sexta-feira, março 01, 2013

VOCÊ SABIA...? 100 FATOS QUE OS BAJULADORES DA DITADURA CUBANA NÃO IRÃO CONTESTAR

1 - Antes da tomada do poder por Fidel e Raúl Castro, em 1959, Cuba tinha o 3. PIB per capita da América Latina e um dos melhores níveis de vida do continente, com uma numerosa classe média, ocupando o 11. lugar em qualidade de vida, inclusive nos quesitos saúde e educação, não no continente, mas no mundo?
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2 - Cuba, que é hoje um dos paises mais pobres das Américas (só perde para o Haiti), era, antes de 1959, mais rico do que a Espanha e a Áustria, e tão rico quanto a Itália?

3 - Cuba, que hoje é um país recordista em número de exilados (2 milhões desde 1959), era, nos anos 50, um país de imigrantes, e não de emigrantes? (Somente na embaixada cubana em Roma, ocorreram 12 mil pedidos de visto para Cuba em 1957)
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4 – O salário médio do trabalhador cubano em 1958 era superior ao da maioria dos países europeus?
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5 - O índice de alfabetização em Cuba – apresentada como uma "conquista" do regime castrista – era de cerca de 80% da população antes de Fidel? (Só para comparar: no Brasil, era de 50%.)

6 - Cuba, onde hoje impera a censura e a única imprensa permitida é a controlada pelo Estado, tinha uma das imprensas mais dinâmicas e plurais do mundo, com mais aparelhos de TV per capita do que a Áustria e a Alemanha, e já possuía TV em cores em 1958? (No Brasil, a TV em cores só chegou em 1972.)

7 - Ao contrário da lenda castrista de que a ilha era um paraíso do jogo e da prostituição, só havia 8 (oito!) cassinos em toda Cuba antes de serem proibidos? E o número de prostitutas em Havana não era maior do que o existente em qualquer cidade turística do mundo, como Mônaco?

8 - Em 1958, mais cubanos passaram férias nos EUA do que norte-americanos em Cuba?

9 - Diferente do mito apregoado há mais de cinco décadas, a economia cubana não era dominada por empresas norte-americanas, e os investimentos dos EUA na ilha, em vez de aumentarem, estavam em declínio desde a década de 30?

10 - Fidel Castro começou sua carreira política como pistoleiro, sendo acusado de pelo menos duas mortes e uma tentativa de homicídio quando era estudante na Universidade de Havana nos anos 40?

11 - Fidel Castro participou ativamente dos distúrbios de rua conhecidos como El Bogotazo em Bogotá, Colômbia (1948), que foram organizados pelos comunistas e pela ditadura argentina de Juan Perón para tumultuar a reunião que deu origem à Organização dos Estados Americanos (OEA), e que deixaram milhares de mortos, dando inicio ao período conhecido como La Violencia?

12 - Fidel e Raúl Castro, condenados pelo ataque armado ao quartel de Moncada em 1953, em que morreram dezenas de pessoas, passaram menos de dois anos na prisão, que descreveram como quase uma “colônia de férias”? E, beneficiados por uma anista, jamais a concederam a nenhum de seus opositores?

13 - O livro que tornou Fidel Castro famoso, A História me absolverá, é uma fraude editorial, não sendo, de maneira alguma, a transcrição de sua defesa no julgamento pelo ataque ao Moncada?

14 - A Revolução Cubana não foi originalmente feita para implantar o comunismo na ilha, mas, ao contrário, para restabelecer a democracia (interrompida pelo golpe de Batista em 1952) e restaurar a Constituição democrática de 1940 (que Fidel e seus barbudos jogaram no lixo logo após tomarem o poder)?

15 - Ao contrário do mito constantemente repetido, a Revolução Cubana não começou com 12 revolucionários, e o Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, era um entre vários movimentos que atuavam contra a ditadura de Fulgencio Batista – e a existência desses movimentos foi simplesmente apagada nos registros históricos?

16 - O governo dos EUA não apoiava a ditadura de Fulgencio Batista e inclusive decretou um embargo de armas ao governo cubano que favoreceu enormemente os revolucionários castristas?

17 - A ditadura de Batista caiu devido mais à perda de apoio dos EUA do que à guerrilha, sendo sua queda muito mais resultante de causas políticas do que militares?

18 - O número de mortos em combate durante a luta contra Batista (1956-1959) não foi 20 mil, como afirma o regime dos Castro, mas 182?

19 - O Departamento de Estado dos EUA era quase inteiramente pró-castrista e a CIA – isso mesmo, a CIA!ajudou ativamente (inclusive com dinheiro) Fidel Castro na luta contra Batista?

20 - Apesar disso, Fidel Castro, em 1958 – antes de tomar o poder – já dizia, em carta à sua amante Celia Sánchez, que lutar contra os EUA “era seu destino”?

21 - Quando chegou ao poder, Fidel Castro jurava de pés juntos "não sou comunista" e "não quero o poder", e era considerado um "democrata" e um “humanista” pela grande mídia norte-americana, a começar pelo The New York Times?

22 - Raúl Castro, irmão de Fidel e atual ditador da ilha, é filiado ao Partido Comunista Cubano desde 1953, e foi treinado como agente comunista na antiga Tchecoslováquia?

23 - Raúl Castro é um conhecido torturador e assassino, responsável diretamente pela execução de 70 prisioneiros em janeiro de 1959?


 O hermanito Raúl em ação, num ato de puro amor à humanidade

24 - Fidel Castro, ao tomar o poder, prometeu eleições livres em seis meses e, seis meses depois, com seu poder pessoal consolidado, fez um discurso em que perguntou cinicamente à multidão: "eleições? eleições para quê?"

25 - Ao invés de restaurar a democracia, Fidel Castro extinguiu todos os partidos e proibiu qualquer oposição, criando um regime de partido único - o Partido Comunista de Cuba (PCC)?

26 - Em vez de restabelecer a Constituição democrática de 1940, Fidel impôs uma outra, em 1976, de tipo soviético-stalinista, vigente até hoje?

27 - Os comunistas cubanos, que desprezavam Fidel Castro como um "aventureiro", participaram com dois ministérios do primeiro governo Batista (1940-44)?

28 - O primeiro chefe de governo (primeiro-ministro) apontado pelos revolucionários após a queda de Batista, José Miró Cardona, teve de demitir-se apenas um mês depois por pressão de Fidel Castro? E, dos membros do primeiro governo revolucionário, praticamente nenhum continuava no cargo apenas alguns meses depois, estando ou no exílio ou na prisão?

29 - O primeiro presidente de Cuba depois da queda de Batista, Manuel Urrutia, foi derrubado por Fidel Castro num golpe palaciano por se recusar a apoiar a comunização da ilha?

30 - A maioria das execuções em Cuba foi sumária, e os julgamentos eram uma farsa?


Paredón em Cuba: notem a valentia do cidadão em pé, prestes a disparar o tiro de misericórdia num perigoso "gusano" por um mundo melhor...
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31 - O regime dos Castro vendeu (literalmente) o sangue de muitos fuzilados, drenando-o com estes ainda vivos e usando esse comércio macabro como fonte de renda?

32 - Muitos fuzilados não eram torturadores e agentes de Batista, mas ex-revolucionários que não aceitaram a guinada comunista de Fidel Castro, como William Morgan e Humberto Sori Marím?

33 - Entre os condenados à morte no paredón, estiveram vários menores de idade? 

34 - Um dos mais importantes comandantes revolucionários cubanos, Huber Matos, foi preso e condenado a 20 anos de prisão por ter escrito uma carta a Fidel Castro renunciando a seu posto no governo por se opor à crescente influência dos comunistas na ilha?

35 - Muito antes de os EUA se aperceberem e começarem a planejar a derrubada do regime cubano, Fidel Castro já havia iniciado negociações secretas com a ex-URSS para comunizar a ilha de Cuba?

36 - A tentativa de desembarque de exilados na Baía dos Porcos (abril de 1961) fracassou não devido à resistência das milícias cubanas, mas porque o governo de John F. Kennedy, no último momento, negou apoio aéreo aos incursores, abandonando-os à própria sorte?

37 - Cuba foi palco de uma das maiores guerrilhas camponesas da história da América Latina, na serra de Escambray (1960-1966), que foi combatida pelo regime castrista?

38 - O regime de Fidel Castro estimulou ativamente, inclusive com armas, dinheiro e homens, movimentos terroristas na América Latina já desde 1959, muitos contra governos democráticos e legalmente constituídos, intervindo assim, diretamente, nos assuntos internos de outros países?

39 - Entre os que receberam apoio material do regime cubano, esteve o líder comunista brasileiro Carlos Mariguella, que se orgulhava de ser terrorista e cujo livro Minimanual do guerrilheiro urbano tornou-se a bíblia de muitos grupos terroristas nos anos 70 e 80, como o Baader-Meinhof alemão e o IRA irlandês?

40 - Um dos maiores alvos da subversão patrocinada por Fidel Castro no começo dos anos 60 foi um governo de esquerda, o de Rómulo Betancourt, na Venezuela (1958-1964)? E foi por causa do apoio material aos terroristas que queriam derrubar Betancourt que Cuba foi excluída da OEA em 1964?

