sábado, fevereiro 05, 2011

A IDEOLOGIA DA REDE GLOBO


O ator Carlos Vereza está indignado. Dizendo-se nauseado com o bom-mocismo imperante em grande parte dos meios de comunicação, ele resolveu criar um blog em que - de forma intermitente, como diz -, solta o verbo e não poupa adjetivos para se referir aos lulo-petistas e sua herança maldita.
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Em seus posts, verdadeiros desabafos, o chefão petralha, o apedeuta amigo de negadores do Holocausto e apedrejadores de mulheres, é brindado com epítetos como canalha e cafajeste (o que, diga-se, é até pouco para descrevê-lo). Revoltado com os rumos do País, particularmente nos últimos oito anos, Vereza deixa transparecer em seu blog - que é um dos mais acessados na rede, com mais de 3 milhões de visitas, e já começa a incomodar os lulo-petistas -, todo seu horror cívico e toda sua sinceridade. Numa entrevista no programa de Jô Soares, ele aparece dizendo o que ninguém de seu meio tem coragem de dizer, chamando Lula claramente de Ali Babá (em referência aos 40 indiciados no caso do mensalão). Em um post recente, ele pergunta onde estão as Forças Armadas, diante de tamanha roubalheira e sem-vergonhice. Suas críticas não se resumem à polìtica: em vários textos, ele denuncia implacavelmente a agenda gayzista e abortista que o governo dos companheiros tenta impingir à educação no Brasil, mediante, por exemplo, kits sexuais distribuídos a crianças de sete anos de idade nas escolas públicas. (Para quem quiser conferir, é só clicar aqui: http://carlosverezablog.blogspot.com/)

O protesto de Carlos Vereza surpreende pelo personagem. Veterano ator de teatro, cinema e televisão, premiado em diversos festivais, convertido ao espiritismo, Vereza era conhecido, até há pouco, por suas idéias políticas de esquerda. Foi, inclusive, membro do Partido Comunista no período mais duro do regime militar, tendo, pelo menos em uma ocasião, feito parte da rede de apoio do pessoal da luta armada - segundo o jornalista Geneton Moraes Neto, foi ele o cabeleireiro improvisado que, em 1969, tingiu os cabelos do então terrorista Fernando Gabeira, para ajudá-lo a escapar do cerco da repressão política, que o caçava pelo sequestro do embaixador dos EUA no Brasil. Mas o mais surpreendente: há décadas, Vereza é contratado da Rede Globo de Televisão.

Assim como todo brasileiro com 30 anos ou mais, cresci tendo de aturar as novelas da Globo - as quais, por mais que se tentasse, era impossível ignorar - e
vendo as notícias do Jornal Nacional (em minha época, na voz da dupla Cid Moreira-Sérgio Chapelin). Também como todo brasileiro, cresci ouvindo que a Vênus Platinada era uma empresa voltada para a defesa dos interesses capitalistas-imperialistas e que só crescera devido à sua associação íntima com a ditadura militar. Cansei de ver figuras como Leonel Brizola desancando a Globo, prometendo mover mundos e fundos para acabar com ela. Seu dono, o jornalista Roberto Marinho, era a própria encarnação do demônio.

A exemplo do que acontece com Hollywood, a visão prevalecente em muitos setores é de que a Globo é uma emissora "de direita", vinculada a valores políticos conservadores etc. Nada poderia ser mais falso. Hollywood é, como demonstram pesos-pesados como George Clooney, Sean Penn e Oliver Stone, um celeiro de esquerdistas (leiam, por exemplo, Fidel: Hollywood's Favorite Tyrant, de Humberto Fontova, que revela apenas um exemplo de idolatria hollywoodiana por um ditador antiamericano). Do mesmo modo, a Rede Globo, p
or meio de seu noticiário e de suas telenovelas, nada mais faz do que propagar a ideologia esquerdista e (sem trocadilho) globalista, servindo de porta-voz das causas politicamente corretas.

Há muito que cultura, no Brasil, é aquilo que se convencionou chamar de "Artes & Espetáculos" - ou seja: um misto de show business e propaganda ideológica. E a propaganda ideológica, na Globo, está longe de ser velada. Pelo contrário: ela é aberta e explicitamente exercida, todos os dias, praticamente o dia todo.

O maior exemplo recente do engajamento da emissora do Jardim Botânico com causas esquerdistas foi dado em 2005, durante o chamado "plebiscito do desarmamento". Na ocasião, a Globo mobilizou uma multidão de artistas e jornalistas na campanha para convencer a população de que ela ficaria mais segura se abdicasse de seu direito legal a ter uma arma, se assim decidisse. Infelizmente para a beautiful people, parece que os
argumentos de especialistas como José Mayer e Felipe Dylon não foram muito convincentes, porque a idéia do desarmamento foi humilhantemente derrotada nas urnas, por 64% dos votos...

