sábado, agosto 13, 2011

A REBELIÃO DOS DELINQÜENTES

Demorou um pouco, mas parece que parte da grande imprensa caiu na real e percebeu que os distúrbios na Inglaterra durante esta semana não foram nenhuma manifestação de coitadinhos sem emprego e sem perspectivas na vida, mas, sim, obra de arruaceiros, bandidos, criminosos, salafrários, vagabundos.

O perfil dos presos pela polícia britânica não deixa dúvidas: não são manifestantes; são vândalos, pura e simplesmente. Muitos têm casa e trabalho e são bem grandinhos: saíram às ruas por farra, para barbarizar, nada mais do que isso.

Mesmo se fossem todos desempregados e imigrantes ilegais, nada justifica o que aconteceu na terra dos Beatles. Quem ateia fogo a prédios e a ônibus, quem espanca e rouba pessoas indefesas, não está protestando, não está fazendo manifestação contra ou a favor do que quer que seja: está cometendo crimes; seu lugar é na cadeia e fim de papo.

Como sempre acontece, o sociologismo vigarista e o marxismo de galinheiro que pautam muitas redações de jornais mundo afora tentaram mostrar o quebra-quebra nos subúrbios londrinos como uma forma de protesto contra a crise econômica (falou-se até em "racismo" e "xenofobia") etc. etc., mas está claro para quem quiser ver que a coisa toda não passou de um imenso arrastão, com gangues de mascarados e estadodependentes aproveitando para fazer a limpa em lojas e casas, levando o terror a pessoas decentes. Usaram a morte de um suspeito numa operação policial de combate a gangues armadas como pretexto para desencadear a maior onda de saques e depredações na terra da rainha desde os anos 80. O mesmo tipo de coisa aconteceu nos subúrbios de Paris em 2005.

Vai demorar um pouco mais, mas um dia os mesmos que estão hoje mordendo a língua por causa do que disseram sobre os hooligans do Reino Unido vão perceber que os "estudantes" em Santiago do Chile não estão nem aí para a educação, como estão dizendo. Como bons filhinhos-de-papai, estão se lixando para as universidades, deixando-se levar pelo velho esquerdismo bocó de sempre. O fato de o atual presidente chileno ser o "direitista" Sebastián Piñera é um motivo a mais - na verdade, o principal motivo - para "protestarem". (Aliás, Piñera já está sendo mostrado na imprensa como herdeiro de... Pinochet!!! Entre outras coisas porque afirmou o óbvio: que não existe nada de graça neste mundo.) Para atingir seu objetivo desestabilizador, esses baderneiros tentam constranger o governo com reivindicações que sabem ser inaceitáveis - como a "exigência" de que escolas particulares... não lucrem! Não passa de teatro de rua, explorado por gente que quer o "fim do capitalismo" e que não diz um pio contra regimes como o de Cuba - o modelo de sociedade ideal para esses cretinos (ou perto disso, para pessoas como Antonio Candido).

Vai demorar mais ainda para que muitos finalmente se dêem conta de que "manifestações" semelhantes que costumam pipocar por aqui - como certas "greves" convocadas por sindicatos esquerdistas e por "estudantes" em São Paulo e no Rio de Janeiro - também têm por único objetivo externar o ódio desses mimadinhos criados com toddyinho e sucrilhos contra o "sistema", segundo eles representados por governos "de direita". Não apresentam nada de novo, nenhuma solução; apenas slogans rançosos, para atrair os holofotes. Sem falar nas invasões do bando criminoso chamado MST. (Mas tente dizer isso: é "criminalização dos movimentos sociais" e estamos conversados!)

Ainda há idiotas que enxergam no baguncismo em Londres e em Santiago um quê de Praça Tahrir, vendo com esperança mal-disfarçada o que para eles parece um revival de contestações passadas, das quais participaram quando jovens ou gostariam de ter participado. São uns tontos que não sabem a diferença entre uma ditadura e regimes democráticos, entre uma tirania e um governo eleito democraticamente. O que esses fascistas querem é o que seus avós ideológicos também queriam nos anos 20 e 30, quando as hordas de Mussolini e de Hitler conseguiram derrubar a democracia na Itália e na Alemanha usando tática muito parecida. Talvez a maioria nem saiba disso, pois têm o nível de consciência política da platéia do Faustão. Há até quem prefira culpar a "direita racista e xenófoba" pelo ocorrido... (Depois do maluco assassino da Noruega, virou moda.) Querem apostar?

Que Sebastián Piñera não mostre a mesma covardia que David Cameron no começo dos tumultos e saiba defender a democracia de quem a usa para miná-la com as desculpas mais esfarrapadas. Que não se deixe intimidar pelas patrulhas politicamente corretas e não titubeie em empregar o legítimo monopólio da força pelo Estado que lhe é conferido pela Constituição democrática de seu país para fazer valer a Lei contra os que querem destruí-la e que não aceitam o diálogo. Se os governantes da Itália e da Alemanha tivessem agido firmemente contra os nazifascistas, a História teria sido outra.

Em Londres, em Santiago ou em São Paulo, a cretinice esquerdopata está à solta, quebrando vitrines e fazendo vítimas. Para essa gente, só há um remédio: Polícia. Borrachada democrática no lombo deles! Está mais do que na hora desses delinqüentes aprenderem a viver num ambiente civilizado e que, numa sociedade democrática, não existe lugar para quem queima lojas e agride pessoas nas ruas. Só assim poderão aprender que sem Lei e Ordem não existe democracia.

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