Notícia saída do forno, do Portal Terra. Comento depois.
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Cuba: Lula torce por Obama e pede fim de embargo
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Elaine Lina
Direto de Havana
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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira em Cuba que está torcendo pelo candidato democrata, Barack Obama, nas eleições americanas, que acontecem na próxima terça-feira. "É uma decisão soberana, mas existe uma ponta de alegria na mente silenciosa de cada um de nós se um negro for eleito nos Estados Unidos", disse.
Lula destacou ainda que, seja quem for o vitorioso na disputa americana, espera que acabe com o embargo a Cuba, que classificou como insensível e inexplicável. "Talvez a única explicação seja apenas a insensibilidade, a insensatez ou interesses políticos - ou apenas ressentimento de um país grande que perdeu para um país pequeno", disse.
O presidente disse estar consciente do fim do embargo econômico a Cuba e comentou os únicos três votos contrários à decisão da ONU: "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura", afirmou. Segundo Lula, é comum a ONU ter decisões cumpridas quando é de interesse "dos grandes", mas disse que, de qualquer maneira, está agradecido à decisão política da organização.
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Lula afirmou que, embora não conheça muito bem McCain nem Obama, "da mesma forma que o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia elegeu um índio, a Venezuela elegeu Chávez e o Uruguai elegeu um bispo, seria bom um negro nos Estados Unidos".
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O presidente brasileiro fez a afirmação durante discurso de inauguração do escritório da Agência Brasileira de Promoção das Exportações (Apex), no país governado por Raúl Castro.
Comento
Sabem por que o Apedeuta está torcendo para que Obama vença as eleições nos EUA? Em parte respondi a isso em meu texto anterior. Para quem não leu, eu repito: ele sente uma "ponta de alegria" diante da possibilidade de Obama ser eleito porque Obama, como já escrevi antes, é o Lula americano. Porque ambos são almas gêmas (viu, Arnaldo Jabor?). Porque, assim como Lula em 2002 e em 2006, ninguém sabe ao certo o que pensa Obama, e ele já foi eleito e canonizado antes mesmo das eleições. Lula se identifica com essa trajetória.
A vitimização - social, racial, sexual etc. - de si próprio e de seus aliados já se transformou numa característica inseparável dos esquerdistas. De acordo com esse padrão politicamente correto, pertencer a alguma "minoria oprimida" - negro, índio, mulher, gay etc. - é meio caminho andado para chegar ao poder. É pura demagogia, claro, que serve apenas para encobrir o vazio de idéias - ou interesses inconfessáveis. Nosso Guia Genial sabe disso por experiência própria, tendo chegado ao governo não por qualquer mérito pessoal, mas pela manipulação de seu passado sofrido de coitadinho. É, de certo modo, uma nova ideologia, o pobrismo ou coitadismo. Natural, portanto, que ele pense que seria bom os EUA terem um "negro" na Casa Branca, embora confesse não conhecer bem McCain e Obama (incrível...).
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Para ilustrar o que diz, o Apedeuta compara a provável eleição de Obama à sua própria ("um metalúrgico") e a dos companheiros Morales ("um índio"), Chávez (que dispensa epítetos) e Lugo ("um bispo") no Paraguai - e não Uruguai, como ele disse em mais uma gafe geográfica. O que ele quer dizer com isso? Ninguém sabe. Talvez ele esteja estabelecendo um novo critério para aferir a honestidade pessoal e a capacidade administrativa dos políticos: em vez de honesto, digno e competente, "negro" (ainda que seja só pela metade), "índio" (ainda que seja de butique), "bispo" (desde que seja da escatologia da libertação, claro...) e, last but not least, "metalúrgico" (notem que sem o "ex"). Ou, como ele já se definiu ideologicamente, alguém assim, com idéias claras e objetivas, nem de esquerda nem de direita, politicamente torneiro mecânico... .
