Karl Marx (1818-1883) - Nos livros de História, é o filósofo e economista alemão fundador do chamado "socialismo científico", um dos mais importantes pensadores da humanidade. Na vida real, foi um notório racista e eurocêntrico, defensor do extermínio de raças inteiras, além de farsante contumaz, que falsificava dados econômicos para favorecer suas teses, que apresentava sob um falso véu "científico", mediante as quais pregava o "fim inexorável" do capitalismo.
Fundador e primeiro presidente da Associação Internacional dos Trabalhadores, jamais trabalhou, tendo sido durante toda a vida um parasita social, sustentado, juntamente com sua família, pelo amigo Friedrich Engels (1820-1895), rico herdeiro de uma indústria de tecidos em Manchester, Inglaterra.
Democrata radical, expulsou os seguidores de Bakunin do movimento que fundou, enquanto denunciava o autoritarismo dos governos europeus de sua época. De origem burguesa e judia, odiava burgueses e judeus. Casado com uma aristocrata, demonstrou todo seu amor ao proletariado engravidando a empregada, de quem, como bom progressista, tratou de se livrar junto com a criança, mandando-as embora.
Economista genial, até hoje é levado a sério por causa, entre outras coisas, de sua teoria do empobrecimento gradativo da classe operária, realidade que pode ser facilmente atestada em qualquer país europeu ou nos EUA.
Embora ateu, concebeu uma teoria essencialmente escatológica com traços messiânicos e apocalípticos, que descambou na maior máquina assassina da História da humanidade - e, paradoxalmente, numa forma de religião estatal. Mas ainda há quem acredite que ele não teve nada a ver com o que veio depois, coitado.
Vladimir Lênin (1870-1924) - Discípulo fiel de Marx e Engels, passou à História como o principal líder da Revolução bolchevique de 1917 na Rússia, que inaugurou o primeiro Estado socialista da História, a URSS, da qual foi o primeiro governante. No mundo real, foi o idealizador do partido comunista vertical e centralizado, sem lugar para divergências, e primeiro ditador soviético, responsável por milhares de mortes.
Grande humanista, foi responsável por milhões de mortes na grande fome de 1921-1922 e criou os primeiros campos de concentração, tendo sido o mentor e criador do totalitarismo comunista. Maquiavélico no pior sentido da palavra, livrou-se dos partidos que lutaram juntamente com os bolcheviques para derrubar o czar e o governo provisório, dando início à repressão comunista.
Pertencente à nobreza, como tantos revolucionários, dirigiu seu ódio a essa classe social em particular, após o enforcamento, durante sua adolescência, de seu irmão mais velho, por este ter participado em uma conspiração para assassinar o czar.
Após a "desestalinização" iniciada por Krushev em 1956, os dirigentes soviéticos tentaram dissociar sua imagem do terror stalinista. A farsa durou algum tempo, tendo vindo abaixo depois do colapso da URSS em 1991. Foi o guru de Stálin - e de Mao, de Fidel Castro, de Kim Il-Sung, de Ceaucescu...
Josef Stálin (1878-1953) - Ditador psicopata e genocida, seu nome tornou-se sinônimo de terror e totalitarismo. Começou a carreira de revolucionário profissional assaltando bancos a mando de Lênin.
Amante da arte e da cultura, amigo das crianças e das flores, tanto que não permitia nenhuma manifestação cultural que não fosse aprovada pelo partido, perpetrou alguns dos piores massacres da História, como a grande fome ucraniana de 1932-1933, com dezenas de milhões de mortos. Paranóico, instaurou o terror absoluto na URSS em gigantescos expurgos, que incluíram as Forças Armadas e alguns de seus mais próximos colaboradores. Antissemita, aliou-se a Hitler em 1939, assinando com este um "pacto de não-agressão" pelo qual os dois ditadores dividiram a Polônia e deflagraram a II Guerra Mundial.
