sexta-feira, junho 04, 2010

UMA QUESTÃO

"Carlão" escreve. Eu, como sempre, respondo. (Sobre meu post "pergunte que eu respondo - II"):
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Você foi bastante claro. Mas, como na Faixa de Gaza não mora só o Hamas, julgo que não é apenas a parte (o Hamas) que sai prejudicado com o bloqueio, mas sim o TODO (o que infelizmente inclui o resto dos palestinos).
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Entendi. Então o bloqueio prejudica não somente os fanáticos do Hamas (que controlam Gaza com a sharia, a lei islâmica, e o terror desde 2006), mas o "todo", ou seja, o povo palestino etc. Logo, o bloqueio é injusto etc. e tal.
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Seria interessante especular sobre o que deve fazer um país que está sob ameaça direta de destruição diante de um inimigo genocida que toma o controle em uma região contígua à sua fronteira, e que passa então a usá-la como base para lançar ataques diários contra sua população. Deveria ignorar essa ameaça, renunciando a qualquer ação de força, para ficar bem diante da opinião internacional e não ser acusado, sei lá, de "tomar a parte pelo todo"? Estou curioso para saber o que o "Carlão" sugeriria. Mas deixa pra lá. Vou citar só um exemplo, que acho suficientemente claro:
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De 1990 a 2003, a ONU manteve fortes sanções ao Iraque, com a finalidade de enfraquecer o regime genocida de Saddam Hussein. As sanções da ONU, que valeram como um bloqueio, penalizaram principalmente a população iraquiana. A mesma ONU que hoje exige que Israel levante o bloqueio a Gaza. Curioso, não?
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Além do mais, essa história toda do "comboio humanitário" mostrou que Israel, ao contrário do Hamas, sabe, sim, separar a "parte" do "todo". Os israelenses se propuseram a enviar eles mesmos a "ajuda humanitária" da tal "ONG" turca pró-Hamas a Gaza. Mesmo com a região dominada pelo Hamas, que exerce um bloqueio pelo terror sobre a população palestina (como bem sabe o Fatah), o cruel e perverso Israel sugeriu que a carga fosse desembarcada em um porto próximo e despachada, depois de devidamente vistoriada, para a região. Mas o que fizeram os "pacifistas"? Disseram não e armaram uma provocação, que terminou, de forma desastrada, em uma cena de sangue. Que bela "missão humanitária" essa, heim?
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Apenas um parêntese: no último post, escrevi exatamente que era esse mesmo tipo de mentalidade ("eles estão contra os palestinos como um todo" etc.) que os inimigos jurados de Israel, como o Hamas, querem que todos tenham. Parece que, com a ajuda de certos "humanistas" e idiotas úteis, estão conseguindo enganar muita gente.
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Sei que o "Carlão" não vai responder nenhuma das perguntas que fiz até agora. Mesmo assim, vou me arriscar a fazer mais uma. Vamos lá, Carlão, tente responder:
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- Afinal, por que é que existe o bloqueio a Gaza mesmo?
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