sábado, fevereiro 26, 2011

EU, O "PHODÃO" (OU: ALGUMAS PALAVRAS SOBRE SLAVOJ ZIZEK A UM DE SEUS DISCÍPULOS TUPINIQUINS)


Mais um da turma que não pode mais viver sem o blog resolveu entrar aqui. Um leitor, que se assina como João Marcelo - o mesmo que se queixou outro dia de minha "raiva infantil" do Apedeuta, que seria somente um "coro da classe média paulista que vota no Serra ou na Marina" (ai, ai...), reclama de meu tratamento a um assim chamado "filósofo" que faz muito sucesso entre alguns subintelectuais, mini-intelectuais e pseudo-intelectuais de esquerda e de extrema-esquerda, o esloveno Slavoj Zizek, cujo pensamento, baseado num marxismo de terreiro, já descasquei aqui: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2009/07/slavoj-zizek-ou-o-dever-de-enterrar.html.
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O referido leitor não se conforma de eu ter dito o que disse sobre esse Marcuse piorado, tanto que me manda vários comentários – alguns, mais de uma vez, como se quisesse ter certeza que vou mesmo publicá-los. Como gancho, ele usa outro comentário, de uma coleguinha dele, que reclamou de meu vocabulário "difícil" (também respondi a ela aqui: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2011/01/eu-o-alienado-direto-dos-tempos-da.html)

Não só o uso de um vocabulário difícil mas também nem soube argumentar a respeito do Zizek. Hehehehehehehehehe...
Dividir o mundo em dois, entre capitalistas X comunistas é de uma estupidez absurda, parece um senhor da década de 50 do século passado. Me tirar para comunista foi a melhor parte, hehehehee... Que maravilha, um EU que vê um mundo muito interessado em minha opinião. Comentar sobre um filosofo de forma jornalística sem ao menos conhecer nada a respeito dele (apenas uma matéria em uma revista), vai ser motivo para lhe tirarem como um pedante. Estou errado?


Está. Redondamente errado.

Primeiro erro: não sou eu que divido o mundo entre capitalistas x comunistas, como se eu ainda vivesse nos tempos da brilhantina. Quem faz isso é gente como esse tal Zizek, um defensor das virtudes revolucionárias do maoísmo (!). Na visão dele, Zizek, sou um capitalista, um liberal (eles gostam de dizer "neoliberal"), logo um reacionário, um contrarrevolucionário, um maldito verme que precisa ser exterminado – como foram cerca de 75 milhões só na China Comunista, cujo pai e fundador, o tirano sanguinário Mao Tsé-tung, Zizek reverencia. Da minha parte, não divido o mundo entre capitalistas e comunistas, uma divisão, alias, falsa (basta ver a China de hoje para comprovar), mas, sim, entre democratas e totalitários. Adivinhe de que lado eu coloco o Zizek (e os bobalhões que acham o máximo esse repetidor de slogans bolcheviques).

Segundo erro: conheço Zizek não somente por um artigo de revista. Li - e me arrependi de tê-lo feito –, suas antologias de discursos de grandes humanistas como Lênin, Mao Tsé-tung e Robespierre. Mas basta ler o artigo em questão para ter uma idéia do que pensa o tal "filósofo". Trata-se tão-somente de mais um órfão do Muro, um sujeito que não pode viver sem uma estátua de Marx ou de Lênin para reverenciar. Enfim, alguém do mesmo naipe do trotskista Tariq Ali ou do anarquista Noam Chomsky, que têm no ódio à democracia e aos EUA sua razão de viver. Estou errado?

Sem esperar sequer resposta, o discipulo (ou seria devoto?) desse neo-Sartre dos idiotas escreveu ainda:

Se você quiser discutir a respeito do filosofo (algo que você tentou sem ao menos ler um livro dele)repito minhas palavras (se você quiser pode dar outro chilique e usar palavras difíceis ou me desqualificar igual o seu xará através da tática "sou superior" "já fui assim um dia" veja SCHOPENHAUER, Artur "Como vencer um debate sem ao menos ter razão" 1819):

Pode ficar tranquilo, caro leitor. Desta vez, nao vou usar palavras "difíceis" (parece que um bom vocabulário e esquerdismo não combinam muito bem). Vou-me limitar a comentar o que você mesmo diz. É o bastante para desqualificá-lo, sem precisar recorrer ao método schopenhauriano (do qual, aliás, falei em outro post meu: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2011/01/aos-adoradores-do-odio-ou-receita-para.html.)

