meio melhor de enfrentar militarmente um inimigo que não reconhece seu direito de existir e que jurrou varrê-lo do mapa, que lança foguetes desde áreas civis, que se esconde entre a população e que não teme a morte (pelo contrário: busca a morte e arrasta a população para esse destino) do que ações como a Operação Margem Protetora? Mais: diante de um inimigo desse tipo, que usa homens-bomba e escudos humanos, alguém propõe abandonar o uso da força militar? Alguém acredita, em sã consciência, que é possível lidar com o Hamas sem buscar destruir sua infraestrutura terrorista? Quem oferecer uma resposta para essa questão merece o Nobel da Paz.<br /><br /> É claro que nem toda crítica a Israel (e eu, particularmente, tenho muito a criticar no atual governo israelense) é antissemitismo. Acho até que há um certo exagero, uma hipersensibilidade de alguns setores sionistas a qualquer crítica mais dura, que enxergam, invariavelmente, como antissemita, e que isso é instrumentalizado, muitas vezes, para justificar certas políticas israelenses (como, por exemplo, os assentamentos na Cisjordânia). Mas é inegável que os "argumentos" acima trazem embutidos uma dose não pequena de preconceito antijudaico. Assim como a acusação, feita inclusive por governos, de que Israel estaria cometendo um "genocídio" em Gaza, a qual, de tão absurda e desconhecedora do verdadeiro significado da palavra "genocídio" (ou, numa versão mitigada, "massacre"), nem merece maior comentário e só traz vergonha a quem a pronuncia, como escreveu, num texto brilhante, o articulista do <em>Miami Herald</em> Andrés Oppenheimer (<a href="http://www.miamiherald.com/2014/08/06/4275217/andres-oppenheimer-claim-of-israel.html">http://www.miamiherald.com/2014/08/06/4275217/andres-oppenheimer-claim-of-israel.html</a>). </span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mesmo vale para a esparrela de que Israel estaria usando "força desproporcional", o que não passa de uma desculpa pseudo-humanitária que mal esconde o desejo de que o número de israelenses mortos fosse maior (lembra algo?). </span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nem menciono as tentativas de equiparar moralmente a ação militar israelense e a violência do Hamas, o que, sob a capa de "equanimidade", é um atentado ao bom-senso. Ou a tática calhorda (infelizmente, bastante comum) de tentar deslegitimar Israel impingindo-lhe os rótulos de "fascista" e mesmo "nazista", algo que só perde, em ignorância, para a estupidez e a safadeza ideológica - características, aliás, do nazifascismo. </span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resumindo: sim, é verdade que há um massacre em curso em Gaza. E não, não é Israel que o está perpetrando. E sim, é verdade que há genocidas em ação. E não, não é Israel. Preciso ser mais específico?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todas as desculpas esfarrapadas apresentadas acima voltam à tona sempre que Israel resolve reagir a um ataque de inimigos como o Hamas, o Jihad Islâmica ou o Hezbollah, que juraram varrer o país (e seu povo) do mapa. Tem sido assim desde 1948. E também antes, como sabe qualquer pessoa com o mínimo de interesse em História e de honestidade intelectual. <br /> <br /> Enfim, os acontecimentos das últimas semanas no Oriente Médio comprovaram, pela enésima vez, que o antissemitismo existe, sim. De forma velada ou não, consciente ou inconscientemente, com bílis ou com açucar, com a suástica ou com o símbolo do "peace and love"... E esse sentimento, esse ódio ancestral, está mais forte do que nunca, dessa vez com uma roupagem nova, "progressista", "humanista", "do bem". O que o torna ainda mais lamentável e detestável. Negar que esse ódio existe, e que é bastante atuante no mundo de hoje, é parte da guerra de propaganda do Hamas contra Israel e contra a paz.</span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-1272051564295313042014-08-11T11:24:00.000-03:002014-08-11T11:24:53.554-03:00Políticos de esquerda se oferecem como escudos humanos na Faixa de Gaza<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/08/esquerdistas-servirc3a3o-de-escudo-humano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/08/esquerdistas-servirc3a3o-de-escudo-humano.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Indignados com o que chamaram de “genocídio” de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza, políticos de partidos de esquerda – PT, PCdoB, PSOL, PSTU e PCO – reuniram-se ontem em Brasília e declararam solenemente uma “jihad”(“guerra santa”) contra Israel, a quem classificaram como um “estado carniceiro nazista sionista imperialista racista segregacionista imperialista e de gente pão-dura”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo a declaração (“fatwa”) emitida após a reunião, os líderes das principais siglas esquerdistas do país decidiram unir forças com o Hamas, a quem chamaram de “amantes da paz e vítimas indefesas da máquina imperialista opressora”, oferecendo-se para ser escudos humanos em Gaza. O documento acusa Israel de “mirar intencionalmente em criancinhas por pura maldade e para provocar uma onda de indignação mundial contra si mesmo”. Por sugestão do PT, o documento finaliza com um desafio a Israel: “Anão diplomático é a mãe!”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“É inadmissível o massacre brutal e genocida do povo palestino do Hamas pelas forças cruéis do judaísmo-sionismo-neoliberalismo-capitalismo”, bradou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). E acrescentou: “É um absurdo bombardear escolas e hospitais da ONU que estão sendo usados pelos bravos combatentes pacifistas do Hamas para estocar armas e lançar foguetes que, como todos sabemos, são usados apenas para fins pacíficos”. Afirmou que “nós, do partido do comunismo, de grandes benfeitores da humanidade como Marx, Lênin, Stálin, Mao Tsé-Tung e Kim Jong-Un, somos, acima de tudo, humanistas”. Feghali disse ainda que vai destinar 5% da renda diária de seu restaurante de luxo no Rio de Janeiro para ajudar a comprar mais armas para o Hamas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) mostrou-se ainda mais indignado. “É preciso resistir a essa atitude homofóbica de Israel, com seus mísseis falocráticos”. Wyllys garantiu ter informações seguras de que os mísseis israelenses são projetados para matar apenas gays, lésbicas, travestis e transgêneros. “Li isso numa pesquisa do IPEA, está tudo lá”, assegurou. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os políticos presentes ao evento garantiram: “Não somos antissemitas, somos apenas contra Israel, essa aberração. Todos sabem que os judeus criaram Israel como parte de um complô internacional pelo controle do mundo pelas multinacionais capitalistas, como está descrito naquele livro-texto do Hamas, Os Protocolos dos Sábios de Sião”, afirmou o presidenciável Zé Maria, do PSTU. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto ao uso da população civil palestina como escudos humanos pelo Hamas, Jean Wyllys foi enfático: “É mentira! Isso não passa de uma teoria da conspiração. É coisa dos mesmos homofóbicos que derrubaram o avião da Malásia na Ucrânia porque levava mais de 100 cientistas holandeses que iam para um congresso sobre a AIDS, como escrevi no meu Facebook”. </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao ser informado de que o Hamas e outros grupos fundamentalistas islâmicos não gostam muito de gays, Jean Wyllys declarou que precisava dar uma cagada e se escondeu no toilet.</span></div>
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<span style="font-family: Verdana;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">Fonte: <a href="http://joselitomuller.wordpress.com/2014/08/08/politicos-de-esquerda-se-oferecem-como-escudos-humanos-na-faixa-de-gaza/#comments">http://joselitomuller.wordpress.com/2014/08/08/politicos-de-esquerda-se-oferecem-como-escudos-humanos-na-faixa-de-gaza/#comments</a></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-37214061104978016572014-07-30T18:19:00.000-03:002014-07-30T18:20:12.943-03:00HAMAS, O MAIOR INIMIGO DOS PALESTINOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.ironicsurrealism.com/wp-content/uploads/2014/07/2014-07-16-Smith_C20140715HP-thumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.ironicsurrealism.com/wp-content/uploads/2014/07/2014-07-16-Smith_C20140715HP-thumb.jpg" height="492" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Hamas não é somente o maior inimigo de Israel. É o maior inimigo da PAZ (que se recusa a negociar), lançando foguetes (já são mais de 2 mil desde 8/07) e insistindo na ideia genocida de "varrer Israel do mapa" (está no seu Estatuto). É, também, o maior inimigo dos PRÓPRIOS PALE</span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">STINOS, que aterroriza desde que tomou o poder em Gaza e que usa como ESCUDOS HUMANOS, esperando com isso produzir o maior número de cadáveres civis. <br /> <br /> Com seus ataques e provocações, esse bando terrorista não deixa nenhuma escolha a Israel senão se defender e reagir militarmente, o que, devido à assimetria de forças (ainda bem que ela pende hoje para o lado de Israel, mas nem sempre foi assim), é explorado pelos fanáticos jihadistas como forma de propaganda anti-sionista (na verdade, antissemita), infelizmente comprada pela maior parte da imprensa e da "opinião pública", que vê no Hamas as "vítimas" de uma "agressão". <br /> <br /> Repetindo: as maiores vítimas do Hamas não são os israelenses, mas os PALESTINOS. Ou seja: velhos, mulheres e crianças usados como carne barata em escolas e hospitais da ONU utilizados PROPOSITALMENTE como depósitos de armas. Sempre que você vir alguma foto de criança palestina morta depois de um ataque israelense, lembre que a vida dela poderia ser poupada se o Hamas não a usasse como instrumento de marketing do terror. <br /> <br /> Por falar em crianças, desde 2007 Gaza é um mini-estado islamita dominado pela <em>sharia</em>, a lei islâmica, onde impera a opressão mais atroz e onde as vozes discordantes são caladas à bala. Nesse reino do terror, meninas de até sete anos de idade são forçadas a se casar com homens adultos, segundo a interpretação do Alcorão pelos fundamentalistas do Hamas. Crianças são obrigadas a escavar túneis que vão ser usados pelo Hamas para se infiltrar em Israel e assassinar israelenses. Cento e sessenta crianças palestinas já morreram fazendo isso. Mas você provavelmente não leu nada a respeito na imprensa. Se você é contra pedofilia e trabalho infantil escravo, você deve ser contra o Hamas. <br /> <br /> "E a desproporção no número de baixas?", costuma-se ouvir (como se Israel devesse cometer suicídio para que o conflito fosse "justo" e "equilibrado"...). Respondo citando o atual presidente de Israel (e Prêmio Nobel da Paz) Shimon Peres: Israel cuida de suas crianças, ao contrário de seus inimigos. Israel investiu num eficiente sistema de defesa antimíssil, constrói abrigos, protege sua população. Ao contrário do Hamas. É por isso - e não devido a uma ação indiscriminada e deliberada por parte das Forças de Defesa Israelenses - que o número de mortos israelenses é menor do que em Gaza. (Alguém duvida que, se fosse o Hamas o lado mais forte, a quantidade de cadáveres seria muito maior?.)<br /> <br /> Enquanto existir o Hamas, enquanto os terroristas insistirem em destruir Israel, como tentaram (e não conseguiram) os Estados árabes e a antiga OLP, não haverá paz. E não é por causa de alguma coisa que Israel faça - desde 2005, não há mais nenhum colono judeu em Gaza, e desde então o número de foguetes lançados pelo Hamas contra alvos civis israelenses só aumentou. Se a região está em guerra, não é por culpa de Israel, mas dos que querem transformá-lo numa pilha de ossos. Israel luta para se defender, luta pela solução de dois Estados - um israelense, outro palestino, conforme foi definido pelos Acordos de Oslo em 1993. Já o Hamas não luta pela Palestina - luta pelo Islã. O Hamas não reconhece o direito de Israel existir e jurou exterminar a população israelense - e inclusive sacrificar palestinos, se isso o ajudar a alcancar esse objetivo. E, para tanto, conta com a cumplicidade da "comunidade internacional", que prefere acusar Israel a ver os jihadistas do Hamas como o que são: provocadores e assassinos. A tática funciona.<br /> <br /> Portanto, quando você vir alguém protestando contra a "reação militar desproporcional" de Israel em Gaza sem fazer nenhuma referência ao Hamas, como fazem alguns anões diplomáticos, saiba que não se trata de um "pró-palestino" coisa nenhuma: é apenas um anti-Israel, um anti-sionista (ou seja: um antissemita disfarçado). É alguém que não tem a menor noção do significado de palavras como "massacre" e "genocídio", que repete sem saber do que se trata - portanto, um idiota útil. Ou, então, é alguém que sabe o que faz e, nesse caso, ao fechar os olhos voluntariamente para as atrocidades do Hamas, quer terminar o serviço deixado incompleto pelos nazistas.<br /> <br /> Ah, e não sou judeu, nem respaldo todas as ações do atual governo israelense, nem ignoro que há extremistas dos dois lados (embora os extremistas judeus, ao contrário dos islamitas, estejam sob controle). Sou apenas alguém que estudou um pouco o assunto e que, portanto, não ignora a diferença entre um grupo de fanáticos genocidas que tiraniza a própria população e um país sitiado que luta há mais de sessenta anos para garantir a própria sobrevivência. E que, como se não bastassem os foguetes do Hamas, ainda tem de enfrentar uma barreira de propaganda midiática e de desinformação. Enfim, sou alguém que sabe a diferença entre quem vive para guerrear e quem luta para viver. Entre os adoradores da morte e a única democracia do Oriente Médio.<br /> <br /> Resumindo:<br /> <br /> - Se você é contra lançar foguetes contra alvos civis para provocar uma reação militar do outro lado e com isso manipular a opinião pública, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é contra o terrorismo, o fanatismo e o obscurantismo religioso, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é contra o assassinato de civis inocentes, inclusive crianças, usados como escudos humanos, você é contra o Hamas; <br /> <br /> - Se você é contra usar escolas e hospitais como depósitos de armas, você é contra o Hamas; <br /> <br /> - Se você é contra desviar dinheiro da ajuda internacional à Gaza para construir túneis para atacar civis, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é a favor do direito de Israel existir, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é a favor de um Estado palestino convivendo com Israel, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é contra a execução de quem ousa protestar, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é contra a opressão das mulheres e dos homossexuais, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é contra a pedofilia e o trabalho escravo infantil, você é contra o Hamas;<br /> <br /> - Se você é a favor da democracia e contra o antissemitismo, você é contra o Hamas; <br /> <br /> - Enfim, se você é a favor da PAZ, você é a favor da destruição do poder militar do Hamas. <br /> <br /> Ou seja: você é a favor de Israel.</span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-13695100022077243802014-07-30T11:53:00.001-03:002014-07-30T11:54:00.012-03:00JEAN WYLLYS ACUSA BOLSONARO E FELICIANO PELA QUEDA DO AVIÃO NA UCRÂNIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/07/o-ex-bbb-acusou-bolsonaro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/07/o-ex-bbb-acusou-bolsonaro.jpg" width="212" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de sugerir, em sua página do Facebook, que a queda do voo MH-17 da Malaysian Airlines na Ucrânia na semana passada, matando 298 pessoas, foi motivada por homofobia, o deputado Jean Wyllis (PSOL-RJ) voltou a surpreender ao responsabilizar pela derrubada do avião os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo Wyllys, Bolsonaro e Feliciano são parte de um complô internacional que derrubou com um míssil o avião quando este sobrevoava o Leste da Ucrânia. “O avião levava mais de cem holandeses que iriam participar de um congresso sobre tratamento da AIDS”, escreveu Wyllys no Facebook. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Todo mundo sabe que os homofóbicos dos países conservadores não querem a cura da AIDS. Então, só pode ter sido o Bolsonaro e o Feliciano”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O deputado psolista aproveitou para acusar também a Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgou recentemente pesquisa científica segundo a qual os casos de AIDS entre gays têm aumentado no mundo, ao contrário do que ocorre entre os heterossexuais, e que os gays são, sim, um grupo de risco. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Está claro que a ciência é homofóbica”, bradou Wyllys em sua página pessoal. “Não descarto a possibilidade de que a ONU também esteja envolvida nesse plano macabro. Ou os cientistas dizem o que nós do movimento LGBT queremos que digam ou são uns preconceituosos. Humpf!”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jean Wyllys negou que suas afirmações sejam uma forma de teoria da conspiração. “Teorias da conspiração são coisa da direita reacionária homofóbica”, esclareceu o ex-BBB. “Tudo o que eu digo é baseado em fontes altamente confiáveis, como o programa do Pedro Bial e o Grupo Gay da Bahia”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Procurados pela reportagem, os deputados Marco Feliciano e Jair Bolsonaro não foram encontrados. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo informou sua assessoria, eles estão caçando na Ucrânia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">---</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">Fonte: <a href="http://joselitomuller.wordpress.com/2014/07/25/jean-wyllis-acusa-bolsonaro-e-feliciano-pela-queda-do-aviao-da-ucrania/">http://joselitomuller.wordpress.com/2014/07/25/jean-wyllis-acusa-bolsonaro-e-feliciano-pela-queda-do-aviao-da-ucrania/</a></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-930127009084772882014-07-21T13:05:00.000-03:002014-07-21T13:06:31.054-03:00OS ADORADORES DA MORTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3hvfzc2w6u7kruih321x50k11vq.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2014/07/D-Shied-590-LI-700x400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3hvfzc2w6u7kruih321x50k11vq.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2014/07/D-Shied-590-LI-700x400.jpg" height="227" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dizem que blogs são para textos curtos. Se for assim, paciência. Segue um pouco de História (para quem dá valor a FATOS, não à propaganda): <br /> <br /> Durante muitos anos, o chamado "conflito israelo-palestino" foi travado entre dois lados - o Estado de Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), criada em 1964 mas que tem raízes na Fatah, que hoje administra a Cisjordânia - que não se recon<span class="text_exposed_hide">...</span></span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">heciam nem admitiam a existência um do outro. Nem um nem outro aceitavam que o outro lado deveria existir e tudo faziam para destruir-se mutuamente. <br /> <br /> Em 1993, finalmente Israel e a OLP se cansaram da matança sem fim e concordaram com a criação de dois Estados, um israelense e outro, palestino. Até chegarem aí, muito sangue foi derramado de parte à parte, com inúmeros atentados terroristas de organizações palestinas, seguidos de represálias israelenses etc. Israel só aceitou negociar com a OLP de Yasser Arafat depois que esta renunciou ao terrorismo e reconheceu o direito de Israel existir. Por causa desse gesto ousado e corajoso de ambos os lados, tanto Arafat quanto os líderes israelenses Yitzhak Rabin e Shimon Peres (atual presidente de Israel) ganharam (merecidamente) o Prêmio Nobel da Paz (por causa desse acordo de paz, aliás, Rabin foi assassinado por um extremista judeu, em 1995). <br /> <br /> De lá para cá, a chamada "questão palestina", na prática (ou seja: como uma disputa pela criação do Estado palestino), deixou de existir. Hoje se resume à demarcação das fronteiras dos dois estados (concordou-se inicialmente que seriam as mesmas de antes de 1967) e à questão sobre o status de Jerusalém. O premiê israelense Benjamin Netanyahu e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discordam em muitos pontos, e certamente não se gostam, mas tanto um quanto o outro concordam com a solução de dois estados (e mesmo que não concordassem, há um acordo de paz entre ambas as partes, que deve ser respeitado etc.). <br /> <br /> Acontece que de lá para cá, também, um novo ator entrou em cena: o HAMAS (Movimento de Resistência Islâmica), surgido em 1988 - mesmo ano em que a OLP abandonou o terrorismo e reconheceu Israel -, apoiado pelo Irã (que jurou varrer Israel do mapa) e derivado da Irmandade Muçulmana (a mesma organização fundamentalista islamita que foi há pouco expulsa do poder no Egito). <br /> <br /> O que quer o Hamas? Vejamos:<br /> <br /> 1) NÃO reconhece a existência de Israel, nem os Acordos de 1993, e se recusa a participar de qualquer negociação de paz; <br /> <br /> 2) NÃO aceita renunciar ao terrorismo contra Israel (que teve de construir um muro para evitar a entrada de terroristas em seu território - medida, aliás, que atingiu seu objetivo); <br /> <br /> 3) considera a Autoridade Palestina, presidida pela Fatah,<br /> como "traidores"e "inimigos"; e <br /> <br /> 4) tem por objetivo nada menos do que DESTRUIR ISRAEL, MATAR OS JUDEUS (está no seu Estatuto: <a href="http://www.beth-shalom.com.br/artigos/estatuto_hamas.html">http://www.beth-shalom.com.br/artigos/estatuto_hamas.html</a></span></span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">), e implantar em seu lugar um Estado islâmico governado pela "sharia", a lei do Alcorão. <br /> <br /> Pois bem. Em 2005, o então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon (ele mesmo) ordenou a retirada de TODOS os colonos judeus que ocupavam a Faixa de Gaza desde a guerra de 1967. Fez isso de forma unilateral, sem pedir nada em troca. No ano seguinte, ocorreram eleições em Gaza, as primeiras da História na região, vencidas pelo Hamas. Em 2007, logo depois de mais uma guerra contra Israel, o Hamas se livrou de seus rivais do Fatah, passando-os (literalmente) a fio de espada. Milhares morreram - palestinos mortos por palestinos, mas pouco se falou disso à época, e quase ninguém lembra. <br /> <br /> Desde então, a Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas, que ali instaurou um mini-Estado islamita. O Hamas usa Gaza como cabeça de ponte para lançar ataques com mísseis contra a população de Israel (lembrem: Israel se retirou da região em 2005, logo não é uma disputa por território). Pior: faz isso usando a própria população civil palestina de Gaza como escudos humanos e incitando-a a morrer por Alá (e a ser usados como troféus - cada palestino morto por um míssil israelense é uma bênção para o Hamas - vejam aqui: <a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/chefao-do-hamas-confessa-grupo-terrorista-usa-sim-escudos-humanos-e-ainda-convoca-populacao-a-morrer/">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/chefao-do-hamas-confessa-grupo-terrorista-usa-sim-escudos-humanos-e-ainda-convoca-populacao-a-morrer/</a>). Do mesmo modo que o Hamas envia homens-bomba em atentados terroristas, incita a população civil palestina (homens, mulheres, crianças) a se exporem aos contra-ataques israelenses, para morrerem como "mártires" e servirem como carne de canhão e instrumento na guerra de propaganda. Ou seja: o Hamas ataca civis dos dois lados: israelense e palestino. <br /> <br /> Muito bem. Para qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento e de boa vontade, não é difícil perceber que o HAMAS é, hoje, o MAIOR OBSTÁCULO E O MAIOR INIMIGO DA PAZ NA REGIÃO. É o principal empecilho, inclusive, ao pleno reconhecimento do Estado palestino (é isso, e não os assentamentos judeus na Cisjordânia, ou a política linha-dura de Netanyahu, o que impede a plena resolução da questão). Se ainda há guerra na região, se os dois lados não terminam de acertar os ponteiros, não é por causa de Netanyahu, nem de Shimon Peres, nem do muro na Cisjordânia, nem do Mossad: é por causa do HAMAS.<br /> <br /> Resumindo: Israel reconheceu a solução de dois Estados, assim como a Fatah. O Hamas, não. O Hamas não quer dois estados convivendo lado a lado. Não quer a paz entre palestinos e israelenses. Pelo contrário: quer a guerra. Quer a destruição de Israel e a "extinção dos judeus" (lembra algo?). <br /> <br /> Diante disso, uma pessoa sincera e amante da paz concordaria que qualquer solução para a região passa antes, necessariamente, pela neutralização dos loucos assassinos do Hamas, em primeiro lugar. Pela prisão e/ou morte de seus chefes e pela destruição de sua infraestrutura terrorista. Mesmo assim, o que mais se vê e se ouve, quando Israel responde aos incessantes ataques e provocações do Hamas, são críticas e condenações furibundas a... Israel (!!!!). Qualquer pessoa minimamente honesta percebe que tem algo muito errado nisso aí.