Segundo o historiador russo Dimitri Volkogonov, foi o grande culpado pela II Guerra Mundial, que planejava desencadear, tendo sido surpreendido por Hitler, que atacou a URSS em 1941. Vangloriava-se de ter derrotado os nazistas, mas só o conseguiu devido à ajuda dos EUA e da Grã-Bretanha.
Após a guerra, usou as armas doadas por Roosevelt para expandir o comunismo para o Leste Europeu à ponta de baioneta, dando início à Guerra Fria. Antes de morrer, completamente senil, planejava um novo expurgo, dessa vez contra os judeus. Seu reino de terror levou à morte de mais de 30 milhões de pessoas. É o ídolo do PCdoB e de Oscar Niemeyer.
Leon Trotsky (1879-1940) - Figura estranhíssima, um dos líderes da Revolução Russa de 1917 juntamente com Lênin. Foi, assim como aquele, um assassino serial e um defensor do extermínio de classes inteiras. Mas muitos o têm, sabe-se lá por quê, na conta de antitotalitário.
Um dos arquitetos do Estado totalitário soviético, criou o Exército Vermelho, que usou para reprimir de forma sangrenta revoltas contra os comunistas no poder. Inimigo figadal da democracia e da sociedade "burguesas", terminou sendo vítima da própria máquina repressiva que ajudou a montar: tendo perdido a disputa pelo poder para Stálin, foi por ele deportado da URSS em 1929 e por fim assassinado por um agente stalinista no México, em 1940.
O cerne do trotskismo é a teoria da "revolução permanente", segundo a qual o socialismo, para triunfar em um país, precisa ser implantado em nível mundial. Em outras palavras, o que se estabeleceu na URSS não deu certo porque a revolução não se espalhou pelo mundo todo... Seus seguidores, que se dividiram em inúmeros grupelhos, cada um mais radical e trotskista do que o outro, estão há décadas tentando ressuscitar a IV Internacional, fundada por ele em oposição à III Internacional (Comintern).
Sua oposição ao stalinismo (mas não à ditadura comunista) e sua morte trágica, assim como sua origem judia (que sempre renegou), deram-lhe uma aura de "profeta expulso" e de "mártir" revolucionário contra o "burocratismo stalinista". É o D. Sebastião da esquerda radical, herói maior do PSTU e do PCO.
Antonio Gramsci (1891- 1937) - Conhecido por sua teoria do "bloco histórico" e da "conquista da hegemonia", segundo a qual os comunistas deveriam se concentrar na batalha cultural, mediante a ocupação de espaços na superestrutura da sociedade. Fingido e dissimulado, para dizer o mínimo, sua teoria baseia-se na idéia de que os comunistas devem partir para a busca da hegemonia cultural, em primeiro lugar, para depois consolidar seu poder político e econômico. Não surpreende que seja uma espécie de Dale Carnegie da esquerda, idealizador de uma estratégia revolucionária disfarçada que foi adotada entusiasticamente por partidos como o PT. O fato de ter sido prisioneiro político do regime fascista de Mussolini (que começou no Partido Socialista Italiano, diga-se) apenas reforça sua aura de "mártir" comunista.
Mao Tsé-Tung (1893-1976) - Principal líder da revolução comunista chinesa e fundador do Estado comunista chinês, foi o maior assassino em massa da História - o número de mortes pelo regime que comandou chega a cerca de 75 milhões de pessoas, provocadas, em particular, pela fome em massa decorrente do desastroso "Grande Salto Adiante" e pela chamada "revolução cultural" - o movimento de destruição da cultura chinesa tradicional em favor do culto de sua personalidade por legiões de adolescentes fanatizados, em 1966-1969.