Não somente na questão do desarmamento a Globo tentou influenciar e manipular desavergonhadamente a opinião pública. Todos os dias, um comercial produzido e veiculado pela emissora lembra, em tom apocalíptico, que, se a humanidade não fizer nada, o aquecimento global irá destruir o planeta. "De que lado você está?", pergunta o locutor, inquisitorialmente. A Globo é que parece não saber ao certo onde está o lado da verdade nessa questão, pois já se sabe que o aquecimento global é uma farsa, inventada pelos cientistas do Painel Inrernacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU e já totalmente desmascarada por qualquer pesquisador sério.

Mas é no terreno dos costumes - ou do "comportamento" - que a militância esquerdista da Globo se faz sentir com mais intensidade. Façam um teste e contem quantas vezes, em alguma telenovela, aparecem personagens homossexuais. Agora tente ver quantos desses personagens são vilões ou, pelo menos, pessoas normais, com defeitos como todos os demais. Achou algum? Nas novelas da Globo, os gays são sempre personagens unimensionais, figuras engraçadas, de bem com a vida, ou - o que é cada vez mais frequente - vítimas de vilões "homofóbicos" (se for algum pastor protestante, então, é melhor ainda). Jamais como seres de carne e osso. Já é um item obrigatório dessa subliteratura: mesmo que o enredo se passe num quartel ou num mosteiro, deve ter não um, mas vários gays. E todos bonzinhos, para não assustar as crianças.

À propaganda gayzista junta-se o pobrismo e o vitimismo social característicos do mais vulgar marxismo de botequim, herança maldita dos anos 60 (quando se formaram a maioria dos noveleiros e diretores da Globo, quase todos notórios homossexuais). Esse pobrismo e esse vitimismo se refletem na "denúncia" de problemas como o "racismo" contra os negros e os mais pobres, sempre vistos como pessoas mais dignas e mais decentes do que os ricos (estes só são bons e decentes quando se colocam contra o pai ou a mãe milionários em defesa dos oprimidos). No mundo da Globo, favela é "comunidade" e alguma ONG está sempre fazendo o bem em algum lugar da periferia. Para completar o bom mocismo, vez ou outra se inclui um "marketing social" em alguma telenovela (como as soporíferas de Manoel Carlos), com alguma mensagem edificante sobre o valor da vida para cadeirantes, deficientes visuais, pessoas com sindrome de down etc. Finalmente, alguma "ação social" - um projeto com crianças em alguma "comunidade", por exemplo - de Luciano Huck ou de Sérgio Grossman dão um verniz todo especial a essas pessoas maravilhosas.
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E assim por diante. Praticamente não há causa de esquerda, politicamente correta e chancelada pela UNESCO e pela UNICEF que a Globo não adote e promova. E assim também em política. Alguns exemplos: em 1992, a Globo levou ao ar uma minissérie, Anos Rebeldes, passada durante o regime militar, que mostrava de forma completamente edulcorada e falsificada a luta armada do período; quatro anos depois, uma telenovela, O Rei do Gado, mostava o MST como um movimento justo que reivindicava a posse da terra contra a opressão dos latifundiários. E tome blablablá em favor da "reforma agrária" etc.
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Tão imersa está a Globo na tarefa de propangadear o esquerdismo que chega ao ponto de sacrificar a si mesma, como um bom militante. No ano passado, a emissora deixou de levar ao ar a vinheta de comemoração de seus 45 anos de existência, porque a chamada trazia, obviamente, o número 45 em seu logo. Os petistas chiaram, vendo nisso uma forma subliminar de propaganda política a favor do candidato adversário, cujo número era 45. O que fizeram os bons moços da Globo? Capitularam a essa pressão ridícula dos petralhas, e retiraram a mensagem do ar.

Seria de esperar, portanto, que a principal concorrente da Globo, a Rede Record, uma extensão da seita conhecida como Igreja Universal do Reino de Deus, defendesse um ponto de vista contrário e oposto ao esquerdismo global, certo? Errado. A Record, que faz um jornalismo totalmente chapa-branca, segue em tudo os passos da concorrente, para tomar o seu lugar. A TV do "bispo" Edir Macedo não só copia os programas da Globo de forma descarada (contratando atores, diretores e jornalistas da rival), como também reproduz e amplifica a agenda político-ideológica da emissora carioca. Com a única diferença que faz isso de forma muito mais escancarada, sem qualquer pudor, e com uma qualidade muito inferior. A Globo é ruim. A Record é pior. Uma verdadeira mutante, por assim dizer.

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Se o bom-mocismo politicamente correto se restringisse aos estúdios do Projac e às festas das pessoas maravilhosas que o frequentam, já seria chato o suficiente. O problema é que essa é uma tendência hegemônica em todas as emissoras e meios de comunicação no Brasil. Também aqui a Globo dá o tom, e os outros canais a seguem. Carlos Vereza tem razão em estar nauseado.

3 comentários:

Anônimo disse...

meu, quanta babozeira!

Anônimo disse...

Acho que eu nunca li tanta asneira reunida...globo? esquerdista? puts..

Anônimo disse...

porque tanto ódio pelo "pobrismo"?ou "gayzismo"?e que palavras são essas?