Em breve, isso poderá tornar-se ilegal
O deputado Jean Wyllis (PSOL-RJ) é mesmo do balacobaco, como se dizia antigamente. Membro da multidão de "famosos" e nem tanto que costumam lançar-se candidatos a cada eleição, o ex-BBB aproveitou os quinze minutos de fama instantânea adquirida na gincana televisiva para se candidatar a, e ser eleito, deputado federal. Mas não um deputado qualquer, senhoras e senhores. Gay assumido, ele é um parlamentar GLBT – ou GLBTBBB, como quiserem.
Jean Wyllis é um personagem emblemático, mais até do que o colega Tiririca, vindo, assim como ele, do mundo (ou submundo) da televisão. Ele é, digamos, um símbolo de nosso tempo. Depois de ter ganho uma bolada como vencedor do BBB – não assisti à edição, pois não assisto a esse programa idiota, mas ouvi dizer que foi a maior melação –, ele resolveu se dar um ar "sério", vestindo terno e gravata, pondo óculos e deixando a barba crescer. Isso para defender, como sua principal bandeira – aliás, a única –, o chamado "movimento gay". Mais especificamente: o PLC 122/06, apropriadamente chamado de Lei da Mordaça Gay - o tal projeto de lei bolado por uma deputada petista que, se aprovado, punirá com cadeia qualquer manifestação de "homofobia". Gostaria de saber o que o deputado entende por "homofobia", já que o próprio PLC 122, de tão vago, não deixa claro do que se trata. Gostaria também de saber em que exatamente um projeto como esse irá contribuir para a democracia.
Jean Wyllis não se abala, e, diante das críticas, vindas principalmente de setores religiosos, resolveu emitir uma proclamação. Eis o que escreveu sua excelência, entre outras gemas de sabedoria aprendidas na escola Pedro Bial de filosofia:
"O PLC 122 , apesar de toda campanha para deturpá-lo junto à opinião pública, é um projeto que busca assegurar para os homossexuais os direitos à dignidade humana e à vida. O PLC 122 não atenta contra a liberdade de expressão de quem quer que seja, apenas assegura a dignidade da pessoa humana de homossexuais, o que necessariamente põe limite aos abusos de liberdade de expressão que fanáticos e fundamentalistas vêm praticando em sua cruzada contra LGBTs".
Muito bem, deputado Jean Wyllis. O PLC 122 é um projeto maravilhoso e o Brasil, pelo que se depreende de suas palavras, é um campo de extermínio de homossexuais, onde estes vêem sua "dignidade de pessoa humana" constantemente ameaçada (com a maior parada gay do mundo? deixa pra lá...) etc. etc. Pergunto apenas: as demais leis existentes, a começar com a Constituição Federal, não asseguram para os homossexuais, assim como para qualquer cidadão, os "direitos à dignidade humana e à vida"? Se alguém assassinar um gay, por exemplo, não irá ser preso e condenado por homicídio? Acaso o juiz irá perguntar a opção sexual da vitima ou do agressor antes de determinar a sentença? (O mesmo no caso de gays que matam, e casos assim, embora o deputado Jean Wyllis possa discordar, existem.)
Outra coisa que acho que não entendi direito: se o PLC 122 "não atenta contra a liberdade de expressão de quem quer que seja", como diz o deputado, o que significa exatamente "pôr limite aos abusos de liberdade de expressão"? Seria proibir padres católicos e pastores evangélicos de citarem a Bíblia? E todos os que fizerem isso são, portanto, "fanáticos e fundamentalistas em cruzada" contra a santa causa LGBT? E os que contarem piadas de bichinha, também se enquadram nessa categoria? Torcedores de futebol que chamam de "viado" os juizes e jogadores adversários são todos carolas e fanáticos, e devem ser impedidos de xingar? Quem irá decidir o que é e o que não é "abuso da liberdade de expressão"? Talvez o deputado Jean Wyllis e a Rede Globo.
Em sua "resposta", o sábio Jean Wyllis afirma não se pautar pelo que diz a Epístola de S. Paulo aos Romanos, mas pela Constituição. Posso estar enganado, mas acho que o deputado ex-BBB esqueceu que a Constituição do Brasil garante a igualdade de todos perante a Lei. E que isso vale para os homossexuais, os heterossexuais, os panssexuais e a torcida do São Cristóvão. Todos têm o direito legal a receber e exigir o mesmo tratamento, indistintamente, no serviço público.
Mas Jean Wyllis e seus amigos gayzistas não estão contentes com isso. Eles querem mais. O quê, exatamente? Querem ser tratados como seres diferentes, e não iguais em direitos e deveres. Diferentes como? Superiores, acima dos demais mortais. Em outras palavras: querem privilégios, pura e simplesmente. Tal como o de ser tratado com reverência sacramental, acima de qualquer crítica e mesmo de qualquer gracinha.