Tirano cínico e megalomaníaco, conhecido como O Grande Timoneiro, quis rivalizar com a URSS pelo controle do movimento comunista internacional. Invadiu e anexou o Tibete em 1959, promovendo uma limpeza étnica. Gostava de deflorar mocinhas e, dizem, também rapazes. Foi um dos tiranos mais sanguinários de todos os tempos, fonte e inspiração para o Khmer Vermelho do genocida Pol Pot no Camboja. Os chineses de hoje, mais interessados em ganhar dinheiro, têm certa vergonha em lembrar dele, apesar de ser o seu rosto bolachudo a estampa da moeda local. Mesmo assim, ainda tem fãs no exterior. Gente como o filósofo e Guarda Vermelho tardio Slavoj Zizek, que vê profunda sabedoria em seus ensinamentos, assim como vê em A Noviça Rebelde.
Ho Chi Mihn (1890-1969) - Passou para a História como o líder de um movimento de libertação, primeiro da dominação colonial francesa e depois contra os norte-americanos, um símbolo da vitória do mais fraco contra o mais forte, imagem reforçada pela aparência frágil. Foi, na verdade, um típico ditador comunista, chefe da repressão no Vietnã do Norte e mentor da agressão vietcongue ao Vietnã do Sul, fato que desencadeou a Guerra do Vietnã. Patrocinou atentados terroristas e massacres, como o de cerca de 3 mil pessoas na cidade de Huê durante a Ofensiva do Tet (1968) - fato que praticamente não foi noticiado na imprensa ocidental durante o conflito.
Fidel Castro (n. 1926) - O ditador mais longevo do Ocidente é mesmo uma figuraça. Admirador de Hitler e de Franco na juventude, começou a carreira de revolucionário distribuindo tiros como gângster estudantil. Farsante ideológico, mentiroso patológico e mitômano, enganou a todos, a começar pela CIA e pelo New York Times, fazendo-se passar por democrata e anticomunista para tomar o poder e instalar sua ditadura pessoal, juntamente com seu irmão Raúl e os comunistas cubanos.
Humanista ao extremo, é responsável por cerca de 100 mil mortos na ilha-prisão de Cuba, dos quais 17 mil fuzilados. Quase levou o mundo a uma guerra nuclear em 1962, ao defender um ataque nuclear soviético aos EUA. Deu dinheiro, armas e homens para movimentos terroristas na América Latina, África e Ásia nos anos 60/70/80. Auto-proclamado inimigo do imperialismo e defensor do Terceiro Mundo, aplaudiu com entusiasmo a invasão soviética da ex-Tchecoslováquia em 1968 e do Afeganistão em 1979, provando assim que esse negócio de terceiro mundo é mesmo coisa do submundo.
Campeão das boas causas e nada homofóbico, mandou prender e encarcerar homossexuais em campos de "reeducação" nos anos 60. Megalomaníaco, perseguiu a Igreja Católica e os intelectuais. Arruinou Cuba, antes um país próspero, levando sua população à pobreza, à prisão e ao exílio. Impôs um regime de terror e de censura que já dura 52 anos.
Apesar disso (ou, provavelmente, por causa disso), é até hoje endeusado pela esquerda latino-americana e mundial, tendo virado um verdadeiro popstar, ídolo e ditador do coração de cantores da MPB e de vários astros de Hollywood. Nos últimos tempos, andou meio adoentado, decidindo dedicar seu tempo a suas reflexões e a seu novo trabalho como garoto-propaganda da Adidas.
Os cubanos, como se sabe, amam o Coma Andante, como se vê pelo apelido carinhoso que lhe deram: "Esteban" (de "este bandido"). Amam tanto, aliás, que o regime castrista não vê necessidade alguma em permitir eleições livres, com partidos plurais - enquanto isso, os cubanos se antecipam, votando com os remos e com os pés.
Ernesto "Che" Guevara (1928-1967) - Talvez a maior patacoada criada pelos fabricantes de mitos esquerdistas, entrou para a História porque fotografava bem (no sentido de posar, diga-se). Virou uma espécie de trademark, de marca registrada, para vender de cerveja até biquíni.