<br /> <br /> Portanto, qualquer crítica a Israel que não leve em consideração o que está escrito aí acima NÃO merece um minuto de atenção. Qualquer menção a "bombardeios ilegais" ou à "reação militar desproporcional" de Israel que não mencione o terrorismo do Hamas não vale a pena sequer ser respondida. Nem vou perder tempo retrucando o uso de palavras como "fascismo" e "genocídio" (???!!!) usadas para tentar atacar Israel. Vou considerar esse tipo de coisa uma ofensa à inteligência. <br /> <br /> Enfim, o que me impressiona não é o cinismo canalha e o culto genocida de grupos terroristas como o Hamas. É como tanta gente dita inteligente, ilustrada e "pacifista" se deixa enganar por essa forma de propaganda calhorda, prestando-se ao papel de idiotas úteis dos adoradores da morte.</span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-65958152245777736042014-07-15T16:13:00.000-03:002014-07-15T16:14:51.779-03:00A MÁSCARA DO GIGANTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigEDrC_EUgHyGlgKtYXsEipkzDjl7uIl8MSXbaSPqMgmRzaRumKNgkCNg2jIp5MZOqoV7gQv1gf1_lmHyswsAOO3ypPvfTZ4kUoPWOYZ9IxuvLin2yG1YNzBZLgqPSLR7UPrYEgA/s1600/1405089994_921237_1405183097_noticia_normal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigEDrC_EUgHyGlgKtYXsEipkzDjl7uIl8MSXbaSPqMgmRzaRumKNgkCNg2jIp5MZOqoV7gQv1gf1_lmHyswsAOO3ypPvfTZ4kUoPWOYZ9IxuvLin2yG1YNzBZLgqPSLR7UPrYEgA/s1600/1405089994_921237_1405183097_noticia_normal.jpg" height="400" width="261" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>por Mario Vargas Llosa</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><strong>Não houve nenhum milagre nos anos de Lula, e sim uma miragem que agora começa a se dissipar</strong></em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fiquei muito envergonhado com a cataclísmica derrota do Brasil frente à Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, mas confesso que não me surpreendeu tanto. De um tempo para cá, a famosa seleção Canarinho se parecia cada vez menos com o que havia sido a mítica esquadra brasileira que deslumbrou a minha juventude, e essa impressão se confirmou para mim em suas primeiras apresentações neste campeonato mundial, onde a equipe brasileira ofereceu uma pobre figura, com esforços desesperados para não ser o que foi no passado, mas para jogar um futebol de fria eficiência, à maneira europeia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nada funcionava bem; havia algo forçado, artificial e antinatural nesse esforço, que se traduzia em um rendimento sem graça de toda a equipe, incluído o de sua estrela máxima, Neymar. Todos os jogadores pareciam sob rédeas. O velho estilo – o de um Pelé, Sócrates, Garrincha, Tostão, Zico – seduzia porque estimulava o brilho e a criatividade de cada um, e disso resultava que a equipe brasileira, além de fazer gols, brindava um espetáculo soberbo, no qual o futebol transcendia a si mesmo e se transformava em arte: coreografia, dança, circo, balé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os críticos esportivos despejaram impropérios contra Luiz Felipe Scolari, o treinador brasileiro, a quem responsabilizaram pela humilhante derrota, por ter imposto à seleção brasileira uma metodologia de jogo de conjunto que traía sua rica tradição e a privava do brilhantismo e iniciativa que antes eram inseparáveis de sua eficácia, transformando seus jogadores em meras peças de uma estratégia, quase em autômatos.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Contudo, eu acredito que a culpa de Scolari não é somente sua, mas, talvez, uma manifestação no âmbito esportivo de um fenômeno que, já há algum tempo, representa todo o Brasil: viver uma ficção que é brutalmente desmentida por uma realidade profunda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tudo nasce com o governo de Luis Inácio 'Lula' da Silva (2003-2010), que, segundo o mito universalmente aceito, deu o impulso decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil, despertando assim esse gigante adormecido e posicionando-o na direção das grandes potências. As formidáveis estatísticas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística difundia eram aceitas por toda a parte: de 49 milhões os pobres passaram a ser somente 16 milhões nesse período, e a classe média aumentou de 66 para 113 milhões. Não é de se estranhar que, com essas credenciais, Dilma Rousseff, companheira e discípula de Lula, ganhasse as eleições com tanta facilidade. Agora que quer se reeleger e a verdade sobre a condição da economia brasileira parece assumir o lugar do mito, muitos a responsabilizam pelo declínio veloz e pedem uma volta ao lulismo, o governo que semeou, com suas políticas mercantilistas e corruptas, as sementes da catástrofe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A verdade é que não houve nenhum milagre naqueles anos, e sim uma miragem que só agora começa a se esvair, como ocorreu com o futebol brasileiro. Uma política populista como a que Lula praticou durante seus governos pôde produzir a ilusão de um progresso social e econômico que nada mais era do que um fugaz fogo de artifício. O endividamento que financiava os custosos programas sociais era, com frequência, uma cortina de fumaça para tráficos delituosos que levaram muitos ministros e altos funcionários daqueles anos (e dos atuais) à prisão e ao banco dos réus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As alianças mercantilistas entre Governo e empresas privadas enriqueceram um bom número de funcionários públicos e empresários, mas criaram um sistema tão endiabradamente burocrático que incentivava a corrupção e foi desestimulando o investimento. Por outro lado, o Estado embarcou muitas vezes em operações faraônicas e irresponsáveis, das quais os gastos empreendidos tendo como propósito a Copa do Mundo de futebol são um formidável exemplo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O governo brasileiro disse que não havia dinheiro público nos 13 bilhões que investiria na Copa do Mundo. Era mentira. O BNDES (Banco Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social) financiou quase todas as empresas que receberam os contratos para obras de infraestrutura e, todas elas, subsidiavam o Partido dos Trabalhadores, atualmente no poder. (Calcula-se que para cada dólar doado tenham obtido entre 15 e 30 em contratos).</span></div>
<div class="texto_grande" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As obras em si constituíam um caso flagrante de delírio messiânico e fantástica irresponsabilidade. Dos 12 estádios preparados, só oito seriam necessários, segundo alertou a própria FIFA, e o planejamento foi tão tosco que a metade das reformas da infraestrutura urbana e de transportes teve de ser cancelada ou só será concluída depois do campeonato. Não é de se estranhar que o protesto popular diante de semelhante esbanjamento, motivado por razões publicitárias e eleitoreiras, levasse milhares e milhares de brasileiros às ruas e mexesse com todo o Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As cifras que os órgãos internacionais, como o Banco Mundial, dão na atualidade sobre o futuro imediato do país são bastante alarmantes. Para este ano, calcula-se que a economia crescerá apenas 1,5%, uma queda de meio ponto em relação aos dois últimos anos, nos quais somente roçou os 2%. As perspectivas de investimento privado são muito escassas, pela desconfiança que surgiu ante o que se acreditava ser um modelo original e resultou ser nada mais do que uma perigosa aliança de populismo com mercantilismo, e pela teia burocrática e intervencionista que asfixia a atividade empresarial e propaga as práticas mafiosas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar de um horizonte tão preocupante, o Estado continua crescendo de maneira imoderada – já gasta 40% do produto bruto – e multiplica os impostos ao mesmo tempo que as “correções” do mercado, o que fez com que se espalhasse a insegurança entre empresários e investidores. Apesar disso, segundo as pesquisas, Dilma Rousseff ganhará as próximas eleições de outubro, e continuará governando inspirada nas realizações e logros de Lula.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se assim é, não só o povo brasileiro estará lavrando a própria ruína, e mais cedo do que tarde descobrirá que o mito sobre o qual está fundado o modelo brasileiro é uma ficção tão pouco séria como a da equipe de futebol que a Alemanha aniquilou. E descobrirá também que é muito mais difícil reconstruir um país do que destruí-lo. E que, em todos esses anos, primeiro com Lula e depois com Dilma, viveu uma mentira que seus filhos e seus netos irão pagar, quando tiverem de começar a reedificar a partir das raízes uma sociedade que aquelas políticas afundaram ainda mais no subdesenvolvimento. É verdade que o Brasil tinha sido um gigante que começava a despertar nos anos em que governou Fernando Henrique Cardoso, que pôs suas finanças em ordem, deu firmeza à sua moeda e estabeleceu as bases de uma verdadeira democracia e uma genuína economia de mercado. Mas seus sucessores, em lugar de perseverar e aprofundar aquelas reformas, as foram desnaturalizando e fazendo o país retornar às velhas práticas daninhas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não só os brasileiros foram vítimas da miragem fabricada por Lula da Silva, também o restante dos latino-americanos. Por que a política externa do Brasil em todos esses anos tem sido de cumplicidade e apoio descarado à política venezuelana do comandante Chávez e de Nicolás Maduro, e de uma vergonhosa “neutralidade” perante Cuba, negando toda forma de apoio nos organismos internacionais aos corajosos dissidentes que em ambos os países lutam por recuperar a democracia e a liberdade. Ao mesmo tempo, os governos populistas de Evo Morales na Bolívia, do comandante Ortega na Nicarágua e de Correa no Equador – as mais imperfeitas formas de governos representativos em toda a América Latina – tiveram no Brasil seu mais ativo protetor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, quanto mais cedo cair a máscara desse suposto gigante no qual Lula transformou o Brasil, melhor para os brasileiros. O mito da seleção Canarinho nos fazia sonhar belos sonhos. Mas no futebol, como na política, é ruim viver sonhando, e sempre é preferível – embora seja doloroso – ater-se à verdade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">(Para ler no original: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"><a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/11/opinion/1405089994_921237.html">http://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/11/opinion/1405089994_921237.html</a>)</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-4696355755311510062014-07-09T15:48:00.003-03:002014-07-11T12:27:51.191-03:00A COPA DA VERGONHA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.blogdaresenhageral.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Home-Brasil-Alemanha.jpg?150b87" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static.blogdaresenhageral.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Home-Brasil-Alemanha.jpg?150b87" height="240" width="400" /></a></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="text-align: justify;">
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="text-align: justify;">
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sei que tem gente que vai chiar e achar que estou tripudiando, tirando onda, sendo "impatriótico", "do contra", "bem-que-eu-te-disse" etc. mas, paciência. É o preço a pagar por ter uma opinião que destoa da manada. Diante do acontecido ontem no Mineirão, não posso deixar de dizer o seguinte, que só corrobora o que venho dizendo desde que começou essa pantomima toda (e ninguém pode me chamar de estraga-festa):<br /> <br /> A maior humilhação sofrida pelo Brasil NÃO foi </span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a derrota de 7 a 1 para a Alemanha. Futebolisticamente falando, foi sim um vexame sem precedentes, mas não foi essa a maior vergonha de todas. A maior humilhação, o maior vexame, a maior vergonha, o maior fiasco foi - é - a própria Copa do Mundo, um festival de corrupção e de desperdício do dinheiro público como nunca houve "na história deste país". <br /> <br /> Acreditem, o chocolate de ontem não foi NADA, absolutamente nada, comparado aos 35 bilhões - repito: trinta e cinco bilhões - de reais jogados na latrina com a construção de estádios inúteis (só por curiosidade: para que vão servir os majestosos Arena Amazônia, Arena Pantanal e Arena das Dunas, entre outros elefantes brancos?), impostos não pagos (a FIFA não pagou um tostão de impostos na brincadeira), obras não realizadas (alguém lembra do Trem-Bala?), inacabadas e superfaturadas, para não falar das mortes de operários (foram nove ao todo) e da cagação de regras pela FIFA, que virou, no último mês, a verdadeira instância governante do Brasil. <br /> <br /> Outra vergonha não menor foi a tentativa descarada da atual governante (sic) de usar politicamente o evento, tentando faturar eleitoralmente em cima de uma eventual vitória da seleção, coisa típica de mentes totalitárias - o que, felizmente, não poderão mais fazer. A referida já tinha tentado fazer isso, com a ajuda de um gigantesco esquema de marketing, no episódio da vaia na abertura ("coisa da elite branca" - muita gente se deixou cair nessa) e até com a contusão do Neymar. Ela estava contando com o Brasil na final para montar nos louros da equipe, do mesmo jeito que fez o regime militar com o Tri em 1970. Sendo que, naquela ocasião, a Copa era no exterior, e não havia dinheiro da viúva envolvido. Tudo isso torna a Copa uma VERGONHA sem tamanho para qualquer pessoa com um mínimo da dita-cuja na cara. <br /> <br /> Sinto-me muito confortável para dizer isso pois, ao contrário de muitos que só agora vão perceber o tamanho do estrago, sou contra a Copa desde o começo, desde o dia em que o Brasil foi e$$$colhido pela FIFA para sediar o regabofe. Desde 2007 - e posso provar o que digo (vejam aqui: <a href="http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2007/10/copa-do-mundo-para-qu.html">http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2007/10/copa-do-mundo-para-qu.html</a>) - não deixei de alertar para o fato de que, mesmo na hipótese improvável de a seleção brasileira vencer o campeonato, o grande perdedor seria o Brasil, a população brasileira, o contribuinte. E isso apesar de todo o oba-oba, de toda a babaquice megalomaníaca da "Copa das Copas", em que muitos embarcaram. <br /> <br /> E não, não tenho nada a ver, nem quero ter, com os idiotas mascarados que saíram arrebentando vitrines gritando "Não vai ter Copa" etc. - estes, aliás, fazem o jogo do governo, que não por acaso mantém com eles relações que ainda estão para ser explicadas (perguntem ao Gilberto Carvalho). Para esses criminosos, todo o rigor da Lei, assim como para os larápios que tiveram a ideia de gerico de fazer uma Copa com 12 (doze!) sedes e lucraram com essa papagaiada. Creio que não preciso dizer quem eles são. Vocês sabem de quem estou falando. <br /> <br /> Faço votos de que o fracasso futebolístico da seleção de Felipão, Fred e cia. sirva, pelo menos, para acordar o povo desse delírio ufanista em que foi atirado por um bando de quadrilheiros que se outorgou até o direito de manipular a alegria popular. O Brasil já estava derrotado no dia em que o governo (?!) decidiu transformar o país numa filial da FIFA.<br /> <br /> Os jogadores da seleção brasileira poderão se recompor e dar a volta por cima. Haverá outras Copas etc. Já o Brasil terá de conviver com a vergonha eterna do saque do país por um bando de ladrões. Pensem nisso quando assistirem a Nacional X Princesa do Solimões na Arena Amazônia.</span></span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-58981902137115926872014-06-30T16:21:00.000-03:002014-06-30T16:21:35.463-03:00U.B.S.S.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em></em></span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20110411204759/inciclopedia/images/0/01/Rep%C3%BAblica_Socialista_Sovi%C3%A9tica_de_Brasil.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20110411204759/inciclopedia/images/0/01/Rep%C3%BAblica_Socialista_Sovi%C3%A9tica_de_Brasil.png" height="400" width="325" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em></em></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Folha de S. Paulo, 16/06/2014</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em></em></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Por Luiz Felipe Pondé</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">União Brasileira Socialista Soviética.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
<span style="color: white;">.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Piada de mau gosto mesmo, também acho, mas a pena mesmo é que a discussão
política entre nós seja da idade da pedra e o socialismo ainda seja levado a
sério. A piada de mau gosto mesmo é que estamos à beira de um golpe de Estado
invisível no Brasil.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O leitor e a leitora já estão a par do decreto do
governo que institui a Política Nacional de Participação Social e o Sistema
Nacional de Participação Social? Trata-se de decreto para aparelhar movimentos
como o MST (gente que quer tomar a terra alheia), o MTST (gente que discorda da
ideia de que se deve pagar pelo teto em que mora) e outros movimentos que
englobam gente "sem algo" e acham que a sociedade deve dar pra eles. Esses
grupos darão um golpe de Estado invisível. Tudo fruto, é claro, de setores do PT
radical e os raivosos ex-PT, hoje em pequenos partidos.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse decreto é um
golpe de Estado sem dizer que é. Lentamente, os setores mais totalitários do
país, amantes de ditaduras do proletariado (ou bolivarianas) voltam à cena no
Brasil.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comitês como esses tornam os poderes da República reféns de gente que
passa a vida sendo profissional militante. Quando você acordar, já era, leis
serão passadas sem que você possa fazer algo porque estava ocupado ganhando a
vida.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pergunte a si mesmo uma coisa: você tem tempo de ficar parando a cidade
todo dia, acampando em ruas todo dia, discutindo todo dia? Provavelmente não,
porque tem que trabalhar, pagar contas, levar filhos na escola, no hospital, e,
acima de tudo, pagar impostos que em parte vão para as mãos desses movimentos
sociais que se dizem representantes da "sociedade".</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a verdade é que a
maioria esmagadora de nós, a "sociedade", não pode participar desses comitês
porque não é profissional da revolução. Tais movimentos que se dizem sociais,
que afirmam que as ruas são deles, mentem sobre representarem a sociedade. Mesmo
greves como a do metrô, capitaneada por uma filial do PSTU, não visa apenas
aumentar salários. Visa instaurar a desordem para que o Brasil vire o que eles
acham que o Brasil deve ser. </span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afinal, de onde vem a grana que sustenta essa
moçada dos movimentos sociais? A dos sindicatos, sabemos, vem dos salários que
são obrigatoriamente onerados para que quem trabalha sustente os profissionais
dos sindicatos.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas, até aí, estamos na legalidade de alguma forma. Mas e os
"sem-Macs" ou "sem-iPhones", vivem do quê? Quando os vemos na rua, não parecem
estar passando fome e frio como dizem que estão. Essa gente é motivada e
sustentada de alguma forma. Por que não se exige entrar nas contas do MST e MTST
e descobrir de onde vem a grana deles? Quem banca toda essa estrutura
militante?</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temo, caro leitor e cara leitora, que sejamos nós, os mesmos que
eles consideram inimigos, a menos que concordemos com eles. Uma das grandes
mentiras desses movimentos sociais é dizer que combatem a "elite econômica",
que, aliás, em dia de greve, fica em casa porque não precisa de fato se virar pra ir trabalhar.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem sofre com
esses movimentos que arrebentam o cotidiano é gente que perde o emprego, perde o
negócio, perde a vida se fica parada no trânsito ou na fila. É gente que, quando
muito, anda de carro 1.0, não gente que anda de helicóptero. É diarista,
empregada doméstica, porteiro de prédio, professor, estudante sem grana e que
tem que pagar a faculdade, não riquinhos da zona oeste paulistana que fazem
sociais para infernizar a vida dos colegas.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É médico que tem três empregos, é
dona de casa que cuida de filhos e trabalha fora, é trabalhador da construção
civil, é gente "mortal", comum, que não pode se defender dos caras que fecham a
cidade dizendo que fazem isso em nome do "povo". Os movimentos sociais têm
demonstrado seu caráter autoritário. Pensam que as ruas são o quintal de seus
comitês, que aparelharão os poderes da República. </span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se não bastasse isso tudo,
vem aí o controle social da mídia. Dizer que será apenas para evitar monopólios
é achar que somos idiotas.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Veja o que aconteceu na Argentina.</span></div>
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor
pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv,
professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo,
religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, 'Contra um
mundo melhor'.</em></span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2014/06/1470848-ubss.shtml" rel="nofollow" target="_blank"><span style="color: #3b5998; font-family: Verdana, sans-serif;"><em>http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/2014/06/1470848-ubss.shtml</em></span></a></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-81452627085077955532014-05-13T12:10:00.000-03:002014-05-22T15:27:08.961-03:00Para quitar dívida da Copa, governo irá vender cidades-sede para a FIFA <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/04/ministro-defende-a-venda-das-cidades-para-a-fifa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/04/ministro-defende-a-venda-das-cidades-para-a-fifa.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governo Dilma Rousseff decidiu tomar uma medida drástica para saldar o rombo de bilhões de reais nos cofres públicos devido à construção dos doze estádios para a Copa do Mundo: vender as cidades-sede para a FIFA. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A decisão sem precedentes foi anunciada no dia 16 pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, ao lado do presidente da FIFA, Joseph Blatter. “Estamos certos de que, em nome do espetáculo, a população irá entender essa medida”, afirmou o ministro. E explicou: “As doze capitais serão entregues por contrato à FIFA, que recolherá os impostos municipais e ficará encarregada dos serviços públicos essenciais, como segurança, transportes, saúde e educação, por um prazo mínimo de 99 anos, prorrogável caso seja necessário”. Completou: “Tenho certeza de que as cidades terão serviços Padrão FIFA!”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Rebelo chegou a irritar-se com um jornalista que perguntou se a entrega das cidades à FIFA seria privatização, afirmando que se trata, na verdade, de uma “concessão”. “Privatização é o que o governo FHC e os tucanos fazem. Nós concedemos, como nos aeroportos”, declarou, em tom enfático. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Indagado sobre o que será feito a partir de agora dos prefeitos das cidades, que ficarão sem emprego, o ministro mostrou-se evasivo: “Estamos estudando algumas possibilidades. Talvez possamos aproveitá-los como gandulas nos jogos da seleção”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra pergunta foi sobre o que seria feito depois da Copa com estádios monumentais como os de Fortaleza, Natal, Cuiabá, Brasília e Manaus: “Estamos pensando em usá-los para os jogos da Champions`League”, respondeu Joseph Blatter, acrescentando que os times de futebol locais farão parte da competição. “Certamente equipes de primeiro nível como Icasa, Alecrim, Brasiliense e São Raimundo irão encher os estádios com jogos de altíssima qualidade técnica”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Garoto-propaganda da Copa, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno elogiou a iniciativa. “Não se faz Copa do Mundo com prefeituras”, declarou. O rei Pelé também enalteceu a medida: “Morrer operário em construção de estádio é algo normal, Copa do Mundo é só de quatro em quatro anos”, entusiasmou-se. E arrematou: “Pra frente Brasil!”</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><em>Do blog do Joselito Müller.</em></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-77266121018457244972014-04-08T11:56:00.001-03:002014-04-08T11:57:06.919-03:00RELEMBRANDO OS ANOS DE CHUMBO...<div class="_5xjf">