41 - O apoio de Cuba a grupos terroristas na America Latina, como os Tupamaros uruguaios, está na origem de vários golpes militares no continente, inclusive no Brasil?

42 - O regime cubano patrocinou atentados e estimulou guerrilhas até mesmo em países aliados de Cuba, como o México?

43 - O general Arnaldo Ochoa Sánchez, mais tarde fuzilado a mando de Fidel Castro em 1989, propôs invadir a Amazônia com um barco repleto de combatentes cubanos para ajudar a luta armada no Brasil em 1973?

44 - A ditadura cubana apoiou ativamente algumas das ditaduras mais perversas e sanguinárias do planeta, como a de Muamar Kadafi na Líbia, a dos Assad na Síria, e a de Kim Il sung na Coréia do Norte? E segue apoiando regimes semelhantes?


Kadafi e Castro: bons companheiros

45 - Militares cubanos lutaram ao lado das forças da ditadura síria na Guerra do Yom Kippur (1973) - uma guerra de extermínio contra Israel?

45 - Entre as ditaduras que tiveram apoio militar de Fidel Castro, conta-se a tirania marxista de Mengistu Hailé Mariam na Etiópia (1977-1991), responsável por mais de um milhão de mortos numa das piores fomes da História, que inspirou a campanha Live Aid e a música pop We Are The World, sucesso nos anos 80?

46 - Militares cubanos estiveram envolvidos em vários golpes de Estado, muitos deles sangrentos, em países da África e da América Latina, como em Granada em 1983, o qual resultou numa intervenção militar norte-americana para expulsar os cubanos do país?

47 - Existem relatos de que tropas cubanas usaram armas químicas em Angola?

48 - Fidel Castro, o autoproclamado campeão da soberania dos países do Terceiro Mundo e da luta contra o imperialismo, aplaudiu a invasão da Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos em 1968 e a do Afeganistão em 1979?

49 - Em novembro de 1962, Fidel Castro planejou explodir o prédio da ONU e vários atentados terroristas em Nova York, prenunciando, assim, os atentados contra as Torres Gêmeas de 11 de setembro de 2001?

50 - Durante a Crise dos Mísseis de Outubro de 1962, Fidel Castro queria realizar um ataque preemptivo aos EUA e começar uma guerra nuclear? E que ficou furioso quando o líder da URSS, Nikita Krushev, retirou os mísseis nucleares apontados contra os EUA?

51 - Um dos grupos extremistas apoiados por Havana, os Weather Underground, planejou assassinar o presidente dos EUA Gerald Ford em 1976?

52 - O assassino de John F. Kennedy, Lee Harvey Oswald, era militante castrista e há indícios de que, pouco antes dos tiros em Dallas, ele manteve encontro com agentes cubanos na embaixada de Cuba na Cidade do México?

53 - Durante a Guerra do Vietnã, agentes cubanos ensinaram técnicas de tortura aos militares norte-vietnamitas, e inclusive torturaram até a morte prisioneiros americanos?

54 - Na juventude, Fidel Castro era fã de Hitler e sempre foi um admirador do ditador fascista espanhol Francisco Franco? E chegou a decretar luto em Cuba em 1975, quando Franco morreu?

55 - Ao longo de 30 anos, Cuba recebeu da ex-URSS o equivalente, em ajuda econômica, a cinco planos Marshall, e mesmo assim o país é hoje uma ruína econômica, por pura incompetência do regime?

56 - Fidel Castro, o herói de milhões de jovens "progressistas" no mundo todo, proibiu o rock em Cuba nos anos 60 e perseguiu gays e hippies, internando-os em campos de concentração para que fossem "reeducados" (as UMAPs – Unidades Militares de Apoio à Produção)?

57 - Um dos milhares de jovens cubanos internados à força nas UMAPs foi o famoso cantor Pablo Milanés, autor de Yolanda?

58 - A religião católica foi duramente reprimida em Cuba pelo regime cubano, que se declarou oficialmente ateu, e até a Festa de Natal foi proibida no país 
por 30 anos?

59 - Che Guevara, o ídolo das camisetas, era um psicopata assassino e stalinista, responsável por centenas de fuzilamentos de inocentes, e odiava negros e homossexuais?

60 - Che Guevara, como ministro das indústrias, levou o Banco Central de Cuba à falência e arruinou a economia do país?
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61 - Somente nos seis primeiros meses de 1959, na fortaleza-prisão de La Cabaña, em Havana, foram fuziladas 660 pessoas a mando de Che Guevara? (duas vezes mais do que os mortos pela ditadura militar brasileira em 21 anos)


62 - O número de fuzilamentos em Cuba, calculado em cerca de 17 mil desde 1959, é proporcionalmente superior ao de todas as ditaduras sul-americanas juntas? E, somando-se aos afogados ao tentarem escapar da ilha-presídio, a cifra chega a 100 mil mortos, o que torna a ditadura cubana uma das mais sangrentas da História e, certamente, a mais sangrenta da América Latina?

63 - As tão aclamadas "conquistas sociais" do regime cubano são uma farsa
e antes de 1959 Cuba ostentava níveis muito bons em educação e saúde, inclusive com uma taxa médico/pessoa superior a de muitos países europeus?

64 - A fim de arrecadar divisas, o regime cubano passou a participar, nos anos 80, do tráfico internacional de drogas, associando-se aos cartéis colombianos e ao ditador panamenho Manuel Noriega? (Foi criado inclusive um departamento especial para isso, chamado MC – Moeda Conversível –, apelidado pelos cubanos de MC – Maconha e Cocaína.)


Noriega e Fidel: parceiros de trabalho


65 - Em 1989, o esquema de narcotráfico cubano foi descoberto pela DEA, a agência norte-americana de combate às drogas, mas o ditador cubano se antecipou e mandou fuzilar o comandante militar em Angola, general Arnaldo Ochoa Sánchez, e vários colaboradores, como "queima de arquivo" e também como um expurgo?

66 - O regime de Havana foi o maior patrocinador, durante décadas, dos narcoterroristas das FARC, responsáveis por milhares de mortes numa interminável guerra civil e cujo programa é, nada menos, implantar um regime comunista do tipo cubano no país?

67 - Não há nenhum "bloqueio" a Cuba; há, sim, um embargo econômico norte-americano – que não impede que Cuba comercie livremente com mais de 170 países, e que os EUA sejam hoje o quarto maior parceiro econômico do país (por meio dos dólares enviados por exilados a seus parentes na ilha).

68 - O embargo foi decretado em represália pela expropriação, por Fidel Castro, de 1,8 bilhão de dólares pertencentes a empresas norte-americanas na ilha –  um dos maiores roubos da História?

69 - Em 2004, Cuba ficou em 166. lugar entre 167 países no quesito "liberdade de imprensa", segundo ranking organizado pela Repórteres Sem Fronteiras? (O último lugar ficou com a Coréia do Norte, outro regime comunista.)

70 - A censura em Cuba é tão forte que muitos cubanos não sabem, até hoje, que o homem foi à Lua e que o Muro de Berlim caiu?

71 - Um dos três únicos sobreviventes ainda vivos da guerrilha de Che Guevara na Bolívia, Dariel Alarcón Ramírez ("comandante Benigno"), exilou-se na França e é hoje inimigo declarado de Fidel Castro? (Os dois outros ainda vivem em Cuba, portanto não podem falar abertamente o que pensam do regime.)

72 - Segundo Benigno, que foi diretor-geral das prisões cubanas, a tortura é corrente nas cadeias da ilha, comprovando o testemunho de milhares de ex-presos politicos?

73 - Ainda segundo Benigno, Fidel Castro abandonou Che Guevara para morrer na Bolívia, pois queria se livrar dele e, ainda por cima, criar um mito politico a ser explorado para obrigar os cubanos a trabalhar?

74 - Segundo o ex-agente do serviço secreto cubano Juan Vivés, o presidente chileno Salvador Allende foi morto em 1973 pelos guarda-costas cubanos no cerco do Palácio La Moneda, porque aquele queria render-se aos militares?

75 - Os "cinco heróis" presos nos EUA e que a ditadura castrista quer ver libertados foram detidos por espionagem, e agentes cubanos espionam exilados e governos em diversos países, inclusive no Brasil?

76 - 80% dos presos em Cuba são negros, e 100% dos membros da alta cúpula do Partido-Estado são brancos?

77 - Dentre os cerca de 2 milhões de cubanos e seus descendentes que fugiram da ditadura castrista, estão Alina Fernández e Juanita Castro, respectivamente a filha mais velha de Fidel e uma irmã de Fidel e Raúl Castro?

78 - Em 1995, Fidel castro mandou navios da Marinha cubana atacarem uma balsa repleta de refugiados que tentavam fugir da ilha, a 13 de Marzo, matando 43 pessoas, inclusive 11 crianças?

79 - No ano seguinte, a ditadura castrista abateu um avião do grupo de exilados Hermanos al Rescate, sobre águas internacionais, matando os três tripulantes?

80 - O preso político negro que ficou mais tempo atrás das grades no século XX não foi o sul-africano Nelson Mandela, mas um cubano, Eusebio Peñalver, que padeceu durante 30 anos nas masmorras da ditadura castrista?

