quarta-feira, outubro 05, 2011

A ESTUPIDEZ DO ANTIAMERICANISMO

Leiam o que um anônimo me escreveu:

"O que tem a ver Hiroshima e Nagasaki com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001? Nada, claro."O que ?? como assim nada?? , vejo que sua obstinação em defender a America chega a escurecer o seu entendimento, sua mente tão brilhante se torna obscura e cega até mesmo seu tão alardeado entendimento.Osama Bin Laden é fruto direto da guerra fria.Quando a Russia invadiu um até então pais pequeno e desconhecido, que rota de hippies. Para socorrer esse país os bondosos americanos injetaram tecnologia, armas e dinheiro na família que dominava a região ...a família " Bin Laden" e o resto é historia, inclusive da amizade historia com a família Bush, algo que curiosamente você nunca publicou em seu blog.

O comentário acima foi publicado sobre meu último post, O BODE EXPIATÓRIO DO MUNDO, em que trato da religião que mais avança no mundo: o antiamericanismo bocó e rombudo, que chega ao ponto de "se indignar" diante da simples lembrança (!) dos ataques de 11 de setembro ("os EUA são sempre o lado mau e perverso, jamais são vítimas" etc.). Como qualquer pessoa com um mínimo de inteligência pode perceber (sem falar em senso de humanidade), trata-se de uma idiotice sem tamanho, despejada aqui por alguém que já se deixou intoxicar totalmente pela propaganda ideológica mais cretina. Mesmo assim, vou responder a mais essa patacoada.

Começo perguntando, mais uma vez: o que tem a ver Hiroshima e Nagasaki com os atentados de 11 de setembro? Bin Ladin virou terrorista por causa do que aconteceu com o Japão em 1945? Então os terroristas da Al-Qaeda fizeram o que fizeram para, sei lá, "vingar" os japoneses? Foi isso?

Dizer que Bin Ladin foi um “fruto direto da Guerra Fria” é o mesmo que afirmar que somos frutos diretos dos dinossauros, porque afinal viemos depois deles... Não se deve confundir anterioridade com causalidade. Quando Bin Ladin foi ao Afeganistão lutar contra os soviéticos, ele o fez para combater os "infiéis", em nome da "jihad", a "guerra santa" islâmica. Já era, portanto, um fanático islamita. O que isso tem a ver com o que os EUA fizeram, antes ou depois?

Outra coisa: os EUA injetaram dinheiro e armas para os grupos mujahidin que combatiam o exército sovietico no Afeganistão, mas de onde o leitor tirou que "a família que dominava a região" era os bin ladins? Bin Ladin era um renegado dentro da própria família: esta não teve nada a ver com o que ele fez. Daí porque o fato de que os Bush tinham amizade com os Bin Ladin não quer dizer absolutamente nada (a não ser, claro, que você seja uma mente delirante e conspiracionista, do tipo Michael Moore). Sem falar que, entre os grupos apoiados por Washington no Afeganistão, estiveram vários que não se tornaram terroristas. Portanto, afirmar que Bin Ladin seria uma “criação dos EUA” é uma falácia, para dizer o mínimo.

Mas digamos que sim, Bin Ladin tenha feito o que fez porque queria vingar Hiroshima, era um fruto direto da Guerra Fria e Bush era amigo da familia: em que – repito: em que – isso justificaria a morte de 3 mil pessoas? O que os mortos em 11 de setembro de 2001 tinham a ver com isso?

Como já disse, o que incomoda os antiamericanos, velados ou não, é que os EUA foram vítimas de um ataque terrorista, e isso nao podem negar. Obstinados em negar o óbvio, tentam achar justificativas para o que aconteceu dez anos atrás. Em um verdadeiro monumento à estupidez humana, desembocam sempre no mesmo raciocínio delinquente: os ataques teriam sido não um crime monstruoso contra a humanidade cometido por um bando de dementes, mas uma "resposta dos oprimidos" à "política internacional dos EUA" etc. E isso independentemente do que tenham feito ou deixado de fazer. Enfim, ODEIAM OS EUA NÃO PELO QUE FIZERAM, MAS PELO QUE SÃO: a terra da democracia e da liberdade, não importa o que digam.

Agora tenho um motivo a mais para não dar trela a esse discurso idiota: tenho sempre que ensinar o bê-à-bá a quem é incapaz de raciocinar em posição ereta. E isso, tenho de admitir, é um teste de paciência.

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