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0">
<span class="_510f" data-reactid=".nu.1">
</span></div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogdajoice.com/wp-content/uploads/2013/07/Dilma21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.blogdajoice.com/wp-content/uploads/2013/07/Dilma21.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><span style="font-size: large;"></span></strong></span></span></span><br />
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><span style="font-size: large;">Mortos pela esquerda cometeram suicídio, diz Dilma</span></strong> <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em solenidade oficial alusiva aos 50 anos do golpe que derrubou o
governo João Goulart, no dia 31, a presidenta Dilma Rousseff decretou medida
provisória que declara os cerca de 120 mortos pelos grupos de luta armada de
esquerda nos anos 60 e 70 oficialmente mortos por suicídio. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Todos sabem que jamais matamos ninguém, é tudo propaganda dessa mídia
burguesa capitalista imperialista golpista”, afirmou a presidenta. “Com exceção
dos nossos companheiros, os que morreram, morreram porque quiseram. Somos
humanistas”, acrescentou. Afirmou, ainda, que todos os documentos das
organizações armadas de esquerda do período serão reescritos. “Onde se lê
‘socialismo’e ‘ditadura do proletariado’, as pessoas vão ler “democracia’ e
‘liberdade’. Essa é a História verdadeira e ponto final”. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O texto enviado ao Congresso proíbe usar as palavras “subversivo” e
“terrorista” em livros de História. Termos como “assalto a banco”, “sequestro”,
“atentado à bomba” e “assassinato” também estão de agora em diante proibidos. Além
disso, o texto determina a substituição dos nomes das organizações
guerrilheiras. Vanguarda Armada Revolucionária, por exemplo, passa a ser
Vanguarda Amorosa Risonha. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No momento de maior emoção da cerimônia, ocorrida no Palácio do
Planalto, a Presidenta insistiu que tortura é um crime horrível e que
torturadores devem ser exemplarmente punidos, defendendo a revisão da Lei de
Anistia. “Quem torturou deve ser pendurado no pau de arara e receber choques
elétricos nos testículos até confessar”, declarou. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A presidenta anunciou ainda a intenção de rebatizar o prédio do
Quartel-General do Exército como “Palácio Carlos Lamarca”: “É uma justa
homenagem ao heróico capitão guerrilheiro, assassinado em 1971 pela ditadura
militar porque queria transformar o Brasil numa democracia exemplar onde se
respeitam os direitos humanos, como Cuba e a Coréia do Norte”, explicou. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="_5w-6" data-reactid=".o5.0" style="text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" data-reactid=".o5.0" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span class="null"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana, sans-serif; mso-ansi-language: PT-BR;">Ao final do evento, referindo-se aos trabalhos da Comissão da Verdade,
criada em 2011 para investigar crimes contra os direitos humanos entre 1946 e
1988 no Brasil, a presidenta bradou, com o punho erguido e a voz embargada:
“Ditadura nunca mais! Pelo direito à memória e à verdade”. E foi aplaudida.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">---</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><em>P.S.: Às vezes só o riso nos salva.</em></span></div>
</div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-82768536144853375792014-03-31T13:07:00.000-03:002014-05-13T12:22:47.002-03:001964: 50 ANOS DEPOIS - O QUE ELES DISSERAM<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/_img/imagens_edicao/especial-brasil-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/_img/imagens_edicao/especial-brasil-2.jpg" height="241" width="400" /></a></div>
<span lang="PT-BR" style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje faz 50 anos do golpe/revolucão/contragolpe/contra-revolução de 1964. Como de hábito, vamos cansar de ler na imprensa artigos enaltecendo o governo democrático </span></span><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">de João Goulart e demonizando os militares (e civis) que o depuseram por pura maldade etc. Pensei em escrever um longo texto rebatendo essa visão maniqueísta da História, mas lembrei que já fiz isso há exatos cinco anos (ver aqui: </span><a href="http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2009/03/falacias-sobre-1964.html"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2009/03/falacias-sobre-1964.html</span></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">). Vou, portanto, me limitar a transcrever o que alguns personagens daquele período disseram a respeito.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="PrrafodelistaCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tancredo Neves, sobre o governo João Goulart:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="PrrafodelistaCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Seu governo vinha cedendo às pressões populistas, e o seu programa de reformas era aproveitado para as agitações de todos os tipos. Nos campos e nas cidades, a exacerbação dos espíritos na luta ideológica criava os mais graves problemas ao presidente e a seus ministros no tocante à manutenção da ordem.</span></span><br />
<span style="color: red;"></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="PrrafodelistaCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">A rebelião dos marinheiros marcou o ápice dessa crise. Procuramos então o presidente e juntos analisamos a delicada conjuntura. Ele me pediu sugestões, e eu lhas dei: a expulsão dos marinheiros rebelados dos quadros da Marinha e a consequente abertura de inquérito para apurar e definir responsabilidades; a extinção do PUA – Pacto de Unidade Sindical, uma articulação sindical – e dos Grupos dos 11 de Brizola. E o provimento efetivo do Ministério da Guerra por um general de Exército que inspirasse as Forças Armadas [...].</span></span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">O presidente recusou as minhas sugestões, achando que, se as adotasse, estaria se despojando de parcelas consideráveis de sua autoridade. Discutimos e não chegamos a nenhum acordo. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: red;">Nesse dia fiquei sabendo que o presidente João Goulart iria receber uma homenagem dos sargentos. Considerei o fato da maior gravidade e fiz tudo pra frustrar essa solenidade, sem nada ter conseguido. </span>(1) </span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Trecho da biografia do líder comunista Carlos Mariguella, escrita pelo jornalista Mário Magalhães:</span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"></span><span lang="PT-BR" style="background-color: white; color: red; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Prestes não desconhecia intenções golpistas de Jango. Sobrinho de Miguel Arraes, governador de Pernambuco, Humberto de Alencar escreveu ao tio em 22 de fevereiro, narrando diálogo com Giocondo Dias: “[Os comunistas] acham que JG [João Goulart] continua com o plano do golpe e que isso deve, de agora por diante, entrar nas nossas análises”. Na noite de 13 de março, Arraes se despediu do jornalista Janio de Freitas com um prognóstico:</span></div>
<div class="PrrafodelistaCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: white;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">“Ou vem um golpe da direita ou um do Jango.”</span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: red;"></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: white;"><span style="color: red;">O dirigente pecebista Jacob Gorender criticaria Prestes, em 1966: “O elemento golpista se manifestou através do apoio aos planos continuístas do presidente”.</span> (2)</span> </span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="background: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ainda Jacob Gorender, membro do Comitê Central do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB):</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="background: white; color: red; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Tornou-se corrente na literatura acadêmica a assertiva de que, no pré-64, inexistiu verdadeira ameaça à classe dominante brasileira e ao imperialismo. Os golpistas teriam usado a ameaça apenas aparente como pretexto a fim de implantar um governo forte e modernizador.</span><br />
<span lang="PT-BR" style="background: white; color: red; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span><br />
<span lang="PT-BR" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;">A meu ver, trata-se de conclusão positivista superficial derivada de visão estática das coisas. Segundo penso, o período 1960-1964 marca o ponto mais alto das lutas dos trabalhadores brasileiros neste século, até agora. O auge da luta de classes, em que se pôs em xeque a estabilidade institucional da ordem burguesa sob os aspectos do direito de propriedade e da força coercitiva do Estado. Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse.</span> (3) </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">José Stacchini, ex-militante comunista:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">[...] Goulart queria uma ditadurazinha para uso próprio, supondo que ia subir montado nas costas dos sindicatos. Porém êstes, ainda a UNE, parlamentares "nacionalistas" e outras correntes do gênero, trabalhavam mesmo num outro sentido. Esperavam o momento em que Jango montasse: dariam então uma corcoveada e, com ajuda estrangeira, instalariam aqui um paraíso no melhor estilo cubano.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;"> </span>(4)</span> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Notas:</span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(1) MORENO, Jorge Bastos, <em>A história de Mora: a saga de Ulysses Guimarães</em>, Rio de Janeiro: Rocco, 2013,<span style="mso-spacerun: yes;"> pp. </span>69-70. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(2) MAGALHÃES, Mario, <em>Mariguella: o guerrilheiro que incendiou o mundo</em>, São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 292. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(3) GORENDER, Jacob, <i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Combate nas trevas, </span></i><span lang="PT-BR" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">5a edição, São Paulo: Ática, 1998, pp. 72-73.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(4) STACCHINI, José, <em>Março de 1964: mobilização da audácia</em>, Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1965, p. 38.</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-49932283286830165922014-03-19T11:05:00.000-03:002014-03-19T11:21:11.976-03:00NON È VERO MA È BEN TROVATO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/03/mc3a9dico-cubano-fugido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://joselitomuller.files.wordpress.com/2014/03/mc3a9dico-cubano-fugido.jpg" height="203" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><span style="font-size: large;">Governo proíbe filme “Doze Anos de Escravidão” em cidades com “Mais Médicos”</span><br /> </strong></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>A presidente Dilma Rousseff baixou hoje, dia 17, decreto que proíbe a exibição do filme “Doze Anos de Escravidão” em todos os municípios incluídos no programa “Mais Médicos”. A medida, segundo Nota da secretaria de imprensa da Presidência da República, visa “impedi</strong></span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>r que os médicos cubanos que participam do programa se identifiquem com o personagem central do filme, e se sintam assim estimulados a abandonar seus postos e a pedir asilo político”. <br /> <br /> “Doze Anos de Escravidão”, que ganhou o Oscar de melhor filme 2014, conta a história real de um homem negro nos EUA do século XIX que, nascido livre, foi enganado e vendido como escravo para fazendas do Sul do país, antes da abolição da escravidão. <br /> <br /> A nota do governo aproveita ainda para desmentir o boato que circulou recentemente, segundo o qual, diante dos vários casos de médicos importados de Cuba que desertaram, os cubanos integrados no programa seriam obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas. Na verdade, explica a nota, “em vez de tornozeleiras, os médicos cubanos usarão chips de localização colocados debaixo da pele e monitorados por satélite. Assim não poderão escapar”, esclarece. <br /> <br /> Direto de Havana, o líder eterno de Cuba, Fidel Castro, elogiou a iniciativa do governo brasileiro, e anunciou que já decidiu copiá-la na ilha de sua propriedade. “Cuba e Brasil estão cada vez mais parecidos”, afirmou o octogenário comandante, que aproveitou para agradecer à presidente Dilma Rousseff pelos milhões investidos pelo BNDES no Porto de Mariel. “Agora eu quero um aeroporto novinho em folha”, acrescentou. <br /> <br /> Procuradas pela reportagem, as organizações de direitos humanos não se pronunciaram sobre o caso.</strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong></strong></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>---</strong></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tecla SAP: Esta mandei pro site do meu amigo Joselito Müller (<a href="http://joselitomuller.wordpress.com/2014/03/17/governo-proibe-filme-doze-anos-de-escravidao-em-cidades-com-mais-medicos/">http://joselitomuller.wordpress.com/2014/03/17/governo-proibe-filme-doze-anos-de-escravidao-em-cidades-com-mais-medicos/</a>). Como esperado, está causando a maior confusão, o que torna a coisa ainda mais engraçada. Acho que vou enveredar pelo ramo do humor. É o unico jeito de ler as notícias no Brasil de hoje sem ter um ataque de apoplexia ou morrer de raiva. Além do mais, como dizia Cícero, <em>ridare castigat mores</em>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><span style="color: white;">.</span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Riam à vontade. Ainda é permitido. Ainda.</span></div>
</span>Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-76440764084953791832014-03-18T17:03:00.000-03:002014-04-10T18:31:48.136-03:00O VÍRUS ESQUERDISTA<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-nIlBjhe5ryQ/UPBq7kUVQYI/AAAAAAAAAHA/CRGY5ESnWvI/s1600/zumbi2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-nIlBjhe5ryQ/UPBq7kUVQYI/AAAAAAAAAHA/CRGY5ESnWvI/s1600/zumbi2.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em></em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>O que vai a seguir não é uma notícia, é uma sátira. Mas bem que poderia ser real. Aliás, não está assim tão longe da realidade. Leiam.</em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">---</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;"><strong>Descoberto o vírus do esquerdismo</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cientistas britânicos divulgaram hoje, dia 18, uma descoberta que promete revolucionar a ciência. Segundo comunidado oficial da Universidade Johnny Walker de Oxfordcambridgeshire, no Reino Unido, a explicação para tantas pessoas se deixarem levar pelo discurso e pela ideologia de esquerda é física. Mais especificamente, um vírus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O micro-organismo, batizado de <em>Mariadorosarius esquerdopaticus</em>, atinge diretamente as áreas do cérebro responsáveis pelo humor, inteligência e honestidade, destruindo-as completamente. "Depois de décadas de experiências com milhares de pessoas, concluímos que o que leva pessoas aparentemente normais a serem de esquerda, sobretudo comunistas ou socialistas, é um vírus terrível", informou por nota a equipe de cientistas, liderada pelo microbiólogo ganhador do Nobel Sir Anthony Hannibal Lecter Hopkins. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Não sabemos o que pode causar essa infecção, mas desconfiamos que ela seja transmitida via oral, e que sua origem esteja em universidades localizadas ao Sul do Equador, provavelmente no Brasil, onde impera há décadas a promiscuidade ideológica mais absoluta", afirmou a nota dos cientistas. Os principais atingidos pelo vírus seriam jovens estudantes de classe média e alta, entre 15 e 30 anos, geralmente brancos e com complexo de culpa, sustentados pelos pais e que se alimentam de toddynho e sucrilhos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A nota explica que o vírus age inicialmente sobre o lobo parietal direito, onde está localizado o humor: "As pessoas atingidas perdem qualquer senso de humor, tornando-se incapazes de entender uma piada. Com isso, tornam-se histéricas e paranoicas, considerando-se injustiçadas e perseguidas pelo 'sistema', culpando o 'capitalismo', o 'imperialismo', os tucanos e o Olavo de Carvalho pelos próprios problemas e por todos os problemas da humanidade. Isso se deve ao fato de que estão imbuídas de uma missão messiânica, e assim passam a se levar a sério, sentindo-se acima dos demais mortais, agindo de forma intolerante e patrulheira", esclareceu a nota. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A mesma área cerebral que regula o humor também é responsável pela capacidade cognitiva. "Os afetados pelo vírus não distinguem mais entre sátira, ironia e mentira. Chegam a babar de ódio quando veem na Internet uma piada a respeito deles. Há casos, inclusive, de ministros de Estado que ameaçaram com processo judicial blogueiros por causa de uma sátira política de que não gostaram". Além disso, continua a nota, "perdem totalmente a capacidade de articular um pensamento racional por conta própria e passam a se comunicar somente por chavões e slogans, vivendo num mundo à parte, sem qualquer relação com o mundo real, tornando-se verdadeiros zumbis". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A memória também é seriamente danificada: "como os afetados não distinguem mais entre realidade e ficção, tampouco são capazes de recordar o que disseram ou fizeram em anos recentes, e tratam de reescrever a todo custo a História, omitindo eventuais erros e crimes por eles cometidos, e chamam a isso de verdade". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mais grave, porém, afirmam os cientistas, é que o vírus, ao destruir o humor e a inteligência, afeta também a área do cérebro que lida com a honestidade: "Concluímos que os atingidos por essa enfermidade são afetados também na capacidade de fazer juízos morais, adotando atitudes do tipo dois pesos e duas medidas sempre que lhes é conveniente". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os pesquisadores deram como exemplos gritantes da falta de noção moral o fato de que os afetados pelo vírus "falam em democracia e em direitos humanos, mas não sentem nenhum pudor em defender ditaduras totalitárias como as de Cuba e Coréia do Norte. Inclusive, em casos mais avançados da doença, militantes LGBT enxergam homofobia até em suicídios no Brasil, mas não veem problema algum em gays serem enforcados no Irã. E não sentem nenhuma vergonha por isso, o que é típico de psicopatas". Ainda segundo o comunicado: "Parece difícil de acreditar, mas há casos registrados de esquerdofrênicos que acreditam, piamente, que <em>socialismo</em> e <em>liberdade</em> são coisas possíveis de se conciliar, e fundam até partidos com esse nome". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nos casos mais extremos, o vírus influi diretamente nas glândulas sebáceas, principalmente de feministas que deixam de raspar as axilas e as pernas como "protesto". Seu efeito mais devastador, porém, é o de distorcer qualquer noção de realidade, levando algumas pessoas a sofrerem crises de identidade, adicionando, por exemplo, Guarani-Kaiowá a seu sobrenome. Outra prova da enfermidade é o fato de passarem a falar sem parar em "justiça social", "proletariado" (ou "classe operária"), "burguesia" etc. e a se tratarem entre si como "companheiro" e "companheira" (ou, nos casos mais patológicos, "camaradas").</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Infelizmente, até agora não há cura para essa doença, a não ser sessões diárias de leituras não-marxistas para deslavagem cerebral, o que leva tempo. Se a cura não é alcançada até os 40 anos, é porque o cérebro está irremediavelmente perdido. Aí, só com eletrochoque e remédio tarja-preta", concluiu a nota. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até o momento, o Ministério da Saúde não se pronunciou a respeito do assunto.</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-84272002118342546932014-03-14T16:50:00.000-03:002014-03-14T16:51:36.222-03:00SOCIALISMO É BARBÁRIE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://api.ning.com/files/vEKUMF4yxUHPcb7*cHbr7BxQpsn6lKTcuG3qkqW2HIv7f1e9*Mum76Tsdi5diEfZZQUSsoBWOT-IDcZcZ1kc9zrd*UlBCJpZ/f3b4aaedac_praga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://api.ning.com/files/vEKUMF4yxUHPcb7*cHbr7BxQpsn6lKTcuG3qkqW2HIv7f1e9*Mum76Tsdi5diEfZZQUSsoBWOT-IDcZcZ1kc9zrd*UlBCJpZ/f3b4aaedac_praga.jpg" height="286" width="400" /></a></div>
<strong><span style="font-size: large;"></span></strong><br />
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: large;">Socialismo é barbárie - LUIZ
FELIPE PONDÉ </span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-size: large;">
</span></strong></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="description articleBody" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>FOLHA DE SP - 24/02<br /><br />A
esquerda está em pânico porque estava acostumada a dominar o debate
público</b><br /><br />Se eu pregar que todos que discordam de mim devem morrer ou
ficarem trancados em casa com medo, eu sou um genocida que usa o nome da
política como desculpa para genocídio. No século 20, a maioria dos assassinos em
massa fez isso.<br /><br />O Brasil, sim, precisa de política. Não se resolve o
drama que estamos vivendo com polícia apenas. Mas me desespera ver que estamos
na pré-história discutindo ideias do "século passado". Tem gente que ainda
relaciona "socialismo e liberdade", como se a experiência histórica não provasse
o contrário. Parece papo das assembleias da PUC do passado, manipuladoras e
autoritárias, como sempre.<br /><br />O ditador socialista Maduro está espancando
gente contra o socialismo nas ruas da Venezuela. Ele pode? Alguns setores do
pensamento político brasileiro são mesmo atrasados, e querem que pensemos que a
esquerda representa a liberdade. Mentira.<br /><br />A maioria de nós, pelo menos
quem é responsável pelo seu sustento e da sua família, não concorda com o
socialismo autoritário que a "nova" esquerda atual quer impor ao país. A
esquerda é totalitária. Quer nos convencer que não, mas mente. Basta ver como
reage ao encontrar gente inteligente que não tem medo dela.<br /><br />Ninguém
precisa da esquerda para fazer uma sociedade ser menos terrível, basta que os
políticos sejam menos corruptos (os da esquerda quase todos foram e são), que
técnicos competentes cuidem da gestão pública e que a economia seja deixada em
paz, porque nós somos a economia, cada vez que saímos de casa para gerar nosso
sustento.<br /><br />Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de "humanista", de
superioridade moral, e de que quem discorda dela o faz porque é mau. Ela está em
pânico porque estava acostumada a dominar o debate público tido como
"inteligente" e agora está sendo obrigada a conviver com gente tão preparada
quanto ela (ou mais), que leu tanto quanto ela, que escreve tanto quanto ela,
que conhece seus cacoetes intelectuais, e sua história assassina e
autoritária.<br /><br />Professores pautados por esta mentira filosófica chamada
socialismo mentem para os alunos sobre história e perseguem colegas, fechando o
mercado de trabalho, se definindo como os arautos da justiça, do bem e do
belo.<br /><br />A esquerda nunca entendeu de gente real, mas facilmente ganha os
mais fragilizados com seu discurso mentiroso e sedutor, afirmando que, sim, a
vida pode ser garantida e que, sim, a sobrevivência virá facilmente se você crer
em seus ideólogos defensores da "violência criadora".<br /><br />Ela sempre foi
especialista em tornar as pessoas dependentes, ressentidas, iludidas e incapazes
de cuidar da sua própria vida. Ela ama a preguiça, a inveja e a
censura.<br /><br />Recomendo a leitura do best-seller mundial, recém publicado no
Brasil pela editora Agir, "O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do
Socialismo", escrito pelo professor Kevin D. Williamson, do King's College, de
Nova York. Esta pérola que desmente todas as "virtudes" que muita gente atrasada
ou mal-intencionada no Brasil está tentando nos fazer acreditar mostra detalhes
de como o socialismo impregnou sociedades como a americana, degradou o meio
ambiente, é militarista (Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na Suécia.