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Há mais, claro. Lula está torcendo por Obama não somente porque ele é negro (para os padrões americanos, entenda-se), mas porque, assim como os companheiros Chávez, Morales e Lugo, acredita que Obama irá trabalhar para acabar com o embargo (que o regime cubano chama de "bloqueio" e os cubanos comuns chamam, às escondidas, de "o pretexto") dos EUA a Cuba. Em algumas declarações, Obama já deu a entender que fará isso. Afinal, o Apedeuta considera o embargo/pretexto algo "insensível" e "inexplicável", fruto do (palavras suas) "ressentimento de um país grande que perdeu para um país pequeno". Simplesmente não passa pela cabeça do Molusco que o tal embargo possa ter algo a ver com o fato de o "país pequeno" - ou melhor, Fidel Castro - ter promovido o saque das propriedades do "país grande" de uma forma absolutamente despótica, ou ter transformado a ilha em sua fazenda e em sua prisão particular, mandando ao paredón ou ao exílio qualquer um que ousasse se opor a seu poder absoluto. Não chega a seu cérebro semiletrado que a manutenção de tal medida por parte do Congresso dos EUA se deva à pressão - justa, diga-se de passagem - dos cerca de 2 milhões de refugiados políticos cubanos e seus descendentes que vivem hoje nos EUA, aonde chegaram fugindo da ditadura de Fidel e Raúl Castro. Para ele, Lula, nada disso importa: o embargo é o resultado de simples ressentimento. De uma, digamos assim, dor-de-cotovelo do Tio Sam...
Por falar em embargo, vejam que curioso: Castro tomou o poder em Cuba e impôs sua ditadura pessoal apoiada pela defunta URSS após romper os laços econômicos que a ilha tinha com os EUA, os quais acusava de imperialistas. Na ocasião, o que dizia Fidel? Que os americanos exploravam as riquezas da ilha, que era pobre (não era: Cuba tinha o 3. melhor nível de vida da América Latina) porque era uma "colônia" dos EUA. Pois bem. O que ele deseja agora, assim como Lula? Que o próximo presidente dos EUA seja "sensato" e acabe com o embargo, ou seja, que os imperialistas ianques voltem a explorar a ilha... O Coma Andante deve estar ansioso para que os gringos voltem e invistam seus dólares na ilha, fazendo dela o prostíbulo que ele diz que era Cuba antes de 1959 (as jineteras da ilha não devem estar dando conta do recado, pelo visto...). Deve ter chegado à conclusão que o sistema socialista que impôs a Cuba é mesmo um fiasco completo, ou que o comércio que a ilha mantém com a maioria dos países - 185 dos quais votaram ontem pelo fim do embargo na Assembléia Geral da ONU - não é suficiente para tirar o país do buraco sem fundo em que ele o atirou por décadas de descalabro econômico e falta de liberdade.
A viagem de Lula a Cuba é a segunda que ele faz à ilha somente este ano. Isso demonstra o interesse do chefe dos petralhas pela ilha de Fidel e Raúl. A presente viagem tem por finalidade, entre outras coisas, estreitar os laços da PETROBRÁS com a estatal cubana de petróleo, ajudando na prospecção de petróleo na ilha. Na verdade, a ida a Cuba já se tornou uma espécie de ritual, uma peregrinação dos esquerdistas à ilha-prisão, na qual enxergam um modelo de "justiça social" e de "dignidade" (pois é...). Lula declarou que os países da região precisam se unir para evitar o isolamento de Cuba no continente. Os países devem cuidar de agir e ajudar Cuba, segundo Lula, pois do contrário há o grande risco de Cuba se tornar - horror! - uma democracia...
Tenho uma coisa em comum com o Apedeuta, assim como com outros admiradores da castradura cubana, como Frei Betto, Chico Buarque e Oscar Niemeyer. Assim como eles, me interesso bastante pelo que se passa em Cuba. Estudo a História da ilha e da Revolução Cubana há anos. Por isso só posso expressar meu pasmo diante de tamanha paixão pelo totalitarismo caribenho.
Um comentário:
Pelo fato de uma pessoa ter a pele mais escura ou ser negra, vem junto um atestado de moral e dignidade?
Onde fomos parar?
Lula diz que conhece pouco sobre os dois conditados, então, usou-se de um outro requisito para escolher o candidato que lhe daria "uma ponta de alegria": a cor a pele!
Uma atitude muito sábia a deste nosso presidente!
Tudo isto spo faz reforçar a onda de Tadinhos e Coitadinhos que parece tomar conta do país e do Mundo....(como diria o meu blogueiro predileto!)
Beijos!
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