quinta-feira, junho 10, 2010

A VERDADEIRA CARA DOS "PACIFISTAS". OU: OS COMPANHEIROS DE VIAGEM DO TERRORISMO


Insisto na imagem acima. Faço questão de mostrá-la aqui, mais uma vez. Ela vale por mais de mil palavras. Mais até do que o video, que todos viram, que mostra claramente os "humanistas" do navio turco atacando e tentando linchar os soldados israelenses em 31/05. Observem a imagem com atenção.

A foto mostra, da esquerda para a direita, o cidadão turco Bület Yildirim e o palestino Ismail Haniah. Eles estão confraternizando, ao que parece Yildirim está recebendo uma placa ou algo assim das mãos de Haniah (ou entregando, não importa). Yildirim, embora não seja palestino, está usando um kafieh, o tradicional echarpe usado pelos palestinos, com a inscrição "Free Gaza Palestine", em inglês.

Quem são os dois cavalheiros na foto acima? Comecemos por Bület Yildirim. Ele é o fundador e presidente da "ONG" turca IHH, responsável pela organização da "flotilha humanitária" que tentou furar o bloqueio naval a Gaza e que foi interceptada, com os resultados que todos conhecemos, pela Marinha israelense. Um humanista, como se vê. .

E Ismail Haniah? É o presidente do Hamas. O Hamas é uma organização terrorista palestina apoiada pelo Irã de Mahmoud Ahmadinejad e que, assim como seu patrocinador iraniano, jurou varrer Israel do mapa. Foi criada no final dos anos 80, em oposição aos acenos da OLP de Yasser Arafat em direção à paz com Israel. Quando Arafat e Israel assinaram um acordo de paz, em 1993, o Hamas se opõs com violência, literalmente, desencadeando uma campanha de atentados terroristas com homens-bomba contra a população israelense, o que contribuiu para o naufrágio do processo de paz na região. Em 2006, um ano depois de os israelenses terem se retirado da região, o Hamas chegou ao poder na Faixa de Gaza, primeiro por meio de eleições, depois por um golpe de Estado. No golpe, os rivais do Hamas no movimento palestino, os militantes do Fatah, foram caçados pelas ruas e assassinados. Algumas fotos:

Atentado do Hamas a um ônibus lotado de passageiros israelenses, Jerusalém, 25/02/1996: 25 mortos e 80 feridos.




Bomba do Hamas em restaurante em Tel-Aviv, 17/04/2006: 11 mortos.


Desde que chegou ao poder em Gaza, o Hamas de Ismail Haniah tem intensificado os ataques com foguetes a alvos civis israelenses, que provocaram, inclusive, a guerra com Israel, em fins de 2008. Também tratou de impor, no território por ele dominado, a sharia, a lei islâmica, submetendo a população palestina de Gaza a um regime de terror religioso - uma antevisão do que pretende estender a todo o território de Israel e da Palestina caso um dia sejam vitoriosos. Nas escolas de Gaza, administradas pelo Hamas, crianças de seis anos de idade são ensinadas por uma versão local do Mickey Mouse a odiar os isralenses e a jurar matar os judeus. Foi para impedir os extremistas do Hamas de receber armas que Israel estabeleceu, em 2007, o bloqueio a Gaza, que a "ONG" IHH de Bület Yildirim tentou furar.

O Hamas não quer a paz. Quer a guerra, a eliminação do Estado de Israel. Não quer saber da solução de dois Estados - um israelense, um palestino - convivendo lado a lado. Quer, isto sim, aniquilar Israel e estabelecer uma teocracia islâmica em seu lugar, semelhante a do Irã. Essas verdades são tão evidentes que me dá até uma certa vergonha repeti-las. O que explica, então, a foto em que seu chefe máximo, Ismail Haniah, aparece ao lado do "humanista" Bület Yildirim? O que explica as ligações entre a IHH e o Hamas? E por que raios quase ninguém se lembrou disso nos últimos dias?