O socialismo é um "truque" de gente mau-caráter.<br /><br />As pessoas, sim, estão
insatisfeitas com o modo como a vida pública no Brasil tem sido maltratada. Mas
isso não faz delas seguidores de intelectuais e artistas chiques da zona oeste
de São Paulo ou da zona sul do Rio de Janeiro.<br /><br />A tragédia política no
Brasil está inclusive no fato de que inexistem opções partidárias que não sejam
fisiológicas ou autoritárias do espectro socialista. Nas próximas eleições
teremos poucas esperanças contra a desilusão geral do país.<br /><br />E grande
parte da intelligentsia que deveria dar essas opções está cooptada pela falácia
socialista, levando o país à beira de uma virada para a pré-história política,
fingindo que são vanguarda política. O socialismo é tão pré-histórico quanto a
escravatura.<br /><br />Mas a esquerda não detém mais o monopólio do pensamento
público no Brasil. Não temos mais medo dela.</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-56874649327562580212014-02-11T15:28:00.002-03:002014-02-11T15:29:34.938-03:00DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS - por Luiz Felipe Pondé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.bahianoticias.com.br/fotos/entretenimento_noticias/16617/xIMAGEM_NOTICIA_5.jpg.pagespeed.ic.u2rlfPezsC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.bahianoticias.com.br/fotos/entretenimento_noticias/16617/xIMAGEM_NOTICIA_5.jpg.pagespeed.ic.u2rlfPezsC.jpg" height="293" width="400" /></a></div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">por Luiz Felipe Pondé</span></h3>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Publicado na Folha de S. Paulo em 20/01/2014</em></span></h3>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="text-align: justify;">
<br />Não sou religioso, só frequento templos vazios.
Tampouco considero o ateísmo prova de maior inteligência ou coragem intelectual.
Dias atrás, nesta coluna, ataquei as dimensões picaretas das
religiões.<br /><br />Por que digo isso? Porque hoje em dia, em épocas de exigências
de pureza ideológica (no mundo da cultura vivemos um fascismo descarado dos
bonzinhos, baseado em difamação de quem não frequenta as ideias que eles
frequentam), se faz necessário apresentar algumas "credenciais" quando se vai
tratar de um assunto delicado que pode ofender a sensibilidade totalitária dos
bonzinhos. Quando ofendidos, os bonzinhos passam à gritaria, principalmente
nessa masmorra escura que são as redes sociais.<br /><br />Apesar de não ser
religioso, conheço o suficiente de algumas religiões para saber que muitas delas
carregam um saber de valor inestimável, fato este que escapa a muitos dos
críticos banais das religiões. Você identifica um ignorante quando ele diz que a
Bíblia é um livro opressor.<br /><br />Dito isso, vamos ao que interessa. Há alguns
anos, um cartunista dinamarquês passou por poucas e boas quando fez piadas com
Maomé. Lembro-me de muitos dos bonzinhos defenderem o direito dos muçulmanos de
se ofenderem com a piada e jogarem a atitude do cartunista no saco
indiferenciado do preconceito ocidental contra o Islã.<br /><br />Fico feliz que no
Brasil ainda se possa fazer humor com as religiões e que quem faz piada com
Jesus (que acho um cabra-macho, mas não acho que seja Deus) possa fazê-lo,
ganhar dinheiro com isso e não ser ameaçado de morte. Ou, quem sabe, perder o
emprego. Pedir a cabeça de alguém é um pedido comum dos bonzinhos quando leem
algo com que não concordam.<br /><br />Acho que o humor deve ser livre porque ele é
uma das dimensões por meio das quais o espírito humano sobrevive, se alimenta e
reflete sobre sua condição. Não partilho da ideia de que o humor seja uma forma
menor de cultura. Por isso, discordo da tentativa de qualquer grupo, religioso
ou não, de querer barrar ou processar quem quer que seja por ter feito piada do
que for.<br /><br />Mas me pergunto uma coisa: por que alguns acham politicamente
incorreto fazer piadas com negros, índios, gays e nordestinos (e julgam
justificados processos legais contra quem faz tal tipo de piada), mas julgam
correto fazer piada com os ícones do cristianismo?<br /><br />Claro, quem pratica
esse tipo de critério, com dois pesos e duas medidas, é gente boazinha e com
opiniões corretas. Defendem a própria liberdade, mas negam imediatamente a
liberdade de quem os aborrece. O nome disso é incoerência. A democracia só vale
para quem nos irrita, mas os bonzinhos não pensam assim.<br /><br />Não me
surpreende a incoerência dos bonzinhos, porque o que faz alguém ser bonzinho
hoje é a falta de caráter. Ser do "partido dos bonzinhos" hoje dá dinheiro,
ganha editais, cargos no governo, fotos em colunas sociais, convites e prêmios
culturais. Identificar um bonzinho hoje em dia como resistente ao poder é uma
piada e tanto! Eles estão no poder até no RH das empresas e na
magistratura.<br /><br />Os cristãos têm todo o direito de ficar bravos com as
piadas com Jesus (que aliás, costumam ser ótimas). Mas, acho "engraçado" (já que
estamos falando de humor) alguém não perceber que vivemos num mundo em que tirar
sarro de cristão pode, mas de outros grupos não. Por quê?<br /><br />Fácil: porque
ninguém precisa ter "cojones" para tirar sarro de cristão. No mundo da cultura,
falar mal de religião (menos da indígena, afro e budista) é bater em bêbado na
ladeira.<br /><br />Proposta: que tal tirar sarro das pautas dos bonzinhos? Tipo
fazer piada com as "jornadas de junho". Ou da moçadinha que quer salvar o
Ártico. Ou de gente que vive falando mal da polícia, mas treme de medo e chama a
polícia logo que sente sua propriedade privada em risco. Ou do movimento
estudantil. Ou de intelectual que glamoriza os "rolezinhos". Ou das feministas.
Ou de ateus militantes. Ou do exército da salvação PSOL e PSTU. Ou de quem diz
que bandidos são vítimas sociais.<br /><br />É isso aí: que tal fazer piadas com os
preconceitos dos bonzinhos? Missão impossível?</h3>
</span><h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="text-align: justify;">
</h3>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-6515415767698455142014-01-14T09:12:00.000-03:002014-01-14T09:13:12.559-03:00JANGO E O REALISMO FANTÁSTICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghejneAF-hy2g94Khvgz1VU6-zVef_MOVUMg-6WSW4Nv5sSivPARh9HvsSwXL0vrdMqup0Mh1Rm30Sosb4K3gk1O6EQgzr1yOJW3Jlf-e5cbCoiW7B41CjO4gfh3bmNSTPaUsUYA/s400/Lenin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghejneAF-hy2g94Khvgz1VU6-zVef_MOVUMg-6WSW4Nv5sSivPARh9HvsSwXL0vrdMqup0Mh1Rm30Sosb4K3gk1O6EQgzr1yOJW3Jlf-e5cbCoiW7B41CjO4gfh3bmNSTPaUsUYA/s400/Lenin.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para começar bem o ano. Texto do professor Marco Antonio Villa, simplesmente o maior historiador do Brasil na atualidade. Leitura essencial para desmontar mais uma mistificação das esquerdas. Não recomendável para petistas e idiotas (o que dá quase o mesmo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">---</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><strong>Jango e o realismo fantástico</strong></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em></em></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Era um cardiopata. E de longa data. No México, em 1962, assistindo a uma exibição do balé folclórico, te</em></span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>ve um ataque cardíaco</em><br /> </span></span><br />
<span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ARTIGO – MARCO ANTONIO VILLA<br /><br /> Publicado:14/01/14 - 0h00<br /><br /> O Brasil é um país fantástico. Mais ainda, é um país do realismo fantástico, onde ficção se mistura com história e produz releituras ao sabor dos acontecimentos. A última tem como tema a morte do ex-presidente João Goulart, o Jango, na Argentina.<br /><br /> A Câmara dos Deputados fez uma investigação, ouviu dezenas de testemunhas e elaborou um longo relatório. Concluiu que não havia indícios de assassinato. Em entrevista a Geneton Moraes Neto, publicada no livro “Dossiê Brasil: as histórias por trás da História recente do país”, a senhora Maria Tereza Goulart descartou qualquer suspeita de assassinato do seu marido: “Eu estava ao lado de Jango o tempo todo, nos últimos dias. Jango morreu do coração. Tinha feito um regime violento e mal controlado. Chegou a perder 17 quilos em dois meses. E estava fumando muito. O médico já tinha dito que ele não poderia fumar.”<br /><br />Jango era um cardiopata. E de longa data. No México, a 10 de abril de 1962, em visita oficial, assistindo a uma exibição do balé folclórico mexicano, no Teatro Belas Artes, o presidente teve um ataque cardíaco. Ficou desfalecido por um minuto. Atendido por médicos mexicanos, ficou impossibilitado de continuar a cumprir a agenda presidencial, sendo substituído por San Tiago Dantas. No retorno ao Brasil, o grande assunto era o estado de saúde de Jango e a possibilidade de que renunciasse à Presidência. Afinal, era o segundo ataque cardíaco em apenas oito meses. Dois meses depois, quando da recepção em palácio da seleção brasileira que partiria para a Copa do Mundo no Chile, Pelé manifestou preocupação com a saúde do presidente: “Presidente, como vão estas coronárias?” E Jango respondeu: “Estão boas, mas não tanto quanto as suas.”<br /><br />Às vésperas do célebre comício da Central (13 de março de 1964), seu estado de saúde inspirava cuidados. Foi advertido que poderia ter sérias complicações com o coração. Jango desdenhou e manteve seu ritmo costumeiro de vida sedentária, alimentação inadequada, excesso no consumo de bebidas e vivendo em permanente estresse. No exílio uruguaio, também devido aos problemas com o coração, foi atendido pelo dr. Zerbini. Na França, onde esteve várias vezes, foi cuidar do coração e chegou a tentar uma consulta com o dr. Christian Barnard, na África do Sul, médico que dirigiu a equipe que fez o primeiro transplante de coração.<br /><br /> A transformação de Jango em um perigoso adversário do regime militar — tanto que o seu assassinato teria sido planejado pela Operação Condor — não passa de uma farsa. No exílio uruguaio, especialmente nos anos 1970, não tinha qualquer atuação política.<br /><br /> Tudo não passa de mais uma tentativa de mitificação, da hagiografia política sempre tão presente no Brasil. O figurino de democrata, reformista e comprometido com os deserdados foi novamente retirado do empoeirado armário. Agora pelos seus antigos adversários, os petistas. Mero oportunismo. É que a secretária dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, pretende ser candidata ao Senado pelo Rio Grande do Sul. E, como boa petista, não se importa de reescrever a história ao seu bel-prazer.<br /><br /> O cinquentenário dos acontecimentos de março/abril de 1964 é uma boa oportunidade para rever o governo Jango. O início dos anos 1960 esteve marcado pela agudização das mais variadas contradições. O esgotamento do ciclo econômico que alcançou seu auge na presidência JK era evidente. A grande migração tinha criado uma sociedade urbana e novas demandas que os governos não sabiam como atender. A tensão gerada pela Guerra Fria azedava qualquer conflito, por mais comezinho que fosse.<br /><br /> É nesta conjuntura que Jango tentou governar. E foi um desastre. Raciocinava sempre imaginando algum tipo de ação que significasse o abandono da política, do convencimento do adversário. Era tributário de uma tradição golpista, típica da política brasileira da época.<br /><br /> Nunca fez questão de esconder seu absoluto desinteresse pelas questões mais complexas da administração pública, distantes da politicagem do dia a dia. Celso Furtado, nas suas memórias (“A fantasia desorganizada”), relatou que entregou o Plano Trienal — que buscava planejar a economia nos anos 1963-1965 — ao presidente depois de exaustivas semanas de trabalho. Jango mal passou os olhos pela primeira página. Em entrevista à revista “Playboy”, em abril de 1999, Furtado foi direto: Jango “era um primitivo, um pobre de caráter”.<br /><br />No polo ideológico oposto, o embaixador Roberto Campos, também nas suas memórias (“A lanterna na popa”), contou que escreveu um documento de 30 páginas relatando os contenciosos do Brasil com os Estados Unidos, em 1962, quando da visita do presidente a Washington. San Tiago Dantas, ministro das Relações Exteriores, pediu ao embaixador que reduzisse ao máximo a extensão do texto, pois com aquele volume de páginas o presidente não leria. Obediente, o embaixador sintetizou os problemas em cinco páginas, que foram consideradas excessivas. Diminuiu para três páginas. Mesmo assim, segundo Campos, Jango não leu o documento.<br /><br /> As reformas de base, palavra de ordem repetida à exaustão naqueles tempos, nunca foram apresentadas no seu conjunto. A definição — ainda que vaga — apareceu somente na mensagem presidencial encaminhada ao Congresso Nacional quando do início do ano legislativo, a 15 de março de 1964. E lembrar que foram apresentadas como soluções de curto prazo — mesmo sendo mudanças estruturais — durante três anos…<br /><br />Deixou um país dividido, uma economia em estado caótico e com as instituições desmoralizadas. E abriu caminho para duas décadas de arbítrio.<br /><br /> Marco Antonio Villa é historiador</span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-16723395502260315792013-12-29T07:59:00.000-03:002014-01-16T10:09:15.161-03:00ESQUERDA E DIREITA: UM DEBATE NECESSÁRIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTZxfJ3rMeTKZUCbYrVWzByxcM08I7CZxcaR9fg9Iob7Q770XFjDU4UO2LIP1l0q4Yv1eWj69eAqEgNsnfUIrr72O-G0Hxskm7SNZB5XqQgodgB0yEAJL0EAKCIK1vSHz-WUh93w/s1600/esquerda-direita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTZxfJ3rMeTKZUCbYrVWzByxcM08I7CZxcaR9fg9Iob7Q770XFjDU4UO2LIP1l0q4Yv1eWj69eAqEgNsnfUIrr72O-G0Hxskm7SNZB5XqQgodgB0yEAJL0EAKCIK1vSHz-WUh93w/s400/esquerda-direita.jpg" height="365" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O <em>GloboNews Painel</em>, programa televisivo comandado por William Waack, promoveu um debate no dia 28 sobre os conceitos de "direita" e "esquerda" no Brasil contemporâneo. Não vi ainda o vídeo do programa, mas, a se julgar pela importância do tema e pelos convidados - o jornalista Reinaldo Azevedo e os professores Luiz Felipe Pondé e Bolívar Lamounier - acredito ter sido um debate interessante e produtivo, no mais alto nível. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;">Trata-se de um tema por demais pertinente, sobretudo no Brasil, onde vigora a total confusão mental sobre quase tudo, devido a um certo culto da ambiguidade em todos os terrenos - ideológico, político, moral etc. Particularmente, não compartilho da visão confortável de que "esquerda e direita são conceitos ultrapassados", que teriam sido enterrados junto com os escombros do Muro de Berlim. A meu ver, eles continuam válidos, até porque, ao que parece, o Muro ainda não caiu nas terras de Cabral. (Se alguém tem alguma dúvida, que veja os nomes ou, se tiver tempo, leia os programas de partidos como PT, PSDB, PDT, PCdoB e <em>tutti quanti</em>, ou leia a Constituição de 1988, e conte quantas vezes lá aparecem as palavras "igualdade" e "justiça social", em contraste com termos como "liberdade" e "propriedade privada"...) Nesse aspecto, estamos uns trinta anos atrasados. Daí que um debate desse tipo pode ser uma excelente oportunidade de tentar rever esse atraso e botar os pingos nos "is". </span><span style="color: black;">Reinaldo Azevedo, aliás, fez as perguntas certas em seu blog, as quais vou aproveitar para responder, dando assim meus pitacos sobre o assunto. Creio que muito que foi dito no programa coincide com o que vou dizer aqui.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pergunta: Existem direita e esquerda por aqui?</span></em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha resposta: Esquerda, certamente existe, e de todos os tipos: centro-esquerda (majoritária), extrema-esquerda, esquerda aguada, esquerda caviar etc. Temos esquerdas e esquerdistas de todos os tipos e para todos os gostos, desde a esquerda mais escancaradamente pragmática (o PT à frente) até os mais porraloucas seguidores de Lênin e Trotsky. O que não há é direita, ou pelo menos uma direita politicamente viável. Há, aqui e ali, um ou outro deputado, um ou outro jornalista (como o próprio Reinaldo Azevedo), um ou outro blogueiro ou professor, que não rezam segundo a cartilha das patrulhas esquerdistas, mas estes são a minoria da minoria, e não estão articulados politicamente (alguns, como o deputado Jair Bolsonaro, são figuras folclóricas, que fazem mais bem do que mal à esquerda, certamente sem saber). O que é, diga-se com todas as letras, uma anomalia, uma verdadeira jabuticaba: o Brasil é o único - repito: o ÚNICO - país democrático sem um partido de direita forte e competitivo. Daí, aliás, não haver praticamente oposição ao lulopetismo. </span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pior que isso: não há, no Brasil, uma <em>cultura</em> de direita. E o mais grave: num país em que a população é majoritariamente, esmagadoramente, instintivamente conservadora e <em>de direita</em>, como já escrevi aqui. O que torna ainda mais dramática e necessária a missão de romper a camisa-de-força ideológica imposta ao país por décadas de propaganda sistemática e persistente, que separou o mundo político do mundo real. Não por acaso, a população saiu às ruas em junho passado gritando "eles não nos representam": de fato, nenhum partido representa o pensamento médio do brasileiro. Tanto que, sem lideranças, os protestos não tiveram um Norte definido, perdendo-se no generalismo de slogans "contra-tudo-isso-que-está-aí" e no "por-um-mundo-melhor", facilmente apropriados pela esquerda radical...</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>Pergunta: <span class="sri3nm" id="sri3nm_1">Por que</span> todos os políticos e partidos se dizem de centro-esquerda?</em></strong> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha resposta: Porque vigora no Brasil há décadas a hegemonia cultural e política das ideias de esquerda, via gramscismo. Daí a política, no Brasil, ter-se transformado num sambinha de uma nota só, como o é também o discurso cultural e nas universidades, em que todos repetem, por um automatismo inconsciente, os chavões e slogans marxistas. No Brasil, existem partidos de esquerda e fisiológicos, e só. Não é de surpreender, portanto, que as eleições sejam, há décadas, um concurso de esquerdismo - onde ganha, obviamente, o mais esquerdista. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A hegemonia de esquerda é tão forte que partidos como o PT e seus aliados e derivados de extrema-esquerda se dão ao luxo de criar a própria direita. Na ausência de uma sigla que possa ser considerada como tal, o papel recaiu sobre o PSDB, um partido social-democrata, logo de centro-esquerda por excelência. Houve até um idiota que disse, um dia desses no <em>Roda Viva</em> da TV Cultura que os <em>black blocs</em>, os comuno-anarquistas aliados de legendas como PSOL e PSTU, são... "de direita"! (a explicação que ele deu: </span></span><span style="font-family: Verdana;"><span style="color: black;">"eles usam máscaras"...). Vigora, enfim, a mais completa demonização, a satanização, da "direita", aliás inexistente no Brasil, algo perigoso para a democracia. Nessas circunstâncias, não é de se estranhar que todos no Brasil sejam de centro-esquerda, algo que não ocorre em nenhum outro lugar no mundo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Um parêntese: existe sim, direita no Brasil, mas uma direita burra, politicamente desarticulada - ainda bem. Inclusive, há políticos de direita ou conservadores - no mau sentido da palavra, não no burkeano - entre os partidos aliados do governo, e no próprio PT. Mas não é dessa direita que estou falando: refiro-me a um certo sentimento difuso, que se alimenta, paradoxalmente, do vazio ideológico deixado pela hegemonia esquerdista. Esse sentimento é facilmente constatado nas redes sociais, onde reina a indignação imediatista e exortações demagógicas a favor da pena de morte, por exemplo, são comuns. É uma "direita" formada geralmente de nacionalistas nostálgicos do regime militar ou de devotos religiosos, para os quais a aniquilação de seus inimigos ou o reino dos céus é mais importante do que a defesa da liberdade. Apesar de professarem um anticomunismo retórico, "direitistas" assim se sentiriam à vontade em países como Cuba e Coreia do Norte. Uma direita laica, responsável e democrática - conservadora, enfim - seria o melhor antídoto contra essa "direita" de fancaria. Esta apenas dá munição aos esquerdistas.) </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pergunta: Por que alguns grupos ideológicos reivindicam o monopólio da virtude?</span></em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha resposta: Porque se consideram, como no caso dos partidos comunistas, entes de razão, donos absolutos da Verdade Revelada e da chave da História. Essa é a essência, aliás, da ideologia marxista, totalmente vitoriosa entre nós (e pior: por W.O...). Em nome desse ideal de uma sociedade perfeita no futuro, tudo, absolutamente tudo - o extermínio de 100 milhões de pessoas, por exemplo - é permitido, e coisas como o Mensalão tornam-se facilmente compreensíveis. Nesse sentido, o PT é um partido fundamentalmente leninista: todos os meios são válidos, aos olhos dos companheiros petistas, para chegar ao poder e nele se manter - o assassinato, de reputações ou de fato (vide o caso Celso Daniel), é apenas um exemplo. Trata-se do herdeiro legítimo de uma tradição revolucionária que remonta à Revolução Francesa, passando pela Revolução bolchevique na Rússia e, mais recentemente, pelo castro-guevarismo e pelo gramscismo, sem jamais reconhecer o valor inerente da democracia. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso, o PT tem uma arma poderosa à sua disposição, que falta às demais agremiações e que o aproxima ainda mais de partidos totalitários: os chamados "movimentos sociais". É sobretudo nessa área que se revela seu caráter gramscista, de partido que faz de tudo para alcançar seus objetivos. Não importa se as causas que professa e suas políticas práticas sejam absolutamente contraditórias: não se espantem se a defesa dos direitos humanos feita por uma Maria do Rosário ou um Luiz Eduardo Greenhalg caminha lado a lado com a devoção fanática a ditaduras totalitárias como a dos Castro em Cuba, ou se a tentativa de criminalizar a "homofobia" anda de mãos dadas com a defesa do regime teocrático do Irã, onde se enforcam homossexuais, ou ainda se a implantação de cotas raciais no serviço público seja uma forma de institucionalizar o racismo, ou se militantes feministas calam-se covardemente ante a incitação ao estupro feita por um professor esquerdista contra uma jornalista - todas essas bandeiras de minorias não passam de instrumentos, de um meio para se chegar ao fim almejado. Não esqueçam: o compromisso do PT e assemelhados é com o poder, e nada mais. Para tanto, não hesitam em manipular as causas mais disparatadas, a fim de minar o "sistema" e semear o caos, valendo-se de idiotas úteis. Antes, eram os camisas negras e a Guarda Vermelha; hoje, são os "movimentos" negro, indígena, feminista, LGBTT etc.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pergunta: O conservadorismo é necessariamente reacionário?</span></em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha resposta: Absolutamente não. A associação entre conservadorismo e reacionarismo é uma invenção da esquerda, sobretudo da esquerda marxista, que penetrou profundamente nos corações e mentes da população brasileira. O conservadorismo nasce da moderação, da busca por mitigar os horrores trazidos pelos jacobinos na Revolução Francesa, e conservar - daí o nome - princípios universais consagrados anteriormente, dos quais a liberdade é o principal. Não por acaso, sua matriz é anglo-saxônica, tendo como um dos maiores filósofos o britânico Edmund Burke (1729-1797), e fortemente alicerçada nas conquistas institucionais das "revoluções" inglesa (1688) e norte-americana (1776) - revoluções só no nome, pois visaram antes a conservar, e não a transformar, a propriedade privada e a liberdade individual diante da ameaça do Estado absolutista. Na França revolucionária e sobretudo na Rússia, ao contrário, a revolução foi feita para eliminar a propriedade e, com ela, a liberdade do indivíduo, resultando nas piores formas de opressão estatal conhecidas na História da humanidade. Se o critério é a democracia e a liberdade, portanto, reacionários são os socialistas e comunistas, não os conservadores. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Mais um parêntese: não que não exista uma direita reacionária, como escrevi acima. Mas é a parte da direita que abandonou o conservadorismo, preterindo-o em favor de soluções estatistas e socialistas. Isso mesmo: socialistas. Parece confuso? Então lembrem do criador do fascismo, o ditador italiano Benito Mussolini, que veio das fileiras do Partido Socialista italiano. Não que ele tenha abandonado o socialismo para mergulhar no delírio totalitário - ele apenas lhe deu um outro nome. Mussolini e Hitler consideravam o liberalismo seu maior inimigo, adotando políticas muitas vezes copiadas dos comunistas, a começar pelo controle <em>total</em> da sociedade pelo Partido-Estado. Quando virem um esquerdista chamar alguém de "fascista" - um de seus xingamentos preferidos -, pensem nisso.)</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><strong><em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pergunta: Direita liberal e extrema direita se confundem?</span></em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha resposta: De maneira nenhuma direita liberal e extrema-direita se confundem, pois não se pode confundir liberalismo político e econômico com a sua antítese, o dirigismo estatal, encarnado tanto pela extrema-direita quanto pela extrema-esquerda. Daí os conservadores serem inimigos irreconciliáveis do totalitarismo, seja de direita ou de esquerda, mantendo uma distância não somente política, mas sobretudo filosófica, dos fascistas. O mesmo não pode ser dito da esquerda "moderada", ou centro-esquerda, em relação à extrema esquerda: une-as um laço fundamental, que é a devoção ao Estado, laço este comum também aos extremistas de direita. Por isso é mais provável uma aliança entre a esquerda e a extrema-esquerda (como de fato ocorre, atualmente, no Brasil), ou entre os dois extremos ideológicos, do que entre liberais (ou liberais-conservadores) e a extrema-direita. Aliás, a aliança entre os extremos de cada lado já se realizou historicamente (o pacto "de não-agressão" entre Hitler e Stálin, que foi o catalisador imediato da Segunda Guerra Mundial, em 1939). Uma aliança assim jamais seria possível entre liberais e fascistas. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, só se pode entender a atual hegemonia ideológico-cultural esquerdista no Brasil, e a consequente vilanização da "direita", como o resultado de uma grosseira falsificação da História e das ideias. Falsificação que precisa ser denunciada com todas as forças por qualquer pessoa com um mínimo de honestidade intelectual. Do contrário, o Brasil continuará a ser um país em que a política se resume a petistas e tucanos, dilmas e aécios. Uma quase república soviética, governada por comissários de araque - e sem oposição digna desse nome.</span></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-74477442418771494942013-12-15T02:21:00.001-03:002013-12-16T05:26:53.670-03:00ABAIXO OS PAIS DA PÁTRIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIb4BI4ulivnkPI0R84qEy-XRoRJSGyBife4uHb3n3WoTVSXWNRLrIhHBsxqXBLLwV1TEef4ticXADb5td6Ky_j5vVnlOBUFcf5sUI0eDrQuVpIDRVYGu03VRHQ8Gz1RSLEqY7Ow/s1600/lenin-kiev-ukraine2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIb4BI4ulivnkPI0R84qEy-XRoRJSGyBife4uHb3n3WoTVSXWNRLrIhHBsxqXBLLwV1TEef4ticXADb5td6Ky_j5vVnlOBUFcf5sUI0eDrQuVpIDRVYGu03VRHQ8Gz1RSLEqY7Ow/s400/lenin-kiev-ukraine2.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong><em>A imagem da semana. Deveria ser a de todos os dias.</em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Três fatos da semana que passou merecem ser comentados. São os seguintes:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1 - a morte do líder anti-apartheid sul-africano Nelson Mandela ou, mais precisamente, a onda de mistificação histórica que se lhe seguiu, com contornos necrofílicos e de verdadeiro culto da personalidade, assunto de que tratei aqui em vários textos;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2 - a derrubada de uma estátua de Lênin, o líder da Revolução bolchevique de 1917 na Rússia e fundador da finada URSS, por um grupo de manifestantes que protestavam contra o governo pró-russo de Viktor Yanukovich, em Kiev, Ucrânia, e</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3 - as revelações bombásticas do ex-secretário nacional de Justiça, o delegado da Polícia Federal Romeu Tuma Júnior, em livro recém-lançado (<em>Assassinato de Reputações</em>), entre as quais a existência de uma fábrica de dossiês no governo petista contra adversários políticos e o fato espantoso de que Luiz Inácio Lula da Silva foi um informante do DOPS, a polícia política do regime militar, nos anos 70 e 80 - o que o transforma, provavelmente, na maior farsa da História política do Brasil (além de testemunha indispensável a ser ouvida na "comissão da verdade" criada ironicamente para denunciar os crimes da ditadura militar).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não escolhi as três notícias por acaso. Elas estão intimamente relacionadas, assim como os personagens em questão. Não obstante as diferenças óbvias existentes entre os três, Mandela, Lênin e Lula foram ou são líderes populares e carismáticos, com legiões de seguidores devotos e fanáticos. No caso de Mandela, as imagens do funeral não deixam qualquer margem à dúvida de que o personagem transformou-se, graças a um eficiente trabalho de endeusamento e desinformação, num semideus, sem qualquer relação com a realidade. O mesmo no que diz respeito a Lênin durante os anos da URSS. Quanto a Lula, partilha com os outros dois a aura de líder popular e ídolo da esquerda, apesar (ou, talvez, por causa) da montanha de denúncias de corrupção, que não param de se acumular. Enfim, os três são, cada um a seu modo, "pais da pátria". (Essa foi uma das expressões mais usadas na imprensa para se referir a Mandela, o "pai da nação sul-africana" etc.)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aí está mais um bom motivo para destoar da multidão e não deixar de lado o senso crítico, que parece ter sido abandonado por grande parte da imprensa nesses dias. Tirando talvez os <em>founding fathers</em>, os pais fundadores dos EUA (que, mais do que um país, é uma <em>ideia</em>), desconfio de qualquer político (aliás, desconfio dos políticos em geral) que se apresentem, e que sejam considerados como, "pais da pátria". Por motivos que acredito serem óbvios. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em primeiro lugar, o pai da pátria, o líder carismático e personalista, está sempre acima e à frente da população, colocando-se, assim, acima da própria democracia. Não deve ser por acaso que todos os países em que se cultuam líderes desse tipo - Bolívar na Venezuela; Gandhi na Índia; Jinah no Paquistão; Mao na China; Ho Chi Mihn no Vietnã; Nasser no Egito; Ataturk na Turquia; Perón na Argentina; Getúlio Vargas (ou, mais recentemente, Lula) no Brasil - têm problemas sérios com a democracia, ou ainda estão engatinhando no terreno democrático. Em geral, regimes totalitários ou países subdesenvolvidos ou do Terceiro Mundo (como eram chamados antigamente). </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É que a democracia é um sistema político essencialmente impessoal, baseado no império da lei e nas instituições, e não em homens fortes, do tipo caudilhos iluminados, que combinam mais com ditaduras. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo que o líder seja associado a causas irrepreensíveis como a luta contra o racismo, pela paz e pela democracia (o que não era bem o caso de Mandela, como procurei mostrar em meus textos anteriores), o fato é que a democracia, como forma de governar e filosofia política, é incompatível com o caudilhismo e o culto da personalidade, sob qualquer de suas formas. A democracia não combina com pais da pátria. </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em segundo lugar, o culto a caudilhos políticos, assim como a <em>pop stars</em>, é sempre algo irracional, baseado no emocionalismo e não nos fatos. A idolatria a Mandela - para ficarmos apenas no assunto que dominou as manchetes - não foge à regra, ancorando-se em doses cavalares de paternalismo e na infantilização das massas, que choram a morte do "paizinho" Madiba até com mais fervor do que se fosse alguém da família. Nos últimos anos, depois que deixou o governo em 1999, Mandela não fez mais do que estimular, mesmo indiretamente, esse tipo de comportamento irracional e infantilizado, ao qual não falta mesmo certo elemento erótico (vi um comentarista da Globo derramar-se melosamente em elogios ao sorriso de Mandela, "o mais bonito que já vi"...). Não há como negar o elemento de farsa nesse fenômeno. (Farsa bem ilustrada pelo episódio cômico-surreal do impostor que se fez passar por intérprete de sinais na cerimônia em homenagem a Mandela. Este, na verdade um esquizofrênico, tentou depois se justificar, dizendo que viu "anjos" no estádio de futebol... Um fenômeno de alucinação coletiva, na verdade.) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao contrário do cada vez mais desacreditado Lênin, nem Mandela nem Lula foram derrubados do pedestal em que foram colocados por décadas de propaganda e bajulação por setores da política e da imprensa. É provável que a verdade sobre Mandela continue obscurecida durante muitos anos, pelo menos enquanto houver políticos e celebridades dispostos a continuar sustentando a mentira do líder pacifista e democrata (que comandou uma organização terrorista e era amigo de ditadores, é bom lembrar). Já Lula, o maior ícone da esquerda brasileira nas últimas quatro décadas, tem sua máscara retirada um pouco a cada dia, e as revelações de Tuma Júnior são uma marretada a mais no muro de mistificação erguido em torno do "maior líder operário da História do Brasil". </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(E que marretada! O que torna ainda mais inexplicável que, com exceção da <em>Veja</em>, nenhum outro órgão da "mídia conservadora e capitalista" tenha dado publicidade às denúncias, as mais graves desde o mensalão, e que mereceriam, por isso, pelo menos uma edição especial do <em>Fantástico</em>... Até o momento em que escrevo estas linhas, reina um silêncio ensurdecedor sobre o assunto.)</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Finalmente, como o segredo de aborrecer é dizer tudo (houve até um bobalhão que me chamou de "ressentido" por ter exposto fatos sobre Mandela...), aí vai uma história interessante, que a meu ver ilustra bem o mecanismo psicológico por trás do culto da personalidade, e que vale para os três casos citados acima.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Conta-se que, logo após a revelação dos crimes de Stálin (até então, o Mandela da esquerda mundial), em 1956, um velho militante comunista brasileiro, adaptado aos novos ventos de mudança que sopravam de Moscou, assim definiu o culto à personalidade do "camarada" Stálin, o paradigma de todos os cultos da personalidade, e que era chamado geralmente de "pai" pelos comunistas do mundo inteiro até ser desmascarado como o tirano sanguinário que era: <em>"- Em minha cidade, quando alguém chama outro homem de pai sem que seja seu pai biológico ou adotivo, damos um nome a isso: filho da puta"</em>. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Definição que cabe bem a quem esconde fatos para edulcorar biografias. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">---</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Com este texto, completo mais de MIL posts publicados no blog. A maioria, de minha própria lavra. Espero ter contribuído, de alguma maneira, para romper o muro de silêncio e de estupidez que cerca os assuntos que abordei. Acho que vou dar um tempo no blog. Tenho outros projetos a que quero me dedicar. Assim, deixo já aqui meus votos de boas festas e de um bom ano, com mais lucidez e menos assuntos para comentar (embora saiba que isso será difícil; afinal, "eles" não param...). A todos que me acompanharam até aqui, UM FELIZ NATAL E UM EXCELENTE 2014! </em></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-31038233536597662392013-12-13T08:52:00.001-03:002013-12-13T09:34:09.667-03:00PRÊMIO IDIOTA DA SEMANA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-eLPO4pRz96tR6jYYX2O2sVDcXIdmAu3eCZBzjvm2RlRSJAXV_gCyofmdEMuCSfnt0twnKJ85dsiBmSZub9yIPVyT8PsopqhqBSlEHVQzcDaHgdguRgLi9rTgNPRueg7Zv7-zNw/s1600/idiota+da+semana+J3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-eLPO4pRz96tR6jYYX2O2sVDcXIdmAu3eCZBzjvm2RlRSJAXV_gCyofmdEMuCSfnt0twnKJ85dsiBmSZub9yIPVyT8PsopqhqBSlEHVQzcDaHgdguRgLi9rTgNPRueg7Zv7-zNw/s320/idiota+da+semana+J3.jpg" width="283" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E o prêmio <em>Idiota da Semana</em>, concedido pela Academia Brasileira de Investigadores de Débeis Mentais, Bocós e Assemelhados, vai para o Giovane Martins, o rapaz que conseguiu a incrível proeza de cometer <strong>dois textos</strong> em seu blog sem refutar <strong>nada</strong> do que escrevi sobre Nelson Mandela. Mais que isso: negou-se a refutar o que quer que seja e ainda disse que está <strong>se lixando</strong> para os fatos. Parabéns! Ele merece!</span></div>
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segue o comentário que enderecei ao moço. Tentei ser o mais claro possível:</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovânus,<br /><br />1 - Só li seus textos porque você colocou o link.<br /><br />2 - Só lhe respondi porque você me citou.<br /><br />3 - Vá à merda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="comment-timestamp" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">quarta-feira, 11 de dezembro de 2013 14:11:00 BRT</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <span class="item-control"><a href="http://www.blogger.com/delete-comment.g?blogID=37351004&postID=6582981579831431471" onclick="window.open(this.href, 'deleteWindow', 'height=370,width=750'); return false;" style="border: currentColor;" title="Excluir comentário"><img alt="Excluir" class="icon_delete" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" style="border: currentColor;" /></a></span></span> </div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-1241477336816292192013-12-11T10:07:00.000-03:002013-12-13T08:56:44.781-03:00UMA CONFISSÃO ASSUSTADORA<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/msH4YvtI_XE/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/msH4YvtI_XE&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/msH4YvtI_XE&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em><strong>Não crianças, esse senhor no video acima não está cantando uma canção de ninar...</strong></em></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recebi um comentário muito curioso e revelador do Giovane Martins, o rapaz que acha que sou um ressentido/ofendido/vingativo/contra-todo-mundo-o-tempo-todo porque citei aqui alguns fatos pouco lembrados sobre Nelson Mandela, o novo santo dos politicamente corretos. Ele - mais uma vez! - não rebate nada que escrevi, mas mesmo assim se acha no direito de postar em minha area de comentários. E ainda faz uma revelação estarrecedora sobre si mesmo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pensei em não publicar, em parte porque não merece resposta, como tudo que ele escreveu, e em parte por piedade. Sim, piedade. Afinal, o Mandela-boy mostra em seu comentário um lado bastante funesto de sua personalidade. Ele praticamente confessa não estar nem aí para coisas como paz, liberdade, democracia e direitos humanos (e isso porque ele se diz uma pessoa muito sensível, uma boa alma, o moço...). Fico compadecido diante de quem se detona dessa maneira. Mas acho que vale a pena responder, para mostrar o nível de certos pseudo-filósofos da internet. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é todo dia que alguém escreve algo tão desabonador sobre si mesmo. Para azar do Giovane, eu prestei atenção ao que ele disse. Vamos lá.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;">Gustavo, <br /><br />Você parece escrever partindo do princípio de que seus leitores não sabem história. Eu não. Todo mundo sabe da história do Mandela, e eu nunca a neguei. Meu texto não analisa isso.</span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sei quanto a quem lê o blog, mas a maioria ignora História, sim. Sobretudo a história da África do Sul (a de Mandela então, nem se fala). Basta ver a mistificação em torno da figura do "pai da nação sul-africana", que os textos do rapaz apenas reforçam. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Querem exemplos? Vamos lá, didaticamente: </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos que estão entoando cânticos de louvor ao "pacifista" Mandela sabem que ele foi comandante de uma organização terrorista? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem que foi pelo motivo acima, e não "por se opor ao <em>apartheid</em>", que ele foi preso e condenado? </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem de atentados como o de Church Street? </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">- Quantos sabem dos milhares de assassinatos cometidos pelo CNA contra brancos <em>e negros</em>?</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">- Quantos sabem o que era <em>necklacing</em>?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem que o "democrata" Mandela era amigo de tiranos (e aplaudia tiranias)? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem que ele foi comunista? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem que o CNA virou uma máfia, e que os herdeiros de Mandela, como o estuprador Jacob Zuma, são bandidos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Quantos sabem que a desigualdade social na África do Sul só aumentou depois do fim do <em>apartheid</em>? (e não, não estou defendendo o regime do <em>apartheid</em>, por favor...) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, quantos conhecem os fatos acima? (um artigo interessante é esse aqui: <a href="http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1758">http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1758</a>)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane, pelo que ele mesmo diz, não está nessa categoria. Pelo contrário: ele diz que não nega a história do Mandela. <strong>E AQUI ESTÁ A PARTE MAIS ESCANDALOSA DO QUE ELE ESCREVEU</strong>. Se ignorasse os fatos sobre a vida de Mandela, ou se os negasse, seria melhor para ele, ele sairia melhor na fita. O problema é que <strong>o sujeito confessa que sabe dos fatos e NÃO SE IMPORTA</strong>. Como ele mesmo disse no primeiro texto: "<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Pouco me importa</strong> se o ex-presidente da África do Sul foi amigo do Fidel Castro, se os políticos que o sucederam fracassaram ou não, ou se o CNA (Congresso Nacional Africano) tornou-se uma máfia." <span style="color: black;">Lembra disso, Giovane? Foi você que escreveu.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou seja: <strong>o camarada conhece as atrocidades do CNA, as relações de Mandela com ditadores assassinos, sua filiação ao comunismo, seu legado desastroso... e não dá a minima! Vê as pessoas louvando Mandela como um pacifista e um democrata, sabe que isso não é verdade, mas está se lixando!</strong> </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Confesso que poucas vezes vi alguém se rebaixar desse jeito. É assustador!</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Devo deduzir, das palavras acima, que o problema do moço é pior do que eu imaginava. Se ele desconhecesse os fatos que citei, teria pelo menos uma desculpa. Poderia alegar ignorância. Como não é o caso, não tem esse álibi.