quarta-feira, fevereiro 23, 2011

DITADORES ESCLEROSADOS


O que acontece quando um tirano fala de outro tirano? Defende a tirania, claro.

Pois foi o que o tiranossauro do Caribe e ídolo dos perfeitos idiotas, Fidel Castro, o Coma Andante, fez nesta terça-feira, ao sair das catacumbas em mais uma de suas "reflexões" de publicação obrigatória na "imprensa" (?) oficial cubana. Acreditem, há quem dê atenção a esse tipo de coisa. Desta vez não deu para evitar, tive de ler o troço. O que disse o facínora? Atacou os EUA, claro, que, segundo ele, estariam por trás dos protestos na Líbia e estariam inclusive planejando invadir o país. Os motivos seriam os de sempre: petróleo, a dominação mundial etc. Curioso como ele não lembrou de nada disso no caso do Egito ou da Tunísia. Por que será?

Teve mais. O serial killer e santo de devoção do Apedeuta saiu com um "pode-se estar ou não de acordo com Kadafi, mas...". Como assim, "pode-se estar ou não de acordo"? O companheiro Fidel está falando dos 270 mortos na explosão de um Boeing em Lockerbie, Escócia, em 1988, crime cometido a mando de Kadafi? Ou nas tantas centenas de pessoas assassinadas pelos grupos terroristas financiados com dinheiro líbio nos anos 70 e 80? "Pode-se estar ou não de acordo" com isso, como se pode estar ou não de acordo com uma opinião, sei lá, sobre futebol? Preciso mesmo dizer qual a única atitude decente diante do terrorismo?

Talvez Castro esteja se referindo aos mortos sob tortura ou assassinados pela ditadura de seu amigo, o pai-de-santo Kadafi. Mas aí existe um problema: os líbios não podem discordar de Kadafi, assim como os cubanos não podem discordar da ditadura dele, Fidel, que já dura inacreditáveis 52 – cinquenta e dois! – anos. É por isso, por não poderem discordar do governo sem tomarem uma borrachada na cabeça, que os líbios estão nas ruas pedindo a saída de Kadafi do poder. Quando será que o mesmo ocorrerá na ilha-prisão dos irmãos Castro?

O fuzilador do Caribe aprendeu com Noam Chomsky (ou foi este que aprendeu com aquele, tanto faz) a jogar areia nos olhos dos incautos culpando os EUA (mais uma vez, notem bem: ele culpa os EUA, não Obama) por tudo de ruim que existe no mundo, até mesmo pela existência de ditaduras que têm no antiamericanismo sua razão de ser. Só falta acusar o Tio Sam de ter colocado Kadafi no poder.

Ontem, Kadafi fez uma aparição na TV estatal líbia soltando fogo pelas narinas, prometendo mandar bala nos manifestantes e dizendo que só morto sairá do poder, em que está agarrado desde 1969. Pelo menos nesse último quesito, espero sinceramente que ele cumpra a promessa. O mundo se veria livre de mais um tirano patético e esclerosado.

Um comentário:

rocky gadelha disse...

Chavez teve melhor sorte do que Khadafi: não morrerá empalado, porque morrerá de câncer, dentro de alguns meses, levando deste mundo o amiguinho Fidel. Raul cederá e Morales, sem apoio de ninguém, cairá como fruta podre.
O assassino iraniano também não pode mais contar com o irmão Lula, que estpa com o pé na cova.
Justiça Divina???