A calúnia de Apeles, de Sandro Botticeli (1494-5)
Quando digo que a capacidade da canhota de distorcer fatos e produzir pretextos oportunistas para atacar todos aqueles que não concordam com seus dogmas (isto é: a "direita") é realmente sem limites, acreditem, não estou exagerando.
A última da sinistra foi a manipulação descarada da realidade em seguida ao massacre pavoroso de cerca de 80 pessoas por um maníaco psicopata na Noruega. Não haviam passado nem 24 horas e a grande imprensa já estava culpando a "extrema direita cristã fundamentalista" pelo morticínio. De repente, qualquer um que tivesse críticas a fazer ao marxismo e ao multiculturalismo passou a ser tratado como cúmplice de mais essa chacina. Um cretino anônimo até postou um comentário em outro post meu praticamente me acusando de querer fazer o mesmo...
Deduzi, na hora, que iriam se fartar com a coisa, aproveitando para criar um caso e tentar manipular a opinião pública. Iriam mentir mais uma vez, confiando na ignorância e na ingenuidade alheias para ver se cola.
Acertei na mosca. De novo.
Antes de entrar nos detalhes do massacre em Oslo, vale lembrar alguns casos parecidos ocorridos recentemente:
- No final do ano passado, uma deputada do Partido Democrata foi ferida gravemente a tiros por um louco nos EUA; os devotos de Obama acharam um jeito de culpar o Tea Party e a Sarah Palin pelo ocorrido.
- Há algumas semanas, um jornal inglês fechou suas portas depois que estourou um escândalo no Reino Unido que envolvia escutas telefônicas ilegais; houve quem se aproveitasse do episódio para criticar a "excessiva liberdade de imprensa".
- Alguns meses atrás, um débil mental entrou armado numa escola do Rio de Janeiro e abriu fogo contra os estudantes, matando vários; foi a deixa para que os defensores do "desarmamentismo" tentassem ressuscitar a idéia, rejeitada pela população brasileira em 2005.
Esses exemplos não são isolados: pelo contrário, demonstram um padrão, o mesmo que está sendo repetido agora no caso do serial killer norueguês. Trata-se da fábrica de mentiras e de calúnias da esquerda em ação. Os jornais estão descrevendo o atirador como um extremista de direita, antimarxista, antimuçulmano e anti-imigrantes. Uma espécie de Sarah Palin nórdico. A mensagem é: não é possível ser de direita, conservador, antimarxista e crítico do multiculturalismo politicamente correto sem sair por aí explodindo bombas e metralhando pessoas num acampamento de jovens...
Na verdade, não foram só as cerca de 80 pessoas mortas em dois ataques quase simultâneos as vítimas dessa explosão de insanidade: a lógica e o bom senso também. Dizer que o assassino de Oslo representa o pensamento de direita ou conservador é como afirmar que Hitler e Charles Manson representam os verdadeiros ideais liberais e antimarxistas. Ou seja: uma tremenda enganação e um atentado à inteligência, para dizer o mínimo.
Não é preciso ter um PhD em Ciência Política para perceber que o que está por trás de todo esse trololó ideológico é tão-somente mais uma tentativa de caluniar os inimigos da esquerda, seja na Noruega ou em outro lugar. Basta prestar atenção.
No manifesto que colocou na internet, o assassino confessa sua admiração pelo premiê russo Vladimir Putin, um ex-agente do KGB conhecido por seu pouco apreço pela democracia. Além disso, ele copiou trechos inteiros de manifesto semelhante escrito por Ted Kaczinsky, o Unabomber - um maluco que odeia a tecnologia e que aterrorizou os EUA durante anos com pacotes-bomba. Várias passagens parecem saídas diretamente de um texto da Al Qaeda, inclusive imitando o estilo dos terroristas islamitas. Uma das palavras que ele repete é "revolução". Convenhamos, não é exatamente um discurso típico de um liberal-conservador ou de um direitista. No mesmo manifesto, ao mesmo tempo em que se define como antimulticulturalista, anti-imigrantes e pró-Israel, ele se diz anti-racista e pró-homossexuais. Parece um cristão fundamentalista de direita?
Onde os esquerdiotas de plantão vêem extremismo de direita o que existe, na verdade, é muita confusão, tipica de mentes perturbadas. Basta lembrar que o sujeito cita, ao mesmo tempo, John Stuart Mill, Kant e Maquiavel... (A propósito, senhores esquerdistas e multiculturalistas: deve-se proibir esses autores?)
Apesar da manipulação que estão tentando fazer do caso, parece claro que o criminoso agiu como um assassino isolado, um lonewolf, e que toda a discurseira do próprio sobre sua suposta participação numa organização maior não passa de bravata típica de uma personalidade delirante. Nisso, aliás, os atentados geralmente atribuídos à "extrema-direita" costumam se diferenciar dos perpetrados por grupos jihadistas e de extrema-esquerda, que em geral costumam ser muito mais bem organizados, quase nunca ocorrendo de forma isolada.
Outra diferença fundamental é que os crimes da "direita" encontram sempre condenação imediata (inclusive de governos de direita como os de Angela Merkel e de Nicolas Sarkozy), enquanto que os demais sempre contam com quem os procure minimizar ou justificar, muitas vezes com os mais belos argumentos humanistas (como "resistência ao imperialismo", por exemplo). São os mesmos que condenam a "direita" como um todo pelos atos tresloucados de um assassino enlouquecido os que fazem de tudo para separar os atentados do Hamas e da Al Qaeda do Islã, atacando o "preconceito ocidental e anti-islâmico".
Há algum tempo, uma brasileira apareceu com marcas de faca nas pernas, alegando ter sido atacada por neonazistas na Suiça. Foi um deus-nos-acuda. Artigos foram escritos condenando a intolerância racial da direita contra imigrantes na Europa etc. Pouco depois, descobriu-se que tinha sido tudo uma farsa: os ferimentos tinham sido auto-infligidos pela suposta vítima, que certamente tem problemas psicológicos. Mas já era tarde. O "caso" já tinha sido criado. Uma jornalista da Folha de S. Paulo, tentando justificar a precipitação de grande parte da imprensa no episódio, disse que ele pode até não ter sido verdadeiro, mas tudo bem, porque era "verossímil"...
A tentativa de transformar Anders Behring Breivik em representante da direita é algo com que ele certamente concordaria. A exploração oportunista e imediatista dos fatos é incompatível com a honestidade e com a capacidade de pensar em termos mais abrangentes. Para quem tem interesse em contar pontos na guerra de propaganda, a verdade é apenas um detalhe. Aliás, menos que isso. É um inimigo a ser exterminado.
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