quarta-feira, agosto 12, 2009

UM GOLPISTA EM BRASÍLIA


Zelaya e Lulla em Brasília:
enquanto o brasileiro vislumbra o brilhante futuro
da América Latina sob o chavismo, o golpista boliviariano mostra a ele
o que pretende fazer com a democracia em Honduras...
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Calma! Não é a "ele" que o título acima faz referência. O golpismo do Apedeuta, até agora - e faço questão de frisar o até agora - não revelou todas as suas garras. Não porque ele não queira, é bom que se diga, mas porque, felizmente, as instituições do País (ainda existem instituições no Brasil) não o permitem. Enquanto isso, ele vai preparando o caminho, aliando-se aos sarneys e collors da vida.

O golpista a que me refiro é outro. Trata-se de Manuel Zelaya, o bigodudo com jeito de capataz de fazenda que foi defenestrado no mês passado de Honduras. Zelaya foi expulso por um movimento cívico-militar, a pedido do Legislativo e do Judiciário, por ter tentado dar um golpe civil e mudar a Constituição para eternizar-se no poder. Desde então, tem prometido, com o apoio de Chávez e de Babaca Obama, incendiar o país caso os "golpistas" em Tegucigalpa não permitam que ele retorne ao poder e transforme o país numa Venezuela.

Pois agora o golpista Zelaya está em Brasília, onde se encontrará com Lulla. O governo brasileiro, como se sabe, condenou o "golpe" que depôs Zelaya e apóia o retorno dele, Zelaya, ao poder, reconhecendo-o como legítimo presidente de Honduras. Como tal, ele será recebido aqui com honras oficiais. Certamente, os dois líderes discutirão a melhor estratégia para que Zelaya volte triunfalmente e rasgue a Constituição do país em nome da democracia. Nisso, o governo Lulla está em sintonia com a opinião de quase todo mundo, menos dos hondurenhos. Ou, falando de outro modo: o governo brasileiro está dando seu respaldo oficial ao golpismo bolivariano.

Enquanto isso, é descoberto que o fanfarrão Hugo Chávez virou fornecedor de armas pesadas para os narcobandoleiros das FARC e que a Venezuela é hoje um entreposto para o tráfico de drogas que segue da América do Sul para os EUA e a Europa. Mas o governo Lulla está mais preocupado com o acordo militar entre a Colômbia e os EUA...

Parafraseando uma frase de outra época, e de outros golpismos: "Chega de intermediários! Hugo Chávez para presidente do Brasil!"

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