81 - Livros como A Revolução dos Bichos, de George Orwell, estão proibidos em Cuba, e a obra completa de inúmeros escritores cubanos, como Reinaldo Arenas, Jorge Valls, Heberto Padilla e Guillermo Cabrera Infante, está totalmente censurada na ilha?

82 - O escritor Reinaldo Arenas, autor de Antes que Anoiteça, ficou vários anos preso e foi torturado porque era homossexual?

83 - Em Cuba, não é preciso cometer nenhum crime para ser preso - qualquer cidadão pode ser detido, a qualquer momento, mesmo sem ter feito nada, por "periculosidade pré-delitiva"?

84 - A quantidade de proteínas consumida pelo cubano médio hoje em dia é inferior à ração média dos escravos cubanos em 1842?

85 - A penúria em Cuba é tão grande que faltam pão, carne e leite, há apagões diários e falta até papel higiênico?


Avante... para o abismo!

86 - A maioria dos cubanos esteve proibida, até há pouco tempo, de frequentar hotéis e resorts, exclusivos para turistas, num verdadeiro apartheid social?

87 - Cuba tem uma das mais altas taxas de suicídios e abortos do mundo, sobretudo entre os jovens?

88 - Embora o Haiti esteja a poucos quilômetros de Cuba, os refugiados haitianos procuram evitar o “paraíso socialista”, preferindo enfrentar uma jornada perigosa pelo mar até os EUA?

89 - Quase todos os dias, cubanos esfomeados e desesperados tentam fugir de Cuba para a base norte-americana de Guantánamo? (A propósito, há dezenas de "guantánamos" em Cuba, como Boniato, Kilo 7, Combinado del Este etc.)

90 - As "manifestações de apoio" ao regime cubano são na realidade orquestradas e baseadas na coação, mediante a vigilância implacável dos CDRs - Comitês de Defesa da Revolução -, encarregados de espionar casa por casa?

91 - Segundo a revista Forbes, Fidel Castro é um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna superior à da rainha da Inglaterra?
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92 - Fidel Castro é certamente o tirano mais amado do mundo - fora de Cuba, e por aqueles que só conhecem a ilha como turistas?
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93 - Em Cuba, a população apelidou Fidel de "Esteban" - este bandido - e costuma dizer que na ilha só se salvarão os que tiverem (Família no Exterior)? 

94 - Quem quer que tenha a ousadia de criticar o regime cubano, ainda que moderadamente, será vítima de assassinato de caráter pelos esbirros da ditadura, sendo tachado de "gusano" (verme), "mercenário", "terrorista" etc.? (Acabamos de presenciar esse fato com a visita de Yoani Sánchez ao Brasil.)

95 - As "eleições" em Cuba são uma farsa grotesca, com partido único e sem pluralidade politico-partidária - e mesmo assim o regime se apresenta como uma "democracia"?

96 - A prostituição em Cuba, de tão generalizada, virou uma quase instituição nacional, tendo dado origem até mesmo a uma palavra - jineteras - para designar as prostitutas cubanas?

97 - Fidel Castro já deixou claro em inúmeras ocasiões que não permitirá reformas políticas e que o socialismo na ilha é "irrevogável"?

98 - Em 1990, Fidel Castro, Luiz Inácio Lula da Silva e várias organizações revolucionárias de esquerda latino-americanas, como as FARC colombianas, resolveram criar o Foro de São Paulo, inspirado na OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada em 1967 para "exportar" a revolução cubana), com o objetivo declarado de “restaurar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu”?

 

99 - Passados 54 anos, o regime cubano é a ditadura mais longeva do Ocidente, além de uma ruína econômica, política e moral, com ausência total de liberdades, partido único no poder e censura à imprensa, não dá nenhum sinal de que vai acabar um dia, mas mesmo assim ainda há quem o defenda ou se cale diante de suas atrocidades?

100 - Nada disso é divulgado em Cuba? (e muito menos pela "mídia corporativa européia e norte-americana" etc.)

Há mais fatos como estes. Mas acredito que 100 é um bom número.

Você sabia?
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Fontes:


AMMAR, Alain. Cuba Nostra: Les Secrets d'État de Fidel Castro. Paris: Plon, 2005.

COURTOIS, Stephane et al (org.). O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão. São Paulo: Bertrand Brasil, 1999.

CUMERLATO Corinne & ROUSSEAU, Dennis. A Ilha do Doutor Castro: A Transição Confiscada. São Paulo: Peixoto Neto, 2002.

BENIGNO (Dariel Alarcón Ramirez). Memorias de un revolucionario cubano - Vida y Muerte de la Revolución. Barcelona: Tusquets, 2002.

DePALMA, Anthony. O Homem que Inventou Fidel: Cuba, Fidel e Herbert L. Matthews do New York Times. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

FONTOVA, Humberto. Fidel - O Tirano Mais Amado do Mundo. São Paulo: Leya, 2012.

______. O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram. São Paulo: É Realizações, 2010.

MASETTI, Jorge. El Furor y El Delirio: El Hijo de la Revolución Cubana. Barcelona: Tusquets, 1999.

MATOS, Huber. Como llegó la noche. Barcelona: Tusquets, 2004.

MONTANER, Carlos Alberto. Fidel Castro y la Revolución Cubana. Barcelona: Plaza & Janés, 1986.

______. Viaje al Corazón de Cuba. Barcelona: Plaza & Janés, 1999.

MONTANER, Carlos Alberto, MENDOZA, Plinio Apuleyo, LLOSA, Alvaro Vargas. Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. São Paulo: Bertrand Brasil, 1996.

ROLLEMBERG, Denise. O Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil: O Treinamento Guerrilheiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2001.

SCULZ, Tad. Fidel, um Retrato Crítico. São Paulo: Best-Seller, 1987.

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

EM DEFESA DA PIADA

 


Li há pouco na internet um texto de um humorista, ou, melhor dizendo, ex-humorista – e acredito que o que vem a seguir deixa claro por que ele, em minha opinião, abandonou o humorismo –, queixando-se de alguns colegas de profissão. Segundo o autor do texto, o humor brasileiro enveredou por um caminho de deboche e ofensa gratuita contra grupos sociais específicos, esbaldando-se em piadas de gosto duvidoso e abusando de estereótipos, como a "loira burra", o "gay travesti", o "português idiota" etc. Ele critica comediantes da nova safra do humor nacional, como Danilo Gentilli, por piadas supostamente sexistas e racistas sobre negros ("macacos"), judeus etc. No final, há um link para um documentário estrelado, entre outros, pelo deputado-BBB Jean Wyllys, figura de proa do "movimento gay" no Brasil, "denunciando" (o tom é de denúncia) os comediantes por fazerem piadas consideradas "homofóbicas" etc.
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Isso tem virado uma rotina no Brasil: uma anedota ou um comercial mais ousado fere a sensibilidade de algum militante e este resolve chamar a polícia. É espantoso que um ex-humorista – e aqui espero deixar claro o porquê do "ex" – escreva um longo texto em que pede nada menos do que a criação de um manual de correção política para comediantes!
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Na boa, fico preocupado quando vejo alguém reclamar de uma... piada! Não consigo encontrar outra palavra no dicionário para definir qualquer tentativa de enquadrar o humor em um molde "politicamente correto" do que CENSURA.
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Todo humor é necessariamente anárquico e do contra, não tem nenhuma obrigação de ser "a favor", "do bem" ou de bom gosto, apenas de ser engraçado. Também não tem nenhum dever de ser um tratado sociológico, ou mesmo fiel à realidade. Pode ser, inclusive, preconceituoso. Realismo é para cientistas. E bom gosto é para socialites.
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Se uma piada ofende as suscetibilidades de quem quer que seja (gays, loiras, feministas, militantes negros, judeus, portugueses etc.), o problema está com quem se sente  “ofendido”, e não com a piada. Nesse caso, os “ofendidos” têm a liberdade de não assistirem ao show do humorista. Ou, então, que respondam na mesma moeda, fazendo piadas com machistas, racistas etc. E vamos rir todos juntos!
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Piada é piada, não manifesto político-partidário. No momento em que um humorista, ou suposto humorista, adota uma agenda política e passa a se censurar, aceitando limites ditados não pelo humor, mas pelas conveniências de "movimentos", deixa de ser humorista. Vira militante. E todo militante é um chato que merece ser ridicularizado.
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E não pensem que tudo isso se limita às piadas ou à publicidade. Até na Literatura (com L maiúsculo), os novos censores e paladinos da moral e dos bons costumes já se imiscuíram. Há algum tempo, um burocrata ocioso incrustado em algum departamento improdutivo do MEC lulopetista entrou com um processo para censurar ninguém menos do que Monteiro Lobato, tentanto extirpar de sua obra genial passagens consideradas "racistas". Daqui a pouco vão querer censurar Shakespeare por antissemitismo, Voltaire por antiislamismo e a Bíblia por homofobia. Provavelmente, é isso mesmo que querem.
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Pessoas que não têm humor e que se levam demasiadamente a sério, além de insuportavelmente aborrecidas, são burras e autoritárias. Não se contentam em impor limites e regras para o que deve e não ser dito. São contra o próprio humor, a forma mais livre e subversiva de crítica. São contra a critica, enfim o próprio pensamento livre. O riso é a maior arma contra o autoritarismo. Não por acaso, ditaduras odeiam o humor.
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Ninguém, nenhum comportamento humano está acima da chacota, e isso é ótimo! Se é pra fazer piada com poderosos e que podem se defender, então ainda espero ver alguém fazer piada com o Islã e com Maomé. As com a Igreja, de tão repetitivas, já perderam a graça. O riso não tem agenda política nem ideologia.
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Só não aceito um tipo de piada: a que não é engraçada. E isso não vai ser uma feminista de cara amuada ou um sindicalista do gayzismo que vão determinar. Humor é liberdade. O resto é discurso ideológico de minorias afetadas e que não sabem rir. Principalmente de si mesmas. No país da piada feita, motivos para isso não faltam.

