quinta-feira, dezembro 17, 2009

A RELIGIÃO AQUECIMENTISTA E A COMÉDIA DE COPENHAGUE


Nesses dias em que só se fala na reunião da COP-15 e em coisas como aquecimento global, acho importante dar uma parada e pensar um pouco.

Vi ontem, na TV, o bufão venezuelano Hugo Chávez e seu pupilo, o índio de araque bolivano Evo Morales, falando na tal Conferência do Clima. Chávez culpou a "dominação imperialista" pelos problemas ecológicos do mundo. Morales pediu o fim do sistema capitalista. Enquanto isso, Dilma Rousseff, Carlos Minc, Marina Silva e José Serra não se entendiam sobre a melhor maneira de pedir mais dinheiro aos países ricos e reduzir as emissões de CO2. Do lado de dentro e de fora, uma multidão de ongueiros enfrentava a polícia e culpava os "países ricos" pelo aquecimento global, enquanto sentiam na pele os efeitos desse aquecimento... tiritando de frio.

O que está acontecendo em Copenhague merece uma reflexão mais profunda. Trata-se de uma super-reunião de ONGs patrocinada pela maior delas, a ONU, para servir de palanque anticapitalista e "discutir" - coloquemos assim - as melhores soluções para um problema sobre cuja existência não há nenhum consenso científico. É uma espécie de Forum Social Mundial do meio ambiente, no qual ninguém parece chegar a um acordo, e que caminha para ser um estrondoso fracasso.

O mais surreal de tudo isso é que, como já afirmei aqui, não há nada, absolutamente nada, que prove cientificamente que o motivo mesmo da reunião - o aquecimento global antropogênico, ou criado pelo homem - é uma realidade. Isso mesmo. Ao contrário do que você cansou de ouvir nesses dias na Jornal Nacional e no Fantástico, onde a frase mais repetida foi "estudos com-pro-va-ram que as temperaturas estão aumentando" etc., não existe uma mísera evidência, uma prova consensual qualquer, de que o que está sendo discutido em Copenhague seja verdadeiro. Ao mesmo tempo, um escândalo envolvendo o vazamento de e-mails comprometedores trocados por cientistas da Universidade East Anglia, ligados ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), pegos em flagrante manipulando dados para esconder ("to hide") estatísticas que contrariam a tese do aquecimento global, foi rapidamente abafado pelos grandes jornais. Há algo de podre nesse reino, que por coincidência é o da Dinamarca.

Em Copenhague, está ocorrendo um dos maiores eventos religiosos da História da humanidade. A questão ecológica, sobretudo o chamado aquecimento global, já deixou há muito tempo de ser um assunto científico para se tornar uma questão de fé, de religião. É uma nova religião, com todas as características de culto milenarista, inclusive uma elaborada escatologia.
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Isso quem diz não sou eu. São cientistas com décadas de experiência no estudo do clima, e que, por motivos desconhecidos, constituem vozes isoladas, sistematicamente ignoradas pela chamada grande mídia. Cientistas como o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion, representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Em entrevista recente, o professor Molion, que tem 40 anos anos de estudos sobre o clima nas costas, afirmou o seguinte (vejam a entrevista aqui:http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=59089):

- Não existe aquecimento global. Muito menos provocado pelo homem. Medições científicas mostram que a temperatura dos oceanos, que correspondem a 71% da superfície da Terra, está, na verdade, diminuindo. Não há nenhuma comprovação científica de que o nível do mar está aumentando: em alguns lugares, ele avança; em outros, retrocede; em outros, ainda, permanece o mesmo há séculos. "E o derretimento das geleiras?" Não são geleiras, são blocos flutuantes de gelo. É um processo totalmente natural. E não tem qualquer influência na mudança do nível dos oceanos. (Aliás, estudos recentes mostraram que o gelo no Ártico está, ao contrário do que se passou a dizer, maior do que antes.)

- O CO2, apontado como o grande vilão do aquecimento global, não tem absolutamente nada a ver com o clima da Terra. Não é o CO2 que controla o clima. É o Sol. Em um período de mais ou menos 90 anos, ocorrem variações no nível de radiação solar, com períodos de radiação mais intensa e outros de menor intensidade. Nos próximos 20 ou 25 anos, a previsão é que a atividade solar irá diminuir, logo a tendência será um resfriamento, e não aquecimento da Terra.