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;">Meu texto analisa quem procura se colocar contra a sociedade o tempo todo, mostrando uma atitude infantil de quem precisa chamar a atenção. Mais do que infantil, é, sim, uma atitude ressentida diante da sociedade e uma atitude de autoafirmação. Por que ficar contra todo mundo o tempo todo? </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que curioso. Eu achava que tinha escrito um texto sobre o Mandela, mas Giovane parece estar mais preocupado com minhas "intenções"... (eu, heim? da última vez que me perguntaram isso engatei um namoro sério...) Só isso para explicar essa lengalenga de ter escrito um texto (em que cita um texto meu) para "analisar" quem fica "contra a sociedade o tempo todo" etc. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então lembrar fatos ignorados pela maioria e denunciar um culto da personalidade é "ficar contra a sociedade o tempo todo"? Isso é mostrar "uma atitude infantil de quem precisa chamar a atenção"? É ter "uma atitude ressentida diante da sociedade"? uma "atitude de autoafirmação"? Pensei que estava apenas lembrando fatos. Historiadores e biógrafos, portanto, são todos ressentidos e <em>attention-seekers</em>...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;"><span style="color: black;">Outra coisa:</span> </span><span style="color: black;">quem está "contra todo mundo o tempo todo"? Não sou niilista. Defendo, sim, o que a maioria, infelizmente, despreza ou desconhece, e faço isso com base em fatos e argumentos (para os quais o jovem está se lixando). E o faço por amor à VERDADE (o que ele também despreza, como admite). Nietzsche (que está longe de ser meu filósofo favorito) dizia que somente sabe admirar quem sabe desprezar. Desprezo cultos à personalidade porque admiro e prezo a inteligência (Giovane, pelo que escreveu, pensa exatamente o oposto). Isso é "ficar contra todo mundo o tempo todo"? </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Em seguida, o pobre rapaz repete que está cantando e andando para a História. E defende uma teoria no mínimo curiosa:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Por este motivo, não vou refutar o que você diz, pois eu já conheço a história do Mandela. E sei que quem "endeusa" o Mandela como você diz, procura seguir o exemplo bom dele. O lado ruim que se foda, todo mundo já conhece e todo mundo sabe que foi um erro. É muito difícil, pra você, entender isso? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;">OK, Giovane. Já percebi que você não vai refutar nada que eu escrevi. Já vi que você não se dá bem com os fatos e a lógica. Já conhece a história e não dá a mínima para ela... Tanto que não vê nenhum problema em endeusar (sem aspas) um personagem politico desdenhando fatos pouco edificantes de sua biografia. Devo deduzir, então, que, como os devotos de Santo Mandela só enxergam o lado bom dele, e que o lado ruim que se foda, eu poderia seguir esse exemplo e só enxergar o "lado bom" de figuras como Hitler ou Stálin, já que eles também teriam tido um "lado bom"... Sim, porque fodam-se os fatos, como você disse. E vejam que Mandela tinha sim, virtudes, que não nego. Mas desprezar fatos pouco convenientes em nome de um culto da personalidade me parece coisa de gente deslumbrada e descerebrada. E pedir que se aceite isso é algo difícil de entender. Difícil, não: impossível.</span> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Por favor, não me diga para refutar fatos. Eu já te expliquei a mesma coisa várias vezes e é só isso que você soube responder. O próprio texto que você postou agora, diz a mesma coisa o tempo inteiro, ler ele [SIC] foi um tédio. Não fique agindo como um burro, por favor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="comment-timestamp" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">terça-feira, 10 de dezembro de 2013 10:47:00 BRT</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu caro, quando se escreve um texto sobre um personagem público (ou sobre qualquer outro assunto), o mínimo que se espera é que tal análise se baseie em fatos. Mas OK, já que Giovane não se dá bem com fatos, e que acha que lembrar fatos é coisa de gente burra, gostaria de saber por que se meteu a escrever sobre esse assunto. Sim, pois o assunto é Mandela, certo? Pelo menos esse é o tema de meus textos. O rapaz me citou, e somente por isso respondi. E lhe desafiei a refutar o que escrevi. Sim, sei que isso é um tédio. Fatos são tediosos. Mais divertido é mandar o senso crítico às favas e seguir a onda de oba-oba necrofílica. <em>Ignorance is a bliss</em>, como se diz por aí. Mas estou em outra. Prefiro pensar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="comment-timestamp" style="text-align: justify;">
<span class="item-control"><a href="http://www.blogger.com/delete-comment.g?blogID=37351004&postID=4018875344470245619" onclick="window.open(this.href, 'deleteWindow', 'height=370,width=750'); return false;" style="border: currentColor;" title="Excluir comentário"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img alt="Excluir" class="icon_delete" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" style="border: currentColor;" /></span></a></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu ia pedir para o tal do Giovane deixar de agir como um idiota. Mas desconfio que seria inútil. Quem não liga para a verdade não merece sequer esse tipo de conselho. Nem merece mais atenção.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;">---</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><em>P.S.: Em tempo: quem estava ontem na cerimônia em homenagem a Mandela era alguém que também procura seguir somente o lado bom dele, sem dar bola para outros fatos menos luminosos de sua vida. Estou falando de Raúl Castro, o hermano-en-jefe da ilha-prisão de Cuba. Ele também quer que os fatos se fodam. Não somente os fatos, mas o povo que ele tiraniza há mais de cinco décadas juntamente com o irmão, outro amigão do peito de Mandela. Eles querem todos que a História se foda. Mas, para o azar deles, estou aqui para defendê-la.</em></span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-1736109580786302882013-12-09T21:48:00.003-03:002013-12-15T09:04:06.866-03:00AINDA SOBRE MANDELA. OU: O INCRÍVEL CASO DO MENINO MUITO SENSÍVEL QUE NÃO GOSTA DE FATOS. OU: EU, O "RESSENTIDO"<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.larepublica.es/wp-content/uploads/2013/06/mandelacomunista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="345" src="http://www.larepublica.es/wp-content/uploads/2013/06/mandelacomunista.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana;"><em><strong>Não crianças, aquele símbolo ali atrás não é o do "paz e amor"...</strong></em></span></div>
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ai Que tédio!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lá vou eu dar um pouco mais de atenção ao tal de Giovane e rebater o que ele escreveu mais uma vez sobre mim. Giovane é admirador/fã/tiete/devoto de Nelson Mandela. Não do Mandela real, do Mandela-homem, de carne e osso, que comandou o CNA e que foi amigo de ditadores, como mencionei anteriormente. Mas do Mandela-mito, o Mandela Nobel da Paz, o Mandela da música, das celebridades, da Madonna e do Bono Vox. É sobre esse Mandela, o da propaganda, que Giovane quer falar, e dele somente. Eu estou em outra, como vocês sabem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane tem um blog. O Blog do Giovane. Rebati, ponto a ponto, um texto que ele escreveu, em que cita meu blog. Achei que o rapaz já tinha entendido o recado. Uma pessoa honesta ou, pelo menos, minimamente inteligente, teria percebido a gafe, pediria desculpas pelas besteiras que disse, prometeria estudar um pouco mais e colocaria a viola no saco. Ou então, passaria ao contra-ataque, tentando achar algum erro factual ou lógico em minha argumentação. Mas não o Giovane. Ele está acima desse tipo de coisa mundana. Em lugar de rebater meu texto, com fatos e lógica, ele comete mais um, no qual prefere insistir em me citar sem me refutar. Pior: insiste em me chamar de "ressentido" e outros adjetivos por essa minha mania de colocar fatos à frente de cultos à personalidade (algo que exala um indisfarçável odor de totalitarismo, e o caso de Mandela não é exceção). Vamos lá, mais uma vez. Já que o Mandela-boy não se emenda, espero que pelo menos os leitores do blog tirem algum proveito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane não gosta de fatos sobre Nelson Mandela. Ele acha que isso é coisa de gente ressentida, invejosa. Tanto que só escreve a palavra entre aspas ("fatos"). Tem, portanto, a obrigação de refutá-los, mostrar que são falsos, mas não é isso que faz. Para ele, não importa que os fatos sejam verdadeiros ou não (aliás, ainda espero provarem que os fatos que mencionei são falsos). Ele também não gosta de refutar argumentos. Tanto que novamente não o faz, e reconhece isso abertamente. Em vez disso, menciona meu blog. Cita meu texto, diz que ele é um amontado de clichês, mas não refuta NADA que está lá escrito... Simplesmente me chama de "ressentido", e pronto. E ainda diz que não faz "argumentação <em>ad hominem</em>". (!!!!)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane não gosta da razão (ou do "culto da racionalidade", como ele escreveu no primeiro texto). Diz isso, e alega um suposto "princípio ético" ao ter postado um comentário aqui. Princípio ético que pelo visto esqueceu na hora de escrever seus dois textos inacreditáveis, já que cita meus textos sem refutá-los e, de quebra, ainda me brinda com um modelo de argumentação <em>ad hominem</em>, como vocês verão adiante. Rebati tudo que ele escreveu, mas ele acha pouco. Mais: ele não está nem aí. Tanto que, em vez de dizer onde eu errei ou faltei com a verdade, ele se limita a dizer que eu "não entendi" o que ele escreveu. De fato, não entendi até agora. Se eu tivesse de apostar, diria que ele escreveu o que escreveu para negar fatos inegáveis sobre seu ícone/deus/pai. É a hipótese mais provável. E ainda faz o que deve achar uma ironia sofisticadíssima: <span style="color: red;">"não sou professor de pré-primário"</span>. Não duvido. Para ser professor, mesmo que de criancinhas, tem de ter algum apreço pela inteligência. Não parece ser seu caso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane acha que fiquei "visivelmente ofendido" com o que ele escreveu a meu respeito (tolinho: estou rindo até agora). Ele diz isso porque me dei ao trabalho de responder a seu texto, e publiquei alguns comentários no seu blog. Eu achava que, ao fazer isso, eu estava sendo apenas honesto. Ele também acha que sou "vingativo" e duvida de minha racionalidade (que ele despreza, diga-se), entre outras coisas, porque eu disse "quem escreve o que quer, lê o que não quer" (uma grande "ameaça", como se pode ver...). Fico me perguntando por que eu quereria me vingar de alguém que me faz rir tanto com essas pérolas... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane não dá o braço a torcer, e logo após recordar que não refutou nada que escrevi em meu blog, diz que respondeu meu comentário "de forma mais racional" (logo ele, que diz desprezar a racionalidade e os fatos...). E escreveu uma joia de sintaxe estropiada: <span style="color: red;">"(logo vou deixar um link para a resposta dele, onde sou chamado de "emotivo"), dizendo, resumidamente, que a intenção do meu texto não era a que ele esperava, e que se ele ficou ofendido, era melhor repensar sobre [SIC] meu objetivo."</span> Oi???<br /> <span style="color: white;">.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane é um emotivo, uma alma muito sensível, como já escrevi. Tão sensível e tão emotivo em relação a Mandela que, além de desdenhar a lógica e os fatos, como ele mesmo admite, adivinha intenções ocultas atrás de minhas palavras, como se fosse dotado de dons telepáticos <span style="color: red;">"(considero um elogio, mas sei que a intenção não era essa)"</span>. E se atrapalha com as próprias palavras, como um bebê com um brinquedo que não sabe usar. Ele diz, por exemplo, que procuro atacar sua "argumentação lógica" (como se fosse possível atacar algo que não existe... o rapaz não entende ironia) e que "tentei refutar" cada trecho de seu texto (não "tentei": REFUTEI, ponto a ponto, seu texto, que transcrevi integralmente). Volta a colocar os fatos que citei sobre Mandela entre aspas (mais uma vez: ele não refuta nenhum deles). E ainda solta a seguinte barrigada: <span style="color: red;">"Disse que não vale a pena responder a textos como o meu, mas mesmo assim, o fez: querendo ou não, é coisa de gente ressentida."</span> Respondi e respondo de novo, como estou fazendo agora, e pelo mesmo motivo: porque me citou. Pelo teor, realmente não vale a pena responder. "Ressentido", é? Agora é assim que se chama quem se baseia em fatos e não embarca em babações de ovo coletivas? Querendo ou não, é coisa de gente deslumbrada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não para por aí. Giovane não somente desconhece lógica elementar, como também tem dificuldades sérias com interpretação de textos. Ele diz que eu insinuo, por exemplo, que ele seria <span style="color: red;">"chavista, esquerdista, comunista e que meu texto é [SIC] um culto à personalidade, que não condiz com os fatos sobre Mandela."</span> Isso porque lembrei que o culto à personalidade de Mandela é comparável ao do cadáver de Hugo Chávez, inclusive na cafonice ("Ele não morreu, vive em nossos corações" etc.). Ou seja: ele não sabe a diferença entre uma comparação, uma figura de linguagem, e uma insinuação de fato. E ainda diz que eu "não sei ler"...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A única parte mais ou menos honesta do novo texto de Giovane é quando ele repete que não vai refutar nada que eu disse. À essa confissão de inépcia argumentativa ele acrescenta que o que escrevi <span style="color: red;">"mostra que ele</span> (ou seja: eu) <span style="color: red;">não sabe ler nem escrever com a cabeça livre"</span>. Fico pensando o que seria "ler e escrever com a cabeça livre"... Seria escrever livre de fatos e da razão? Vai ver é isso... Se for esse o caso, então realmente não consigo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em seguida, o jovem <em>cheerleader</em> mandelista diz que, por mais "brochante" [SIC] que pareça, vai tentar explicar seu texto. Eu me contentaria que ele explicasse por que não leva nenhum dos fatos que citei sobre Mandela em consideração. Porque o texto dele é inexplicável. Aliás, quem se propõe a explicar a si mesmo num texto sobre outra pessoa já está dizendo que está fora do alcance de qualquer explicação racional. E isso, realmente, é algo bem broxante (além de desonesto e um bocado egocêntrico).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane diz que não está preocupado com política o tempo todo (deve achar que é o meu caso: minha maior preocupação é com a honestidade moral e intelectual). Na verdade, ele parece não se preocupar com política em tempo nenhum, pelo menos no caso de Mandela. Também diz que não tem ideologia política alguma [SIC] (a exceção deve ser a ideologia mandelista...). E sai com essa: <span style="color: red;">"A direita e a esquerda incultas fazem o que o autor do <i>Blog do Contra</i> fez: analisam as coisas de acordo com suas ideologias políticas."</span> Não conheço nenhum autor, filósofo, historiador ou cientista político, de esquerda, direita ou centro, culto ou inculto, que não tente basear suas análises em alguma forma de ideologia política. Giovane deve ser um caso único. E ainda compara quem se interessa por política a um <span style="color: red;">"amigo chato que só fala em futebol, que não consegue pensar em algo novo e que vai morrer fracassado, com uma bandeira comunista ou anti-comunista -- não interessa se o comunismo ainda existe ou não, viver no passado "é o que há" para um fracassado."</span> etc. A conclusão, pelo contexto da frase, é que "viver no passado" é lembrar fatos omitidos em torno de um personagem por aqueles que o erigiram em objeto de culto quase religioso. Segundo essa linha de raciocínio, historiadores e biógrafos, por exemplo, são todos uns fracassados...</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane diz que não está "interessado em ideologias políticas" (nem na Política, nem em História, nem na biografia de Mandela) e que por isso fez um texto <span style="color: red;">"que não tem como tema central, de forma alguma, a política"</span>, mas sim uma <span style="color: red;">"análise sobre o <strong>Nelson Mandela que derrotou o <i>Apartheid</i> apenas com a conversa</strong>"</span> (como se o <em>apartheid</em> tivesse caído apenas pela lábia do Madiba... como já afirmei antes, o fim do regime foi o resultado de uma série de fatos históricos e políticos, que Giovane ignora por completo). Mais uma vez, fica claro o problema de tentar fazer uma "análise", como ele diz, de uma figura histórica e política ignorando a História e a política. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais Giovane: <span style="color: red;">"citei o <i>Blog do Contra</i>, já que nele estavam todos os argumentos dos quais queria utilizar como exemplo do que não fazer, expondo o pensamento ideológico e, logo depois, teorizando, mesmo que em poucas linhas, sobre onde se encaixa o "ressentimento", que é um conceito filosófico, ao contrário do que foi citado no texto-resposta (o autor do contra acredita que é psicanalítico)</span>." A sintaxe, assim como a lógica, realmente não é o forte do rapaz...</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(<em>By the way</em>, não ignoro que o ressentimento seja um conceito filosófico, e não psicanalítico. Apenas o rapaz não sabe manejar o conceito, como não sabe manejar a lógica: se soubesse, não atribuiria minha crítica ao culto à personalidade de Mandela ao "ressentimento". Seu ressentimento com fatos que destoem do oba-oba, porém, está bem caracterizado, e desconfio que tenha um fundo psicológico.)</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais adiante, Giovane diz usar "mais argumentos da filosofia" (quais? de que corrente ou escola filosófica?) para entoar o cântico necrofílico de que <span style="color: red;">"Mandela morreu apenas simbolicamente e que ele está vivo em nossos corações"</span> (lembram dos chavistas? pois é... pelo visto ele não os conhece). E repete, usando o plural majestático, que <span style="color: red;">"não precisamos nos preocupar com a ausência do Mandela, pois já absorvemos o que admiramos dele, assim como os ressentidos absorveram apenas o lado ruim de Nelson Mandela"<span style="color: black;">.</span></span><span style="color: black;"> E tome</span> blábláblá e panegírico. Diz que "o sujeito" (ou seja: eu) <span style="color: red;">"não entendeu que o que eu quis dizer, é que podemos aprender muito com Mandela, inclusive com seus erros. É preciso ser forte para sofrer humilhações morais e físicas durante a vida inteira, e conseguir dar a volta por cima, abdicando da violência, e utilizando a Comissão da Verdade não para a vingança, e sim para o exemplo."</span> E logo na frase seguinte se contradiz flagrantemente (ei, ele mandou a razão às cucuias, lembram?): <span style="color: red;">"Essa grandeza não foi negada pelo administrador do <i>Blog do Contra</i>."</span> Exatamente! <strong>Lembrei o papel importante de Mandela na transição para o fim do <em>apartheid</em>, e no apaziguamento entre brancos e negros após sua saída da prisão. Lembrei também diversos fatos pouco lisonjeiros de sua biografia. Enfim, citei os dois lados do Mandela, o rapaz apenas um lado. Ele absorveu apenas o Mandela da propaganda, o Mandela<em> pop</em>. Para ele Mandela é uma figura unidimensional, todo amor e pureza. Para mim, existe o Mandela dos fatos, o Mandela da História</strong>. Por esse motivo eu seria um "ressentido", alguém que <span style="color: red;">"preferiu ficar apenas no campo da política e não no da inteligência."</span> Como se política e inteligência, nesse caso específico, fossem coisas distintas! Mais: como se negar ou ignorar (vamos lá, mais uma vez) FATOS fosse uma atitude de gente inteligente!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar de tudo isso, Giovane não volta atrás no que escreve (<strong>REPITO: SOBRE MINHA PESSOA, MEU BLOG E MEU TEXTO, E NÃO SOBRE MEUS ARGUMENTOS A RESPEITO DE MANDELA, O QUE ELE IGNORA TOTALMENTE</strong>). Ainda por cima, ele se diz um incompreendido (<span style="color: red;">"Sei que quem leu meu texto de cabeça fria conseguiu entendê-lo além do que escrevi"</span> e <span style="color: red;">"Quem leu de forma inteligente, não estava procurando uma cartilha sobre o comportamento do Mandela"</span> etc.). Tudo para tentar justificar o fato de não mencionar, em nenhum momento, nada que escrevi SOBRE MANDELA. E ainda força a mão para defender o indefensável: <span style="color: red;">"Também acreditei, por um momento, que a resposta ao meu texto seria uma reflexão, mesmo que oposta a minha, e não apenas outra publicação cheia de "fatos""</span> (novamente, entre aspas). Ou seja: quer uma "reflexão" sobre um personagem histórico que dispense os fatos... Reflexão sem fatos. Pois é.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A torrente de besteira pseudo-filosófica não cessa. Ele ainda finge ter "errado" por topar um debate (achei que era um debate) comigo: <span style="color: red;">"Errei novamente, e reconheço isso. Foi ingenuidade acreditar que alguém que preza tanto pela racionalismo, como se ainda estivesse no iluminismo, fosse ter sensibilidade de fazer uma análise diferente da que fez anteriormente, sem conseguir ultrapassar o cunho político.</span>" Ou seja: como eu viveria, segundo ele, no Século XVIII (enquanto ele vive num mundo atemporal e metafísico só dele, como os nerds que cultuam a série <em>O Senhor dos Anéis</em>), eu não seria capaz de apreender sua argumentação tão elevada e sofisticada pois, sendo eu uma máquina totalmente racional, faltar-me-ia a sensibilidade necessária para falar de Mandela e "ultrapassar o cunho político"... (Ou seja: os fatos). </span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois, tomando-me como arquétipo do que seria a "direita" (gente como ele, apesar da pose "pós-ideológica", só consegue "pensar" em bloco), Giovane diz <span style="color: red;">"A direita e a esquerda olham para Mandela e só o enxergam abraçado com Fidel Castro."</span> Bom, <strong>olho para as homenagens póstumas a Mandela (e aí incluo os textos do Giovane) e vejo ali o culto da personalidade. O rapaz olha para Mandela e vê um santo, um semideus ou um herói sem manchas. Ou seja: não vê os fatos.</strong> E, tentando parecer acima das ideologias (na verdade, acima da realidade, como o Barão de Munchausen), afirma o seguinte: <span style="color: red;">"Dos dois lados, o abraço transforma Mandela em um comunista, o que é apoiado pela extrema esquerda e condenado pela extrema direita."</span> (Como se somente houvesse esses extremos em política.) Se tivesse pesquisado um pouquinho, teria percebido que Mandela não se tornou comunista por ter abraçado Fidel Castro. Isso porque Mandela ERA MEMBRO DO PARTIDO COMUNISTA DA ÁFRICA DO SUL (vejam o link abaixo)! Em 1961, inclusive, ele impôs ao CNA uma aliança com os comunistas, que transferiram <em>know-how</em> ao CNA em técnicas de conspiração e sabotagem. Mas isso, claro, é um fato, e Giovane já demonstrou que não dá a mínima para fatos. Fatos são para gente burra, sentenciou. Ele é sensível demais para se preocupar com isso... </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem mais: <span style="color: red;">"Não conseguem perceber que Nelson Mandela não abdicou só da violência, mas também das posições políticas"</span> (Mandela abdicou das posições políticas? De qualquer posição política? Virou um ser completamente apolítico? uma criatura etérea, acima da humanidade, sentado à direita de Deus-Pai Todo-Poderoso, talvez?) <span style="color: red;">"Esteve acima de esquerda e direita quando pôs fim ao <i>Apartheid</i>."</span> (Sempre esteve à esquerda do espectro político, tanto que jamais criticou seu amigo Fidel Castro. E mais uma vez: não, não foi ele, Mandela, que "pôs fim ao <em>apartheid</em>". Foi a pressão internacional, o fim da Guerra Fria, o bom senso do De Klerk etc. Enfim, foi uma obra coletiva. Estude História, meu jovem!) E essa: <span style="color: red;">"Governou seu país e começou a construir uma democracia livre de qualquer ideologia senão a da igualdade social, o que é difícil em países como a África do Sul."</span> "Igualdade social" é uma ideologia?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No final, o menino acha que encontrou um argumento definitivo para me desacreditar: <span style="color: red;">"Acreditei que meu último erro, ao escrever o texto anterior e também esse, foi o de dar atenção para um cara que lê Olavo de Carvalho e Magnoli."</span> Quem escreveu isso foi o mesmo cara que disse negar usar da argumentação <em>ad hominem</em>, típico expediente de quem quer fugir do debate. (Eu ia perguntar se ele já leu algum livro ou artigo de Olavo de Carvalho ou de Demétrio Magnoli, mas nem precisa perguntar...).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E mais essa: <span style="color: red;">"Eu já suspeitava dos seus argumentos tão veementes contra o comunismo. Achei, no entanto, que suas referências literárias viessem de intelectuais de direita de verdade, como o Pondé, que consegue ir além do comunismo, mas não tinha visto os livros que são recomendados em seu blog."</span> Além do ato falho ("suspeitava" de argumentos contra o comunismo... o que há de "suspeito" na oposição a uma ideologia totalitária e genocida?), o bocó revela falta de atenção, um sintoma de dislexia. Um dos livros que recomendo e cuja capa está bem visível no blog é <em>Guia Politicamente Incorreto da Filosofia</em>, do Pondé. Outro é <em>Por Que Virei à Direita</em>, que tem entre seus autores o mesmo Luiz Felipe Pondé... O idiota não é só desonesto e vive no mundo da lua: é disléxico. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Prosseguindo no vexame, diz ainda: <span style="color: red;">"No entanto, eu não estava errado: minha intenção, desde o início, é expor argumentos e usá-los como exemplo."</span> Até agora espero esses argumentos. E finaliza, tirando o corpo fora, com ar de quem está realmente sendo sincero ao acreditar nas próprias palavras: <span style="color: red;">"Peço desculpas ao autor do <i>Blog do Contra</i> por não ficar aqui refutando argumentos. A internet está aí para quem quiser rebater os argumentos da esquerda ou da direita, é só pesquisar. No meu caso, já passei dessa fase."</span> Caro Giovane: não peça desculpas a mim. Peça desculpas aos fatos, à História, por tê-los desprezado tão acintosamente. Peça desculpas à verdade. Quanto ao "já passei dessa fase", não duvido. Do "Massinha Nível I", deve ter ido para o "Massinha Nível II". Vai demorar um tempinho até você aprender a tomar sorvete sem molhar a nuca. Mas acredito que, com algum esforço, um dia você consegue.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">---</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Escrevi tudo isso acima mas o fato é que não estou aqui para falar do Giovane, nem de mim. Estou aqui para falar de Mandela, ou melhor: do mito Mandela. E os fatos que mencionei sobre Mandela ainda esperam ser refutados. Ei-los:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Mandela, a pomba da paz, comandou o braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), responsável por dezenas de atos terroristas, muitos dos quais vitimaram inocentes;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Mandela, o defensor dos direitos humanos, foi amigo de tiranos e ditadores assassinos como Fidel Castro, Muamar Kadafi e Robert Mugabe;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Mandela, o herói da democracia, foi membro do Partido Comunista (vejam aqui: <a href="http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13683-mandela-foi-do-partido-comunista-ele-negou-por-decadas.html">http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13683-mandela-foi-do-partido-comunista-ele-negou-por-decadas.html</a>);</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Seus sucessores e herdeiros políticos são notórios ladrões e corruptos, e a África do Sul de hoje, sob a tutela do CNA, tornou-se um antro de corrupção, desigualdade, AIDS e violência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enfim, são fatos, nada mais do que fatos. Tem gente que prefere ignorá-los. Fazer o quê? Que se danem. Não os fatos, mas os que os desprezam. Estes desprezam a própria inteligência. </span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-12870470034123887042013-12-09T08:04:00.000-03:002013-12-15T02:22:00.243-03:00UM POUCO MAIS SOBRE MANDELA (PARA QUEM SE IMPORTA COM FATOS)<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda sobre a onda de mistificação midiática em torno da figura cultuada de Nelson Mandela, segue o link para uma notícia antiga, de 20 de maio de 1983. Vejam as fotos, se tiverem estômago (aviso logo que é coisa pesada). Vale a pena lembrar um pouco do que fazia o braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA), criado por Mandela. Vejam como então atuava a organização liderada pelo "pacifista" Mandela...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em tempo: Mandela renunciou à luta armada, após sair da cadeia, e crimes como esse foram expostos pela Comissão da Verdade e Reconciliação criada na África do Sul após o fim do <em>apartheid</em>. Tratou-se de uma comissão para expor os crimes cometidos por ambos os lados e promover a reconciliação nacional no país. Nisso, deve-se reconhecer o mérito de Mandela. Nessa tarefa, repito, ele foi um gigante. Mas fatos são fatos, por mais desagradáveis que sejam. Os crimes do CNA, como os do <em>apartheid</em>, pertencem ao passado. Mas é exatamente por seu passado supostamente imaculado que Mandela está sendo endeusado. Esconder fatos pouco edificantes para edulcorar a biografia de alguém é uma forma de culto da personalidade. Ponto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Toda vez que algum Bono Vox da vida lembrar como Mandela foi uma pomba da paz e um santo, lembrem de notícias como essa. Porque a verdade precisa ser dita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agradeço ao João José Horta Nobre pela dica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segue o link: <a href="http://www.historiamaximus.blogspot.pt/2013/12/o-ataque-terrorista-de-church-street-um.html">http://www.historiamaximus.blogspot.pt/2013/12/o-ataque-terrorista-de-church-street-um.html</a> (AVISO: CONTÉM IMAGENS FORTES)</span></div>
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">P.S.: O link acima é recomendado para quem tem um mínimo de honestidade intelectual. Não deve ser acessado, portanto, por tipos como o rapaz que respondo em meu último post. Além de ser um tipo muito sensível, que coloca a emoção acima da razão, o jovem ainda disse que, no tocante a seu ídolo Mandela, ele não dá bola para os fatos. Ou seja: está se lixando para a verdade. Pois é... </span> </div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-62526141229751041512013-12-07T23:44:00.000-03:002013-12-15T09:05:03.204-03:00OS RESSENTIDOS COM OS FATOS (RESPOSTA A UMA ALMA MUITO SENSÍVEL...)<div class="open" id="overview">
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-YpXZneChRXk/Tjr9tsnqJcI/AAAAAAAAAag/RjSLWEIHUD8/s400/fidel-mandela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-YpXZneChRXk/Tjr9tsnqJcI/AAAAAAAAAag/RjSLWEIHUD8/s400/fidel-mandela.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Não crianças, esse velhinho de barba à esquerda na foto não é o Papai Noel...</em></span></div>
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como previsto, meu último texto, "<em>Mandela, o avesso do mito</em>", deixou algumas pessoas chateadas. Algumas delas escreveram comentários em meu blog, acusando-me de (vejam só) racista, nazista etc. "Boa gente mesmo era o Hitler", escreveu um leitor anônimo, talvez acreditando estar fazendo com isso uma ironia. Outro, menos sardônico, mas nem por isso menos obtuso, comentou que o blog deveria ter parte com a Opus Dei, a CIA ou o que seja... Enfim, os xingamentos de praxe. Nada de novo no front, cavalheiros.</span></div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um que ficou mordido pelo que escrevi foi um certo Giovane Martins. Ele enviou um link para um texto que escreveu no blog dele, o Blog do Giovane. Levado pela curiosidade, fui lá ler o texto. E quê! Lá pelas tantas, tive uma surpresa. Pois não é que o rapaz, em seu artigo, cita o meu texto (e meu blog)? Mais surpreso ainda fiquei ao ver que o autor <strong>não refuta absolutamente NADA do que escrevi</strong>. Isso mesmo: ele se referiu a um texto de minha autoria, de forma crítica (o tom é crítico), mas se isenta de dizer por quê. Praticamente diz que escrevi um monte de bobagem, mas não explica. Afirma, e pronto. Mais: ele <strong>despreza solenemente os fatos que mencionei sobre Mandela. Não só os despreza, como proclama isso abertamente!</strong> É que o Giovane é uma alma sensível, um rapaz que coloca as emoções acima da razão, como ele mesmo diz. Já eu, ao contrário, sou uma pessoa de coração duro, um brutamontes insensível, que ainda se apega aos fatos, vejam só... Entenderam? Eu também não.</span></div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo sabendo que textos desse tipo não merecem resposta, pois lhes falta um mínimo de honestidade intelectual (ao acusador recai o ônus da prova, como se diz em juridiquês), faço questão de compartilhar com vocês meus comentários sobre o que o tal Giovane escreveu. Vocês perceberão que ele se omite de analisar o teor de meu artigo, e se concentra, em vez disso, numa argumentação, digamos, emotiva... Fazendo jus ao nome deste blog, vou na direção contrária, e analiso seu texto racionalmente, linha a linha, ponto a ponto, reproduzindo-o aqui na íntegra (vai em vermelho, meus comentários vão em seguida).</span></div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vejam que "maravilha", que peça impecável de argumentação lógica:</span></div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Os ressentidos contra Nelson Mandela</span></div>
<div class="overview-backdrop" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os problemas começam já com o título escolhido, "<em>Os ressentidos contra Nelson Mandela</em>". Além do uso meio esquisito do adjetivo mais complemento ("ressentidos contra" é pleonasmo dos mais grosseiros...), fica a pergunta: "ressentidos" por quê, cara-pálida? Tirando os defensores mais empedernidos do <em>apartheid</em>, a quem o autor estaria se referindo? Por que alguém estaria "ressentido" com a morte do ex-líder do CNA?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aliás, é inútil buscar no texto do Giovane alguma pista a respeito de quem ele está falando exatamente. Ele não explica. Aliás, ele não explica nada. <span class="blog-admin"><a class="edit" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4443178123678129111&postID=7593640255657100377&from=pencil" target="_self" title="Edit"></a></span></span></div>
<div class="overview-content" style="bottom: 0px; left: 20px; right: 20px; top: 50px;" tabindex="0">
<div class="separator" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br /></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Nelson Mandela morreu. O homem que pôs fim ao <i>Apartheid</i>, um dos regimes mais violentos e preconceituosos da história humana, sem provocar o derramamento de sequer uma gota de sangue de qualquer indivíduo, morreu*. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em três linhas, duas afirmações equivocadas. Vamos lembrar:</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1) Quem pôs fim ao <em>apartheid</em> não foi um ser iluminado chamado Nelson Rolihlahla Mandela. Foi, sim, um conjunto de fatores históricos, dentre os quais a libertação de Mandela da prisão, em 1990. Pode-se citar, aí, a intensa pressão internacional sobre o regime da minoria branca (até boicote esportivo houve), o fim da Guerra Fria, a visão de governo do presidente Frederik de Klerk, que teve a grandeza de libertar Mandela (e foi por isso agraciado com o Prêmio Nobel da Paz junto com ele, em 1993) etc. Enfim, <strong>o regime acabou por vários fatores, não pela ação de um homem</strong> (ou super-homem, como muitos parecem querer crer). </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2) Da libertação de Mandela, em 1990, até pouco depois de sua eleição para a presidência, em 1994, foram assassinadas dezenas de pessoas na África do Sul por motivos raciais e políticos, tanto por parte de racistas brancos quanto de militantes do CNA (que jamais renunciou oficialmente à luta armada até sua libertação). Nesse período, o país esteve à beira de uma guerra racial. Tanto que Mandela apelou a seus correligionários e buscou promover a reconciliação entre brancos e negros. <strong>E nisso, é preciso reconhecer, ele foi realmente grande.</strong> Portanto, não foi um processo totalmente pacífico, "sem o derramamento de sequer uma gota de sangue de qualquer indivíduo".</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que está acima são fatos, eu não os inventei. Mas Giovane não quer saber de fatos.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">O homem que foi preso político por 27 anos, e que durante esse tempo, ficou 18 anos em uma cela de cinco metros quadrados, faleceu. Acho que já deixei claro que Nelson Mandela se foi. Porém, isso é uma mentira: o ex-presidente da África do Sul está mais vivo do que nunca, não fisicamente, mas simbolicamente. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dizer que líder A ou B "não morreu", pois está "vivo simbolicamente" etc. soa desagradavelmente semelhante ao <strong>culto da personalidade</strong> - nesse caso, uma forma de necrofilia. Os chavistas, por exemplo, sempre que se referem a Hugo Chávez, falam não em morte, mas na "desaparição física" do "comandante supremo"... Se eu acho isso bom? Preciso mesmo responder?</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Toda a comoção gerada em torno da morte do líder sul-africano o torna mais vivo ainda, já que nesse momento, suas ideias, sua força de vontade, seu exemplo de vida e toda sua inteligência estão dentro do coração de pessoas do mundo inteiro. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso é culto da personalidade em sua forma mais pura. Já podem pedir sua canonização.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">O que eu acabei de escrever vai causar raiva em algumas pessoas de coração mais duro, as que se dizem "racionais", que colocam a razão à frente da emoção o tempo todo e que, provavelmente, se dão mal diante da arte, como a dança a poesia, o teatro etc. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não sei quanto aos outros, mas a mim afirmações como a que está acima causam não raiva, mas espanto. A vida e morte de Mandela não são assunto da arte, da dança, da poesia ou do teatro (bom, talvez do teatro...), mas da política. E <strong>Mandela, meus senhores, era um político</strong>, quer queiram quer não. Não era um pintor, um bailarino, um poeta ou um ator (bom, talvez ator sim...). Era um político. Po-lí-ti-co. Quem morreu foi Nelson Mandela, não Brad Pitt ou Roberto Carlos. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Ao contrário do que pensam estes indivíduos, a capacidade de limitar as emoções em relação a razão não os deixa em uma posição favorável diante das pessoas que são mais sensíveis. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">???? Quem escreveu isso, Zíbia Gasparetto?</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Pelo contrário: as emoções podem nos dizer mais do que a própria razão. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hummm... é mesmo? Não em política. No terreno da política, as emoções são uma péssima conselheira. <strong>Quando se abandona a razão em política e se dá lugar à emoção, aos instintos, o resultado geralmente é o aparecimento de líderes populistas e demagogos</strong>. E quando isso acontece, pior para a democracia. Assistam aos filmes dos comícios nazistas, por exemplo: não há ali um pingo de razão, somente emoção. Emoção pura, à flor da pele. Certamente, se as multidões alemãs que idolatravam Hitler tivessem deixado um pouco de lado as emoções e parado para pensar, a humanidade teria sido poupada do que veio depois. Não me peçam para jogar a razão no lixo, por favor.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">(E antes que digam: por favor, não pensem que estou comparando Mandela a Hitler. Isso é um insulto à inteligência. Estou lembrando o papel da manipulação das emoções no culto à personalidade. Não me façam apertar a tecla SAP, OK?)</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Vou dar um exemplo fácil e recorrente: uma pessoa adora comer carne e sua razão lhe dá vários motivos para continuar fazendo isso; mas quando essa pessoa visita um matadouro, nunca mais consegue comer carne, por mais que seu lado racional lhe diga que comer animais não vai lhe fazer mal. Agora essa pessoa está diante de um problema ético, não de saúde, e quem lhe diz isso são seus sentimentos. Em outras palavras, as emoções podem ensinar o que a razão achava que já sabia. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplo estranho, esse. Primeiro, porque não conheço ninguém, a começar por eu mesmo, que adora comer carne movido pela razão, mas pela fome, pelo apetite, que não tem nada de racional. Pelo contrário: trata-se de um instinto, um sentimento literalmente visceral, portanto alheio à razão. Aliás, se formos usar a razão nesse caso, evitaríamos comer carne, devido aos danos que daí podem advir para a saúde (colesterol etc.), como não param de repetir os médicos e os programas de TV. Segundo, porque quem come carne sabe muito bem como ela é produzida, tanto que há casos incontáveis de pessoas que não perderam em nada o apetite por um bom churrasco após visitar um matadouro (quem já morou em fazenda sabe disso). E isso não tem nada a ver com insensibilidade para com os pobres bois e carneiros, mas com a fome, pura e simplesmente. Em outras palavras, esses exemplos não esclarecem nada. O que não é de se estranhar, já que o autor afirma desprezar a racionalidade, como afirma adiante.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora se preparem, pois vem a parte que cita o texto que publiquei, e que pretende ser uma "crítica" a ele.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Após o falecimento de Nelson Mandela, percebi várias pessoas gritando contra aqueles que estão "o endeusando", sempre com a justificativa de que não se deve ser tomado pelas emoções. </span><a href="http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com.br/2013/12/mandela-o-avesso-do-mito.html" target="_blank"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Uma publicação que me chamou a atenção</strong></span></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong> vem do <i>Blog do Contra</i>, de caráter conservador, que deve ser conhecido por apenas uma meia dúzia de pessoas (assim como o meu), mas que expôs, em um post intitulado "Mandela, o avesso do mito", toda a bobagem que é o culto à racionalidade.</strong> </span></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto aos outros, não tenho o que dizer, só falo por mim e por minhas palavras. Critico o endeusamento de Mandela, agora elevado à condição de santo após a morte, pelos motivos que expus no meu texto. Ou seja: não somente pelo emocionalismo do momento, mas, principalmente, porque <strong>esse culto da personalidade não condiz com os FATOS</strong>. Assim como todos os demais, o de Mandela se baseia na mentira e na manipulação ou omissão da verdade.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O autor diz que o "culto à racionalidade" que ele identifica em meu texto é uma "bobagem". Devo concluir, então, que a sabedoria está com o culto à irracionalidade? </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Nem tudo no texto dele é irracional, justiça seja feita. Pelo menos ele acerta ao dizer que meu blog tem caráter conservador - embora duvide que ele saiba o significado dessa palavra. Quanto a ser conhecido por apenas meia dúzia de pessoas, nunca parei para contar. Nem dou a mínima para isso.) </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Não vou fazer qualquer resenha ou análise dos "fatos sobre o Mandela" que o autor do texto descreveu.</strong></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como assim? Não vai analisar o que eu disse? Então por que citou o texto (inclusive dando o título etc.)? Não vai refutar nada do que eu escrevi mas ainda assim critica? Confesso que agora fiquei confuso. Deve ser a primeira vez que alguém fala mal de um texto sem o refutar. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Pouco me importa se o ex-presidente da África do Sul foi amigo do Fidel Castro</strong>, se os políticos que o sucederam fracassaram ou não, ou se o CNA (Congresso Nacional Africano) tornou-se uma máfia. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Giovane pouco se importa, mas EU me importo. Eu e qualquer outra pessoa com um mínimo de respeito aos fatos e à lógica. Mandela está sendo louvado e endeusado como um herói da liberdade e da democracia. Como tal, espera-se de um tal personagem um mínimo de coerência. <strong>Ser amigo pessoal de tiranos como Fidel Castro, Muamar Kadafi e Robert Mugabe (o ditador mais antigo da África na atualidade) é não apenas falta de coerência, mas de decência, de respeito pelos milhares de vítimas das ditaduras comandadas por esses canalhas. Mandela jamais disse um "ai" em defesa dos direitos humanos nos países tiranizados por esses carniceiros. Pelo contrário: sempre os defendeu com ardor, chamando-os inclusive de "irmãos" e atacando os que condenavam seus abusos</strong> (postei inclusive um vídeo mostrando isso). Se Giovane acha fraco um argumento baseado na razão, use as emoções então: impossível não ficar com o coração apertado diante dos mais de 100 mil mortos pela ditadura comunista cubana, muitos fuzilados ou devorados por tubarões ao tentar fugir da ilha-prisão. Ou com um nó na garganta ao lembrar as famílias de brancos que tiveram seus membros assassinados e suas propriedades roubadas ou destruídas por turbas insufladas por Mugabe no vizinho Zimbábue. Ou os incontáveis torturados e assassinados pelo regime e as meninas violentadas no harém particular do "amigo e irmão" coronel Kadafi (este último, deve estar esperando por Mandela no além). </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Outra coisa: Thabo Mbeki e Jacob Zuma, os desastrosos sucessores de Mandela, não são apenas seus sucessores: <strong>são seus herdeiros, seus afilhados políticos. Foi graças a ele, Mandela, que eles chegaram ao poder e transformaram o país num paraíso da corrupção, da AIDS e do banditismo político</strong>. O mesmo vale para o CNA, essa gangue que há duas décadas vive de sugar o Estado. O autor pode estar se lixando para isso, mas eu não. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<span style="color: red;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os artifícios e os argumentos utilizados contra o Nelson Mandela são idênticos aos que estão sendo adotados contra outras figuras que também estão ganhando visibilidade <span style="line-height: 17px;">– </span><span style="line-height: 17px;">como o Ministro </span><span style="line-height: 17px;">Joaquim Barbosa: fala-se do que pessoas ligadas a ele fizeram, ou do que ele fez dentro da lei e que possa parecer imoral, como se isso o tornasse um terrorista. O que foi dito no blog em questão também não é novidade, todo mundo já viu ou ouviu algo parecido nas últimas 24 horas, ou em outras ocasiões semelhantes. </span></span></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Confesso que poucas vezes vi tamanha imaginação num texto que deveria ser sobre uma figura política recém-falecida. <strong>O que, meu Deus do céu, tem a ver as minhas críticas ao endeusamento de Mandela com os ataques dos petralhas ao Joaquim Barbosa?</strong> Vai saber...</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Posso estar enganado, devido ao estilo um tanto quanto evasivo do texto, mas se o autor está se referindo ao que Mandela fez no passado, antes de ser preso ("fala-se do que pessoas ligadas a ele fizeram, ou do que ele fez dentro da lei e que possa parecer imoral, como se isso o tornasse um terrorista"), então aproveito para repetir: <strong>ele foi preso por ter organizado atos TERRORISTAS (atentados à bomba, assassinatos etc.) à frente da organização <em>Umkhonto we Siwe</em> (Lança da Nação), o braço armado do CNA, do qual ele foi comandante.</strong> Trata-se de um fato. Mas o autor despreza os fatos.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 17px;"></span><br />
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 17px;"><span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, a novidade argumentativa não existe neste texto. Já aturamos estes [SIC] sujeitos por muito tempo, sempre lutando contra o pensamento "das massas", sempre procurando uma posição de rebeldia social, mas incessantemente dizendo a mesma coisa. Porém, o que eles ainda não perceberam, é que a rebeldia das ideias está em pensar criticamente, caso a caso, ao invés de pensar e falar de acordo com suas ideologias políticas. Quem se diz "de esquerda" ou "de direita" torna-se mais previsível e entediante do que um jogo da velha. </span></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Outro parágrafo estranho, típico de um texto cujo autor mandou a razão às cucuias. Primeiro, não pretendi apresentar nenhuma "novidade argumentativa" em meu texto, apenas recuperar fatos em geral omitidos. Fatos, aliás, que não têm nada de novo, muito pelo contrário. Não sei o que o autor quer dizer com "rebeldia social" - esse termo, para mim, tem mais a ver com os esquerdistas de botequim e marxistas de galinheiro, gente que usa o sobrenome "Guarani-Kaiowá" no Faceboook e que considera Mandela um santo. Estou em outra. Se a tal "rebeldia das ideias", como ele diz, está em "pensar criticamente", então devo concluir que o autor não é nada rebelde, pois <strong>deixou o pensamento crítico completamente de lado em seu texto/ode/louvor a Mandela, renunciando a analisar o caso em questão...</strong> Quanto a se dizer "de esquerda" ou "de direita" ser algo previsível ou entediante, concordo, tanto que prefiro que digam o que sou ideologicamente. Acho mais chato, porém, quem foge de definições, insistindo no nenhumladismo e no encimadomurismo militante (que, no Brasil, não passa de uma forma de esquerdismo envergonhado). A propósito, qual a ideologia do autor: radical de centro? </span></div>
<span style="line-height: 17px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></span><br />
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Não citei o texto do <i>Blog do Contra</i> só para dar minha opinião sobre posições políticas. Também não sai da minha cabeça que se a educação fosse melhor, não passaríamos por isso, teríamos mais intelectuais de verdade, que sabem modificar o mundo com suas palavras. Citei o texto porque além da má qualidade na educação e das posições políticas tortas, estamos sendo atingidos por um furacão de pessoas ressentidas. Mas ressentidas com o que, ou quem?</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Boa pergunta: ressentido com o quê? com quem? Fiz a mesma pergunta no começo deste texto. Giovane <strong>cita levianamente meu texto</strong> para fazer uma ilação, segundo a qual eu faria parte do "furacão de pessoas ressentidas". <strong>Escrevi minha crítica aos adoradores de Mandela por honestidade intelectual, movido pelo desejo de defender a verdade histórica, que a meu ver está sendo omitida para dar lugar a uma mistificação.</strong> Que alguém veja nisso algum traço de "ressentimento" é algo que só pode ser explicado por... bem, escolham a explicação.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deixando de lado o blablablá paulofreiriano sobre educação (!?), que parece tirado de alguma cartilha do MEC (quais seriam "intelectuais de verdade" para o autor: Emir Sader? Marilena Chauí? Frei Betto?), gostaria de voltar ao motivo que me levou a escrever esta resposta: <strong>por que o autor citou criticamente o meu texto, se não embasa nenhuma de suas críticas a ele?</strong> (Estou quase indagando se seria por "ressentimento", mas deixa pra lá...). Enfim, <strong>por que alguém se daria ao trabalho de mencionar um texto de um blog, diz que não concorda com o que o texto diz e logo em seguida afirma que não irá fazer qualquer análise sobre o teor do texto em questão?</strong> Alô? </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">O ressentimento também deve ser analisado caso a caso. O mundo dá motivos para que fiquemos ressentidos o tempo todo. Mas o que é interessante, é que os ressentidos geralmente se deram mal em algum campo da vida e resolvem descontar nos outros; assim, o ressentimento também tem uma pitada de inveja. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OK, admito: escrevi que Mandela foi amigo de ditadores porque sou um ressentido. Afirmei que ele foi terrorista na juventude porque sou um invejoso. Só fiz isso porque não ganhei aquele carrinho de controle remoto que o Juquinha ganhou quando eu tinha sete anos. Por isso desconto no Madiba. Agora <strong>espero ver os fatos que citei serem refutados</strong>. Vou ter de esperar muito?</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Nelson Mandela ficou preso por quase um terço de sua vida, em condições precárias. Sofreu com o preconceito, com a violência e o autoritarismo dos brancos racistas, e mesmo assim, saiu da prisão e não ficou ressentido. Conseguiu pensar em um meio de começar a promover a igualdade na África do Sul sem partir para a guerrilha, reconhecendo o próprio erro que cometeu no passado. Colocou seu plano em prática, e fez revolução sem sangue. Virou presidente, fez da África do Sul uma democracia e comandou o país por cinco anos, resistindo ao impulso natural de qualquer líder revolucionário, de tomar o poder e não sair mais, tornando-se um novo ditador. Não fracassou em nenhum ponto. Nem na própria saúde ele fracassou: viveu 95 anos, mais do que muita gente que lava as mãos sempre que encosta em um cachorro. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse é o único parágrafo que fez alusão a fatos (que o autor desdenha, aliás). Fatos, aliás, que cito em meu texto sobre Mandela. Sim, ele foi encarcerado por 27 anos. Sim, ele teve o bom senso e a sabedoria de renunciar ao terrorismo e de promover a reconciliação nacional na África do Sul. Sim, ele soube reconhecer os erros (na verdade, os crimes) do passado, e criou até uma comissão da verdade para expor as atrocidades cometidas pelos dois lados do conflito. Sim, ele ajudou a transformar a África do Sul numa democracia. Tudo isso é verdade. A pergunta é: <strong>e o resto que escrevi em meu texto, não é verdade? Só uma parte da verdade é o que conta?</strong> </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A propósito: Oscar Niemeyer morreu com 105 anos de idade, dez a mais do que Mandela. E morreu um completo idiota em política, louvando as glórias do camarada Stálin... É mais uma prova de que nem sempre a idade traz sabedoria. Às vezes viver mais significa ter mais tempo para errar mais. Mandela viveu 95 anos. Teve tempo de sobra para reconhecer seus erros e se desculpar por eles. Mas preferiu não fazê-lo. Poderia ter morrido maior do que foi. Pena.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, a morte de alguém como o Mandela gera tanta comoção. Gera comoção porque não o teremos mais providenciando mudanças tão importantes; gera comoção porque o mundo perdeu um herói (sim, ele é um herói), um ser humano que serve de exemplo para todos nós. Por outro lado, é essa comoção que provoca o ressentimento daqueles que não querem ver ninguém por cima. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Eles esperam que a sociedade haja [SIC] de forma indiferente diante da morte de quem tem poucos defeitos, como o Nelson Mandela. Um fracassado só elogia outros fracassados, e espera que todos façam a mesma coisa. É insuportável, para ele, ver tanta gente emocionada por uma única pessoa.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A morte de Mandela gerou comoção porque ele era um símbolo, e pouco mais do que isso. <strong>Um símbolo de uma causa - a luta por "liberdade", "paz" ou "democracia" - com a qual nem sempre ele foi coerente</strong>. Quanto a gerar mudanças importantes, desde 1999 que ele não fazia mais nada na área. Desde então, acomodou-se ao papel de ícone de celebridades, recebendo gente do showbiz e roqueiros deslumbrados. Servia de "exemplo para todos nós"? Na oposição a um regime racista e na defesa da reconciliação nacional, sem dúvida nenhuma. Nisso, ele foi herói. Na amizade com ditadores e na herança política? Difícil. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, meu caro Giovane, "é essa comoção que provoca o ressentimento daqueles que não querem ver ninguém por cima"? Teoria interessante. Quer dizer que apontar um lado obscuro da biografia de alguém, ainda mais alguém transformado em santo e herói sem mácula pela esquerda mundial e pela maior parte da imprensa, é simplesmente ter ressentimento? Vai ver é por isso que alguns artistas no Brasil querem proibir biografias não-autorizadas. Os biógrafos devem ser todos uns fracassados, uns ressentidos, que não podem ver ninguém "por cima"... </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: red;">Por isso, pregam pela [SIC] racionalidade. Dizem "sejamos racionais", e logo depois propagam uma série de bobagens sem sentido. </span></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acabei de descobrir que defender a racionalidade e propagar bobagens sem sentido são coisas semelhantes. Em tempo: <strong>quando o Giovane vai apontar as bobagens que eu digo em meu texto?</strong> (Notem que ele diz "racionalidade", e não "racionalismo", que é algo diferente.)</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Tentam racionalizar suas emoções, mas também fracassam nisso, já que o ressentimento, que é uma mistura de raiva, inveja e outros sentimentos ruins, sempre acaba se sobressaindo.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Racionalizar as emoções"... Entramos agora no reino das considerações psicanalíticas. Só assim para tentar explicar por que alguém escreve um texto atribuindo a crítica ao culto da personalidade de um líder morto a "uma mistura de raiva, inveja e outros sentimentos ruins"... Freud explica (ou não). </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Felizmente, como escrevi no começo do texto, Mandela não morreu. Ele é um imortal, e hoje somos milhares de Mandelas no mundo todo. Não precisamos nos preocupar com sua ausência, pois já absorvemos o Mandela que admiramos, assim como os ressentidos absorveram o "lado ruim" do Mandela. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nossa! Agora quase fiquei emocionado. "Mandela não morreu, é imortal" ou "Somos todos Mandela" bem que poderiam virar slogans da moda. Aliás, acho que vi um cartaz na TV dizendo mais ou menos isso. O mesmo disseram os chavistas quando morreu o caudilho Hugo Chávez. É um motivo a mais para manter o senso crítico em relação a endeusamentos do tipo.</span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <span style="color: red;">Sempre que alguém pedir para que você não haja [SIC] com os sentimentos, fuja desse ressentido. O iluminismo já acabou, e faz tempo. </span></span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vou terminar imitando o Giovane: Sempre que alguém pedir que você AJA com os pés e não com a cabeça, fuja desse desmiolado. O totalitarismo e o culto da personalidade já acabaram, e faz tempo. Pelo menos, deveriam ter acabado. </span></div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;"></span> </div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" itemscope="" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana;">Agora chega, né? Melhor parar por aqui. Afinal, ao contrário do que pensa o Giovane, tenho coração mole.</span></div>
</div>
</div>
<div id="dp_swf_engine" style="height: 1px; position: absolute; width: 1px;">
</div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37351004.post-91419484217733225502013-12-06T07:39:00.001-03:002013-12-06T09:57:18.793-03:00MANDELA, O AVESSO DO MITO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/wEoK4KGMO54?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Morreu Nelson Mandela. Como não poderia deixar de ser, desde o primeiro momento a internet foi inundada com homenagens sem fim ao "grande líder pacifista", "defensor da democracia e da liberdade" etc. Durante algum tempo, não vai se falar em outro assunto. Falta pouco para pedirem sua canonização, mas acho que é só questão de tempo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span> </div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como sempre acontece em momentos assim, a emoção costuma tomar conta da razão, e a lenda se sobrepõe à realidade. Sobretudo em países como o Brasil, onde, mesmo com a internet (ou talvez <em>por causa</em> dela) a informação sempre chega de segunda mão (isso quando chega), e onde os heróis cultuados pela esquerda, em suas várias roupagens, são os únicos considerados dignos de reverência. Por isso mesmo é necessário lembrar os fatos, por mais que sejam desagradáveis. Além do mais, s</span><span style="font-family: Verdana;">empre tive uma desconfiança instintiva em relação a cultos da personalidade, seja de quem for, os quais só servem para alimentar a mitologia e encobrir a verdade. Se o herói em questão está morto, então, a coisa adquire ares indisfarçáveis de necrofilia, nos moldes dos cultos à múmia de Lênin e a Hugo Chávez, para quem foi criado até mesmo um "Dia da Lealdade e do Amor ao Comandante Chávez" (!).</span></div>
<span class="userContent">
<span style="color: white;">.</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="userContent"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que me perdoem as carpideiras de plantão, e me desculpem se eu estragar o velório, mas a verdade é para ser dita. Sim, é verdade que Mandela foi um símbolo da luta contra o <em>apartheid</em>, o regime racista da África do Sul, tendo permanecido preso durante 27 anos etc. e tal. Por esse motivo, ele é digno de admiração<span class="text_exposed_show">. Mas sim, também há fatos pouco abonadores em sua biografia, geralmente omitidos por seus admiradores (e que serão convenientemente esquecidos por grande parte da imprensa nos próximos dias, semanas, meses e anos). </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="text_exposed_show">Mandela, se foi inegavelmente um "grande líder", também tinha um lado negro (sem trocadilho), como também tinham Gandhi e Martin Luther King (que, ao contrário de Mandela, eram pacifistas - ele só se converteria à luta pacífica na cadeia). </span></span></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nelson Mandela tornou-se um misto de santo e herói muito mais pelo caráter odioso do regime que o encarcerou e contra o qual lutou do que por suas qualidades pessoais e políticas. Ele teve o mérito de não ceder ao revanchismo e promover a reconciliação entre brancos e negros na África do Sul após sair da prisão, e nisso ele foi, sim, um gigante – conforme mostra o famoso jogo de rúgbi em 1995 retratado no filme de Clint Eastwood com Morgan Freeman e Matt Damon, <em>Invictus</em> (2009). Fora isso, porém, há pouca coisa a credenciá-lo como um grande herói da humanidade. Além das amizades com ditadores como Fidel Castro, Robert Mugabe e Muamar Kadafi (<em>vejam o video acima, em que Mandela diz aos que estivessem irritados com sua amizade com o "irmão Kadafi" que "pulassem numa piscina"</em>), o Congresso Nacional Africano (CNA), movimento que liderou e que hoje está no poder na África do Sul, tinha inegáveis ligações com o Partido Comunista e seu braço armado, o <em>Umkhonto we Sizwe</em> (liderado por Mandela) praticou o terrorismo como método de luta (membros seus receberam treinamento militar na Líbia de Kadafi). Aliás, foi por isso que ele, Mandela, foi preso e condenado à prisão perpétua. Sua ex-esposa, Winnie, teve vários crimes contra os direitos humanos e de corrupção, cometidos em parceria com o CNA, revelados pela Comissão da Verdade e Reconciliação criada após o fim do <em>apartheid</em> (esta sim, uma Comissão da Verdade de verdade, e não a aberração revanchista criada pelo governo Dilma para tentar reescrever a História e passar uma borracha nos crimes da esquerda). O fato de o regime do <em>apartheid</em> ser desumano e antidemocrático não torna automaticamente democratas e humanistas todos aqueles que se opuseram a ele, assim como os que pegaram em armas contra a ditadura militar no Brasil não eram, eles também, fãs da democracia e dos direitos humanos, muito menos referências éticas (e aí estão os companheiros presos Zé Dirceu e Genoíno para provar). </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso, Mandela jamais usou seu enorme prestígio e influência internacional para dizer uma única palavra a favor da democracia e dos direitos humanos em países dominados por ditadores amigos seus, como Cuba, Líbia e Zimbábue – onde impera desde 1980 um verdadeiro regime de <em>apartheid</em>, com perseguições racistas <em>contra a população branca</em> (o racismo mudou de lado, como mostra o absurdo sistema de cotas raciais nas universidades e no serviço público adotado no Brasil). Por sua vez, seus herdeiros e sucessores políticos Thabo Mbeki e Jacob Zuma foram um desastre em quase todos os sentidos, deixando um país assolado pela AIDS, pela corrupção, pelo desemprego e por altos índices de criminalidade. Mbeki já chegou a afirmar que o vírus é uma "farsa imperialista" e Zuma, o atual presidente sul-africano, responde a vários processos por estupro e acredita que fazer sexo com virgens "cura" o homem da doença... Enquanto isso, o CNA, de movimento contra a segregação racial e pelos direitos da maioria negra, virou uma grande máfia clientelista encastelada no poder, uma máquina de corrupção e loteamento do Estado capaz de fazer inveja ao PT ou ao PMDB. </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por tudo isso, arrisco-me a ser linchado pelas patrulhas ao dizer que grande parte das lágrimas que serão derramadas por Mandela deveriam ser poupadas ou, pelo menos, melhor empregadas. Ao contrário do que dirão seus apologistas e os devotos das causas politicamente corretas, Mandela não foi santo e, se foi herói, foi pela metade. Ou poderia ter sido mais. Ele certamente foi grande, mas não tanto quanto pensa a maioria. Infelizmente ou não, a verdade precisa ser dita.</span></div>
Gustavohttp://www.blogger.com/profile/13250023182081411985noreply@blogger.com9