Estrategista brilhante, guerrilheiro ultra-competente, "El Chancho" ("O Porco", por causa da catinga de rim fervido que exalava) ficou famoso por ter participado da guerrilha de mentirinha de Fidel Castro em Sierra Maestra e por ter fracassado miseravelmente nas duas tentativas guerrilheiras que comandou: Congo e Bolívia. Fracassou também como ministro da economia (!) de Cuba, quando levou a economia do país ao colapso (botou na cachola que iria transformar a ilha numa potência industrial vendendo açúcar).
Idealista, humanista sensível, demonstrou toda sua competência comandando centenas de fuzilamentos sumários em Havana. Admirador de Stálin e de Mao Tsé-Tung, dizia-se incapaz de ser amigo de alguém que dele discordasse ideologicamente.
Tolerante e transigente, nada arrogante e antipático, não se misturava com os cubanos. Pregava o ódio que transforma a pessoa numa "perfeita e fria máquina de matar". Apesar disso, sua frase mais famosa, que fala em "não perder a ternura", parece saida de um livro do Gabriel Chalita. Depois de morto, virou pôster e camiseta, usada por muitos pacifistas. É o ídolo de gerações de idiotas: Jean-Paul Sartre chegou a dizer que ele era "o ser humano mais completo do século XX" e seu conterrâneo Diego Maradona tatuou seu rosto no ombro - o que prova, mais uma vez, o mal irreparável que cafungar um certo pó branco causa ao cérebro. Perdoai-os, Pai!
Salvador Allende (1908-1973) - Na versão oficial, é um dos santos e mártires da esquerda latino-americana, tendo preferido suicidar-se no palácio presidencial de La Moneda a render-se aos golpistas do general Augusto Pinochet.
A realidade, porém, é um pouco mais complexa. Antissemita, racista e defensor da eugenia, o médico Salvador Allende Gossens teve esse lado pouco conhecido de sua biografia revelado há alguns anos pelo escritor chileno Victor Farías (Salvador Allende: Antissemitismo e Eutanásia). Também se costuma ignorar o fato de ele ter dado abrigo a criminosos de guerra nazistas depois da guerra.
Mas nem precisaria conhecer essa faceta do ex-presidente socialista do Chile. Aliado de Fidel Castro, ele levou o Chile ao abismo, tendo sido provavelmente morto pelos próprios guarda-costas cubanos, como afirma o ex-agente do serviço secreto cubano Juan Vivés em livro lançado na França (Cuba Nostra: les sécrets d'état de Fidel Castro, 2005).
Dessa maneira, os seguranças de Allende, diante da derrota iminente, teriam pretendido criar um "mártir" da esquerda. Pela quantidade de pessoas que acreditam nessa versão dos acontecimentos, eles conseguiram alcançar esse intento.
Hugo Chávez (n. 1954) - Ditador fanfarrão da Venezuela, o chefe da "revolução bolivariana" e do "socialismo do século XXI" quer ser uma cópia de Fidel Castro. Militar golpista, liderou uma tentativa de golpe sangrenta em 1992. Desde então, acusa todos que se opõem a ele de golpistas.
Eleito presidente em 1998, tratou de descumprir todas as promessas de campanha e de rasgar a Constituição do país, criando uma nova, que lhe permitiu perpetuar-se no poder. Governa por plebiscitos, como Hitler fazia, e conseguiu impor-se como o campeão do antiamericanismo na América Latina, criando até mesmo uma associação de países, uma tal Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA).
Gosta muito de televisão, tanto que criou uma própria, a Telesul, para fazer propaganda. Defensor da liberdade de imprensa, desde que seja a favor, fechou o principal canal de televisão do país porque não gostava das notícias. Intervém constantemente nos assuntos políticos dos países vizinhos, já tendo patrocinado tentativas de golpe no Peru e em Honduras (nesta última, em conluio com o companheiro Lula). Dá apoio e armas aos narcoterrroristas colombianos das FARC, que possuem bases em território venezuelano.
