quarta-feira, dezembro 09, 2009

UMA MENTIRA CONVENIENTE


Capa da revista Time de 1977: há trinta anos, a preocupação era com o esfriamento global...
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A reunião sobre mudanças climáticas que ora ocorre em Copenhague, Dinamarca, encerra importantes lições. A começar pelo próprio motivo do encontro: discutir formas de reduzir as emissões de carbono na atmosfera e diminuir os efeitos do "aquecimento global". Aquecimento este, dizem, provocado pelo homem.

Eu gostaria de saber mais sobre o aquecimento global. Principalmente diante da enxurrada de "notícias" alarmistas sobre o assunto. Quem assistir ao noticiário por esses dias ficará com a nítida impressão - na verdade, com a certeza - de que o nível dos oceanos irá aumentar drasticamente e vai engolir cidades e países inteiros, e que a Terra vai se transformar num deserto ou numa imensa bola de fogo em alguns anos. Mais: ficará convencido que tudo isso é causado pela ação humana.

Aí é que está. Não sou especialista em meio ambiente, e meus conhecimentos na área não passam do que aprendi naquelas chatíssimas aulas de Ciências na 5a série primária. Mas onde estão as provas científicas de que o tal aquecimento global é uma realidade, e ainda por cima um fenômeno artificial, criado pela humanidade? Quem se limita a assistir ao Jornal Nacional ou a ler os editoriais apocalípticos da grande imprensa certamente irá estranhar o que digo aqui, pois a tese do man-made global warming já constitui um dogma religioso, por assim dizer, tendo ganho mesmo as telas do cinema (como os filmes O Dia Depois de Amanhã e 2012, de Rolland Emerich, demonstram). Mas a verdade inconveniente, parafraseando o título de outra obra de ficção cinematográfica, é que essas provas simplesmente não existem.

É isso mesmo que vocês leram. Pesquisem na internet. Não há uma prova contundente e irrefutável de que o chamado aquecimento global realmente existe, ou de que, se existe, é mesmo provocado pela mão do homem. Não há um consenso minimamente consistente sobre o tema na comunidade científica internacional. Pelo contrário: o que há, isso sim, é muito debate inconcluso, muita polêmica sobre o assunto. Entre os especialistas, as opiniões se encontram bastante divididas, havendo desde os que afirmam peremptoriamente que as temperaturas do planeta estão se elevando de forma acelerada e que, se não fizermos nada, a humanidade perecerá, até os que admitem o aquecimento global como um fenômeno natural ou que, mais céticos, simplesmente descartam a tese por completo. Enfim, não há um consenso, nada que confirme a tese do aquecimento global como um fato ou uma verdade científica. E, mesmo assim, representantes de 192 países estão reunidos para decidir "o que fazer" diante disso em Copenhague...

O nível de mistificação e de inverdade por trás da atual histeria aquecimentista pode ser facilmente verificado até por quem não tem a menor idéia do que sejam créditos de carbono. Há alguns meses, um comercial, se não me engano do World Wildlife Fund - uma das principais ONGs ambientalistas do mundo, ao lado do barulhento e marqueteiro Greenpeace - foi retirado do ar após uma série de protestos. A peça publicitária, aliás feita no Brasil, mostrava centenas de aviões comerciais voando em alta velocidade contra o prédio do World Trade Center, em Nova York. A mensagem, nada sutil, dizia: "Em 2004, um tsunami matou mais de 100 mil pessoas na Ásia. Equivale a tantos aviões que se chocaram contra as Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001". A idéia era que é preciso cuidar do meio ambiente, pois a natureza se vinga. O comercial foi retirado, após protestos dos americanos, não tanto por causa do absurdo científico envolvendo tsunamis - um fenômeno absolutamente natural, logo sem nada a ver com a ação humana -, mas pelo mau gosto referente aos atentados terroristas nos EUA.

