Agora que o Diário Oficial da União tornou público o que já era notório - que a tal comissão criada pelo governo para supostamente investigar as violações dos direitos humanos no Brasil nas últimas seis décadas não passa de um comitê para omitir os crimes da esquerda e reescrever a História nos moldes stalinistas -, resolvi eu mesmo fazer o que ninguém quer fazer e criar minha própria Comissão da Verdade. O que é melhor: sem nenhum ônus para o contribuinte. Faço-o de graça, por um dever de honestidade intelectual e por acreditar que a História é uma musa que deve ser tratada com respeito.
Por motivos óbvios, vou deixar de lado os casos que serão analisados pelos membros da dita comissão oficial. Além de já serem conhecidos à exaustão, sendo objeto de centenas de livros, reportagens e filmes, não quero criar nenhum problema de duplicidade de trabalho, concorrendo com Paulo Sérgio Pinheiro e Maria Rita Kehl. Vou, em vez disso, concentrar-me nos casos que não serão investigados, pois, conforme consta no DOU, não foram praticados por agentes públicos - logo, não se enquadram na definição de crimes contra a humanidade.
Antes de passar às vítimas fatais da luta armada no Brasil nos anos 60 e 70 - cerca de 120, inclusive militantes das organizações armadas de esquerda executados ("justiçados") pelos próprios companheiros (vejam aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/49213-o-lado-dark-da-resistencia.shtml)-, vou começar buscando mais informações sobre o seguinte caso, que até hoje permanece envolto em trevas: http://gustavo-livrexpressao.blogspot.gr/2011/11/alo-senhores-da-comissao-da-verdade.html.
Como se vê pelo exemplo acima - no qual não se sabe sequer o nome da vítima nem o ano de sua morte -, o trabalho de recontar os crimes cometidos pelos esquerdistas é uma tarefa bastante difícil. Isso porque a lista de mortos pela esquerda no Brasil é apenas tentativa, sendo bastante provável que haja mais mortos e, inclusive, desaparecidos dos que os que já se sabe que esta fez pelo caminho. Pelo menos enquanto os esquerdistas continuarem se recusando a abrir seus próprios arquivos, a relação de suas vítimas no Brasil estará incompleta. Ainda espero, por exemplo, saber exatamente o que Dilma Rousseff e José Dirceu fizeram nessa época. Quem sabe um dia...
Infelizmente, não será possível inclur na lista de crimes a serem pesquisados casos como o de Elza Fernandes, estrangulada aos 16 anos de idade a mando de Luiz Carlos Prestes, ou do jovem Tobias Warchavski, morto a tiros e decapitado no Rio de Janeiro (sua morte é até hoje motivo de controvérsia), ou do tenente do exército e participante da revolta de 35 Alberto Besouchet, ao que tudo indica eliminado pela política política da ex-URSS durante a guerra civil na Espanha, em 1936-39 (todas as vítimas, por sinal, militantes comunistas). Tampouco a tortura e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorridos em 2002, e as mortes suspeitas das testemunhas do caso (oito, até agora) serão investigadas. É que a comissão governamental vai tratar dos crimes acontecidos de 1946 a 1988, fora, portanto, do período em que tais delitos aconteceram. Também ficam de fora, por razões práticas, as vítimas inocentes que foram feridas e mutiladas em atentados cometidos pela esquerda armada, pelo simples motivo de estarem no lugar errado, na hora errada - e que, ao contrário de seus algozes terroristas, não receberam nenhuma indenização do Estado, sequer um pedido de desculpas daqueles que teimam em exigir que os militares se desculpem pelo regime de 64.
Também não vou analisar as mais de 100 mil mortes provocadas, direta ou indiretamente, pela ditadura comunista cubana e por movimentos terroristas de esquerda na América Latina, parte dos cerca de 100 milhões (e ainda contando) de cadáveres deixados pelo comunismo no mundo desde 1917: tal tarefa, além de impossível, seria redundante, pois está claro para qualquer ser vivente com um mínimo de inteligência que os esquerdistas brasileiros, hoje no poder, são no mínimo cúmplices morais desses crimes. Gente como Lula, Dilma Rousseff, José Dirceu, Franklin Martins, Frei Betto, Chico Buarque e Oscar Niemeyer, para citar alguns dos mais conhecidos, que jamais usaram sua fama e influência para dizer uma palavra de crítica ao que acontece em Cuba, por exemplo. Por suas palavras ou por seu silêncio, são co-responsáveis por essas mortes. Não é necessária nenhuma comissão para constatar esse fato óbvio.
Aí está, senhores. Se não gostaram do que vai acima, sugiro que reclamem não comigo, que não inventei nada do que está aí escrito, mas com os fatos. Lamento se estes se mostrarem um tanto quanto teimosos e desobedientes. É da natureza dos fatos não se ajustarem a ideologias. Principalmente a uma ideologia que, a pretexto de investigar e reparar violações dos direitos humanos, quer fazer tábula rasa da História.
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