sexta-feira, outubro 29, 2010

A HERANÇA MALDITA DE LULA

Outro dia, navegando na internet, como sempre faço após o trabalho, deparei com um texto de um velho conhecido deste blog, o Pablo Capistrano (http://www.pablocapistrano.com.br/2010/10/27/a-desconstrucao-da-mulher/), em que ele diz mais ou menos isso: as críticas ao flip-flop de Dilma Rousseff sobre a questão do aborto são parte de uma estratégia de campanha de José Serra e dos tucanos, feita de boatos ardilosos, para “desconstruir a mulher”, atiçando velhos preconceitos machistas da sociedade etc. Ele lembrou que um tempo atrás até apareceu um boato de que Dilma seria homossexual, e que isso mostraria bem o caráter sombrio e obscurantista dessa campanha sórdida etc. etc.
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Não resisti e postei um comentário. Escrevi então, logo após parabenizar o autor por ter, finalmente, resolvido sair do armário e assumir seu esquerdismo – ele até me expulsou de seu site algum tempo atrás por eu ter perguntado por que ele, escrevendo como um esquerdista, com jeito e até vocabulário de esquerdista, não se assumia como esquerdista –, escrevi então, dizia, que eu só poderia ser um membro da TFP e do Opus Dei, pois não vou votar em Dilma. Disse que sou um porco machista e chauvinista, porque não vou ceder à chantagem sexual-vitimista e votar na criatura do chefe por ela ser (apesar de, devo dizer, às vezes não parecer) mulher. Serra, por sua vez, deve ser da Ku Klux Klan (já a ligacão de Dilma com o MST só pode ser calúnia e boato eleitoral, claro...). Lembrei também que, se tem alguém que recuperou o estereótipo machista na campanha foi Dilma, que fez questão de posar de "mãe-mulher-pró-vida" na questão do aborto (sua escolha por Lula, aliás, parece indicar bem essa mentalidade retrógrada, de dominação masculina sobre uma fêmea subserviente...). Aproveitei para perguntar por que ninguém usou os mesmos argumentos sobre "desconstrução da mulher" no caso de Margaret Thatcher e de Sarah Palin, por exemplo. Fiquei sem resposta.
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Pois não é que, em vez da resposta esperada, eis que aparece um camarada e escreve um comentário longuíssimo no site me desancando por eu ser - surpresa - “de direita”, “reacionário”, enfim esse trololó todo? Pensei em ignorar (tentei ver alguma relação entre o comentário e o que escrevi sobre o texto; em vão). Mas aí percebi que o tal sujeito usa uma enxurrada de dados e números “oficiais”, que supostamente provariam que o governo Lula foi um mar de excelência empresarial, e o de FHC, um desastre haitiano. Compreendi que se trata de uma corrente, de um texto-padrão, uma espécie de power-point que os lulo-petistas, na falta de argumentos, usam para apoiarem-se uns aos outros (já falei que eles são como formigas: agem movidos por feromônios, não pela razão). Enfim, uma maneira de dar um ar de "objetividade" ao que é, na verdade, mero pitaco ideologico - repetido à exaustão, aliás, na propaganda eleitoral.
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Então, por pura piedade, e também porque o troço demonstra bem a maneira de, digamos, “pensar” desse pessoal, resolvi responder aqui ao dito-cujo. Por pura piedade, também, omito seu nome (tenho o coração mole, não gosto de ver pessoas passando vergonha). É mais uma prova, vocês verão, de que a estatística é mesmo a arte de torturar números para que eles digam apenas o que interessa.
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Lá vai ele, em vermelho. Eu respondo em seguida. Tentem conter o riso, por favor.
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Sr. Gustavo, você deveria usar a razão para abordar os fenômenos sociais, no entanto insiste no pensamento mitico, místico, mágico, fantasioso, metafísico, preconceituoso, carregado de ódio e fanatismo.
Puxa, tudo isso? Agora fiquei com medo de mim mesmo...
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Quando cita a TFP, a Opus Dei e a Ku Klux Klan, comete um “ato falho”, resgata das profundezas do seu inconsciente a sua verdadeira identidade social e política.
