Uns dois posts abaixo, respondi um comentário de um leitor chamado Gabriel, que reclamou do fato de eu criticar o Obama, mas não o Bush. Respondi que isso era uma forma de anular culpabilidades, uma tática empregada sistematicamente pelos petralhas no Brasil, sobre a qual já escrevi extensivamente neste blog ("todos fazem igual" etc.). Enfim, faço isso porque não sou "nenhumladista", ou seja: não acredito que malfeitos de ambos os lados resultem em situações do tipo "elas por elas". Aí veio um leitor anônimo e escreveu o que segue:
Elas por elas não! Falemos mal de todos os que tiverem erros e problemas e não só de alguns...
Ok, falemos então. Critico Obama por ser um farsante que esconde a própria nacionalidade, e por surfar na onda alheia. Posso dizer o mesmo de Bush?
A propósito, já que perguntou, terrorismo sionista é tão errado quanto terrorismo islamita.
Engana-se. O terrorismo não se define apenas pelos métodos empregados, mas pela causa, ou ideologia, em nome da qual se mata. Do contrário, ou seja, se é tudo uma questão de "método", pode-se igualar movimentos como a Al Qaeda e a Resistência Francesa contra a ocupação nazista na II Guerra. Um exemplo de terrorismo sionista foi o Grupo Stern, que atuou nos anos 40 contra a dominação inglesa na Palestina - seus membros chegaram a explodir um hotel, com dezenas de mortes civis inocentes, em nome da causa sionista (a recriação do "Israel bíblico" etc.). De forma semelhante, grupos como o Hamas usam o terrorismo a partir de uma interpretação fundamentalista do Corão e visam a instalar uma teocracia islâmica, sendo, portanto, um exemplo de terrorismo islamita. Daí a inocuidade de se falar em "guerra ao terror", expressão que não significa absolutamente nada (ao contrário de terrorismo islamita). Um pouco de estudo faria bem ao leitor.
Quanto a Obama, o problema é que você está hiperdimensionando algo para justificar todo o resto. Caso Obama não tivesse problema algum para ser presidente, mas fosse infiel (como Clinton) isso provavelmente seria motivo para taxá-lo de mau presidente, mentiroso e outros blá blá blá que já há muito ouço. Mas o fato de ser infiel com a esposa ou não ser americano de fato, não faz dele um mal líder. Para ser mal líder é preciso outra justificativa.
O que eu estaria "hiperdimensionando", segundo o leitor, seria o fato de que até agora Obama não provou, por A mais B, que é um natural born citizen, condição indispensável para quem quiser ser presidente dos EUA. É o fato de que, portanto, sua eleição ao cargo pode ter sido ILEGAL - o que, se comprovado, será o maior escândalo político da História dos EUA, capaz de deixar Watergate no chinelo.
Elas por elas não! Falemos mal de todos os que tiverem erros e problemas e não só de alguns...
Ok, falemos então. Critico Obama por ser um farsante que esconde a própria nacionalidade, e por surfar na onda alheia. Posso dizer o mesmo de Bush?
A propósito, já que perguntou, terrorismo sionista é tão errado quanto terrorismo islamita.
Engana-se. O terrorismo não se define apenas pelos métodos empregados, mas pela causa, ou ideologia, em nome da qual se mata. Do contrário, ou seja, se é tudo uma questão de "método", pode-se igualar movimentos como a Al Qaeda e a Resistência Francesa contra a ocupação nazista na II Guerra. Um exemplo de terrorismo sionista foi o Grupo Stern, que atuou nos anos 40 contra a dominação inglesa na Palestina - seus membros chegaram a explodir um hotel, com dezenas de mortes civis inocentes, em nome da causa sionista (a recriação do "Israel bíblico" etc.). De forma semelhante, grupos como o Hamas usam o terrorismo a partir de uma interpretação fundamentalista do Corão e visam a instalar uma teocracia islâmica, sendo, portanto, um exemplo de terrorismo islamita. Daí a inocuidade de se falar em "guerra ao terror", expressão que não significa absolutamente nada (ao contrário de terrorismo islamita). Um pouco de estudo faria bem ao leitor.
Quanto a Obama, o problema é que você está hiperdimensionando algo para justificar todo o resto. Caso Obama não tivesse problema algum para ser presidente, mas fosse infiel (como Clinton) isso provavelmente seria motivo para taxá-lo de mau presidente, mentiroso e outros blá blá blá que já há muito ouço. Mas o fato de ser infiel com a esposa ou não ser americano de fato, não faz dele um mal líder. Para ser mal líder é preciso outra justificativa.
O que eu estaria "hiperdimensionando", segundo o leitor, seria o fato de que até agora Obama não provou, por A mais B, que é um natural born citizen, condição indispensável para quem quiser ser presidente dos EUA. É o fato de que, portanto, sua eleição ao cargo pode ter sido ILEGAL - o que, se comprovado, será o maior escândalo político da História dos EUA, capaz de deixar Watergate no chinelo.
A propósito, o que seria o "todo o resto" que eu estaria justificando, segundo o leitor? Acaso seria o fato de que um presidente necessita respeitar as leis de seu país? Pois bem, é isso mesmo que eu defendo.
Pelo que entendi, o leitor entende que rasgar a Constituição que jurou defender não faz de alguém um mau presidente e mentiroso, ao contrário de ser infiel (como teria sido o caso de Clinton) etc. Esquece assim que Clinton quase perdeu o cargo não porque foi "infiel" (isso é entre ele e a Hillary), mas porque cometeu perjúrio numa investigação federal (mentiu sobre ter feito ou não sexo com a estagiária). E isso, convém dizer, é muito menos do que estão acusando Obama.
"Mas e daí se Obama não for americano?", pergunta o leitor, candidamente. É mesmo, e daí? E daí que existe uma Constituição, não é mesmo? Dane-se a Lei, não é verdade? Aliás, para que leis? Para que a democracia?
Enfim, o que caracteriza um MAU (e não "mal") líder é, principalmente, o desprezo pela Lei e pelas instituições. Isso pode ser tolerado em Banânia, mas não numa democracia como os EUA. Todo o resto é blablablá de quem está se lixando para a legalidade.
Um comentário:
Desculpe, mas com a tua explicação não vi nenhuma diferença entre o terrorismo sionista e o terrorismo islamita. Ambos mataram inocentes pela causa que seguiam.
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