Já seria desonestidade intelectual suficiente querer que um erro justificasse o outro se o caso do "educado empresário que roubou 1,5 bilhão de reais de um país carente como o Brasil" não tivesse absolutamente nada a ver com o do facínora Battisti. O empresário de que fala o leitor, presumo, é o ex-dono do falido Banco Marka, Salvatore Cacciola, preso pela Interpol em Mônaco e extraditado para o Brasil, onde cumpre pena por fraude. Pois bem. Não conheço os detalhes do caso, mas sei que Cacciola, ao contrário de Battisti, tem dupla cidadania (brasileira e italiana). Logo, pela Lei, não poderia ter sido extraditado da Itália, para onde fugiu para escapar à prisão no Brasil. Battisti, ao contrário, foi presenteado por Tarso Genro com o status de refugiado político! Por ter matado 4 pessoas! E por ser de esquerda!
Isso mostra que Cacciola é inocente, ao contrário de Battisti? NÃO! Mostra apenas que ambos são criminosos, mas cada caso é um caso. No de Cacciola, havia uma questão legal que impedia sua extradição da Itália. No de Battisti, nem isso. Em um caso, seguiu-se estritamente o que está na Lei, tanto de cada país quanto internacional. No outro, o que houve foi um critério simplesmente ideológico para conceder refúgio político a um assassino de esquerda.
Dizer - ou insinuar que -, ao não nos devolver Cacciola, a civilizada Itália estaria nos dando motivos para "responder a eles na mesma moeda" demonstra, além da óbvia visão deturpada típica dos ressentidos (afinal, é a Itália, um país rico, de gente branca, muitos de olhos azuis, como diria o Apedeuta), um senso de justiça completamente torto. A Itália cumpriu a Lei, ao contrário de Tarso Genro.
Em resumo, segundo o leitor, se a Itália cumpriu a Lei e não extraditou um ex-banqueiro corrupto, o Brasil, para dar o troco, deveria fazer o mesmo com um terrorista e virar um valhacouto de bandidos e assassinos. Ora, tenham santa paciência!
A propósito: também acho que o 1,5 bilhão que Cacciola roubou do Brasil fez falta à saúde etc., assim como os milhões roubados pela quadrilha petralha no poder, com seus esquemas de mensalões e sanguessugas. Quando será que estes irão ver o sol nascer quadrado?
Um comentário:
Ora, Gustavo, a resposta é deveras simples, amigo: estamos à mercê dos ensinamentos politicamente correto!
Assim como já não mais se pode falar favela, mas comunidade carente, bicha ou veado, mas "gay" ou homossexual, preto ou negro, mas afro-descendente, também não é possível pensar nas diferenças entre os crimes...
Veja você, por exemplo: os esquerdistas não permitem que se diga que a ditadura brasileira foi muito menos maléfica - embora qualquer ditadura o seja - que as ditaduras do restante da América do Sul que existiram no mesmo período, uma vez que não concordam com o princípio da proporcionalidade para tais casos.
Porém, a im de condenar Israel durante a guerra empreendida contra os terroristas do Hamas, usam e abusam deste mesmo princípio: a guerra movida por Israel contra aqueles terroristas deveria ter sido proprocional e "apenas" pouco mais de 1300 foguetes deveriam ter sido lançados.
Assim, os militontos fazem o que Lavrenty Pavlovich Beria, ministro do Interior e marechal da União Soviética durante a ditadura de Stalin: a "cura mental", uma espécia de ciência que ele denominou de psicopolítica, usada como uma arma para dominar os incautos, os frustrados, os necessitados de ilusão - que, depois, foi muito expandida pelas idéias de Antônio Gramsci.
Pavlovich dizia, entre outras coisas, que os "militontos" deviam:
- trabalhar para que todos os profissionais e professores somente professem a doutrina de 'cura' originária no comunismo e nos nossos propósitos;
- trabalhar para que tenhamos o domínio das mentes e dos corpos de todas as pessoas importantes de vossa Nação;
- conseguir tal descrédito pelo estado de insanidade e tal convicção sobre seu pronunciamento que nenhuma autoridade governamental assim estigmatizada possa novamente ter o crédito de seu povo;
- alterar para sempre a devoção de um soldado, de um governante ou de um líder em seu próprio país;
- Usem as Cortes, usem os juízes, usem a Constituição do país, usem as sociedades médicas e suas leis para ampliar nosso fim. Tudo vale na nossa campanha para implementar e controlar a ‘cura mental'; para disseminar nossa doutrina e para nos vermos livres dos nossos inimigos.
Estas são as idéias que estão sendo inculcadas em pessoas como o Marcos Cunha: o socialismo, como pregado pelo PC do B em sua propaganda política, é que traz a grande felicidade ao mundo e o restante das coisas, como a liberdade individual, por exemplo, que a sociedade capitalista e democrática sempre tentou preservar, são a infelicidade da humanidade.
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