E sim, sou superior. E sim, já fui assim um dia.

Gosto do Zizek principalmente dos comentários que tangem cultura mas alguns momentos ele me parece muito sedutor e fala mais do que conhece.
Enfim... Acho que você não entendeu muita coisa que o Zizek disse, a sua pessoa já leu mais coisas dele ou foi apenas uma coluna em uma revista?

Tenho uma dúvida de ordem vocabular: os comentários do dito-cujo "tangem cultura"? Na minha terra, e também no dicionário, o verbo "tanger" significa afastar, conduzir como gado ("tanger a boiada"). Devo entender então que os comentários do Zizek sobre a Noviça Rebelde afastam a cultura, é isso? (A propósito: faz todo o sentido.) Ou o leitor quis dizer a expressão "no que tange a", que tem o mesmo significado de "no tocante a" ou "no que diz respeito a"?

Pelo visto o caro leitor aprecia os comentários de um autor sobre cultura, mas, no que tange à própria, não tem lá muita afinidade. A começar pelo idioma...

Quanto à pergunta, já a respondi. Adiante.

A hipótese comunista vai no sentido de arriscar o impossível, de se re-inventar, você está afim de se posicionar como um "phodão" ou dificil de enganar mas acho que não entendeu muito bem.Uma das críticas do Zizek vai no sentido de que as pessoas aceitam a situação político- econômica como permanente e que veio para ficar, o "arriscar o impossivel" vai justamente contra essa mentalidade pequena.

OK, sou um "phodão" porque não estou "afim de" (sic) engolir essa conversa mole de "hipótese comunista" (não depois de 100 milhões de cadáveres – e ainda tem quem ache pouco...). E confesso que não entendo mesmo como alguém ainda vê alguma coisa de positivo nisso. Mas pelo menos numa coisa eu concordo com o Zizek: assim como ele, não aceito a visão de que a situação político-econômica é algo permanente e imutável. Pelo contrário: defendo o ponto de vista completamente oposto, principalmente em lugares como Venezuela, Cuba e Coréia do Norte, onde a "hipótese comunista" veio para ficar. Aqui sou plenamente a favor de "arriscar o impossível" e mandar esses regimes para o raio que os parta, como os árabes estão mandando as ditaduras do Norte da África para o diabo que as carregue. Será que o Zizek diria o mesmo?

O resto nem merece comentário, de tão tosco e rombudo que é. Apenas respondo: sim, a idéia de preservação do meio ambiente é produto do desenvolvimento capitalista; sim, Chernobyl demonstra claramente a falsidade da tal "hipótese comunista" aplicada à ecologia; e sim, gosto de Olavo de Carvalho. O companheiro prefere Emir Sader e Frei Betto?

Quanto ao Parabéns pelo blog "pseudo- intelectual sou phoda": obrigado. Nunca disse que sou um intelectual.

Ô gente besta!

3 comentários:

Anônimo disse...

Gustavo, repare a forma de escvrever do escracho..TRATA-SE DE APENAS UMA ÚNICA PESSOA QUE VÉM LEH ATORMENTANDO
Este canalha é um homossexual, frustrado, problemático, vindo de ambiente familiar conturbado, que está EMPREGADO pelo PT, e aqui na net faz SEU TRRABALHO
Será que vale a pena vc se procupar com este canalha quando vc poderia estar nos brindando com boas análises e bons artigos? oU TALVEZ A FUNÇÃO DELE SEJA ESTA MESMA : ROUBAR SUA ENERGIA INTELECTIVA PARA QUE VC PARE DE ARGUIR E PENSAR ESTE TRISTE PAÍS DE BANDIDOS

fernando disse...

olá, sei que não tem muito a ver com o post e ainda não li todos, mas os que li achei bem interessantes, mas dizer que o "messias" é burro...não concordo.
Ele é apenas um semi analfabeto, mas burro mesmo...pensa bem: um cara que mal sabe falar o português e consegue convencer milhôes a votar nele, e pior, ainda eleger sua "pau mandado"...o cara tem lá um pouco de inteligência. Burro é quem o elegeu...esse sim, motivo de pena e piada quando chegar o dia em que as esmolas que recebem do governo acabar.

Anônimo disse...

AHUHAUAHUAHUAHAUAUAH, PERFEITO! CONCORDO COMPLETAMENTE COM O ESTE POST. FODA.