quarta-feira, abril 22, 2009

AHMADINEJAD, O QUERIDINHO DAS ESQUERDAS


Ao discursar na Conferência sobre o Racismo da ONU, em Genebra, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, aproveitou o evento para atacar, mais uma vez - adivinhem - Israel, chamando-o de um país "racista", negando seu direito à existência etc. etc. Diante de tal disparate, as delegações dos países europeus, presentes à reunião, fizeram a única coisa decente a se fazer numa situação dessas: retiraram-se da sala. Fizeram muito bem!

Que uma conferência das Nações Unidas sobre racismo conte com a presença de Ahmadinejad, um racista e antissemita declarado, que já afirmou em alto e bom som que o Holocausto nazista é uma ficção e que deseja a destruição de Israel, já é de um absurdo e de uma desfaçatez sem limites. Daí a decisão - acertada, como se verificou - dos EUA e de Israel, bem como de vários países europeus, de boicotar a reunião. Que o discurso de Ahmadinejad tenha ocorrido poucas horas antes de os israelenses lembrarem a memória dos 6 milhões de mortos pelos nazistas no Holocausto (Shoah), é algo que só pode ser entendido como uma provocação antissemita.


Curiosamente, muitos que se mostram indignados com a discurseira racista de Ahmadinejad na Conferência sobre o Racismo de Genebra costumam referendar suas teses, mesmo sem o saber, quando se trata de atacar Israel e seu direito de se defender. Nem vou falar aqui de uma certa esquerda, representada por tipos como o bufão venezuelano Hugo Chávez, que já anunciou até uma "aliança estratégica" com os imãs iranianos contra o Satã imperialista norte-americano. Vou me referir aos "moderados" mesmo, os chamados "vegetarianos" (que melhor seria chamar de herbívoros).
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No começo do ano, um verdadeiro exército de "progressistas" bombardeou o governo israelense por sua decisão de caçar e eliminar os terroristas islamitas do Hamas, que da Faixa de Gaza lançavam ataques com mísseis contra Israel. Choveram protestos de todos os lados, com acusações de "racismo" e até mesmo "genocídio" contra a ação militar israelense. Uma frase mal-interpretada e retirada do contexto do presidente israelense Shimon Peres, segundo a qual Israel, ao contrário do Hamas, cuida de suas crianças - o que é, aliás, a mais pura verdade -, foi utilizada como arma de propaganda contra Israel, como "prova" de uma atitude "racista" e "etnocêntrica". Em Davos, na Suiça, o representante da Turquia chegou mesmo a abandonar um debate com Peres, que ficou falando sozinho. De volta a seu país, foi recebido como herói.
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Em meio a essa onda antiisraelense, quase ninguém lembrou que o Hamas, que usa a população palestina como escudo humano, é um grupo fundamentalista terrorista e genocida, que tem por objetivo, nada mais nada menos, a destruição de Israel - ou seja, um novo Holocausto. Do mesmo modo, pouca gente lembrou que o principal patrocinador do Hamas é o Irã de Mahmoud Ahmadinejad. Muita gente, aliás, em geral as mesmas pessoas que estão agora ardendo de indignação pelas palavras do presidente iraniano, acredita piamente que é possível negociar com figuras desse tipo, vendo no culto obamista a nova religião redentora da humanidade.

Por falar em Ahmadinejad, ele virá ao Brasil no começo de maio, onde será oficialmente recebido por Lula da Silva, com tapete vermelho e honras de chefe de Estado. Adivinhem o que dirão os sábios do governo Lula e do Itamaraty? Falarão em pragmatismo, relações com todos os países, cooperação Sul-Sul, balança comercial, essas coisas. Só não falarão o que é preciso dizer: que Ahmadinejad é um fanático racista e antissemita, patrocinador oficial de pelo menos dois grupos terroristas - enfim, um perigo para a humanidade, e que fechar os olhos para esse fato é cumplicidade com o crime e com a demência, um atestado de delinquência ideológica e intelectual.

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PS.: E o Brasil, como se comportou na referida conferência sobre o racismo de Genebra? A resposta, quem a dá é o chefe da delegação brasileira, o Ministro da Integração Racial (?!), Edson Santos (quem?). Em entrevista a um jornal do Paraná, logo após a reunião, o ministro negou que o discurso de Ahmadinejad tenha sido racista. Culpou, ainda, os próprios judeus pela existência do antissemitismo (!). Tivesse ele culpado os negros pelo racismo, como seria isso chamado? Racismo, claro. É o Brasil caminhando célere rumo à - como é mesmo? - "integração racial"...

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