terça-feira, fevereiro 26, 2013

O NOME DO BLOG - AGORA SEM ASPAS

O blog está de cara nova. Ou melhor: de nome novo. Retirei as aspas em "Do Contra". Fiz isso por três motivos: primeiro, porque me deu vontade; segundo, por razões estéticas; e terceiro – e o mais importante –, porque as aspas passam uma impressão de ironia, não correspondendo exatamente, muitas vezes, ao que eu quero dizer aqui.
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Embora eu seja, muitas vezes, irônico, principalmente quando desço a lenha nas picaretagens dos esquerdopatas, tento ser o mais claro possível. Já falei de como surgiu o apelido, “do contra”, que quero crer começou como uma brincadeira. Com o tempo, porém, percebi que minhas opiniões são mesmo do contra, que defender coisas como a democracia e a liberdade de expressão significa remar contra a maré no Brasil, sobretudo nos dias tenebrosos que correm. Além do mais, as aspas podem transmitir uma imagem de falsidade, de ambiguidade, e disso já estamos cheios. Melhor chamar as coisas pelo nome.
 
Portanto, a partir de agora, sou oficialmente Do Contra. Sem aspas. E ainda mais do que antes.

domingo, fevereiro 24, 2013

YOANI SÁNCHEZ. OU: A HISTERIA DOS ESQUERDIOTAS


Imaginem o seguinte: um opositor de uma ditadura latino-americana está em visita a um país estrangeiro. Na chegada, é hostilizado por um bando de apoiadores dessa ditadura, que tentam calá-lo e impedir que divulgue sua mensagem pró-democracia. Xingam-no e insultam-no, cospem nele, atiram-no notas de dólares, acusando-o de espião e mercenário a serviço de uma potência estrangeira. Em todos os lugares aonde vai, depara com uma súcia que o insulta aos berros. Antes de sua chegada ao país, descobre-se que funcionários do governo, em conluio com o embaixador da ditadura, montam uma operação de espionagem para desacreditá-lo. O embaixador inclusive admite que agentes da ditadura atuam no país monitorando opositores – o que é uma clara violacão do princípio de não-ingerência.

Imaginaram? Agora pensem que a ditadura em questão é a ditadura militar do Brasil (1964-1985), e que o opositor é um exilado brasileiro.

A situação descrita acima aplica-se perfeitamente, apenas com o sinal ideológico trocado, à tumultuada visita ao Brasil da blogueira e dissidente cubana Yoani Sanchéz. Com algumas diferenças fundamentais: a ditadura militar acabou no Brasil há mais de vinte anos; a de Cuba, comandada pelos irmãos Castro desde 1959, ainda não acabou, nem dá sinais de que vai acabar um dia. Outra diferença é que a tirania cubana, um regime totalitário comunista, matou muito mais do que os generais brasileiros, e a censura do regime de 64 não chegou nem aos pés do controle total da informação pelo Partido-Estado na ilha-presídio.  

Mas a maior diferença é outra, e ficou explícita na visita de Yoani. Ao contrário dos militares brasileiros, uruguaios ou chilenos do passado, os gerontocratas cubanos contam com apoiadores fervorosos no Brasil. Mais que isso: prontos a usar a violência física contra quem ouse usar a palavra para criticar, por mínimo que seja, a ditadura mais antiga do Ocidente. Nenhuma outra ditadura latino-americana se equipara, nos quesitos repressão e longevidade, à gerontocracia cubana. E nenhuma tem tantos defensores apaixonados fora de suas fronteiras.

Desde o momento em que pisou em solo brasileiro, iniciando a primeira viagem para fora da ilha-cárcere em seis anos (e após 20 tentativas negadas pelas autoridades de Havana), Yoani foi constantemente hostilizada por uma turba de fanáticos e gorilas fascistóides pagos por partidos de esquerda que compõem o atual governo Dilma Rousseff. Foi ofendida e injuriada com slogans que a acusavam de ser espiã e mercenária da CIA (acreditem: há quem pense que ela é agente da ditadura castrista, e com os mesmos argumentos: ela bebe cerveja, vai à praia e come banana...). Tais bobocas impediram, na base do berro e de ameaças de agressão, a projeção de um documentário do qual Yoani participa. Perseguiram-na em quase todos os lugares, inclusive no Congresso Nacional, onde deputados do PT, do PCdoB e do PSOL comportaram-se de maneira semelhante às claques de militontos histéricos (caracterizando, aliás, o crime de constrangimento ilegal, tipificado no Código Penal brasileiro). Tamanha foi a fúria dos esquerdopatas inimigos da liberdade de expressão que até o senador Eduardo Suplicy, caprichando na pose de falso bobo alegre que é sua marca registrada, saiu em defesa de Yoani, esperando com isso que todos se esqueçam de décadas de conivência sua com a castradura cubana e ficar bem na fita. 

Pois bem. De nada adiantaria repetir aqui alguns fatos óbvios sobre a tirania dos Castro em Cuba. De nada adiantaria perguntar aos amantes da castroditadura, por exemplo, se eles topariam viver uma semana em um país onde faltam papel higiênico, sabão, pão, carne, leite, com apagões diários e vivendo (?) com 12 dólares por mês (detalhe: quem reclama termina no xilindró...). Tampouco seria de grande valia indagar aos parlamentares esquerdistas que tentaram calar Yoani se eles desejam para o Brasil o mesmo que defendem para Cuba, ou seja, uma ditadura eterna, com censura à imprensa, sem liberdade de expressão e de reunião, partido único, presos políticos etc. (muitos certamente  vão querer dizer "sim", mas não têm a coragem de dizer abertamente). Aduladores de ditaduras simplesmente estão além do alcance de qualquer racionalidade. O importante é que a visita de Yoani já é histórica.

A visita de Yoani é histórica porque ajudou a tirar a máscara de muita gente no Brasil, mostrando a verdadeira cara dos militontos de esquerda, muitos dos quais adoram posar de defensores da democracia e dos direitos humanos (quando lhes convém, claro). Bastou a vinda de uma blogueira que não dança conforme a música ditada por Raúl e Fidel, e cujas críticas à tirania são aliás bastante moderadas, para tirar essa gente do sério e fazê-los mover mundos e fundos (principalmente fundos, que são abundantes) para atacar o mensageiro. Bastou a visita de Yoani para revelar para quem quiser ver que, para essa patota, há ditaduras boas e ditaduras más - as boas são as que matam mais (e que duram mais tempo).  Poucas vezes a expressão FASCISMO DE ESQUERDA fez tanto sentido quanto nesses ultimos dias no Brasil.

O jeito mais rápido e fácil de desmascarar um hipócrita esquerdista (seja "hard" ou da esquerda aguada, do tipo que se enche de indignação contra os crimes da ditadura militar mas considera "extremismo de direita" pedir democracia em Cuba) é perguntar o que ele(a) acha do regime comunista da ilha da fantasia da esquerda. Se ele(a) se recusar a condená-lo, insistindo num tom "neutro" ou fazendo silêncio, pode ter certeza: trata-se de um farsante. A visita de Yoani Sánchez foi uma excelente oportunidade de mostrar o que essa gente realmenre pensa e o que realmente quer.

Eis mais uma invenção da era lulopetista: o "protesto pró-ditadura", o "protesto a favor".

Imaginem o barulho que haveria se um grupo de "manifestantes" recebesse com gritos de protesto e ameaças de linchamento os exilados brasileiros que voltaram ao Brasil em 1979, chamando-os de agentes da KGB (e muitos eram mesmo)...

Como eu já disse inúmeras vezes, o clube mais numeroso do mundo é o dos inimigos das ditaduras passadas, e amigos das ditaduras atuais. Aí está Yoani para provar.

