Mais uma vez, o bufão da Venezuela, coronel Hugo Chávez, mostrou que não tem senso do ridículo. E, mais uma vez, a grande imprensa se deixou levar na onda. Na 5ª Cúpula das Américas, que ora se realiza em Trinidad e Tobago, Chávez fez questão de presentear o presidente dos EUA, Barack Obama, com um livro. Que livro? As Veias Abertas da América Latina, do uruguaio Eduardo Galeano.
Se Chávez tivesse escolhido a coleção completa de Recruta Zero ou de Reco-Reco, Bolão e Azeitona, teria regalado o mandatário estadunidense com uma obra de muito maior valor e estofo intelectual. O livro de Galeano é um dos piores já escritos na história da humanidade, não passa de um panfleto choroso e mal-ajambrado contra o “imperialismo” e a “exploração” das potências européias – e, claro, dos EUA, responsabilizados por todos os males do continente, passados e presentes.
Ao contrário de amigos seus, como o Apedeuta, que sabidamente nunca leu um livro na vida – e que é louvado por muitos intelequituais por isso –, Chávez faz o tipo “intelectual”, malgrado a grossura. Ele gosta de bancar o professor. Em seu programa dominical de rádio e televisão, vira e mexe ele recomenda livros à platéia, como os de Noam Chomsky e o que ele deu de presente a Obama. Ou seja, sempre livros de propaganda esquerdista mais vulgar e vagabunda, do tipo que nossos professores da USP adoram e que ainda fazem a cabeça de muitos idiotas mundo afora.
A grande imprensa, claro, bateu palmas para o gesto de Chávez, considerando-o mais um sinal de “reaproximação” entre a América Latina (representada por Chávez, vejam só...) e os EUA. Não percebeu, ou não quis perceber, que tudo foi mais um teatrinho do proto-ditador de Caracas, mais uma jogada em sua cruzada retórica contra o “império”.
Esse tipo de teatro trash-ideológico não seria possível se Barack Obama não fosse o atual ocupante da Casa Branca. Obama, como se sabe, está sendo incensado por ter dado um passo “histórico” (como tudo que ele faz, aliás), ao retirar restrições a visitas e remessas de dinheiro a Cuba, medida que foi logo interpretada como o sinal de uma nova relação dos EUA com a América Latina etc. etc. O aperto de mão que trocou com Chávez, no início da conferência, bem como o presente do livro, estão sendo vistos nesse contexto. De fato, há uma mudança nisso aí. Nos discursos de Chávez, o presidente dos EUA deixou de ser “el diablo” e passou a ser o “pobre ignorante”...
Como não poderia deixar de ser, os governos aliados da castradura cubana, como os de Chávez e o de Lula da Silva, aproveitaram o palco da Cúpula das Américas para defender o retorno de Cuba à OEA etc. etc. Como se o fato de Cuba ser uma tirania dependesse não dos irmãos Castro, há cinqüenta anos no poder, mas, única e exclusivamente, dos EUA e de seu “bloqueio” (aliás, inexistente, ver artigo anterior). Ninguém parece se importar com o fato de que, até o momento, as possibilidades de a tirania cubana retribuir o gesto norte-americano, abolindo a censura e realizando eleições livres, por exemplo, são mais do que remotas. Aliás, até o momento em que escrevo estas linhas, não vi Lula ou Celso Amorim falarem nenhuma vez de democracia e respeito aos direitos humanos na ilha-presídio.
Mas voltemos ao livro de Galeano. Como disse antes, é uma das piores coisas já saídas de um cérebro humano. Por esse motivo, aí vão algumas dicas minhas de leitura que, espero, sejam de alguma utilidade para Chávez da próxima vez que quiser presentear o presidente dos EUA.
Ele poderia começar com o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, de Plínio Apuleyo Mendoza, Álvaro Vargas Llosa e Carlos Alberto Montaner, que faz um apanhado bastante abrangente de todas as taras ideológicas da esquerda do continente, a começar pelo antiamericanismo, essa doença que parece resistir à qualquer tentativa de cura. Serve como uma luva para compreender a forma de "pensar" de figuras como Chávez. O livro, aliás, tem um apêndice em que os autores dissecam os dez livros que mais emocionaram o perfeito idiota latino-americano. Adivinhem que obra mereceu o primeiro lugar na lista? Se você pensou no livro de Eduardo Galeano, acertou em cheio.
Outro livro que eu sugeriria é A Obsessão Antiamericana, do filósofo francês Jean-François Revel, o qual, como o próprio título indica, demonstra sem compaixão as origens e (in)conseqüências do antiamericanismo, algo caro a Chávez. Bastante interessante e oportuno também é Como Terminam as Democracias, do mesmo autor, que, embora escrito há mais de vinte anos, parece descrever à perfeição o que está se passando hoje em países como a Venezuela e a Bolívia.
Mas, se o fanfarrão venezuelano preferir uma obra de um autor de seu próprio país, pode tentar o clássico Do Bom Selvagem ao Bom Revolucionário, de seu conterrâneo Carlos Rangel, um dos livros que melhor dissecou o pensamento esquerdopata na América Latina, com sua atração por líderes demagogos e caudilhos populistas. Ou então um outro livro do mesmo autor, Ideologia Terceiro-Mundista, que descreve de forma clara e objetiva esse mito político do século XX, que só gerou – e continua a gerar – atraso e autoritarismo.
Como esses, eu poderia sugerir muitas outras leituras, uma biblioteca inteira de obras que deixam no chinelo as patacoadas esquerdopatas dos Galeanos e Chomskys da vida. Mas desconfio que minhas sugestões não serão bem acolhidas pelo caudilho de Miraflores. É que esses livros são para pensar, não para fazer teatro em reuniões internacionais perante uma imprensa embasbacada e um presidente dos EUA que, infelizmente, se presta a esse tipo de patetice.