A resposta para as duas primeiras perguntas, mesmo correndo o risco de parecer repetitivo, está na cara, só não vê quem não quer (ou quem já está totalmente cego, surdo e idiotizado pelo ódio antissionista): a tal "flotilha da liberdade" organizada pela "ONG" turca com laços com o Hamas não tinha nada de "humanista" ou "pacifista". Pelo contrario: era tão-somente uma provocação; seu objetivo não era entregar comida e remédios aos palestinos, mas sim armar uma armadilha para criar um incidente internacional passível de exploração propagandística contra Israel. A oportunidade surgiu quando os soldados israelenses interceptaram um dos barcos, com o objetivo de inspecionar a "carga humanitária". Foi aí que os "pacifistas" entraram em ação, caindo de pau em cima dos israelenses. Com que finalidade? Provocar uma reação dos militares, que, pegos de surpresa, ameaçados de linchamento, não tiveram outra saída senão se defender da maneira como soldados são treinados para fazê-lo. Tendo alcançado o que queriam - nove mortos, mais dezenas de feridos, inclusive do lado israelense -, a tropa de choque anti-Israel pôde, então, posar de vítima e colher os frutos de mais essa vitória no terreno da propaganda e da guerra psicológica - imediatamente, antes que o episódio fosse esclarecido, a "opinião pública mundial" se insurgiu contra a "brutalidade" e a "truculência" de Israel, exigindo o fim imediato do bloqueio à Faixa de Gaza.

E o Hamas nisso tudo?, poderiam perguntar. O Hamas pratica essa tática há anos, apenas com menos sutileza: em todos os seus atentados, como nos mísseis lançados contra Israel, seus assassinos fazem questão de envolver a população civil, infiltrando-se entre ela, com o objetivo de levar Israel a uma reação sangrenta. Foi assim que agiram na última guerra na região, em 2008/2009, quando usaram até não poderem mais a população civil de Gaza - de preferência velhos, mulheres e crianças - como escudos humanos e chamarizes da represália israelense. Os terroristas só têm a ganhar com isso, assim como os "pacifistas" do Mavi Marmara só tinham a ganhar ao atacar os soldados com facas, canos de ferro e tiros. Por quê? Porque a "causa" dessa gente É IRRIGADA COM SANGUE INOCENTE. Só isso.

Mulher-bomba do Hamas antes de entrar em ação. Note o olhar da criança, ansiosa para chegar ao "paraíso" e levar alguns "infiéis" consigo.

Manifestação do Hamas. Note como eles cuidam bem das crianças...

É impressionante como quase ninguém percebeu o tamanho da farsa. É impressionante como quase ninguém se deu conta de que, por trás das manifestações de "indignação" contra o "ataque" israelense, estavam as mesmas forças, e os mesmos interesses, que alimentam o terrorismo islamita. Caíram, quase todos, em um imenso golpe de propaganda anti-Israel, sem se dar ao trabalho de ligar os pontos ou de sequer ver o que os videos mostram em detalhes. Formou-se uma imensa frente única anti-isralense, que foi do Hamas (que quase ninguém lembrou que existe) ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Nem a VEJA escapou.

O tamanho da farsa fica mais evidente a cada dia. Pouco depois da desastrada interceptação isralense - que, por ter sido desastrada, nem por isso deixou de ser necessária -, a mesma Marinha de Israel interceptou outro navio do "comboio humanitário", que havia ficado para trás, tripulado por ativistas irlandeses. Dessa vez, não houve nenhum morto, nenhum ferido. Pelo simples motivo de que os soldados não foram recebidos, como sucedeu no Mavi Marmara, com facas e porretes. Em vez disso, os 20 ativistas a bordo do Rachel Corrie aceitaram a inspeção e o barco foi escoltado até o porto de Ashdod, de onde a carga, devidamente inspecionada, seguiu para Gaza. Mas isso, claro, não rendeu manchetes. Em outro incidente, quatro militantes do braço armado do Fatah, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel quando se aproximavam, em um bote, da área de Gaza sob bloqueio. Segundo o Fatah, eles estavam em "treinamento". O que "treinam" exatamente os membros do braço armado de um movimento político, ainda mais dentro de uma área militarmente bloqueada? Certamente, não é como lançar flores ao mar.

Um detalhe importante: a bordo do navio irlandês interceptado pela Marinha israelense estava Mairead Corrigan Maguire, Prêmio Nobel da Paz de 1976 por seus esforços pela paz entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte. O próprio nome do navio - Rachel Corrie - faz homenagem a uma militante pacifista que morreu esmagada por um trator ao tentar impedir a demolição de casas palestinas. Isso seria uma "prova", na visão de muitos, de que o comboio era "humanitário". Pois eu pergunto: o que fazia uma ganhadora do Nobel da Paz num comboio de amigos do Hamas? E ainda mais num navio com nome de heroína pacifista? Responda quem puder.
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Aqui é que entro na questão principal deste texto. Acredito que Mairead Maguire seja uma pacifista legítima, que realmente crê no diálogo entre os homens de boa-vontade para resolver os problemas do mundo. Como acredito, também, que havia pacifistas genuínos a bordo dos demais navios. Quero acreditar, aliás, que haja membros da "ONG" turca IHH que sejam verdadeiros amantes da paz e que Iara Lee, a brasileira que fez parte da presepada, também seja, vá lá, uma seguidora de Gandhi e de Martin Luther King. Mas isso só torna mais surreal o fato de terem embarcado, literalmente, na nau dos insensatos. Como o video da Marinha israelense revelou, a recepção aos soldados israelenses não foi nada pacífica. Tampouco Ismail Haniah é um manso cordeiro e uma pomba da paz. Repito: o que pacifistas, sinceros ou não, faziam num comboio de amigos do Hamas? .