***
Não me admira a raiva dos militontos petistas e assemelhados contra Yoani Sánchez. Afinal, além de tudo que está aí em cima, ela milita "do lado errado". Vejam só:

- Yoani não ergue bandeira nem grita slogans contra o capitalismo, a globalização ou as multinacionais (até porque ela sabe que capitalismo e democracia, duas coisas inexistentes em Cuba, são inseparáveis);

- Yoani não invade igreja pelada para "comemorar" a renúncia do papa (até porque a religião cristã sofreu dura perseguição por parte da ditadura castrista em Cuba);

- Yoani não bate tambor em defesa do "casamento gay" e por uma lei "contra a homofobia" (o que diabos seria isso?);

- Yoani não defende cotas raciais nas universidades "contra o racismo" (ela vem de um país racialmente miscigenado, como o Brasil);

- Yoani não pinta a cara nem adota nome indígena fake no Facebook, posando de índio de boutique e defendendo aldeias e quilombos de mentitinha para mamar nas tetas do Estado-babá;

- Yoani não sai por aí endossando teses fajutas de artistas da Globo para protestar contra a construção de uma usina hidrelétrica (de onde ela vem falta luz todo dia);

- Yoani não gasta seu tempo em causas da elite descolada como a legalização da maconha (até porque em Cuba também há drogas, como sabe qualquer um que ler seu blog);

- Yoani não justifica atentados terroristas perpetrados por fanáticos islamitas, nem protesta contra os EUA por derrubarem tiranos genocidas;

- Yoani não sai por aí em favor do "controle social da mídia" (não, obrigado: ela sabe o que é censura);

- Yoani não considera o Mensalão "uma conspiração das elites";

- Yoani não quer rever anistias para punir apenas um lado etc.

Em vez disso, Yoani defende uma outra causa, mais simples: Liberdade e Democracia para Cuba.

Em resumo, Yoani não é uma militonta anticapitalista, antiglobalização, antirreligiosa, feminista, gayzista, racialista, ecochata, maconhista, antiamericana, antiocidental, multiculturalista, antiliberal e antidemocrata.

Convenhamos, realmente Yoani é uma figura muita estranha, estranhíssima. Principalmente no Brasil.

domingo, fevereiro 17, 2013

O FASCISMO GAYZISTA EM AÇÃO

 
Vejam que coincidência. Eu estava prestes a começar a escrever um texto sobre intolerância na internet e um sujeito, que se assina como "Tiago Calazans", resolveu confirmar de antemão minha tese de que os sindicalistas do gayzismo - essa ideologia "politicamente correta" - são mesmo um bando de fascistas, que não estão nem aí para a liberdade. O rapaz, que deve ser um desses militantes que não vêem problema algum em tentar calar a boca de religiosos e em impor a censura em nome da "liberdade" de gays e lésbicas, como se estes fossem uma categoria especial de cidadãos, acima da sociedade, deixou um, digamos, comentário sobre meu texto DE GAYS, CABRAS E ASNOS que apenas justifica, em cada letra, o que está lá escrito. Bastou eu contestar, com fatos e argumentos, um texto do deputado-BBB Jean Wyllys para que eu recebesse os seguintes qualificativos:

Você é um nazi-fascista,
coitada das mentes despreparadas que entraram no seu blog e lêm a descrição que a priori parece ser libertária, ridiculo.
Viva a nova esquerda!
nota:
pesquise sobre a nova esquerda no wikipedia.
seu asno.
funde uma página dedicada ao jovem, e ponha o nome juventude hitlerista.

Normalmente eu nem me daria ao trabalho de responder a uma criatura que já na primeira linha apenas comprova a Lei de Godwin - aquela que diz que, mais cedo ou mais tarde, alguém sacará os adjetivos "fascista" ou "nazista" num debate, a fim de desqualificar o oponente, ocultando a própria falta de argumentos.  Ainda mais numa mensagem em que a estupidez aparece ao lado do desrespeito à concordância nominal ("coitada [sic] das mentes despreparadas" etc.). Chamar de asinina a mente de onde saíram tais impropérios seria uma injustiça para com as alimárias. Mas abro uma exceção e comento, pois o caso tem um valor, digamos, pedagógico.
 
Comecemos pelo adjetivo - "nazi-fascista". Sabe por que, caro leitor, fui brindado com epíteto tão infamante? Porque ousei dizer - vejam que coisa! - que aquilo que é feito por duas ou mais pessoas debaixo dos lençóis não deve ser considerado critério para garantir-lhes (ou retirar-lhes) direitos ou deveres. Porque  disse  que - olhem que absurdo! - todos são iguais perante a Lei num Estado de Direito Democrático, e assim deve ser. E fiz isso citando o próprio Jean Wyllys, que no texto mencionado se afasta diversas vezes do bom senso e da lógica, inclusive com estatísticas falsas sobre um totalmente inexistente "holocausto gay" no Brasil, talvez o país menos homofóbico do mundo. Está tudo lá, quem quiser tirar a prova que leia meu texto, cujo link está aí em cima.
 
Pois é, por dizer tais coisas, que deveriam ser óbvias até para uma criança de seis anos de idade, fui tachado de simpatizante de Hitler e Mussolini. Logo de Hitler, que tinha entre seus mais ferozes apoiadores as tropas de assalto da SA, formadas por notórios homossexuais (ele mesmo, o Führer, segundo alguns historiadores, também seria homossexual). E isso porque defendo a igualdade jurídica e a liberdade de expressão, inclusive a liberdade religiosa, que tanto parece incomodar os militantes gayzistas. Assim como também incomodava Hitler e Mussolini (e Stálin). Enfim, todos os totalitários.
 
Sem falar que o rapaz deve ter errado de blog, pois em minha descrição não há nada que possa sugerir alguma inclinação "libertária" de minha parte. Pelo contrário, lá eu me defino como um liberal-conservador, algo bem diferente. Mas certamente discernir uma coisa da outra está além da capacidade intelectual de quem ignora a diferença entre democracia e nazi-fascismo... Não por acaso, o dito-cujo ainda proclama vivas à nova esquerda (que ele conhece da Wikipédia, certamente sua maior fonte de pesquisa...). Nesse caso, talvez fosse interessante para clarear as idéias do rapaz  que ele desse uma olhada no livro Fascismo de Esquerda, de Jonah Goldberg, que eu recomendo e cujo título já diz tudo. Quem sabe ele aprende alguma coisa.
 
Paro por aqui. Discutir tal assunto com um membro da juventude hitlerista-gayzista é algo que me dá náuseas. Ainda estou à procura de algum militante da "causa" gay intelectualmente honesto e que, diante de quem pensa diferente, não se comporte como um veadinho histérico e afetado, infenso ao debate. A se julgar por reações idiotas como a do leitor acima, porém, tal objetivo parece improvável. A intolerância mudou de lado.      

PETISTAS OTÁRIOS

Este não é um blog de humor, embora às vezes alguns leitores se esforcem para que ele o seja. Um anônimo, por exemplo, ficou mordido por causa do que escrevi em meu post QUERO SER PETISTA. E acabou aumentando a lista das piadas que seguem a linha "humor involuntário" (também conhecido como "vergonha alheia").
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Vejam o que ele escreveu, na língua que desconfio ser o Português (língua de petista, enfim):
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É uma injustiça o que vocÊ postou, agride a todos os petistas, não foi um petistas que roubaram dinheiro foram pessoas que se aproveitaram do seu cargo, independente do partido. o que mais me anojou é vc dizer que ser petista é um bom negocio, eu sou petista pelos ideais aos quais luto e não por dinheiro porque nunca recebi R$1,00 do governo e nem quero. não somos todos iguais.
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Realmente, fico na dúvida sobre o que mais me enojou - e não "anojou", como está aí em cima, quero crer que num erro de digitação (estou sendo bonzinho...) -: se a idéia mixuruca de que foram "pessoas que se aproveitaram do seu cargo, independente do partido" (e o Mensalão existiria sem o PT?), ou se a insistência, quero crer que sincera, de que alguém seja petista "pelos ideais aos quais (sic) luto"... (que nobre ideal moveria o partido de Lula e Zé Dirceu? O enriquecimento próprio em nome dos trabalhadores? O apoio a figuras como Collor e Maluf em nome da ética na política?).
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Mas tudo bem, vou dar um desconto. Admito que cometi uma injustiça, como diz o caro leitor. É verdade, há petistas e petistas: há os espertalhões, como Lula e Zé Dirceu, e há os idiotas. Os primeiros estão na cúpula do partido, e se locupletaram nos últimos dez anos em todo tipo de negociata. Os segundos geralmente são os militantes da chamada "base", a arraia-miúda. Estes são perfeitos otários, pois continuam a acreditar que um partido que transformou a corrupção numa forma de arte ainda teria algum "ideal" pelo qual lutar. Em geral, até reconhecem que o Mensalão existiu - até porque o STF, diante da abundância de provas, já condenou os mensaleiros e a tese da "conspiração das elites e da mídia", por totalmente ridícula e ofensiva à inteligência, não colou -, mas vêem esse e outros escândalos como meros "desvios de conduta" de um partido que teria a marca original da pureza e da santidade. Como se o fato de TODA A CÚPULA do PT ter caído por causa das denúncias não fizesse qualquer diferença... É o caso do rapaz (ou da moça) aí em cima.
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Certa vez, Nelson Rodrigues escreveu que havia dois tipos de stalinista: o stalinista puro, que defendia abertamente o terror político, muitas vezes de forma cínica, por oportunismo, e o crente sincero no comunismo, que ele admitia que existisse. Não importa, ele dizia, este último também é stalinista, ainda que não o saiba. Talvez até mais stalinista do que Stálin, pois sua crença ideológica está alicerçada na mais completa ignorância, na idiotice mais escancarada.
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Assim ocorre também com os petistas. Nem todos se beneficiam da corrupção - um dos articuladores do esquema do Mensalão, José Genoíno, por exemplo, vangloria-se de morar numa casa modesta na periferia de São Paulo, e isso não o torna menos petralha. Pelo contrário: apenas confirma o padrão dos partidos de esquerda, mistos de máfia e seita religiosa. Do mesmo modo que fiéis incautos sustentam o fausto de pastores espertalhões, os militantes petistas bancam a farra dos delúbios e dirceus. Não é por acaso, aliás, que o PT se aliou à Igreja Universal do Reino de Deus: o PT é a Igreja Universal da política, assim como a Igreja Universal é o PT da religião. Ainda que não receba um Real dos cofres públicos, o militante petista é cúmplice do maior escândalo de corrupção da História do Brasil. Cumplicidade agravada pela completa estultice.
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Outro exemplo: o sujeito que, tendo militado durante anos no PT e dedicado a ele parte significativa de sua vida, decide romper com o partido, pois este, atolado na corrupção e em alianças espúrias, teria se afastado de seus ideais de origem e não seria mais, portanto, "de esquerda". Surge, assim, um outro partido, clamando pela "volta às origens" (que são também as da corrupção)... E assim o ciclo se renova e se repete, ad infinitum. É também uma forma de petismo.  O petismo é auto-renovável e imune aos fatos. Daí porque ser petista continua a ser um excelente negócio.
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Qualquer criança sabe que, para cada malandro, há milhares de otários. O PT é uma prova disso. Não é preciso ser um Lula ou um Zé Dirceu para avalizar a roubalheira dos petralhas. Para tanto, basta ser idiota. Basta ser petista.   