- O CO2 não tem qualquer influência no aquecimento ou resfriamento da Terra. Pelo contrário: o CO2 é o gás da vida. Sem ele, não haveria natureza, tampouco vida no planeta. O CO2 é uma resposta. Quanto mais CO2, maior é a produção das plantas. (Nota à margem: lembram de seu professor de Biologia falando em como se dá o processo de fotossíntese?)

- As emissões de CO2 pela ação humana (fábricas, automóveis etc) não respondem absolutamente por qualquer mudança de temperatura do planeta. Calcula-se em cerca de 200 bilhões de toneladas a quantidade de CO2 emitida anualmente de forma natural (pela vegetação, vulcões etc.). A margem de erro é de 40 bilhões de toneladas, para cima ou para baixo. Desse volume, a atividade humana responde por cerca de 6 bilhões de toneladas/ano, ou seja, por aproximadamente 3% (três por cento) de todo o CO2 emitido na atmosfera. É mais de três vezes menos a margem de erro admitida para medir o total de CO2 emitido pela natureza todos os anos. Uma quantidade ínfima, insignificante mesmo. O que provoca algum dano ao meio ambiente não é o CO2, assim como não era o tal CFC o culpado pelo tal buraco na camada de ozônio (outra farsa, uma espécie de "ensaio" para o "aquecimento global"), mas outros elementos, como o enxofre, além das queimadas e da devastação das florestas.

Você deve estar se perguntando: mas, se o aquecimento global é um mito, desprovido de qualquer base científica, o que representantes de 192 países estão fazendo em Copenhague? Por que tanto dinheiro, tantos cientistas, governantes, diplomatas e artistas de Hollywood, gente como Al Gore e os membros do IPCC, estão sustentando uma mentira? Molion arrisca uma resposta:

"Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção."

Não sei quanto a vocês, mas eu sempre desconfiei dessa conversa de "aquecimento global". Ainda mais "criado pelo homem". Principalmente quando se percebe que o discurso aquecimentista, de uns tempos para cá, virou uma espécie de dogma, contra o qual não se admite a menor contestação. Não vi, até agora, nenhum especialista em clima contrário à tese de aquecimento global sendo chamado para expor sua tese na Rede Globo, por exemplo (Molion deu uma entrevista para a Band), muito menos na COP-15. Vi, sim, foi o Al Gore com aquele seu power-point, tentando explicar como, se o gelo do Ártico está aumentando em vez de diminuir, as calotas polares irão desaparecer assim mesmo. E muita propaganda, muitos comerciais emocionantes na TV mostrando apelos de criacinhas e imagens de ursos polares com seus filhotes. Há dois anos, quando Al Gore recebeu o Nobel da Paz juntamente com os cientistas do IPCC, escrevi um texto dizendo que o mundo vai acabar. Não por causa das previsões dessa turma, mas porque ele, Al Gore, ganhou o Nobel da Paz... Lula, claro, não poderia ficar de fora: outro dia, ele deu também sua contribuição à Ciência, dizendo que o problema do aquecimento global é que a Terra é redonda - se fosse quadrada, o problema não existiria...

O que parece claro, além de todas essas batatadas, é que o discurso ambientalista constitui uma forma de controle social, com um viés claramente ideológico, direcionado contra um sistema político e econômico - o capitalismo. O caráter maniqueísta da propaganda é indisfarçável: de um lado, a turma de bem, os defensores do maior controle da emissão de CO2 e pregadores do apocalipse que afirmam que, se nada for feito, o mundo caminhará para a destruição; de outro, o lado mau e perverso, os ricos industriais que só pensam no lucro e que estão se lixando para a preservação do meio ambiente e para o derretimento das calotas polares... A isso soma-se uma tentativa de submeter os hábitos pessoais ("ande menos de carro", "coma menos carne" etc.) ao que se convencionou chamar de "interesse coletivo". Já sabemos no que isso vai dar. E não é coisa boa.

Verdadeiro ou falso, o certo é que o discurso do aquecimento global não está sendo debatido como deveria. Observações como as do prof. Molion continuam sendo ignoradas pelo mainstream, que continua despejando milhões de dólares e emitindo toneladas de carbono para convencer a todos de algo que, tudo indica, é uma imensa farsa. O que me dá o direito, mesmo não sendo especialista na matéria, de pensar que o discurso aquecimentista não passa de uma fraude ideológica feita sob medida por e para ONGs ripongas e caudilhos terceiro-mundistas. Pelo menos até que se veja alguma coisa parecida com um debate, e não slogans demagógicos anticapitalistas.

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