Quem cita a TFP, para começo de conversa, é o texto do Pablo. Além do mais, ironia é para quem tem um mínimo de inteligência... "Ato falho", é?
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Mas deixa pra lá. O importante é que estou diante de uma pessoa iluminada, alguém que conhece “as profundezas do seu [meu] inconsciente e a sua [minha] verdadeira identidade social e politica”... Uau! E que é, nada mais nada menos, do que a mesma da TFP, do Opus Dei e da KKK! (Faltou citar Hitler, a Inquisição, Átila, o Huno e Charles Manson, sem falar nos incas venuzianos.)
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Não sou petista, exatamente por considerar Lula um traidor dos trabalhadores ao manter no seu governo a macroeconomia do seu antecessor,o neobobo FHC.
Pode achar que não é petista, mas é apenas mais um da patota. Basta ver o que diz sobre o Lula “traidor dos trabalhadores” (por causa do mensalão ou de outra maracutaia qualquer? Não: por causa da macroeconomia do “neobobo” FHC...). Pelo visto o sujeito deve considerar o PT "de direita" demais para seu gosto... Isso também é uma forma de petismo, não dá para negar.
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Votei no primeiro turno no Plinio de Arruda Sampaio.
Sem comentários. Isso explica tudo.
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Agora no segundo turno é uma outra eleição. Mesmo com severas críticas ao conservadorismo do governo Lula, devo admitir que qualquer comparação feita entre o governo de FHC e de Lula, esse último foi superior.
“Conservadorismo do governo Lula” foi ótimo... Gostaria de saber o que economistas e filósofos conservadores como Friedrich Hayek e Edmund Burke diriam de um governo que inchou a máquina estatal, aumentando enormemente os gastos com apaniguados. Ou então da política externa alinhada com o que de pior existe na humanidade. Mas sobre isso falarei mais adiante.
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Agora vejam por que, na opinião de quem escreveu essa peça de lógica matemática, o governo do Apedeuta foi "superior ao de FHC":
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Lula teve a maior votação da história deste país, aproximadamente, 53 milhões de votos.
E daí? Quem disse que urna é tribunal?
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Lula erra ao assumir,na “Carta ao Povo Brasileiro”, (na verdade direcionada aos credores do Brasil, buscando acalmar o mercado), o compromisso de respeitar os acordos feitos pelo governo anterior: metas de superávit primário e de inflaçãoe o financiamento da divida externa. Nisto eu critico ele [sic].
Muito bem, pois foi esse “erro” de Lula que lhe garantiu surfar na onda alheia e posar de estadista durante oito anos. Foi esse “erro” que lhe permitiu governar sem maiores sobressaltos na economia, e ainda sair com altos índices de popularidade, e até inventar uma candidata-frankenstein para, se eleita, ele controlar nos bastidores. Foi esse “erro” que lhe garantiu enganar milhões de otários dizendo que ele inventou o Brasil em 1/01/2003. Foi esse “erro”, enfim, a única coisa boa em um governo em que o que era bom não era novo, e o que era novo não foi bom.
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Mas vamos a comparação objetiva entre os dois governos.
Oba, vamos lá. Objetivamente, então. Porque até agora não vi nada de objetividade. Muito pelo contrário.
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Lula assumiu em 01/01/2003: o dólar valia R$ 3.53, hoje vale 1.67;
Ótimo, e quem foi que aplicou políticas cambiais efetivas que permitiram fortalecer o real nos anos 90? (Uma dica: Lula estava do outro lado, chamando tal política de “estelionato eleitoral”...)
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a taxa de juros básicos (selic) era de 25% ao ano, hoje é em torno de 11% ao ano;
Continua alta. Mas, novamente, e mesmo sem ser economista: quem foi que começou a aplicação dessas medidas? É engraçado como, até há bem pouco tempo, os lulo-petistas nem falavam em selic etc. Pegaram o bonde andando, como tudo o mais.
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a inflação no governo FHC atingiu 1.31 % ao mês, hoje gira em torno de 4.5% ao ano;
Pois é, e quem foi mesmo que aplicou o Plano Real e domou a inflação? Ou vai me dizer que era Guido Mantega o ministro da Fazenda em 1994? (E só para lembrar: antes disso, a inflação era de uns 80%... Ao ano? Não! Ao mês!!!)
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Sem falar que inflação é um fenômeno econômico que depende de uma série de variáveis, inclusive de ordem internacional. FHC conseguiu domar a inflação apesar de uma série de crises externas e da oposição irresponsável dos petistas. Já Lula foi contra o Real desde o início, só descobriu suas virtudes quando percebeu que poderia ajudar a ganhar eleições...
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as reservas cambiais deixadas por FHC era [sic] de aproximadamente US$ 25 bilhões, hoje é [sic] de US$ 280 bilhões;
Mais uma vez: tudo isso só foi possível devido ao ajuste da economia no governo FHC, que estabilizou o câmbio e garantiu o aumento das exportações. Enfim, justamente a “macroeconomia do ‘neobobo’ FHC”...
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FHC multiplicou por 14 a nossa dívida pública que saltou de R$ 60 bilhões para R$ 850 bilhões. Lula triplicou essa dívida.
Não entendi. Se Lula triplicou uma dívida que já era grande, então cadê a vantagem?
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E só para que não haja dúvidas: o total da dívida pública brasileira, segundo dados oficiais de setembro de 2010, é de R$ 1,62 trilhão (fonte: http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/10/divida-publica-sobe-05-em-setembro-para-r-162-trilhao.html). Isso significa não o triplo, mas cerca do dobro da dívida do governo FHC. Se fosse o triplo, seria algo em torno de R$ 2,5 trilhões.
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É um dado que, em teoria, serviria para favorecer os argumentos dos lulo-petistas (o Guia Genial "só" duplicou, não triplicou, a dívida, vejam só...). Por que, então, eu o cito aqui, mesmo sabendo que, diante de uma informação verídica que pudesse reforçar os argumentos do lado adversário, os petralhas certamente não fariam o mesmo? Primeiro, por honestidade. Segundo, para mostrar como esse pessoal, até mesmo quando é para os favorecer, trata os números: do mesmo jeito como trata a lógica e a língua portuguesa...
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Lula conseguiu através de medidas de ajuste conter a inflação, pagar ao FMI, uma divida contraída por FHC,quando ele em 1999 quebrou o país, na ocasião perdemos todas as nossas reservas. Lula quita antecipamente a divida com o FMI e ainda empresta dinheiro ao FMI, instituição essa considerada: “banqueiro dos banqueiros”. Com isso cai o “risco Brasil” (mede a confiabilidade dos títulos brasileiros no exterior).
Em seis linhas, quatro mentiras:
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1) Não foi Lula quem, “através de medidas de ajuste”, conseguiu “conter a inflação”: foram FHC e sua equipe econômica, graças ao Plano Real (Só para lembrar: Lula e o PT ficaram contra, assim como ficaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal);
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2) O Brasil não “pagou ao FMI”, muito menos "antecipadamente"; a dívida continua: o que houve foi a regularização da situação do Brasil junto ao Fundo, o que foi conseguido – mais uma vez – graças às políticas macroeconômicas do demonizado FHC. E o Brasil empresta dinheiro ao FMI desde que ele foi criado, em 1944 (chama-se cotas; cada país tem a sua);
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3) A dívida externa brasileira não foi “contraída por FHC” – ela já existia muito antes mesmo do regime militar; e
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4) O choque cambial de 1999 não “quebrou o país”; pelo contrário: foi o que permitiu, através de medidas duras e impopulares, como a desvalorização do real, blindar a economia brasileira contra crises externas e impedir o retorno da inflação. Enfim, tudo aquilo que permitiu a redução do risco Brasil e a eleição de um certo político populista que gosta de encher a boca para se apropriar do que os outros fizeram.
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Além da política externa, onde destacamos:
Oba, política externa é a minha praia. Vamos lá, "objetivamente".
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defendeu o fortalecimento do MERCOSUL e endureceu o discurso sobre as negociações da ALCA, pondo fim as pretenções [sic] imperialistas norte-americanas;
Eis os fatos: Sob Lula, o MERCOSUL virou um MERDOSUL, com sua transformação em palanque de Hugo Chávez e de seu circo bolivariano. Nunca o bloco, que nasceu sob o signo do livre comércio (portanto, do liberalismo econômico), esteve mais enfraquecido, caminhando para a irrelevância. Agora, adivinhem: quem mais perdeu com o naufrágio da ALCA, o Brasil ou os EUA?
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aproximou o país da União Européia;
A aproximacão vem desde antes, mas essa não é a questão. O fato é que poderia ser maior. Se o governo Lula não priorizasse, por exemplo, as relações com gigantes como a Venezuela e a Guiné Equatorial... (Sem falar da chanchada bolivariana em Honduras e das alianças absurdas com titãs da democracia e dos direitos humanos como os regimes de Cuba e do Irã.)
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criou o G- 20,
O G-20 não foi criacão de nenhum país específico, mas resultou do reconhecimento, pela comunidade internacional, da existência e importância das economias emergentes. Isso não tem nada a ver com a vontade de nenhum governante, mas do próprio andar da economia mundial. Ou vai me dizer que foi Lula o responsável pelo crescimento econômico da, sei lá, India ou da África do Sul?
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os BRIC’s;
Também não foi criado por nenhum governo. Simplesmente foi uma sigla inventada por um analista de um banco americano - e em 2001, antes, portanto, da eleição do Redentor da Humanidade.
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propôs a criação de um fundo mundial de combate à fome, financiado pelos países ricos.
Que até agora não saiu do papel. Sem falar que fundos semelhantes existem há décadas na FAO. Nem nisso o Apedeuta foi original.
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Enfim, FHC depois de torna-se [sic] através das privatizações feitas como [?!] o governo mais entreguista da humanidade, sem nenhum precedente em lugar e em tempo nenhum, termina o seu governo com 23% de aprovação e Lula que impede, de certa forma, as sangrias internacionais e as privatizações, termina seu mandato com 96% de aprovação.
Caramba! Tudo bem que os esquerdiotas tenham lá suas queixas contra as privatizacões – que permitiram uma revolução nas telecomunicações, por exemplo, mas deixa pra lá –, mas daí a dizer que o governo FHC foi “o mais entreguista da humanidade” (!), “sem nenhum precedente em lugar e em tempo nenhum” (!!!), é mais do que exagerar a história: é inventar um país e um tempo completamente imaginários. FHC, “entreguista” e, ainda por cima, sem nenhum precedente? Mais do que, digamos, o governo Thatcher na Inglaterra? Ou o de Pinochet no Chile? Pudera...
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Quer dizer que o índice de aprovação do Filho do Barril já é de 96%? Mas, ainda ontem, não estava em 80%? Deixa pra lá. O importante é que, mesmo que fosse de 368%, eu não arredaria pé. Continuaria a ser do contra e a lembrar os fatos acima. O Apedeuta pode até ter os aplausos do rebanho. Deste blogueiro, ele vai receber é cascudo. E não tem esquerdista que me faça mudar de opinião!
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Lembrando ainda o PAC, que representa 504 bilhões reais investidos em infraestrutura, em logística: portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, matriz energética, infraestrutra urbana (metrô, saneamento básico, habitação popular etc).
Que beleza, mas cadê essas obras todas? Talvez o distinto autor do comentário saiba, como parece indicar o ato falho ("representa" 504 bilhões...). Não que se tais obras existissem de fato, e não fossem só uma peça de marketing eleitoreiro (um Programa de Aceleração da Candidatura), isso iria fazer muita diferença para mim. Afinal, como já afirmei aqui, não sou do tipo que troca cultura democrática por obras públicas. Até porque, se houvesse uma relação direta entra as duas coisas, o país mais democrático do mundo seria a... China.
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Sr. Gustavo, após 65 anos da primeira participação das mulheres em eleições para presidente da república. O sr. e essa direita reacionária, entreguista e antipatriota vão ter que engolir depois do “sapo barbudo”, uma mulher presidente da república.
O “sapo barbudo” eu não engoli até agora, nem creio que vou engolir um dia. Aliás, eu já o regurgitei há tempos, desde a época em que ele fazia pose – e era visto por muitos bobalhões – como uma espécie de Lênin brasileiro. O frankenstein criado pelo chefe, então, esse não vou engolir mesmo. Afinal, como um legítimo representante da direita reacionária, entreguista e antipatriota (e existe, na cabeça dos esquerdopatas e esquerdiotas, alguma direita que não seja "reacionária, entreguista e antipatriota"?), só posso lamentar que tanta gente se deixe levar por essa monumental empulhação. Não que o Serra seja uma maravilha, mas pelo menos em alguns temas - aborto, por exemplo - eu sei no que ele acredita. E Dilma, no que acredita? Acho que nem ela sabe.
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Cuidado com a indigestão promovida pela ignorância. Li o seu blog, “do contra”. O sr. nao é do contra, é sim , a favor de tudo ! de tudo que não interessa ao nosso povo! Um abraço!
OK, obrigado por me explicar o que realmente interessa ao “nosso povo”. Falo apenas por mim mesmo e pela minha consciência. Sou um indivíduo, não mais um na manada. De minha parte, se houver indigestão, não será por ignorância. Será que o esquerdinha aí em cima pode dizer o mesmo?
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E, finalmente, a pergunta que não quer calar: se o sujeito é contra a política macroeconômica do "neobobo" FHC, a ponto de dizer que não é petista e chamar Lula de "traidor dos trabalhadores" por manter a macroeconomia de seu antecessor (ou seja: essa mesma política de respeito aos contratos, superávit primário e metas de inflação), então por que raios defende esse mesmo governo com dados e números só possíveis por causa dessa mesmíssima política? (vai ver essa é a tal "herança maldita" de que falava o grande mentecapto até bem pouco tempo atrás). Alguém poderia tentar me explicar isso, por favor?
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Como foi mesmo que o sujeito escreveu, no começo do texto? Ah, lembrei: "Sr. Gustavo, você deveria usar a razão para abordar os fenômenos sociais, no entanto insiste no pensamento mitico, místico, mágico, fantasioso, metafísico, preconceituoso, carregado de ódio e fanatismo." Pois é...
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Eu poderia escrever mais sobre esse assunto. Poderia tentar explicar para esse pessoal o que significam coisas como lógica, coerência, democracia etc. Mas já me convenci que é inútil. Explicar a esquerdistas, lulo-petistas ou não, o significado dessas palavras é como tentar ensinar violino a um bando de orangotangos. Simplesmente não dá.
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Essa é a grande herança maldita da era Lula: além de mensalões, dossiês, aloprados e erenices, além da falsificação da História e da avacalhação das instituições, o aumento brutal da burrice.
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P.S.: Já tinha acabado de escrever este texto quando o sujeito postou mais um comentário. Ei-lo, na íntegra: "A direita é instintiva, não é inteligente! Sempre coloca a razão das armas sobre as armas da razão, a força bruta sobre a inteligência, o preconceito sobre o conceito. O simples fato de saber em quem votei paralizou o seu pensamento, quebrou a estrutura do diálogo, da comunicação e da democracia: calou-se! O seu silêncio demonstra preconceito e autoritarismo bem destilado! Sr. Gustavo, como diz o grande compositor cubano,Pablo Milanés: ” A História é um carro alegre/ cheio de uma gente contente/ que atropela indiferente todo aquele que a negue!” Um abraço fraterno, em nome do proletariado! Até a vitória sempre!" Depois disso, o que posso dizer? É o tipo de coisa que me faz lembrar dos meus 15 anos de idade. Só me resta repetir as palavras que meu pai me dizia quando eu era um adolescente enfezado, simpatizante de um obscurso grupúsculo trotskista: "Vai, meu filho... Faz o que tu queres, se é isso que te faz feliz..."

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