sábado, fevereiro 09, 2013

RINDO DA ESTUPIDEZ

Apenas para encerrar com um toque de humor o episódio do imbecil que me escoiceou no Facebook e achou que poderia ficar por isso mesmo (leiam o post anterior), faço aqui umas últimas observações, que revelam o nível mental realmente pré-púbere desse tipo de criatura. 

Sabem que autor o rapaz que me injuriou tem em alta conta?... Slavoj Zizek!  O filósofo dos sanitários! 

Convenhamos: é preciso uma dose cavalar de sonsice ou a total falta de noção para levar a sério um sujeito que se presta a reeditar textos de Mao Tsé-tung, o genocida de mais de 70 milhões de pessoas. E que, ainda por cima, tem merda na cabeça. Literalmente. 

Acham que exagero? Então vejam por si mesmos e me digam se não é verdade:


Então? O que acharam? Que grande "pensador", heim?

Esperem, tem mais! Sabem quem o cara considera um herói da "democracia real"?... Julian Assange! Isso mesmo, o amigo de Putin, do Hezbollah e de Rafael Correa!

Antigamente, se alguém se dizia a favor da liberdade de expressão e se refugiava na embaixada de um país cujo governo censura jornais, seria chamado de hipócrita e demagogo. Se fosse amigo de ditadores e terroristas, então, seria execrado como um farsante. Hoje em dia, porém, esse mesmo sujeito é louvado como herói por uma legião de idiotas.

Quanto à "desorientação ideológica" e "banalidade teórica" que o aprendiz de Apedeuta diz ter encontrado em meu blog, convido os leitores a lerem meus textos e a fazerem, eles mesmos, seu julgamento. Os arquivos do blog estão aí à disposição para quem quiser ver. Convidei meu injuriador a fazer o mesmo, mas pelo visto ele deve estar muito ocupado analisando hermeneuticamente a profundíssima teoria pop-slavojzizekiana dos mictórios...

E nem falo da "pobreza estilística": se tem uma coisa que jamais vou escrever, é "mulçumano" e "a tantos anos atrás"...

É ou não é um verdadeiro esteta da linguagem?

O mais engraçado é que, antes da agressão gratuita que ele fez a meu blog, jamais fiz qualquer menção ao estilo untuoso, tipo Gabriel Chalita, dos textos de auto-ajuda marxistóide do autoproclamado "filósofo" (na verdade, um "poser"). Tampouco fiz qualquer insinuação sobre sua sanidade mental, como ele fez a meu respeito. E, ao contrário dele, posso PROVAR o que digo. É só ele pedir.   

Sempre achei que esquerdismo aguado e maconha, somados à falta de coragem, não podem dar bom resultado. Ao que parece, os fatos me dão razão. 

É, amigo velho (parafraseando o "filósofo"), parece que a inteligência humana ficou mesmo pelo caminho...

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

POR UM MUNDO MENOS BOIOLA*

Certa vez, quando eu tinha uns dez ou onze anos de idade, fui desafiado para uma briga por um menino mais velho e mais forte do que eu. Nem lembro direito o motivo (inveja? medição de forças? uma namoradinha?), só sei que, um belo dia, no intervalo da aula, o moleque, um valentão, do nada me empurrou pelas costas e começou a me provocar e a me xingar. Lembro que, atônito, na hora fiquei com muita raiva, atiçada pelos gritos e urros dos outros meninos, ansiosos para verem correr sangue. Tive muita vontade de reagir às humilhações e, furioso como estava, acho que não seria difícil arrebentar a cara do atrevido. Mesmo assim, e a muito custo, consegui me segurar. Não revidei. Engoli os desaforos e deixei passar.

Durante vários dias fiquei remoendo aquela situação. Não me perdoei por não ter reagido e avançado contra o pequeno troglodita que me empurrava e insultava tão descaradamente, fazendo pose de machão (hoje se chamaria a isso de “bullying”). Com um travo na garganta, as pernas trêmulas de raiva, acho que fiquei uma semana sem ousar olhar-me no espelho, tampouco encarava as outras pessoas, tomado de imensa vergonha de mim mesmo. Não por receio do que os outros coleguinhas iriam pensar de mim – até porque ele era maior do que eu, e já naquela tenra idade eu não dava muita bola para o que os outros pensavam a meu respeito –, mas, principalmente, por minha própria consciência, por uma voz interior que me impelia a defender minha honra e meu orgulho feridos, e que não cessava de sussurrar: “cagão, cagão…”. Senti-me um maricas, um verme, um nada, um frouxo, um covarde.

Hoje, quase três décadas depois, eu me arrependo de não ter reagido à altura. Perdi, agora vejo com clareza, uma ótima chance de vivenciar uma experiência formadora de caráter, extremamente pedagógica. Sei que hoje é fácil dizer, mas eu deveria ter topado a parada. Mesmo correndo o sério risco de levar uma surra – provavelmente eu chegaria em casa com um olho roxo e alguns hematomas –, percebo que a decisão acertada teria sido a de atracar-me com meu agressor, responder suas ofensas e xingamentos com um bom murro na boca ou no estômago. Não porque eu fosse um brigão (pelo contrário, eu era até bem-comportado), mas por uma questão de respeito, ou melhor, de auto-respeito. Compreendo que o que me incomodou não foi o desafio em si, mas o fato de eu ter desistido da luta. Cercado como estava, acuado contra um muro, eu deveria ter enfrentado a provocação, e não fugido dela. Apanhando ou não, o importante é que eu teria mostrado coragem, pois eu poderia dizer que, na hora do perigo, não arreguei, não me acovardei e não fugi da raia. O fato de meu desafiante ser maior e mais robusto somente aumentaria meu mérito. (E antes que digam: não, não estou fazendo "apologia da violência", não me obriguem a apertar a tecla SAP, por favor...)

Recordo esse fato, há muito enterrado no fundo do baú de memórias de minha infância, porque verifico, com pesar, que os tempos mudaram. Há alguns dias, um rapaz que se apresenta como filósofo me fez uma série de insultos gratuitos no Facebook, visando a atingir minha honra pessoal. Omito aqui o nome do personagem, por razões humanitárias e também para não lhe dar a satisfação de achar que tem alguma importância. O que importa não é o sujeito, mas a atitude, ou a falta de atitude, dele. Muito bem. Reagi imediatemente à cafajestada, e exigi provas do que ele dissera a meu respeito ou, então, que se retratasse – o mínimo, creio, que se espera de alguém com alguma honestidade e vergonha na cara. De forma nada surprendente para mim, porém, o dito-cujo recusou o desafio, fugindo da raia. Para justificar sua tibieza, disse que não aceitaria se envolver num “UFC virtual” (como se a coisa toda fosse uma demonstração pueril de “macheza” ou uma disputa pelo tamanho do pênis). Não contente, ainda me lançou mais impropérios, negando-se novamente a apresentar qualquer prova, e saiu correndo. Fugiu da briga, como eu fiz na escola vinte e poucos anos atrás (pior: nesse caso, foi ele o provocador).

No começo até achei graça da situação, e dei boas risadas da falta de coragem do rapaz (ele deve achar que eu sinto "ódio" dele, como se um sentimento tão precioso devesse ser desperdiçado com esse tipo de bocó...). Mas depois percebi que, por trás de todo aquele ridículo, esconde-se algo bem mais sinistro. Não foi exatamente a postura galinácea, de lebre assustada, o que me surpreendeu – eu já esperava que ele agisse dessa maneira –, mas que tal postura seja vista por muita gente hoje não como o que é – leviandade e covardia moral –, e sim como prova de inteligência, até mesmo de superioridade. Ao contrário de mim, o sujeito que me insultou não sente nenhuma vergonha por ter fugido da luta. Pelo contrário: ele xinga e ofende, nega-se a assumir o que diz e ainda há quem veja isso com bons olhos. Mais: ele mesmo, provavelmente, deve achar que se saiu vencedor... Porque encarou o desafio e fez picadinho dos argumentos do oponente? Não: porque jogou lama nele e saiu correndo como um preá!