Sempre que tais fatos vêm à tona, o coronel Chávez dá o maior piti e reage com bravatas nacionalistas, ameaçando ir á guerra contra a Colômbia. Recentemente, ele mudou a lei no último instante para garantir a maioria de seu partido no Parlamento.
Sempre uma voz da razão, o visionário Chávez enxerga coisas que os outros não vêem. A última dele foi ter descoberto que o capitalismo e o imperialismo destruíram a civilização em Marte, onde os marcianos viviam felizes no socialismo. Isso foi antes de os EUA terem destruído o Haiti com sua máquina de fazer terremotos.
Figura folclórica, saída diretamente das páginas do Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, Chávez já deixou de ser uma pessoa e, como o McDonald's, virou uma franquia, com clones em outros países, como o galã de filme pornô equatoriano Rafael Correa e o índio de araque Evo Morales na Bolívia. Sua "robolución", regada a petrodólares e a muita ladroeira, tem arrastado a Venezuela para o caos, e ele não esconde sua intenção de vê-la transformada numa segunda Cuba (e, pelos números da economia, está conseguindo).
Luiz Carlos Prestes (1898-1990) - Figura venerável, considerado o principal líder do comunismo no Brasil. Ficou famoso pela Coluna Prestes (na verdade, Miguel Costa, nome de seu verdadeiro comandante), movimento tenentista que percorreu o Brasil em 1924-1926 contra a República Velha. Personagem lendário, toda sua vida foi isso mesmo: uma lenda.
Em 1930, Prestes rompe com o tenentismo e adere ao comunismo, viajando para a URSS de Stálin, onde trabalha como engenheiro e, segundo sua biografia hagiográfica escrita por Jorge Amado ("O Cavaleiro da Esperança"), denunciou pessoas num expurgo stalinista.
Em 1934, entra no PCB (fundado em 1922), contra a vontade dos militantes mais antigos, por imposição da URSS. Revolucionário incompetente e atrapalhado, liderou na clandestinidade a malograda insurreição comunista de 1935 no Rio de Janeiro. Nessa e em outras ocasiões, deixou cair nas mãos da polícia documentos comprometedores que levaram à prisão de muitos companheiros de partido. Submisso à URSS, stalinista empedernido, promoveu perseguições internas no PCB, que comandava como ditador. Num episódio cuja autoria negou até o fim, ordenou o assassinato de uma adolescente por suspeita de traição em 1936.
Libertado da prisão em 1945, subiu ao palanque com o ex-ditador Getúlio Vargas, que enviara, anos antes, sua primeira mulher, a agente comunista alemã Olga Benario, para a morte na Alemanha de Hitler. Eleito senador, declarou em discurso que, em caso de guerra entre o Brasil e a URSS, ficaria do lado da URSS, sendo esse fato uma das razões para a cassação de seu mandato e do registro do PCB em 1948.
Gabava-se, em 1964, de que os comunistas já estavam no governo, embora ainda não estivessem no poder. Com a tomada do poder pelos militares, vê seu prestígio e influência na esquerda diminuírem drasticamente. Em 1980, de volta do exílio (na URSS, novamente), perde o comando do PCB. Foi enterrado com a bandeira do PDT de Leonel Brizola, um ano antes da implosão da URSS.
Leonel Brizola (1922-2004) - Cunhado do ex-presidente João Goulart e afilhado político do ex-ditador Getúlio Vargas, o engenheiro gaúcho Leonel de Moura Brizola despontou para a política nacional após a renúncia de Jânio Quadros em 1961, ao liderar a "campanha da legalidade" pela posse do cunhado. É o descobridor da famosa equação matemática segundo a qual cunhado não é parente; é candidato.
Boquirroto e valentão, Brizola desprezava a legalidade, tendo sido um dos pivôs do movimento militar que levou à queda de Jango em 1964 - foi dele, por exemplo, a idéia de organizar milícias armadas conhecidas como "Grupos de Onze" durante o governo Goulart.
