Nonie Darwish é uma escritora e palestrante nascida no Egito em 1948. Quando criança, sua família mudou-se para a Faixa de Gaza, então controlada pelo governo egípcio. Seu pai, um oficial do Exército, era o Chefe do Serviço de Inteligência do Exército egípcio em Gaza. Como tal, organizou diversos ataques terroristas levados a cabo por militantes árabes ("fedayeen") contra a população de Israel - àquela época, anos 50, já havia terrorismo árabe contra Israel; não foi algo que surgiu somente após a derrota árabe na Guerra dos Seis Dias, em 1967, como se convencionou dizer depois.
.
.
Em 1956, comandos israelenses assassinaram, em represália, o pai de Nonie Darwish, que se tornou assim um "shahid" (mártir) da causa árabe. Em discurso, o então presidente do Egito, o coronel Gamal Abdel Nasser, então um ídolo para milhões de árabes, chegou a perguntar às duas filhas do militar assassinado, uma delas Nonie Darwish, ainda crianças: "qual de vocês duas irá vingar a morte de seu pai matando judeus?"
.
.
Diante do que está aí em cima, seria de esperar que Nonie Darwish, que nasceu no mesmo ano da criação do Estado de Israel, fosse uma antiisraelense e antissionista raivosa, uma aliada ou simpatizante, quando não militante ostensiva, de organizações palestinas radicais, como outrora foi a OLP de Yasser Arafat, ou uma devota fanática do terrorismo islamita praticado pelo Hamas ou pelo Hezbollah. Seria de esperar que ela fosse uma senhora amargurada, cheia de ódio e ressentimento, desejando do fundo de sua alma a destruição completa do Estado de Israel, com a consequente aniquilação de sua população. Certo?
.
.
Pois é. Se você pensou assim, sinto informar, mas você está errado. Completamente errado. Dolorosamente errado.
.
.
Pois Nonie Darwish não apenas NÃO é uma inimiga jurada de Israel e dos israelenses, como se transformou numa das mais ardorosas defensoras da paz com Israel. Mais que isso: ela é uma das poucas vozes árabes que defendem abertamente Israel e seu direito de existir. Em seu site, arabsforisrael.com, ela não poupa críticas aos governos árabes, aos quais acusa de se utilizarem do drama do povo palestino com objetivos políticos a fim de atacar Israel, negando, por exemplo, o direito dos palestinos adotarem a nacionalidade dos países em que se encontram, mesmo se forem casados com um nacional da Síria ou da Arábia Saudita. É essa estratégia claramente demagógica, e não a ação de Israel, aponta Darwish, a responsável pela miséria do povo palestino, que se arrasta por décadas.
.
.
Sobre a morte de seu pai, Darwish dá o seguinte depoimento: "Eu sempre culpei Israel pela morte de meu pai, porque foi isso que me foi ensinado. Eu nunca procurei saber por que Israel matou meu pai. Meu pai foi morto porque os fedayeen estavam matando israelenses. Meu pai foi morto porque, quando eu era menina, tínhamos que recitar poesia que pregava a jihad contra Israel. Ficávamos com lágrimas nos olhos, prometendo que queríamos morrer. Eu falo para gente que pensa que não havia terrorismo contra Israel antes da guerra de 67. Como podem negar isso? Meu pai morreu por isso."
.
.
Quanto ao Islã, com quem rompeu há anos, Darwish é também incisiva. Ela afirma que o Islã é uma ideologia retrógrada e autoritária que está tentando impor ao mundo normas de comportamento e de pensamento do século VII. Vai mais além: o Islã é uma força sinistra a que devemos resistir e conter. Ela diz ser difícil compreender como toda uma religião e uma cultura acredita que Deus ordena a matança de não-crentes, e acusa o Islã e a Sharia (a lei islâmica, vigente em países como o Irã) de, com sua incitação ao ódio e à violência, aumentar a miséria no mundo. Para ela, o Corão é um texto "violento, incendiário e desrespeitoso", que enaltece a brutalização de mulheres, a perseguição de homossexuais, assassinatos por honra, a decapitação de apóstatas e o apedrejamento de adúlteros, entre outras barbaridades.
.
Naturalmente, Nonie Darwish é um alvo frequente de ameaças de morte por parte dos fundamentalistas islamitas, que veem nela uma "traidora" da causa islâmica, ainda mais porque ela se converteu ao cristianismo e é hoje cidadã dos EUA. Mas, como ocorre com todos os que lutam o bom combate, ela não se intimida. Pelo contrário: as acusações de heresia e de apostasia apenas fortalecem sua disposição de combater o obscurantismo islamofascista e defender a paz com Israel. Seu último livro, aliás, tem um título sugestivo: Now They Call me Infidel (Agora eles me chamam de infiel).
Naturalmente, Nonie Darwish é um alvo frequente de ameaças de morte por parte dos fundamentalistas islamitas, que veem nela uma "traidora" da causa islâmica, ainda mais porque ela se converteu ao cristianismo e é hoje cidadã dos EUA. Mas, como ocorre com todos os que lutam o bom combate, ela não se intimida. Pelo contrário: as acusações de heresia e de apostasia apenas fortalecem sua disposição de combater o obscurantismo islamofascista e defender a paz com Israel. Seu último livro, aliás, tem um título sugestivo: Now They Call me Infidel (Agora eles me chamam de infiel).
.
Os idiotas e cretinos de todos os tipos, que se acostumaram a atacar sem trégua a ação militar de Israel contra seus inimigos mas se omitem de condenar o islamofascismo e o terrorismo islamita, certamente veem em Nonie Darwish uma aberração, ou nada mais que uma "traidora" da causa árabe e palestina. Sobretudo nossos esquerdiotas, que adoram posar de bons-moços e adorariam ver Israel riscado do mapa, mas não ousam admiti-lo em público, veem nela só mais uma conservadora de direita - como se "conservador" e "de direita" fossem verdadeiros anátemas. Certamente, imaginam que uma mulher com sua história de vida, obrigatoriamente, deveria estar vociferando contra o "terrorismo de Israel", ou até mesmo se lançando em um ataque homicida-suicida como mulher-bomba contra algum mercado israelense cheio de gente. Diante de uma mulher corajosa que faz exatamente o contrário, e não hesita em criticar duramente os ditos "moderados" que silenciam diante da violência terrorista e genocida de grupos como o Hamas, ficam estarrecidos. Não percebem, em sua estupidez, que é exatamente por causa de sua história de vida, e não apesar dela, que Nonie Darwish se converteu numa defensora de Israel e adversária implacável do terror islamita. Ela ousou desafiar o discurso do ódio pregado durante décadas contra os judeus e demais habitantes de Israel por mulás fanáticos e governos despóticos do Oriente Médio. Ao fazer isso, ela percebeu o óbvio: que a única solução para o problema israelo-palestino é o reconhecimento do direito de Israel à existência. Enquanto tanta gente não perceber isso, não haverá qualquer chance para a paz na região, e o ciclo de violência se perpetuará.
.
.
Acrescentei o site de Nonie Darwish à minha lista de favoritos no blog. Vale a pena dar uma olhada. É um raio de luz em meio à escuridão. Uma voz da razão em meio à barbárie.
Um comentário:
hahahahaha
Os anti-Israel de plantão, certamente em sua maioria simples antissemitas oportunistas, gostam de citar judeus que criticam Israel, o que dirão agora ao ver os "árabes por Israel"?
Postar um comentário