sábado, setembro 17, 2011

É POR ESTAS E OUTRAS QUE DEFENDO ISRAEL

Juro que um dia ainda vou descobrir que estranho mecanismo psíquico leva algumas pessoas a, voluntariamente, passarem vergonha. Por exemplo, entrando em blogs alheios para postar cretinices as mais absurdas na área de comentários, mostrando-se em toda sua empáfia e ignorância.

Um bestalhão desses aí achou que poderia responder a meu post "UM ANO DEPOIS, O DESMONTE DE UMA FARSA", sobre a patuscada monumental, desmascarada agora por um relatório da própria ONU, montada no ano passado por uma ONG "humanitária" mancomunada com os fanáticos terroristas do Hamas para provocar uma cena de sangue que deixasse Israel mal na fita. Do texto mesmo, o dito-cujo não diz uma palavra. Em vez disso, repete um punhado de clichês antiisraelenses e acaba revelando seu ódio - atenção - contra um povo. Vejam o que despejou aqui o energúmeno, que se esconde no anonimato:

Mais uma vez entra em cena um personagem, que ignora historia e que despeja impropérios os quais ignora seu contexto.

Imagino que o tal "personagem" a que se refere o autor da frase acima seja eu. Digo "imagino" porque a construção torturada da oração ("despeja impropérios os quais ignora seu contexto"...) permite diferentes interpretações. O autor do enunciado diz que ignoro a História, mas se mostra totalmente ignorante em análise sintática. Tanto que desconhece a expressão "cujo" (dica: "impropérios cujo contexto ignora" fica melhor).

O que os palestinos tem ?? nada... um povo que foi tirado de sua terra,de sua historia por decisão de terceiros ( ONU ).

Eu vou dizer o que os palestinos têm (e não "tem", a menos que o verbo venha no singular): uma liderança irresponsável e demagógica na Cisjordânia, que já recusou várias ofertas de paz desde o tempo de Arafat, e um governo terrorista na Faixa de Gaza (o Hamas), que se recusa a reconhecer o direito de Israel existir e faz de tudo para sabotar o processo de paz na região. Para tanto, opõe-se à criação do Estado palestino, conforme os acordos de Oslo de 1993 (surpreso?).

Outra coisa: gostaria de saber que decisão recente da ONU foi favorável aos israelenses e contrária aos palestinos. Digamos, nos últimos quinze anos. Estou curioso.

Se o leitor está se referindo à decisão da ONU que criou o Estado de Israel, em 1947, a idéia de Estado palestino (e mesmo de "povo palestino") era inexistente à época, só se impondo depois da derrota árabe na Guerra dos Seis Dias (1967). Até lá, e mesmo depois, adivinhe de onde partiu a maior oposição à idéia de um Estado palestino: dos países... árabes (Egito e Síria, principalmente).

Por que estou dizendo isso? Porque ignoro a História do Oriente Médio, claro.

Uma nação sem território, se isso não fosse o bastante, um povo privado dos mais básicos direitos como alimentação e remédios.

O território já está definido desde 93. Falta apenas o Hamas concordar com a existência dos dois estados, convivendo lado a lado. Para isso, só precisa fazer duas coisas: reconhecer a existência do outro lado e renunciar ao terrorismo (assim como fez a Fatah de Arafat). Quando farão isso?

Quanto ao povo palestino estar privado dos direitos à alimentação, remédios etc., Israel se ofereceu para fazer chegar a "ajuda humanitária" que a ONG IHH afirmava trazer aos palestinos em Gaza. O bloqueio também existia pelo lado egípcio, mas jamais se leu ou ouviu um pio sobre isso. Por que será?

Diante do terrorismo de Israel o terrorismo do Hamas é como um sussurro que responde a um grito.

Nem sei se vale a pena comentar isso... Mas vamos lá, didaticamente: o Hamas prometeu destruir Israel, varrer o país do mapa, e só não mata mais civis por causa da vigilância israelense. Seu objetivo é instalar um Estado teocrático islâmico, à semelhança do Irã. Em 2007, o grupo deu um golpe em Gaza e massacrou seus rivais da Fatah. Dezenas foram mortos a tiros e degolados. Parece um sussuro?

Israel sim é uma nação terrorista.

Há governos que praticam o terrorismo. Há, inclusive, Estados terroristas. Mas não existe "nação terrorista". O Irã, por exemplo, é um Estado patrocinador do terrorismo, mas a nação iraniana, o povo iraniano, não. Nação é uma coisa; Estado, é outra. A identificação entre os dois como se fosse uma coisa só é algo típico de fascistas, como os criminosos do Hamas e do Hezbollah. Aqui o autor da frase acima revelou sua verdadeira face antissemita - considera uma nação inteira, no caso o povo judeu, como "terrorista" (o qual, portanto, deve ser eliminado).

Sem falar que a frase acima, no contexto em que está colocada, dá a entender que o Hamas não seria terrorista, e que esse epíteto caberia, em vez disso, a Israel. Algo assim como dizer que a Al-Qaeda é um clube de caridade, e os EUA, um império totalitário e fundamentalista... Se alguém conhece algo mais cretino do que isso, por favor escreva para o blog.

Páro por aqui. Mais não digo, para poupar o anônimo autor do comentário de maior humilhação. Mas é só pedir de novo, e terei prazer em expô-lo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pergunta: Por que os palestinos deveriam aceitar o acordo de Oslo (93) se o mesmo não estava de acordo com os seus interesses políticos e geográficos da criação de um Estado Palestino?