Exilado no Uruguai, o caudilho dos pampas recebeu dinheiro do ditador cubano Fidel Castro para implantar focos de guerrilha no Brasil. As tentativas deram em nada, e Brizola deixou de vez a carreira de guerrilheiro. Quanto ao dinheiro recebido de Havana, que dizem ter sido algo em torno de 1 milhão (de dólares), Brizola jamais prestou contas, tendo sido apelidado por isso de "El Ratón" pelos cubanos.
De volta do exílio em 1979, Brizola passou a bajular os militares e tentou recuperar o espólio do getulismo, organizando o PDT - Partido do Dono, Táentendendo? Personalista e autoritário, comandou o PDT de forma ditatorial, como um feudo ou uma estância. Demagogo e populista, estimulou a ocupação ilegal dos morros cariocas quando foi governador do Rio de Janeiro (1983-1987 e 1991-1994), o que contribuiu drasticamente para o aumento da criminalidade, em especial do tráfico de drogas, agravado pela leniência oficial. Para piorar, proibiu a polícia de subir morro atrás de bandido, enquanto se encontrava alegremente, em seu gabinete, com banqueiros do jogo do bicho. Ao mesmo tempo, via espiões da CIA em cada esquina, xingava a Rede Globo e defendia a reforma agrária. Menos no Uruguai, onde criava umas cabecinhas de gado. Alavancou e promoveu a carreira política de grandes nomes da inteligência e da política nacional, como Agnaldo Timóteo e Anthony Garotinho.
Oportunista, Brizola seguiu à risca o conselho de Getúlio, de aproveitar para montar sempre a égua encilhada. Nas eleições presidenciais de 1989, em que chegou em terceiro lugar, perdendo por pouco para um tal sapo barbudo, ele desceu o malho no então candidato Fernando Collor de Mello, apenas para collorir depois que este foi eleito. Mas sua grande herança foram os CIEPs - Centros Integrados de Exercício com Pistolas. Cada tiro disparado por traficante numa favela do Rio de Janeiro é uma homenagem a Leonel Brizola.
Luiz Inácio Lula da Silva (n. 1945) - O Filho do Barril não poderia ficar de fora dessa lista. Também conhecido como "o cara" (de pau) é fundador e "presidente de honra" do PT, Partido da Tapeação.
Chefe da maior quadrilha e do maior esquema de corrupção da História do Brasil, gerenciado pelos compadres Zé Dirceu e Delúbio Soares e denunciado pelo Procurador-Geral da República. Amigo e irmão de ditadores, fundador, ao lado de Fidel Castro, do Foro de São Paulo, que durante quinze anos disseram que não existia.
Ex-sindicalista, não trabalha desde 1975, mas é o maior líder dos trabalhadores da História do Brasil. Foi preso por uma greve ilegal em 1980, quando enganou os carcereiros e os demais companheiros de cela numa "greve de fome" que durou três dias, tendo escondido debaixo do travesseiro um saco de balas Paulistinha. (Na mesma ocasião, sentindo-se muito solitário e em protesto contra o cruel regime militar, tentou estuprar um companheiro de cela.) Tomou gosto pela pantomima, aperfeiçoando-a nos anos seguintes, até atingir o estado da arte como animador de auditório.
Foi deputado federal, mas ninguém lembra do que fez no Congresso, nem ele mesmo (tanto que, ao ser eleito presidente da República, em 2002, esqueceu que tinha sido diplomado antes como deputado, dizendo, emocionadíssmo, que aquele era seu "primeiro diploma"). Passou anos vociferando contra todos os governos, em especial o de FHC, a quem nunca perdoou por tê-lo vencido em duas eleições no primeiro turno e diante de quem sempre se sentiu meio inferiorizado por este ter estudado e falar inglês e francês, enquanto ele ainda não passou da Fase I do bê-a-bá para mentalmente prejudicados.