Se Chávez tivesse escolhido a coleção completa de Recruta Zero ou de Reco-Reco, Bolão e Azeitona, teria regalado o mandatário estadunidense com uma obra de muito maior valor e estofo intelectual. O livro de Galeano é um dos piores já escritos na história da humanidade, não passa de um panfleto choroso e mal-ajambrado contra o “imperialismo” e a “exploração” das potências européias – e, claro, dos EUA, responsabilizados por todos os males do continente, passados e presentes.
Ao contrário de amigos seus, como o Apedeuta, que sabidamente nunca leu um livro na vida – e que é louvado por muitos intelequituais por isso –, Chávez faz o tipo “intelectual”, malgrado a grossura. Ele gosta de bancar o professor. Em seu programa dominical de rádio e televisão, vira e mexe ele recomenda livros à platéia, como os de Noam Chomsky e o que ele deu de presente a Obama. Ou seja, sempre livros de propaganda esquerdista mais vulgar e vagabunda, do tipo que nossos professores da USP adoram e que ainda fazem a cabeça de muitos idiotas mundo afora.
A grande imprensa, claro, bateu palmas para o gesto de Chávez, considerando-o mais um sinal de “reaproximação” entre a América Latina (representada por Chávez, vejam só...) e os EUA. Não percebeu, ou não quis perceber, que tudo foi mais um teatrinho do proto-ditador de Caracas, mais uma jogada em sua cruzada retórica contra o “império”.
Esse tipo de teatro trash-ideológico não seria possível se Barack Obama não fosse o atual ocupante da Casa Branca. Obama, como se sabe, está sendo incensado por ter dado um passo “histórico” (como tudo que ele faz, aliás), ao retirar restrições a visitas e remessas de dinheiro a Cuba, medida que foi logo interpretada como o sinal de uma nova relação dos EUA com a América Latina etc. etc. O aperto de mão que trocou com Chávez, no início da conferência, bem como o presente do livro, estão sendo vistos nesse contexto. De fato, há uma mudança nisso aí. Nos discursos de Chávez, o presidente dos EUA deixou de ser “el diablo” e passou a ser o “pobre ignorante”...
Como não poderia deixar de ser, os governos aliados da castradura cubana, como os de Chávez e o de Lula da Silva, aproveitaram o palco da Cúpula das Américas para defender o retorno de Cuba à OEA etc. etc. Como se o fato de Cuba ser uma tirania dependesse não dos irmãos Castro, há cinqüenta anos no poder, mas, única e exclusivamente, dos EUA e de seu “bloqueio” (aliás, inexistente, ver artigo anterior). Ninguém parece se importar com o fato de que, até o momento, as possibilidades de a tirania cubana retribuir o gesto norte-americano, abolindo a censura e realizando eleições livres, por exemplo, são mais do que remotas. Aliás, até o momento em que escrevo estas linhas, não vi Lula ou Celso Amorim falarem nenhuma vez de democracia e respeito aos direitos humanos na ilha-presídio.
Mas voltemos ao livro de Galeano. Como disse antes, é uma das piores coisas já saídas de um cérebro humano. Por esse motivo, aí vão algumas dicas minhas de leitura que, espero, sejam de alguma utilidade para Chávez da próxima vez que quiser presentear o presidente dos EUA.
Ele poderia começar com o Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, de Plínio Apuleyo Mendoza, Álvaro Vargas Llosa e Carlos Alberto Montaner, que faz um apanhado bastante abrangente de todas as taras ideológicas da esquerda do continente, a começar pelo antiamericanismo, essa doença que parece resistir à qualquer tentativa de cura. Serve como uma luva para compreender a forma de "pensar" de figuras como Chávez. O livro, aliás, tem um apêndice em que os autores dissecam os dez livros que mais emocionaram o perfeito idiota latino-americano. Adivinhem que obra mereceu o primeiro lugar na lista? Se você pensou no livro de Eduardo Galeano, acertou em cheio.
Outro livro que eu sugeriria é A Obsessão Antiamericana, do filósofo francês Jean-François Revel, o qual, como o próprio título indica, demonstra sem compaixão as origens e (in)conseqüências do antiamericanismo, algo caro a Chávez. Bastante interessante e oportuno também é Como Terminam as Democracias, do mesmo autor, que, embora escrito há mais de vinte anos, parece descrever à perfeição o que está se passando hoje em países como a Venezuela e a Bolívia.
Mas, se o fanfarrão venezuelano preferir uma obra de um autor de seu próprio país, pode tentar o clássico Do Bom Selvagem ao Bom Revolucionário, de seu conterrâneo Carlos Rangel, um dos livros que melhor dissecou o pensamento esquerdopata na América Latina, com sua atração por líderes demagogos e caudilhos populistas. Ou então um outro livro do mesmo autor, Ideologia Terceiro-Mundista, que descreve de forma clara e objetiva esse mito político do século XX, que só gerou – e continua a gerar – atraso e autoritarismo.
Como esses, eu poderia sugerir muitas outras leituras, uma biblioteca inteira de obras que deixam no chinelo as patacoadas esquerdopatas dos Galeanos e Chomskys da vida. Mas desconfio que minhas sugestões não serão bem acolhidas pelo caudilho de Miraflores. É que esses livros são para pensar, não para fazer teatro em reuniões internacionais perante uma imprensa embasbacada e um presidente dos EUA que, infelizmente, se presta a esse tipo de patetice.
Um comentário:
O livro revela muita coisa. Deve ser por isso que você tem tanta raiva. Esse Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano é a sua cara. Como diz o senso comum, que é o parametro para você fazer seus comentários, cada uma oferece o que tem. Fazer o que né...
kkkkkk
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