Só posso concluir, do que está acima, o seguinte: vivemos uma época realmente efeminada, em que coragem e hombridade não significam mais nada. Pelo contrário, deixaram de ser vistas como virtudes, enquanto a pusilanimidade, a covardia e a sonsice passaram a ser valorizadas e louvadas. O simples debate de idéias, a discussão franca e honesta – ou, pelo menos, o simples assumir o que se diz –, parecem ter dado lugar à tergiversação e à canalhice mais abjeta. Pior: com o manto da "inteligência" (!). Verdadeira prova de desvirilização da sociedade, esse tipo de atitude desonesta, que nada mais é do que uma pose, é cada vez mais frequente, potencializada pelas redes sociais.

Tivesse meu adversário virtual aceito o desafio de apontar onde, quando e como eu demonstrei o que ele disse que eu demonstrei, eu não teria problema algum em admitir a superioridade de seus argumentos e louvar sua honestidade intelectual. Tivesse ele, pelo menos, reconhecido que errou e pedido desculpas, eu teria enaltecido sua grandeza em fazê-lo. Mas, em vez disso, ele preferiu agir não como um homem, mas como um rato. Perdeu assim totalmente a dignidade e o pouco de respeito que eu ainda tinha por sua pessoa (o respeito intelectual por ele eu já tinha perdido há tempos; desde, pelo menos, que ele excluiu comentários meus de seu site, por causa de uma palavra de que não gostou – além de tudo, o rapaz é muito sensível...).

Em todas as culturas, desde os gregos antigos, a coragem pessoal, a bravura, constitui uma virtude cantada em verso e prosa. Não somente a coragem física, a coragem no campo de batalha, mas sobretudo a coragem moral. O filósofo Sócrates, ao enfrentar com altivez seus acusadores na Atenas de 399 a.C., preferindo a morte a ter de abjurar suas idéias, talvez seja o maior exemplo dessa virtude de caráter. Era isso o que os romanos chamavam virilitas (virilidade), cuja raiz etimológica é a mesma de virtus (virtude); por sua vez, a palavra grega para coragem, ándria, é a mesma para "homem" (no sentido sexual e também de hombridade, honra). Não deixa de ser irônico, portanto, que um auto-proclamado “filósofo” revele tanto desprezo por essa qualidade,  mais do que masculina, humana. No Brasil, não é comum o debate, nem alguém assumir o que disse ou fez. Para isso, seria preciso, além do que está aí em cima, uma cultura democrática, algo que falta em nossa formação.  

Quando vejo quem me injuriou fugir tão covardemente do debate e fechar-se em copas, bem como um ex-presidente da República esconder-se há mais de dois meses de perguntas incômodas sobre as relações pouco republicanas de uma "amiga íntima" com o poder, é inevitável chegar à conclusão de que algo de muito errado está acontecendo. Somente o mau-caratismo e a safadeza não são suficientes para explicar esse fenômeno. Deve haver algum distúrbio, digamos, físico, na raiz do problema. Quem sabe falta de testosterona. Só isso para explicar tanta boiolice.

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* Se o leitor se incomodou com os termos "boiola" e "boiolice", acreditando tratar-se de uma ofensa de natureza sexual, talvez lhe interesse ler o seguinte texto: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.gr/2011/05/chega-de-boiolice.html

domingo, janeiro 20, 2013

A FALÁCIA DESARMAMENTISTA E A DEMAGOGIA OBÂMICA

Confesso que certos assuntos me dão uma preguiça... Por exemplo: Barack Obama. Não consigo pensar no ex-redentor da humanidade sem me ver invadido, subitamente, por uma sensação de tédio mortal e irresistível. Mas vamos lá, noblesse oblige, e queira eu ou não, somos obrigados a lidar com esse canastrão, como se os de cá já não fossem suficientes.

O ex-messias está atualmente em plena cruzada contra a segunda emenda da Constituição dos EUA, que garante ao cidadão o direito à posse e ao porte de armas de fogo. Está aproveitando o clima de emocionalismo criado após o assassinato covarde e brutal de 28 pessoas, entre as quais 20 crianças, cometido há um mês por um demente em Connecticut, para retomar a guerra santa contra o, dizem, "lobby pró-armas", o qual, a se julgar pelo noticiário, deve ser formado por um bando de mentes pervertidas que não dão a mínima para a morte de criancinhas num jardim de infância nas mãos de um louco homicida. Tudo em nome da sua, da nossa, da minha segurança, de um mundo de paz, amor e felicidade etc.

Como disse antes, para mim é impossível conter os bocejos diante de alguns personagens e de alguns temas, de tão monótonos que são. O desarmamentismo, que na Terra do Tio Sam atende pelo nome de gun control, é há décadas uma das causes célèbres da esquerda, lá representada pelo Partido Democrata (o partido de Kennedy e de Franklin Roosevelt, gostam de lembrar, ao mesmo tempo em que fazem questão de esquecer que Lincoln, por exemplo, era republicano). Assim como a palavra "petista" no Brasil é inseparável de coisas como "controle social da mídia", fale em democratas nos EUA e virá junto, inevitavelmente, a expressão gun control. Isso torna o assunto deveras previsível e entediante. Ainda mais se vem travestido de "debate" resultante do último acontecimento a gerar comoção na mídia. O que se chama de "debate" sobre o tema "controle de armas" nos EUA hoje - e podemos dizer o mesmo na Bananalândia - não passa de uma tentativa oportunista de manipular e ludibriar a opinião pública, apelando para o emocionalismo mais rasteiro: Obama fez questão de chorar lágrimas de marketing logo após o massacre das crianças (Nelson Rodrigues dizia que o choro verdadeiro assoa o nariz, e que limpar o canto do olho, como Obama fez, é coisa de fingidor). Não contente, o presidente que já era histórico antes mesmo de ser eleito agora age como um reles molestador infantil, usando descaradamente criancinhas para tentar convencer o distinto público de que o desarmamento amplo, geral e irrestrito é o caminho. Por trás de toda essa encenação, o que há não tem nada a ver com segurança, mas sim com um indisfarçável ímpeto liberticida.

Por que digo essas coisas tão terríveis? Por que, ao contrário da multidão, não me deixo levar pelo irracionalismo, nem me comovo com mises-en-scène políticas como a interpretada por Obama na questão das armas? Porque sou um reacionário, portanto um canalha da pior espécie, um inimigo da paz e da segurança, diria um devoto da seita obâmica. Porque o discurso obamista não corresponde aos fatos, dirá a realidade.

Senão, vejamos. A idéia por trás do discurso desarmamentista é extremamente simples. É a seguinte: armas matam; logo, se não houver armas, não haverá mortes. Portanto, deve-se retirar as armas de circulação, proibi-las, bani-las. Menos armas, menos crimes, é o que se está dizendo. Isso porque existiria uma relação causal insofismável entre a posse de um revólver ou de uma espingarda e a violência. Assim como existiria uma relação causal insofismável entre ter um carro na garagem e esborrachar-se, inevitavelmente, contra um poste. Foi essa a idéia-chave que tentaram nos vender em 2005, com o plebiscito sobre o desarmamento, que foi rejeitado por 64% dos eleitores. E é essa a base, o fundamento mesmo, da teoria do gun control

Aparentemente, estamos diante de uma verdade absoluta, uma lei cientificamente comprovada, tão certa quanto a lei da gravidade. Aparentemente. Porque, se o que está dito no parágrafo anterior fosse verdadeiro, seríamos obrigados a admitir que os números sobre armas e violência no mundo são completamente falsos.

Segundo a mais recente pesquisa feita pela ONU, existem atualmente, nos EUA, cerca de 270 milhões de armas de fogo em circulação, de todos os calibres. É mais do que uma arma para cada cidadão. No Brasil, o número de armas, sob uma legislação extremamente restritiva, é de 15 milhões (para uma população total que se aproxima de 200 milhões). Por esses números, a conclusão lógica seria que os EUA são um verdadeito matadouro de gente - é a impressão que muitos têm após massacres como o de Newtown -, enquanto que a afortunada terra do carnaval seria um oásis de paz e tranquilidade ou, pelo menos, um lugar onde se mata muito menos do que no país dos caubóis (onde, além do mais, existiria uma "cultura da morte", estimulada pela indústria do cinema, os video-games violentos e a direita republicana, como gosta de dizer Arnaldo Jabor).

Pois é. Deveria ser assim, né? Só que, nesse caso, a retórica anti-armas esqueceu de combinar com os fatos, porque os números indicam exatamente o contrário.

Segundo o mencionado levantamento da ONU, que se refere ao ano de 2010, morreram a tiros, nos EUA, 9.960 pessoas. Isso corresponde a 3,2 mortos para cada grupo de 100 mil habitantes. Já no Brasil varonil, de acordo com a mesma pesquisa,  36 mil indivíduos foram vítimas mortais de armas de fogo (19,3 para cada 100 mil habitantes). Ou seja: com DEZESSEIS VEZES MENOS armas do que nos EUA, matou-se, no mesmo período, TRÊS VEZES MAIS pessoas no Brasil (vejam aqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121218_armas_brasil_eua_violencia_mm.shtml.
Conclusão: se há uma relação entre a quantidade de armas e os índices de violência, é que QUANTO MAIS ARMAS, MENOS CRIMES. Exatamente o contrário do que dizem os desarmamentistas e Obama.

