quinta-feira, fevereiro 25, 2010

LULA, OS CASTRO, O CADÁVER E UM FESTIVAL DE MENTIRAS


OS ASSASSINOS E SEUS CÚMPLICES
Da esquerda para a direita (mas não no sentido ideológico):
O Primer Hermano, O Líder Global, o Coma Andante e Franklin Martins, ex-chefão do MR-8.
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Há momentos em que é até difícil dizer alguma coisa.

A sensação de asco, de nojo mesmo, diante de certos fatos - e de certas declarações de certos personagens - é grande demais para ser expressa em palavras.

Mesmo assim, vou tentar traduzir, em toques de teclado, minha repulsa, até mesmo física, àquilo que qualquer pessoa com um mínimo de decência só pode considerar um espetáculo grotesco e um exercício de cinismo sem paralelo. Uma das maiores demonstrações de canalhice e de menosprezo pela dignidade da vida humana que jé tive a duvidosa oportunidade de presenciar.

Estou me referindo, claro, ao ASSASSINATO - esta é a palavra: assassinato - do preso político Orlando Zapata Tamayo, morto após mais de 80 dias de greve de fome em uma fétida prisão cubana. O fato está nos jornais. Tamayo morreu em protesto pelas constantes torturas que sofreu, e que continuaram durante a greve de fome - seus rins pararam de funcionar, depois que lhe foi negada água pelos esbirros da ditadura. Ele estava condenado a mais de 30 anos de prisão por lutar pelos direitos humanos na ilha-presidio.

O que disseram os companheiros Raúl Castro e Lula, diante de mais esse crime perpetrado pela ditadura cubana? Raúl adiantou-se aos repórteres - ele já sabia o que iam perguntar, como sói acontecer em um país sob uma tirania totalitária, sem imprensa livre -, e tratou logo de achar um culpado para mais essa morte: ele culpou os... EUA! Isso mesmo: segundo ele, a culpa por Tamayo e mais 74 cubanos terem sido presos e condenados a longas penas em 2003 por pedirem liberdade na ilha-cárcere é do Tio Sam... Fez mais e, somando o cinismo à infâmia, "lamentou" a morte... Como deve ter lamentado os cerca de 100 mil mortos pelo regime castrista desde 1959, dos quais 17 mil fuzilados. Como deve ter lamentado os mais de 50 anos de opressão castrista, sob os quais sobra repressão e falta até papel higiênico. Culpa dos EUA, claro...

O que mais me irrita é que esse discurso vigarista, por mais incrível que possa parecer, tem ouvintes! Sim, senhor: há quem acredite, até de boa-fé, que tudo de ruim que ocorre em Cuba há mais de 50 anos, a começar pela própria ditadura, é culpa dos EUA, que foi a Casa Branca que arrastou a ilha para o comunismo... Há quem creia - e são pessoas que são tidas como ponderadas, racionais - que Cuba só é o que é porque os EUA fizeram isso ou aquilo... Raúl Castro chegou a dizer que o país só não tinha imprensa livre porque os EUA não queriam! Já escrevi bastante sobre essa balela deslavada, uma das maiores lorotas de todos os tempos, e que só se sustenta por um antiamericanismo estúpido e pela devoção irracional a uma tirania.

Lula, claro, não perdeu a oportunidade de ser Lula. Em entrevista aos repórteres, "o Cara", o "Líder Global" dos branquelos de Davos culpou a própria vítima, "que se deixou morrer", e negou que tenha recebido qualquer carta dos dissidentes políticos para que fosse recebê-los... Nem precisaria: bastaria ele, Lula, dizer uma ou duas palavras sobre democracia e direitos humanos. O mundo inteiro, inclusive velhos parceiros da ditadura cubana como a Espanha, condenaram a morte de Tamayo e exigiram a libertação dos presos políticos em Cuba. O mundo inteiro, menos Lula. Ele certamente não fará isso, pois está muito ocupado defendendo sanções contra Honduras e intercedendo em favor do Irã...

O que dirão os companheiros petistas, tão sensíveis aos direitos humanos no Brasil, diante de mais essa demonstração quase inacreditável de boçalidade e desprezo pela vida humana? O que diriam se, digamos, os generais Médici ou Pinochet viessem a público "lamentar" a morte de um opositor político pelas mãos da repressão, ou culpassem, sei lá, a União Soviética pelo fato? O que diriam se um visitante, supostamente identificado com a causa da democracia, se encontrasse com seus algozes e aparecesse perante os repórteres dizendo que não recebeu os dissidentes, porque afinal estes não lhe enviaram uma carta protocolada em três vias solicitando uma audiência? Ficariam indignados e o chamariam, no mínimo, de cúmplice de assassinato. E com toda razão.

Tamayo não foi o primeiro dissidente a morrer após uma greve de fome em Cuba. Durante a ditadura militar no Brasil, prisioneiros políticos chegaram a fazer greve de fome, mas não houve nenhuma morte. E muitos deles eram condenados por ações como terrorismo, o que não era o caso de Tamayo. Mesmo assim, não falta quem, ainda hoje, trema de indignação diante das arbitrariedades do regime militar, mas feche os olhos, ou mesmo justifique, o que se passa em lugares como Cuba.
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O clube mais numeroso do mundo é o dos inimigos das ditaduras passadas e amigos das ditaduras presentes. Não sei quem disse isso, mas é a mais pura verdade. Eu poderia dizer que se trata somente de duplo padrão moral e covardia, mas é mais do que isso: é associação com o crime. É cumplicidade com a opressão.

A maioria da humanidade, quero crer, acredita que até a mentira tem limites. Não Lula. Não os Castro. A mentira, para eles, os totalitários, é apenas um modo de vida. É a sua essência. Sua razão de viver.

O cadáver de Orlando Zapata Tamayo, assim como os dos 100 mil mortos pela ditadura comunista de Cuba, irá assombrar para sempre a consciência (se é que a têm) de Lula e de seus companheiros petistas, como Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins. Essas mortes, foi eles também que as causaram. Esses cadáveres tambem lhes pertencem. Devem ser colocados em sua conta.

Melhor parar por aqui. Pensar nas barbaridades ditas por Castro e por Lula já está me revirando o estômago. A coisa toda já está fedendo à podridão, a pus, a sangue, à morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

FOTO MACABRA.
A HISTÓRIA SE ENCARREGARÁ DE JOGÁ_
LA NO LIXO.
QUEM VIVER,VERÁ!