sexta-feira, outubro 17, 2008

O TERRORISMO GREVISTA ATACA EM SÃO PAULO


Quem assistiu às cenas da arruaça promovida ontem, quinta-feira, por grevistas armados contra a polícia militar em frente ao prédio do governo estadual em São Paulo, em que mais de vinte pessoas - vários policiais militares - foram feridas, presenciou um momento de terrorismo explícito patrocinado por baderneiros profissionais e uma jogada desesperada com objetivos claramente eleitoreiros.

Os policiais civis do estado de São Paulo estão em greve por melhores salários. Suas reivindicações são justas? Pode ser que sim. Acredito até que sejam. Mas greve de gente armada? Tiros em frente ao palácio do governo? Policiais militares feridos à bala - bala de verdade, e não de borracha? Isso não é greve. É terrorismo. Ponto.

Se fosse somente isso, já seria grave o suficiente. Mas há coisa pior por trás. A "manifestação" - ou seja, a baderna - não teve nada de espontânea. Foi planejada, provocada com antecedência. Quem esteve por trás dela foi o PT, a Força Sindical e a CUT, como comprova, para quem quiser ver, o discurso aos manifestantes, feito pouco antes da confusão, pelo presidente da Força - também chamada, em outros tempos, de "Farsa Sindical" -, Paulo Pereira da Silva, o "Paulinho da Força". Ele mesmo, o do escândalo do desvio de dinheiro do BNDES, que corre o risco de ter o mandato de deputado federal cassado por causa disso (esperança talvez vã, mas sempre deve haver uma esperança). Num discurso inflamado, Paulinho incitou os grevistas a atacarem o palácio do governo, colocando toda a estrutura da Força Sindical a serviço do "movimento". Paulinho é aliado de Dona Marta "Relaxa e Goza" Suplicy na campanha para a prefeitura de São Paulo. O atual governador do estado é José Serra, do PSDB, rival de Paulinho e de Marta. Esta resolveu apelar para todos os meios, inclusive para a exploração calhorda da vida pessoal do candidato adversário, Gilberto Kassab. Está clara a manipulação eleitoreira de um movimento terrorista contra um governo legitimamente constituído.

Não se trata de um fato isolado. Os petistas e seus aliados se especializaram, nas últimas três décadas, em promover paralisações no serviço público - onde é mais difícil demitir -, com objetivos claramente demagógicos e eleitoreiros. Quem já estudou em universidade pública ou dependeu algum dia de atendimento médico na rede estatal de saúde sabe do que estou falando. Na totalidade dos casos, o prejudicado não foi o governo, mas a população, sobretudo os mais pobres, em nome dos quais a esquerda sempre disse lutar. E quem ousasse criticar isso era um reacionário e um traidor. Agora, ao incitar uma rebelião armada da polícia civil no maior estado do País, a esquerda cruzou uma linha perigosa. A linha que separa movimentos legítimos da incitação ao terrorismo.

Imaginem se a situação fosse inversa. Se, em vez de ser o governo Serra, fosse algum governador petista que estivesse enfrentando esse tipo de movimento criminoso. Os petistas gritariam, com razão, que estariam sendo alvos da ação de vândalos e arruaceiros, interessados apenas em provocar o caos e em desestabilizar a democracia. Pois bem. É exatamente isso que aconteceu ontem no centro de São Paulo. Mas qual foi a reação do dignissíssimo senhor ministro da Justiça, o trotskista Tarso Genro, encarregado de zelar pela aplicação da Lei e pela manutenção da democracia no País? Ele condenou veementemente, claro, a... "violência policial" da PM! Não disse uma palavra sobre os terroristas baderneiros! Tarso Genro, que acha normal seqüestrar e devolver na calada da noite refugiados políticos da ditadura comunista de Fidel Castro, não vê nada de mais em policiais civis em greve atirarem contra a polícia militar dentro de uma zona de segurança. O problema, para ele, está em reprimir esse tipo de coisa. Ou seja: em cumprir a Lei.

O que mais falta para perceber que essa gente no poder em Brasília não tem nenhum compromisso com o Estado de Direito e com a Democracia, e que apenas a usam e interpretam de acordo com suas próprias conveniências? O que falta para perceber que terroristas, para eles, são não os arruaceiros que dão tiros em passeatas usando armamento e equipamento da própria corporação, ou os militantes do movimento "Sem" alguma coisa, adestrados em táticas de guerrilha, mas sim os agentes da Lei - e da Democracia? O que falta para perceber isso? Um cadáver?

O Brasil já tinha corrupção e demagogia de sobra. Mas não tinha ainda terrorismo estimulado e patrocinado por políticos oportunistas para destruir a Democracia. Agora tem.

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