Novamente, Augusto Nunes abrilhanta este blog com sua inteligência e perspicácia. Mais uma denúncia certeira da chanchada em que se transformou a política externa brasileira sob a batuta dos petralhas e esquerdiotas de plantão. Estes transferiram para Israel o ódio recalcado que sentem pelos EUA, esquecendo-se, como ocorre com mentes paralisadas pelo fanatismo antiamericano, que o primeiro está muito longe de ser um mero títere do último. Ao contrário deles, esquerdopatas, que alegremente se prestam ao papel de tocadores de tuba e chefes de torcida dos chávez e castro da vida.
Esses são dias tristes para o Itamaraty, outrora um lugar de excelência. Felizmente, porém, há quem esteja atento.
P.S.: Outro dia falei aqui da "Síndrome de Brüno", que tomou conta da diplomacia lulista, numa referência ao personagem impagável de Sacha Baron Cohen, que vai à "Terra Média" (o Oriente Médio) para "fazer a paz" entre palestinos e israelenses e ficar famoso. Na "Terra Média" de Lula e Marco Aurélio Garcia, o obstáculo à paz são os israelenses, não o Hamas e o Irã. E ainda se apresentam como "mediadores" no conflito em que têm lado. Em matéria de coisas ridículas, Brüno é um amador. Os petistas o deixam no chinelo.
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OS CULPADOS SÃO SEMPRE OS OUTROS
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“Quem sabe a divergência entre Estados Unidos e Israel seja a coisa mágica que faltava para se chegar a um acordo”, entusiasmou-se o presidente Lula nesta quarta-feira, declamando o que lhe sopraram Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. ”Em fala tão breve, boçalidade tão longa, que reafirma o que o pior do antiamericanismo pode produzir”, resumiu meu amigo e vizinho Reinaldo Azevedo, sempre em ótima forma.
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“Quem sabe a divergência entre Estados Unidos e Israel seja a coisa mágica que faltava para se chegar a um acordo”, entusiasmou-se o presidente Lula nesta quarta-feira, declamando o que lhe sopraram Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. ”Em fala tão breve, boçalidade tão longa, que reafirma o que o pior do antiamericanismo pode produzir”, resumiu meu amigo e vizinho Reinaldo Azevedo, sempre em ótima forma.
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A frase contém mais cretinices do que sugere uma leitura ligeira. Não se limita a informar que, para Lula, o eventual esgarçamento dos laços históricos entre os dois parceiros encerraria a crise no Oriente Médio. Também confirma que a atual política externa brasileira é um conjunto de ações internacionais contrárias aos ianques e seus aliados, ou favoráveis a quem hostiliza os Estados Unidos e seus amigos.
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Deformado por esse antiamericanismo de grotão, o olhar de Lula é tão imparcial quanto opinião de mãe de candidata a miss. O Oriente Médio visto pelo monoglota militante é uma região pertencente a nações companheiras cercadas por uma província palestina rebatizada de Israel por invasores judeus. Para chegar-se à paz, o mais forte deve render-se ao vizinho sem chances no confronto militar. E qualquer acordo começa pelo enquadramento do Grande Satã do planeta, porque da crise no Oriente Médio ao primitivismo da América Latina, fora o resto, é tudo culpa dos americanos.
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“Eu disse ao Bush e tenho dito a todo o governo americano que está na hora deles apresentarem uma política sadia e objetiva para a América Latina, os Estados Unidos nunca fazem nada para ajudar os pobres”, lamuriou-se Lula no ano passado, na reunião do clube dos cucarachas em Trinidad-Tobago. De novo, a comparação com um trecho do discurso lido no mesmo encontro pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, é perturbadora para o Brasil que pensa.
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“Quase sempre culpamos os Estados Unidos por nossos males passados, presentes e futuros”, constatou o ganhador do prêmio Nobel da Paz. ”Não creio que isso seja de todo justo. Em 1950, cada cidadão norte-americano era 4 vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, é 10, 15 ou 20 vezes mais rico. Não por culpa dos Estados Unidos. A culpa é nossa. Não podemos esquecer que pelo menos até 1750 todos os americanos eram praticamente iguais: todos eram pobres”.
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“Alguma coisa fizemos de errado”, ensinou Arias já no título do discurso. Lula continua achando que foi tudo culpa dos americanos ─ isso quando está longe do Brasil. Nos palanques domésticos, não para de cumprimentar-se por ter reconstruído um país devastado por todos os antecessores, principalmente FHC. São todos brasileiros.
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Os culpados, afinal, são nativos ou estrangeiros? Qual dos discursos é o verdadeiro? Nenhum, sabe quem tem mais de dez neurônios.
Um comentário:
Acho interessante o fato de que você preza pelo Nobel de Arias e zomba do Nobel de Obama, isso mostra o quão equilibrado você é em suas reflexões.
Você acredita mesmo então que os Americanos não tem nenhuma responsabilidade com o que acontece na America Latina, eles são vitima de um pensamento esquerdista que não encherga a imconpetencia do proprio umbigo?
Citando somente o comercio internacional, os EUA e a UE possuem centenas de salvaguardas com os produtos brasileiros, são sobretaxas que tornam nosso produto praticametne inconsumiveis no exterior, isso sem tocar no assunto do algodão no qual os produtores locais são subsidiados pelo governo ou até nosso Etanol. Em contrapartida este ano as medidas governamentais causaram estranheza ao sobretaxar as importações americanas.
Me deti apenas na área comercial veja o porque os americanos enriqueceram tanto, você conhece a historia a partir da 2 guerra mundial e assim como todos sabe porque os americanos prosperaram tanto, as custa de que, de quem e quantos povos explorados, e no mais Costa Rica é quintal americano e todos sabemos disso.
Seu leitor anonimo.
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