Também a experiência de outros países demonstra um enorme fosso entre a realidade e o discurso anti-armas. Em 1974, a Jamaica proibiu todo e qualquer tipo de arma de fogo. De lá para cá, a criminalidade aumentou vertiginosamente, e hoje o país do reggae e de Bob Marley é um dos mais violentos do mundo, só perdendo, em número de mortos em relação à população, para Honduras e Iraque. Em contrapartida, a neutra e pacífica Suiça, cuja lei garante a cada cidadão o direito a ter um fuzil militar dentro de casa, ostenta índices baixíssimos de criminalidade. O mesmo ocorre, é verdade, na Noruega e na Finlândia, que têm leis bastante rigorosas sobre a posse de armamento - o que não impediu que esses países fossem cenário de verdadeiros banhos de sangue em anos recentes. (Aliás, quantas vítimas poderiam ter sido salvas se os assassinos tivessem encontrado pela frente, em vez de alvos indefesos, cidadãos armados?) 

Qualquer pessoa com um mínimo de respeito à lógica e ao bom senso, sem falar em honestidade intelectual, analisando os números acima, chegaria facilmente à conclusão de que toda a discurseira a favor do gun control não passa de mera demagogia, de simples exploração politiqueira de tragédias como a de Sandy Hook para aprovar um pacote de leis que, em vez de reforçar a segurança, irá apenas levar mais intranquilidade à população, impedindo que o cidadão de bem possa defender a si e a sua família.

Isso fica ainda mais claro quando se analisam alguns "argumentos" comumente usados pelos desarmamentistas. Dizem, por exemplo, que o controle de armas é necessário, pois é mais fácil matar dez pessoas com uma pistola do que com uma faca etc. E é mais fácil se defender com uma pistola do que com um faca, esqueceram de dizer. Assim como aparentemente esqueceram que uma pistola ou um rifle com uma capacidade de tiros reduzida matará menos, mas também defenderá menos. O desarmamento funciona. Para os bandidos. (Nem vou me dar ao trabalho de responder ao "argumento" de que armas devem ser proibidas porque há acidentes, o qual ofende a inteligência.)

Se Barack Hussein Obama e seus marqueteiros estivessem realmente interessados em segurança, admitiriam que armas não matam pessoas - pessoas matam pessoas. E que revólveres e pistolas, se são usados para cometer crimes, também são uma garantia de segurança e de liberdade. Como, aliás, já sabiam os Founding Fathers, os pais fundadores da nação norte-americana. Não foi por acaso que o direito a possuir e a portar armas foi inserido no texto da Constituição do país. Não deve ser por acaso, também, que a revogação desse direito constitucional é algo tão caro a Obama e seus seguidores. Para quem se dedica, há anos, a se esquivar de perguntas incômodas sobre sua nacionalidade e sobre amizades suspeitas, querer impor um controle maior sobre os antecedentes dos donos de armas deveria ser visto como uma atitude, no mínimo, incoerente.        

quarta-feira, janeiro 02, 2013

A DÉCADA PERDIDA – POR MARCO ANTONIO VILLA

A década perdida

31 de dezembro de 2012
MARCO ANTONIO VILLA - O Estado de S.Paulo

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 foi recebida como um conto de fadas. O País estaria pagando uma dívida social. E o recebedor era um operário.

Operário que tinha somente uma década de trabalho fabril, pois aos 28 anos de idade deu adeus, para sempre, à fábrica. Virou um burocrata sindical. Mesmo assim, de 1972 a 2002 - entre a entrada na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e a eleição presidencial -, portanto, durante 30 anos, usou e abusou do figurino do operário, trabalhador, sofrido. E pior, encontrou respaldo e legitimação por parte da intelectualidade tupiniquim, sempre com um sentimento de culpa não resolvido.

A posse - parte dos gastos paga pelo esquema do pré-mensalão, de acordo com depoimento de Marcos Valério ao Ministério Público - foi uma consagração. Logo a fantasia cedeu lugar à realidade. A mediocridade da gestão era visível. Como a proposta de governo - chamar de projeto seria um exagero - era inexequível, resolveram manter a economia no mesmo rumo, o que foi reforçado no momento da alta internacional no preço das commodities.

Quando veio a crise internacional, no final de 2008, sem capacidade gerencial e criatividade econômica, abriram o baú da História, procurando encontrar soluções do século 20 para questões do século 21. O velho Estado reapareceu e distribuiu prebendas aos seus favoritos, a sempre voraz burguesia de rapina, tão brasileira como a jabuticaba. Evidentemente que só poderia dar errado. Errado se pensarmos no futuro do País. Quando se esgotou o ciclo de crescimento mundial - como em tantas outras vezes nos últimos três séculos -, o governo ficou, como está até hoje, buscando desesperadamente algum caminho. Sem perder de vista, claro, a eleição de 2014, pois tudo gira em torno da permanência no poder por mais um longo tempo, como profetizou recentemente o sentenciado José Dirceu.

Os bancos e as empresas estatais foram usados como instrumentos de política partidária, em correias de transmissão, para o que chamou o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, de "projeto criminoso de poder", quando do julgamento do mensalão. Os cargos de direção foram loteados entre as diferentes tendências do Partido dos Trabalhadores (PT) e o restante foi entregue à saciedade dos partidos da base aliada no Congresso Nacional. O PT transformou o patrimônio nacional, construído durante décadas, em moeda para obter recursos partidários e pessoais, como ficou demonstrado em vários escândalos durante a década.

O PT era considerado uma novidade na política brasileira. A "novidade" deu vida nova às oligarquias. É muito difícil encontrar nos últimos 50 anos um período tão longo de poder em que os velhos oligarcas tiveram tanto poder como agora. Usaram e abusaram dos recursos públicos e transformaram seus Estados em domínios familiares perpétuos. Esse congelamento da política é o maior obstáculo ao crescimento econômico e ao enfrentamento dos problemas sociais tão conhecidos de todos.

Não será tarefa fácil retirar o PT do poder. Foi criado um sólido bloco de sustentação que - enquanto a economia permitir - satisfaz o topo e a base da pirâmide. Na base, com os programas assistenciais que petrificam a miséria, mas garantem apoio político e algum tipo de satisfação econômica aos que vivem na pobreza absoluta. No topo, atendendo ao grande capital com uma política de cofres abertos, em que tudo pode, basta ser amigo do rei - a rainha é secundária.

A incapacidade da oposição de cumprir o seu papel facilitou em muito o domínio petista. Deu até um grau de eficiência política que o PT nunca teve. E o ano de 2005 foi o ponto de inflexão, quando a oposição, em meio ao escândalo do mensalão, e com a popularidade de Lula atingindo seu nível mais baixo, se omitiu, temendo perturbar a "paz social". Seu principal líder, Fernando Henrique Cardoso, disse que Lula já estava derrotado e bastaria levá-lo nas cordas até o ano seguinte para vencê-lo facilmente nas urnas. Como de hábito, a análise estava absolutamente equivocada. E a tragédia que vivemos é, em grande parte, devida a esse grave erro de 2005. Mas, apesar da oposição digna de uma ópera-bufa, os eleitores nunca deram ao PT, nas eleições presidenciais, uma vitória no primeiro turno.

O PT não esconde o que deseja. Sua direção partidária já ordenou aos milicianos que devem concentrar os seus ataques na imprensa e no Poder Judiciário. São os únicos obstáculos que ainda encontram pelo caminho. E até com ameaças diretas, como a feita na mensagem natalina - natalina, leitores! - de Gilberto Carvalho - ex-seminarista, registre-se - de que "o bicho vai pegar". A tarefa para 2013 é impor na agenda política o controle social da mídia e do Judiciário. Sabem que não será tarefa fácil, porém a simples ameaça pode-se transformar em instrumento de coação. O PT tem ódio das liberdades democráticas. Sabe que elas são o único obstáculo para o seu "projeto histórico". E eles não vão perdoar jamais que a direção petista de 2002 esteja hoje condenada à cadeia.

A década petista terminou. E nada melhor para ilustrar o fracasso do que o crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1%. Foi uma década perdida. Não para os petistas e seus acólitos, claro. Estes enriqueceram, buscaram algum refinamento material e até ficaram "chiques", como a Rosemary Nóvoa de Noronha, sua melhor tradução. Mas o Brasil perdeu.

Poderíamos ter avançado melhorando a gestão pública e enfrentado com eficiência os nossos velhos problemas sociais, aqueles que os marqueteiros exploram a cada dois anos nos períodos eleitorais. Quase nada foi feito - basta citar a tragédia do saneamento básico ou os milhões de analfabetos.

Mas se estagnamos, outros países avançaram. E o Brasil continua a ser, como dizia Monteiro Lobato, "essa coisa inerme e enorme".

MARCO ANTONIO VILLA É HISTORIADOR E PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFCAR)