quarta-feira, janeiro 07, 2009

A SUPERIORIDADE MORAL DE ISRAEL

O bombardeio de uma escola palestina administrada pela ONU na Faixa de Gaza por tropas israelenses, que deixou, segundo dizem, cerca de 40 mortos no dia de ontem, é chocante por vários motivos. O primeiro é o mais óbvio: as cenas de crianças mortas, seja por que causa for, causam choque e indignação até no mais frio dos mortais. O segundo motivo - e aqui está, a meu ver, a maior fonte de indignação - é a escandalosa e abjeta exploração desse e de outros episódios terríveis para fins de propaganda antiisraelense pelos fanáticos terroristas do Hamas, os maiores responsáveis por essa tragédia.
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Sim, não é Israel, nem os EUA, nem a grande conspiração sionista mundial o culpado pela morte de 40 inocentes. Se alguém deve ser responsabilzado pela catástrofe que tomou conta de Gaza, e inclusive pela matança de crianças, é o Hamas. Não custa repetir: o Hamas, em sua luta pela destruição de Israel e pelo extermínio de sua população - o que inclui, obviamente, as crianças israelenses - não tem nenhum pudor em sacrificar sua própria população como carne barata para alcançar seus objetivos genocidas. As Forças de Defesa de Israel afirmam que a escola atingida abrigava uma célula terrorista e que de lá partiram foguetes contra Israel, e têm os vídeos para mostrar. O Hamas, claro, nega, e parte da opinião pública, intoxicada pela propaganda anti-Israel e pelo pacifismo leso, assina embaixo. Da minha parte, acredito no que diz Israel. O Hamas é capaz de coisa pior. Cada criança palestina morta, cada civil palestino mutilado na Faixa de Gaza, é uma vitória para o Hamas.
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"Mas onde estão as crianças mortas do lado israelense?", perguntam as boas almas pacifistas, como se o fato de o Hamas não ter, até o momento, feito crianças israelenses em pedaços fosse um claro sinal da "injustiça" da situação (talvez se o Hamas começar a explodir criancinhas em atentados suicidas em Tel-Aviv eles dirão que isso é ético e justo). Esses arautos da proporcionalidade entre terroristas e quem os combate não se dão conta de que estão fazendo o jogo dos maiores inimigos da paz e da humanidade. Ontem mesmo fizeram essa pergunta - "por que não morrem crianças do lado israelense?" - ao Presidente de Israel, Shimon Peres, Prêmio Nobel da Paz. Sua resposta foi demolidora: sim, não houve, até o momento, crianças mortas do lado israelense, ao contrário do que se tem verificado do lado palestino. E o que isso mostra? Que os israelenses, ao contrário do Hamas, cuidam bem de suas crianças. Não as expõem propositalmente ao fogo inimigo, nem celebram suas mortes como troféus de propaganda, por exemplo.

A morte de uma criança é sempre uma tragédia. Significa um crime contra o próprio futuro. É difícil conceber algo mais lastimável e repulsivo. Por isso é tão repugnante ver terroristas e genocidas explorando desavergonhadamente a dor e o sofrimento de famílias inocentes para daí tirar proveito na guerra de propaganda. Não há canalhice mais abjeta.

Ainda assim, a multidão de idiotas úteis e pombas lesas do pacifismo, para quem Israel é o lado agressor, insiste no mantra de que a reação israelense é "desproporcional" (nos meios, talvez; nos fins, de maneira alguma), e que a ofensiva em Gaza é um "crime de guerra". Nesse caso, deveriam responder as seguintes perguntas:
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- Quem é a favor e quem é contra a solução de dois Estados para a região - um israelense, outro palestino? Israel ou o Hamas?
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- Quem violou sistematicamente a trégua entre os dois lados, atirando foguetes sobre o outro lado da fronteira?
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- Quem ataca civis, INTENCIONALMENTE, esperando provocar o maior número de mortes do outro lado, e quem, na busca pelos responsáveis por tais atos terroristas, mata civis de forma não-intencional?
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- Quem está usando civis - inclusive crianças - como escudos humanos, um crime de guerra?
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Desafio qualquer um a responder a essas perguntas, e depois negar que, do ponto de vista ético, Israel é superior ao Hamas. Mesmo assim, sempre haverá alguém que fará a pergunta: qual a diferença entre Israel e seus inimigos? A resposta é: os israelenses têm escrúpulos.
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Que a realidade se mostre invertida a tantos que se dizem inteligentes e racionais, a ponto de tomarem agredidos por agressores e negarem o direito de um povo sitiado de se defender de quem jurou riscá-lo do mapa, é algo que desafia a compreensão mais elementar.
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Como li um dia desses, a ignorância tem cura. A estupidez, não.

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