segunda-feira, janeiro 28, 2008

O FIM DE UM TABU


Mal pude acreditar quando vi. Mas está lá, na Veja desta semana. Um artigo de duas páginas, assinado por Reinaldo Azevedo, sobre o Foro de São Paulo, cujo título diz tudo: "O Foro de São Paulo não é uma fantasia" (edição n. 2045, páginas 60 e 61). Finalmente, depois de uma tímida referência ao Foro em reportagem sobre as FARC na edição da semana passada, um jornalista tem a coragem e ousadia de quebrar abertamente este que é o maior tabu dos meios de informação brasileiros nos dias de hoje. Um golaço para a liberdade de imprensa e contra o obscurantismo ideológico. Cito um trecho:

"Os petistas falam do Foro sem receio. Fizeram-no no vídeo preparado para o 3. Congresso do partido, no fim de agosto e início de setembro do ano passado. Procure no Youtube. Parte do jornalismo brasileiro, no entanto, pretende que tratar do assunto é dar asas a uma fantasia paranóica. Eis uma prática antiga da esquerda. Ela sempre foi craque em ridicularizar a verdade, transformando-a numa caricatura, de modo que seus adversários intelectuais ou ideológicos não encontrem senão a solidão e o desamparo".

O artigo de Reinaldo Azevedo sobre o Foro de São Paulo entrará para a história do jornalismo brasileiro como um marco na denúncia das maquinações esquerdistas para alcançar o controle hegemônico da sociedade. Eu recomendo recortá-lo e colá-lo na parede, emoldurado como um quadro ou um troféu. Assim deve fazê-lo, a meu ver, qualquer pessoa que ainda tenha um mínimo de compromisso com a verdade e que se oponha a qualquer tentativa de acobertamento da mesma em favor de um projeto ideológico de poder. O Foro de São Paulo, como eu já disse neste blog inúmeras vezes e não me canso de repetir, é a maior ameaça à democracia na América Latina desde a OLAS, nos anos 60, funcionando como um verdadeiro Comintern cucaracha, para "restaurar no continente o que se perdeu no Leste Europeu" (ou seja, o comunismo). Dele fazem parte Lula da Silva e o ditador perpétuo de Cuba, Fidel Castro (seus fundadores), além das FARC e outras agremiações de extrema esquerda. E, apesar de seus objetivos totalitários não serem nenhum segredo, estando inclusive divulgados fartamente na internet, durante quase vinte anos se cobriu o Foro com um véu de silêncio na grande mídia brasileira, o qual somente agora começa a ser rasgado. Não é para menos. Em 2005, por exemplo, Lula confessou em discurso no aniversário de quinze anos do Foro ter trabalhado para consolidar a vitória de Hugo Chávez no plebiscito de agosto de 2004 que lhe garantiu a permanência no poder na Venezuela, numa clara interferência na política interna do país vizinho. E isso é só a ponta do iceberg.

Resta agora saber o que dirão os companheiros defensores de Lula e do PT, assim como a legião de analistas "sérios" que se dedicaram, nos últimos anos, a descartar qualquer menção ao Foro como obra de algumas mentes paranóicas e reacionárias. Certamente, gastarão seus (parcos) neurônios atacando o mensageiro, e não a mensagem, questionando a credibilidade da revista e do autor do artigo, o qual deverá ser alvo dos insultos e ofensas pessoais de praxe. É típico dos esquerdistas agirem assim, toda vez que são desmascarados. Também resta saber o que será, a partir de agora, da carreira jornalística de Reinaldo Azevedo, depois de tamanha ousadia. Basta lembrar o que houve com o filósofo Olavo de Carvalho, o primeiro a denunciar abertamente na imprensa brasileira a existência e os objetivos do Foro de São Paulo, e que teve como prêmio por sua ousadia uma carta de demissão do jornal O Globo e da revista Época alguns anos atrás. Espera-se que a Veja não demonstre a mesma pusilanimidade das publicações da família Marinho.

A cortina de silêncio cúmplice e covarde que cobria a maior articulação estratégica da esquerda revolucionária continental foi descerrada. Não há mais como negar sua existência, assim como não é mais possível negar a cumplicidade do governo Lula da Silva com ditadores assassinos e narcotraficantes. Se isso não valer pelo menos uma CPI, é porque estamos todos dominados.

Um comentário:

Stefano di Pastena disse...

Excelente análise, mas eu posso apostar que este artigo do R.A. não bastará para transpor o muro da mentira que a maldita, ordinária e safada imprensa nacional criou ao redor de seus heróis comunas.