sábado, abril 09, 2011

A TRAGÉDIA DO RIO E A TAPEAÇÃO DESARMAMENTISTA


Assim que soube da notícia da mais nova tragédia humana a abalar o País sazonalmente - o assassinato de 11 crianças indefesas por um doente mental em uma escola pública do Rio de Janeiro -, nem esperei ver o noticiário para concluir: Pronto! Aí está mais um caso para os devotos da religião armamentista explorarem de forma sensacionalista. Aí está mais um pretexto para a turma do "politicamente correto" deitar e rolar, tentando ressuscitar a idéia do "desarmamento" da população como panacéia para "resolver" o problema da violência e da criminalidade etc. etc.

Dito e feito. Não foi preciso esperar nem um dia para que "especialistas" contratados pela Rede Globo defendessem o "desarmamento" em entrevistas. Em Brasília, deputados e senadores, embalados pela onda de horror que tomou conta do País, aproveitaram para tirar a idéia da gaveta. Há pouco, vi o probo e lídimo senador José Sarney defender, a sério, a "proibição total da venda legal de armas". Os bandidos do PCC e do CV, que, como se sabe, só compram suas armas em lojas autorizadas e com nota fiscal, devem estar tremendo de medo, pensando, certamente, em mudar de ramo... Daqui a pouco, pensei comigo mesmo, vão começar a brandir números e estatísticas, baseados em cálculos que só eles sabem como são feitos. É sempre assim: toda vez que um psicopata sai por aí disparando a esmo, seja aqui ou nos EUA, o coro do "Sou da Paz" prepara mais uma tapeação. "É culpa das armas", gritam em uníssono os que só querem o nosso bem (das armas LEGAIS, entenda-se). Só faltou o coro puxado por José Mayer e pelo Felipe Dylon.

Nem vou discutir o caráter claramente demagógico da idéia do desarmamento dos cidadãos de bem - e sim, existem cidadãos honestos que têm legalmente armas de fogo -, derrubada por 64% dos votos num referendo em 2005, cujo resultado a turma hoje no poder ainda não engoliu. Tampouco vou falar da ineficácia e da natureza idiota da iniciativa, baseada na expectativa entre ingênua e sonsa de que criminosos aceitariam de bom grado desarmar-se. Muito menos vou lembrar aqui exemplos como o da Jamaica, onde a posse de qualquer arma é proibida e que tem um índice altíssimo de criminalidade, ou da Suiça, onde cada cidadão tem direito a guardar um fuzil militar debaixo da cama, e onde nem por isso se vê ninguém se matando a tiros na rua. Também não vou dar números e estatísticas, como as reunidas pelo professor John Lott em seu livro More Guns, Less Crimes (que PROVAM, de forma até agora irrefutável, que nos estados norte-americanos onde se aprovaram leis restringindo o porte de armas legais a violência, no período estudado, aumentou, em vez de diminuir, enquanto que nos demais estados ocorreu exatamente o contrário, ou seja, a taxa de crimes diminuiu). Vou me limitar a fazer algumas perguntas.

Primeira pergunta: onde o atirador de Realengo conseguiu as armas que usou no massacre? Ele as comprou no mercado? Em que loja? O vendedor emitiu nota? Ele passou pelo necessário processo legal, que dura meses, para tirar porte de arma?

Segunda pergunta: o assassino era claramente um psicopata (a carta que ele deixou, que imita o estilo dos terroristas suicidas islamitas, deixa isso claríssimo). Caso seja aprovada um dia uma lei determinando o desarmamento geral da população, psicopatas como ele irão seguir o exemplo dos cidadãos de bem e entregar suas armas à polícia?

Terceira pergunta: por que atiradores como o do Rio escolhem lugares como escolas ou escritórios para suas chacinas, e não, por exemplo, um clube de tiro?

Aí está. Será que alguma ONG "da paz", como a Viva Rio, pode responder alguma dessas questões? Que resposta dariam? Será que vou ter que perguntar ao Felipe Dylon?

Se há algo que tragédias como a da escola do Rio de Janeiro provam de forma cabal e irrefutável é que leis extremamente restritivas sobre armas de fogo - e as leis sobre armas no Brasil, ao contrário do que dá a entender o lobby "pela paz", são rigorosíssimas - não impedem, nem tornam menos provável, a violência. O mais provável é exatamente o contrário: imaginem quantas crianças poderiam ter sido salvas se o assassino soubesse que poderia enfrentar pelo caminho pessoas armadas (aliás, ele só não matou mais porque foi baleado). O "desarmamento" não é somente ineficaz; é contraproducente.

Contraproducente e hipócrita. Todos viram, pela televisão, o discurso "emocionado" de Dilma Rousseff, em que ela pediu um minuto de silêncio pelos mortos na atrocidade no Rio. Pois bem. As armas que o matador utilizou foram adquiridas ilegalmente, como milhares de armas ilegais nas mãos dos criminosos. A maior causa da criminalidade hoje no Brasil é o tráfico de drogas, que vêm de países como Colômbia e Bolívia. As armas entram no Brasil pela extensa fronteira, sobretudo para abstecer os arsenais do narcotráfico. O partido de Dilma, o PT, é parceiro das FARC, os maiores narcotraficantes do mundo, assim como do cocaleiro Evo Morales, no Foro de São Paulo. Há alguns anos, a então ministra Dilma assinou um documento transferindo a mulher do representante das FARC no Brasil, uma funcionária pública, para Brasília. Tirem daí suas próprias conclusões.

Na frente das câmeras, Dilma chorou pelas crianças mortas no massacre da escola carioca. Também para a TV, rezou ao lado do vocalista Bono Vox, da banda de rock irlandesa U2, que estava passando por Brasília. Todos os anos, cerca de 50 mil brasileiros são mortos pela ação do crime organizado. Seria Dilma capaz de verter uma lágrima e de rezar por eles? (A propósito, quando ela vai chorar e rezar pela alma dos mortos pelas organizações terroristas de que ela fez parte, quando era a Camarada Stela da Vanguarda Popular Revolucionária?)

Eis uma pergunta que permanecerá sem resposta. Enquanto isso, está-se usando o luto das famílias das vítimas para mais uma gigantesca empulhação.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gustavo, os vagabundos da esquerda tém usado e abusado da tragédia para seus fins maquiavélicos
Este rapaz é esquizofrenico, sua carta indica os delírios claros religiosos, comuns nesta patologia
Ele teria matado com bomba caseira, revolver, faca, qualquer coisa....
Outro dado- A ARMA DELE ERA ILEGAL, E TERIA CONSEGUIDO ESTA ARMA COM OU SEM POLÍTICA DE DESARMAMENTO
Enfim, estes vagabundos de esquerda estão cansando

Anônimo disse...

PUTA MERDA, CARA, QUE TEXTO GENIAL! VOCÊ NÃO PODE ESCREVER PARA O ESTADÃO, FOLHA e O GLOBO PARA VER SE ESSES JORNAIS MELHORAM A QUALIDADE? VOCÊ DEVE SER ADEPTO DO JORNALISMO A LÁ REINALDO, QUE SEMPRE DENUNCIA A FALSA LÓGICA DOS IMBECIS. PARABÉNS.