Farsante e bravateiro, adotou a mesma política econômica do governo anterior, que vivia esculhambando, passando a reivindicar, confiante na falta de memória dos brasileiros, ter sido o pai da estabilidade econômica, além de inventor do Brasil e descobridor da Via-Láctea. Seu governo ajudou a alavancar as contas bancárias de amigos e parentes e a reabilitar figuras ilustres e impolutas da República como José Sarney e Fernando Collor de Mello, hoje firmes aliados de sua sucessora.
Dono de uma, digamos, sabedoria popularesca, aprendida nos churrascos com os companheiros e vendo os jogos do Corinthians, é um caso único na História, pois é filho de uma mulher que nasceu analfabeta. Expressão acabada do político vindo de baixo (do esgoto) e de demagogo populista, acharia lindo o epíteto, se soubesse o que é epíteto. Doutor honoris causa em embromação e fanfarronice, é a perfeita encarnação do apedeuta, não tendo estudado porque não quis (e quem disser isso é um preconceituoso e elitista).
Bonachão, é chegado numa pinga, mas não gosta que falem nisso - chegou a expulsar um jornalista gringo que teve a ousadia de escrever sobre o assunto, mostrando, assim, todo seu apreço pela liberdade de imprensa e de expressão. Homem sem complexos, só não gosta que o comparem a FHC, aquele metido. Também é reconhecidamente um sentimental, que chora por tudo: menos para as vítimas de ditaduras amigas, que compara a bandidos do PCC.
Canonizado e elevado à condição de Messias por intelectuais leitores de orelha de livros sobre Marx e Gramsci que acham o máximo suas batatadas (como dizer que o problema do aquecimento global é porque a Terra é redonda), é adorado por milhões de brasileiros, sejam militantes petistas e intelectuais marxistas, sejam milhões de pobres ignorantes comprados com o prato de lentilhas do Bolsa-Cabresto (o assistencialismo, aliás, era criticado duramente por ele antes de chegar ao poder).
Seus oito anos de viagens no Aerolula foram um deboche interminável das leis e das instituições, começando com o caso Waldomiro Diniz e com o mensalão e terminando com o escândalo Erenice Guerra. Sobre o mensalão, aliás, disse primeiro que não sabia de nada, depois que era caixa dois e que todo mundo fazia igual e, finalmente, que tinha sido traído. Só há pouco decidiu que foi uma tentativa de golpe das elites (pronuncia-se "zelite") e da "mídia". Recentemente, fizeram um filme sobre sua vida, ao custo de 16 milhões de reais, em que não se tocou em nenhum desses assuntos inconvenientes.
Espertalhão, picareta e gozador (com a nossa cara e com o nosso dinheiro), é o maior vigarista da história política brasileira. Sem oposição a lhe denunciar as pilantragens, conseguiu fabricar e emplacar, em tempo recorde, uma sucessora para esquentar a cadeira, enquanto prepara sua volta. Os brasileiros podem ficar tranquilos: como mostra a foto acima, o futuro do Brasil está nas mãos desse homem.
4 comentários:
maarvilha, gustavo
estou rindo até agora
estes são os santos da canalha esquerdista
Parabens Gustavo, os posts estao otimos. Em especial este e o anterior. Abraços!
Só uma pergunta: que tipo de provas há da tentativa do Lula em estuprar um colega de sala, digo, cela?
Excelente essa pequena galeria. Salvei-a e guardei. pretendo lê-la mais de uma vez. Só quero confirmar se o Luis Prestes subiu mesmo no palanque junto com o Getulio Vargas que entregou a mulher dele para o nazistas (o que eu acho que foi correto). Mas ele não deveria concordar com isso. Se esse episódio é verdadeiro, então tá comprovado que os principios morais dessas gente é tão rastejante (a lá Gransci) que explica esse acordo do Lula com Maluf.
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