O verdadeiro absurdo em relação ao comercial vetado da WWF estava na explicação do tsunami como um fenômeno humano, e não natural, uma espécie de "vingança da natureza" pela poluição dos mares ou pelas emissões de gás carbônico. É uma explicação tão idiota e fora da realidade quanto culpar a queda de árvores pelos vulcões ou terremotos. Mas, por incrível que pareça, há muita gente que parece acreditar piamente nisso, ou seja, na "ação humana" como motor das "mudanças climáticas". Tanto é que a atual reunião de Copenhague já parte da premissa de que o aquecimento global é um fato, tão verdadeiro quanto o nascer do sol - e, o mais grave, "criado pelo homem".

Coincidência ou não, a reunião de Copenhague começa uma semana após ter sido revelado um dos maiores escândalos acadêmicos de que se tem notícia: um grupo de hackers invadiu os computadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e roubou diversos e-mails trocados entre os pesquisadores. Em vários deles, cientistas informavam como tinham manipulado dados estatísticos, escondendo números que contrariam a tese do aquecimento global. Foi assim que o mundo descobriu como a religião aquecimentista se alimenta da fraude e do engodo. Na mesma semana, a Academia de Cinema de Hollywood anunciou estar cogitando cassar o Oscar que Al Gore recebeu em 2007 por seu pseudo-documentário Uma Verdade Inconveniente, devido à visão claramente anti-científica do filme (não sei quanto a vocês, mas fiquei ainda mais cético depois que Al Gore ganhou o Oscar e o Nobel da Paz; pena que, até o momento em que escrevo, a Academia de Ciências de Estocolmo não tenha anunciado que vai fazer o mesmo que a Academia de Hollywood). Ambas as notícias passaram como um raio nos principais telejornais, dando logo lugar a matérias que mostravam repetidamente imagens de geleiras derretendo no Pólo Norte.

O que justifica tamanha histeria, tamanho alarmismo e escatologia? Aqui, as dúvidas parecem ser bem menores: há tempos o discurso ambientalista-apocalíptico vem sendo brandido pelos inimigos do capitalismo como uma forma indireta de combater os "países ricos" e deles exigir uma "compensação" pelo "dano ambiental" provocado por suas fábricas, obrigando-os, por exemplo, a reduzir o ritmo de suas economias. De uns tempos para cá, esse discurso, de cunho claramente ideológico, tomou conta da ONU, hoje uma mistura de mega-ONG e abrigo de ditadores, a ponto de o IPCC, o Painel sobre Mudanças Climáticas da organização, ter dividido o Nobel da Paz em 2007 com Al Gore. O discurso ecológico, além de politicamente correto e "chique", tornou-se, assim, uma espécie de substituto conveniente para os velhos chavões esquerdistas e terceiro-mundistas, e bem mais eficiente. Afinal, quem não se enche de pânico diante da visão de cidades inteiras engolidas pelo oceano devido à "ação do homem"? O discurso do fim do mundo sempre terá ouvintes atentos e seguidores devotos.

No caso de Copenhague, o roteiro parece claro: antes mesmo de a reunião ter começado, os "países ricos", em especial EUA e China, já eram malhados na imprensa por não se mostrarem muito dispostos a seguir a cartilha aquecimentista, e já eram responsabilizados por um provável futuro fracasso da conferência. Iniciados os trabalhos da reunião, o script está sendo seguido à risca, com representantes africanos e asiáticos - e da diplomacia brasileira, claro - esbravejando contra a "intransigência" dos "poluidores do mundo" por suas "metas muito brandas". No final, tal como em outras reuniões semelhantes, ficará tudo na mesma: os "países ricos", sobretudo os EUA, continuarão sendo os vilões da história, enquanto o mundo continuará caminhando inexoravelmente para a destruição. Quanto às provas de que essa destruição é um fato, e não mera retórica ideológica feita sob medida para abrigar os órfãos da utopia socialista... Bem, pelo visto vamos ter que esperar até que o nível dos oceanos se eleve e as calotas polares derretam.

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