Do mesmo modo como os fanáticos do Hamas se infiltram entre os civis palestinos com a intenção de provocar Israel e causar um banho de sangue, os "pacifistas" da IHH usaram os demais ativistas a bordo para criar mártires. Entre os militantes e tripulantes dos navios, havia um bebê de colo. O que leva alguém a levar um bebê a uma zona de guerra? Amor pela humanidade?

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Militante do Hamas em ação contra forças de Israel. Notar a "carne barata" atrás do bravo combatente. Comparem com o que aconteceu a bordo do Marvi Marmara.



"Forças de segurança" do Hamas prendem militante do rival Fatah, em 2007. É assim que agem os "humanistas" do Hamas.
Tentei chamar a atenção de algumas pessoas com quem procurei debater nesses últimos dias para esses fatos, assim como para a ligação da IHH com o Hamas. Em vão. Nessa questão do Oriente Médio, a racionalidade parece ter tirado férias. O "mundo" já decidiu, há tempos, que Israel está sempre errado, não importa o que faça. Uma das respostas que recebi foi que a ação israelense, como o próprio bloqueio, se dirige contra a totalidade dos palestinos, e não contra o Hamas. Inútil lembrar que é exatamente isso o que os genocidas do Hamas desejam que todos pensem, usando sua própria população como escudos humanos. Para os adoradores da morte, a carne dos civis palestinos é barata. Assim eles conseguem mobilizar o "mundo" contra o inimigo e ainda por cima fazer pose de vítimas. Pelo visto, com a ajuda, consciente ou não, de quem cultiva um ódio irracional antissionista, quando não abertamente antissemita, estão conseguindo. Não ficaria surpreso se eles conseguirem convencer a todos que são Madre Teresa de Calcutá.
E agora volto aos pacifistas a bordo do "comboio humanitário". Das duas uma: ou eles não sabiam o que estavam fazendo, logo são idiotas úteis, ou sabiam, e nesse caso são mais do que simplesmente ingênuos a serviço de uma causa que desconhecem: são cúmplices do terror. Quem souber uma terceira opção, por favor a apresente.
Na época da Guerra Fria, uma expressão que ficou famosa para designar idiotas úteis, incautos que, por excesso de idealismo ou ingenuidade - ou as duas coisas juntas -, colocavam-se, sem o saber, ao lado do totalitarismo comunista contra a democracia, era "companheiros de viagem". Poucas vezes essa expressão ajustou-se tão bem aos pacifistas que, por qualquer motivo que seja, aceitaram fazer parte de mais essa gigantesca farsa contra Israel.
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E só para terminar: quantas vezes você viu a foto acima mostrada na imprensa, na última semana?

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O chefe do Hamas, Ismail Haniah (o mesmo da foto lá de cima), em um momento de pura ternura e humanismo: mais um futuro mártir para Alá...
P.S.: Tenho certeza de que os adoradores do ódio, ou simples almas ingênuas, sentindo-se talvez indignados com as imagens acima, descartarão o texto e bombardearão este escriba com links para sites mostrando fotos aterradoras de "atrocidades israelenses" contra "o povo palestino" etc. Nos links, deverá constar, sem dúvida, alguma foto de uma criança palestina morta e a frase "este era um terrorista?" etc. etc. Se estão planejando isso, sinto desapontá-los. Poupem seu tempo, e o meu também. Já conheço todos os truques desse pessoal. Para me desacreditar, não é preciso fazer uso de nenhum recurso gráfico: basta responder alguma das questões colocadas acima. Se conseguirem me convencer, com fatos e lógica, que estou errado, que Israel não tem o direito de se defender, então me disponho a embarcar no primeiro "comboio humanitário" a Gaza que aparecer. Organizado ou não por amigos do Hamas. Tentem fazê-lo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Então fascinante este blog está bem posicionado.........bom estilo:)
Muito Bonito Continua deste modo !