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Pergunta: Quem se recusa a reconhecer o direito de um povo existir como Estado e jurou exterminar sua população, contando inclusive com o apoio de "ONGs" como a turca IHH?
Resposta: O Hamas, o Hezbollah, a Jihad islâmica, o Irã, a Al-Qaeda...
Digamos que o soldado Jacob odeia os palestinos tanto quanto o militante do Hamas Ahmed odeia Israel. Vamos admitir, por um momento, que isso seja verdade. É provável que, entre 100 mil soldados das Forças de Defesa de Israel, haja um ou outro que tenha idéias genocidas, assim como deve haver psicopatas e genocidas em potencial no Exército brasileiro. O que isso prova em relação à política do Estado de Israel?
Já no caso do Hamas, não se pode falar em psicopatas isolados, em este ou aquele indivíduo com problemas psiquiátricos. Trata-se de uma organização, um movimento, que tem na destruição total de Israel e no massacre de seu povo uma questão de honra, uma bandeira de luta. Mais uma vez: o que isso tem a ver com a política de Israel em relação aos palestinos?
"Carlão" afirma que, se um soldado israelense tiver a chance de matar palestinos, o fará com certeza. Pois bem: soldados israelenses têm a chance de matar palestinos - na verdade, de promover um massacre - todos os dias. Por que não o fazem? Os soldados israelenses tiveram a chance de matar todos os setecentos e tantos ativistas da "ONG" pró-Hamas nos navios que interceptaram. Poderiam ter metralhado todos a partir dos helicópteros. Em vez disso, primeiro alertaram os barcos e, como mostram os videos, desceram com cordas e só dispararam depois que foram atacados, tendo dois deles inclusive sido feridos a tiros. Se os israelenses odeiam tanto os palestinos quanto o Hamas odeia os judeus, por que, em vez de dez, não houve, sei lá, uns 700 mortos?
Acho que fui suficientemente claro. Mais que isso, só desenhando.
Pode-se criticar Israel. Pode-se, inclusive, questionar o bloqueio a Gaza, assim como o muro na Cisjordânia, com honestidade e inteligência. Muitos no próprio governo e na imprensa israelenses fazem isso. Mas, para que tal ocorra, é preciso reconhecer um fato fundamental, que não vi ninguém até agora lembrar no caso do incidente com a tal "ONG" turca: Israel é um Estado ameaçado de destruição, e os que juraram destruí-lo estão no poder na Faixa de Gaza. Ao interceptar a flotilha e impedir que esta furasse o bloqueio, o país estava se defendendo. Ignorar esse fato é o mesmo que assinar embaixo do terrorismo do Hamas. É justificar a barbárie.
- Furar um bloqueio militar, ainda mais para dar "ajuda humanitária" a uma região controlada por um grupo terrorista e genocida, é uma "ação pacífica"?
- Se uma ONG de defesa dos direitos humanos resolvesse organizar um comboio de ajuda humanitária ao povo do Irã, ou de Cuba, ou da Coréia do Norte, o que aconteceria? Quando algum desses governos impedisse a ONG de fazê-lo, o clamor mundial seria o mesmo?
- Por que a "flotilha da liberdade" não tentou furar o bloqueio à Faixa de Gaza pelo lado egípcio?
Quem se habilita?
Um comentário:
Ok, ok! Pra começo de conversa você toma a parte pelo todo. Fala como se todo palestino apoiasse a política do Hamas e ao invés de querer paz e dignidade, quisesse destruir Israel e promover uma "guerra sangrenta destruindo todos os israelenses", como você mesmo disse. No entanto, não me parece que todo palestino apoie a violência promovida pelo Hamas, assim como não me parece que todo israelense seja a favor do bloqueio promovido pelo governo de Israel. Ilustremos tal fato com uma imagem contrária a situação.
Imagine que um judeu more numa simples casa. Chega um palestino bem forte e arranca o judeu de casa e passa a morar na casa. Anos mais tarde, o palestino devolve a casa ao judeu, mas diz que este não deve mais sair da casa e que todo o acesso a esta será pelo palestino controlado, não podendo o judeu fazer nada que deseje sem a concordância do palestino. O que você se fosse o judeu faria? Ficaria parado sem nada fazer? Atacaria o palestino? Chamaria um amigo mais forte pra espancar o palestino? Ou qualquer outra coisa?
Agora transportemos a imagem para o real. A casa é a Faixa de Gaza, quem mora nela é o povo judeu sem ter um Estado consolidado e no lugar do Estado de Israel existe um Estado Palestino que devolveu a Faixa de Gaza ao povo judeu ao mesmo tempo que controla o acesso a esta.
Todos os papéis estão trocados no exemplo dado. Minha pergunta é se neste caso você apoiaria o bloqueio palestino aos israelenses ou defenderia o povo judeu que tanto já sofreu nesta vida.
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