Na prática, graças à ditadura cotidiana do "politicamente correto", os gays e assemelhados já dispõem desse tratamento VIP nos meios de comunicação, como já cansei de escrever aqui. Agora querem porque querem que isso esteja escrito em Lei. Em resumo: querem ser tratados como indivíduos especiais. Parece absurdo? E é mesmo. Um absurdo abençoado e crismado pela Rede Globo e pelo BBB.
Que alguém veja dignidade e decência em dois marmanjos ou duas mulheres fazerem o que quiserem na cama, não é problema meu, cada um tem suas proprias idéias a respeito. Trata-se de uma questão puramente individual, pertencente unicamente à esfera privada. Do mesmo modo – o que é geralmente esquecido –, ter ou não preconceitos, nessa ou em outra área. O que não se pode nem se deve aceitar de jeito nenhum é que isso signifique a imposição de um "direito" acima dos de outros. Pouco importa se os que se opõem a essa iniciativa sejam "fanáticos e fundamentalistas". Aliás, corrijam-me se estou errado, a liberdade religiosa ainda é um dos pilares da democracia.
Ainda assim, Jean Wyllis acha que o PLC 122 não afronta a liberdade de expressão. Ele acredita, quero crer que sinceramente, que a tal lei é compatível com a democracia. Não é difícil entender por que ele pensa assim. Afinal, o partido político ao qual se filiou tem como símbolo um sol sorridente e se chama "Socialismo e Liberdade". Para quem defende aberrações como o PLC 122, nada mais natural do que ser eleito por um partido que estampa em seu nome dois termos antagônicos e inconciliáveis, um verdadeiro oxímoro.
Já falei e repito: não tenho nada contra os gays, mas contra o gayzismo. São duas coisas distintas. Se você não sabe a diferença, eu explico. A primeira é uma opção sexual e diz respeito unicamente à pessoa que a faz, ou que a tem, sei lá, desde criancinha. A segunda é uma ideologia política. Há homossexuais que não sao gayzistas e há militantes GLBTT que são héteros. Jean Wyllis, por acaso, é gay e gayzista. Um ativista do socialismo gay. Do mesmo modo, não tenho nada a favor do que dizem os evangélicos sobre o "amor entre iguais", mas nem por isso vou me dar o direito de querer ensinar religião a pastores e padres, determinando que passagem da Bíblia deve e qual não deve ser levada a sério. Por que não reescrever o livro ou queimá-lo? Seria mais honesto.
No começo deste texto, falei do Tiririca. O palhaço pelo menos tem a seu favor o fato de não se levar a sério. Já Jean Wyllis, com seu discurso de bom-moço e sua militância gayzista, acredita-se mesmo um benfeitor da humanidade. Pior que um ex-BBB, só um ex-BBB com agenda política.
3 comentários:
texto perfeito. não escreveria mais e nem melhor. Essa ditadura gay já está passando dos limites. Ninguém precisa gostar desse ou daquele livro para saber que NENHUM DELES deve ser criminalizado. Se não é um crime afirmar que a bíblia é criminosa num país cristão, então podemos logo de uma vez prender católigos aos milhares, esses monstros malditos que sempre andam com facas e tochas procurando gays para assassinar dentro das igrejas, esses templos repletos de cadeiras elétricas. Deus nos livre da liberdade de expressão, que o senhor Jean tanto abomina. Democracia? Apenas para quem pode.
Caro Gustavo,
Os militontos* politicamente corretos terminarão por destruir os pilares da nossa sociedade. Seguem atacando em várias frentes: são gayzistas, maconhistas, cotistas, ambientalistas, sem senso de humor, etc. O que têm em comum é sua versão de mundo melhor. Para construir este mundo abandonam a lógica, desprezam fundamentos teórico/científicos, distorcem fatos científicos, desprezam a construção histórica da sociedade, ... É triste. Cada dia eles ficam mais chatos. Não sei se você viu esta: http://colunistas.yahoo.net/posts/10560.html . Trata-se de um comentário sobre o que está acontecendo com um humorista chamado Marcelo Adnet. Este humorista ousou “encenar” a tal Casa dos Autistas. Não assisto ao programa, nem sei quem são os humoristas. Só sei que já contei piada de louco, gago, fanho, coxo, maneta, surdo, mudo, cego... Todo mundo ri, ninguém se encrespa com elas. Por que não pode fazer piada de autista? Qual será a lógica?
Só para registrar. Seus e textos são excelentes. Parabéns!
Um abraço e até mais.
Atenciosamente,
David
* termo definido em um dos melhores posts do blogueiro: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2010/04/individuo-nao-manada.html
Gustavo,
Você tá perdendo tempo com bobagem. Chega desse papo de "parada gay" "parada hetero" e arma. Vamos ao que interessa:
Osama Bin Laden morreu!!!
Verdade ou mentira?
Se verdade é uma grande vitória dos USA sobre o terrorismo.
Mas se é realmente verdade, por que eles jogaram o corpo de Bin Laden no mar? Muito estranho isto...
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