Um petralha está chateado comigo porque não deixei que ele pautasse o blog. Ficou bravo porque não permiti que ele transformasse este espaço num palanque para "denunciar" os malfeitos dos outros. Provavelmente, ele pensa que, ao fazer isso, está absolvendo as pilantragens da companheirada. "Se todos roubam, por que se importar?" É assim que pensa essa gente.
Para ficar claro por que não aceito esse tipo de petralhice - a mais cínica e vigarista de todas -, aí vai uma pequena fábula.
Dois ladrões são pegos em flagrante assaltando uma velhinha. Na delegacia, eles tentam se safar dizendo o seguinte:
Ladrão 1: - Seu delegado, sou inocente, não roubei ninguém etc. etc.
Ladrão 2:
- Seu delegado, não roubei; sou vítima de uma conspiração das elites e da mídia. (1a versão)
- Não vi nada, não sei de nada. (2a versão)
- É, sou, mas quem não é? Somos todos iguais. (3a versão)
(Detalhe importante: antes de ser pego roubando, o Ladrão 2 posava de puro e de "diferente", o único honesto da vizinhança; os ladrões eram os outros.)
Pergunta 1: Preciso dizer de quem estou falando?
Pergunta 2: Quem é o mais safado?
Moral da história: Quem bate a carteira é bandido; quem bate a carteira e grita "pega ladrão" é duas vezes mais bandido.
Se safadeza matasse, não existiria mais nenhum petralha vivo.
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