Não tenho tido tempo para acompanhar o julgamento do Mensalão no STF. Mas, pelo que li e ouvi até agora, levando-se em conta tudo que se disse desde que o escândalo estourou, em 2005, é possível arriscar algumas conclusões. Por trás do juridiquês e das manobras dos advogados de defesa – um deles chegou a comparar o tratamento dispensado a seu cliente com as torturas no DOI-CODI na época da ditadura militar (!!!) –, esconde-se, na realidade, uma das tramas mais sórdidas já elaboradas na História do país.
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Dito assim, parece o óbvio ululante. Mas o faço inspirado nas palavras do maior beneficiado e – são os fatos que apontam – mandante do esquema. Refiro-me a ele mesmo, o Apedeuta, Luiz Inácio Lula da Silva, inexplicavelmente ausente da denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, como notou o advogado do delator do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson.
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Vamos lembrar. Nos últimos sete anos, Lula apresentou, pelo menos, quatro versões para o que aconteceu. Primeiro negou que o Mensalão tivesse existido. Depois, tentou minimizar o ocorrido, dizendo que era caixa dois e que "todo mundo faz igual". Em seguida, ensaiou um pedido de desculpas em rede nacional e se disse "traído", sem especificar por quem. Finalmente, descobriu que foi uma tentativa golpista da "zelite". Desde então, essa tem sido a linha de defesa oficial do lulopetismo. Entre uma desculpa e outra, tentou safar-se com um "não vi nada, não sei nada" e esperou que acreditassem (e, pasmem, ainda há quem acredite...).
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De todas as versões apresentadas até agora pelo Guia Genial, a última, da conspiração, é a minha preferida. Sim, Lula está certo. Sim, houve uma tentativa de golpe no Brasil. Por parte dos mensaleiros.
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Existe a tendência, bastante simplista, de enxergar a corrupção em termos tão-somente de ganhos financeiros pessoais. O Mensalão não se encaixa nessa categoria. Na verdade, o escândalo foi além disso. Foi uma tentativa de golpe contra a democracia, mediante o acabrestamento do Legislativo. Para tanto, montou-se um esquema gigantesco – e milionário – que envolveu deputados, militantes, publicitários, banqueiros e figuras do submundo da política. Um esquema altamente sofisticado de compra de votos no Congresso, mediante desvio de dinheiro público. Tinha tudo para dar certo, e daria, se um dos membros da gangue – Roberto Jefferson –, inconformado em ser feito de boi-de-piranha após a descoberta do esquema fradulento do PTB nos Correios, não resolvesse chutar o balde e botar a boca no trombone. Como sói acontecer no submundo do crime, foi preciso que um participante da maracutaia abrisse o bico para que toda a lama viesse à tona.
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Por trás de tudo isso, estava não somente a vontade de lucro pessoal – apesar de imagens ridículas, como a dos dólares na cueca, e de alguns membros da quadrilha, como o notório Silvinho Land-Rover, terem se beneficiado financeiramente –, mas, sobretudo, o interesse de um partido e seus aliados de submeterem as instituições políticas do país a seu projeto político de poder. Como nos filmes sobre a máfia – e o PT é uma associação mafiosa –, é a lealdade ao “chefe”, o capo di tutti capi, ou à organização criminosa, o que esteve em primeiro lugar (há inclusive um bode expiatório que se dispõe a ser sacrificado, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares). Tratou-se de uma tentativa de acabar com a independência dos Poderes e instalar, em seu lugar, um regime autoritário, com um Legislativo dócil e submisso ao Executivo – por 30 mil reais mensais a cabeça. Esse sempre foi, aliás, o grande objetivo do PT, que sempre desprezou a democracia. O Mensalão foi, assim, nada mais do que a culminação de toda uma trajetória política, pautada desde o princípio pela idéia de que para “mudar o sistema” todos os meios eram válidos.
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(Claro, sempre há os cínicos ou idiotas, que botam a culpa de tudo no "sistema" e depois vão dormir. Acabo de ler um texto de um simpatizante esquerdista que, citando Hegel, responsabiliza o "capitalismo" pela corrupção petista... Segundo esse esquema mental, os petistas seriam seres puros e angelicais, idealistas que se teriam "desviado" do reto caminho da justiça e do socialismo pelo contato com a política "burguesa"...)
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O julgamento do Mensalão – que os petralhas, ainda por cima, fizeram de tudo para melar e adiar, inclusive com uma tentativa de chantagem de Lula a um juiz do STF – não é, portanto, mais um julgamento sobre um caso de roubalheira nos cofres públicos. É mais do que isso. É o julgamento da tentativa mais descarada e atrevida – como disse o Procurador-Geral da República – contra o funcionamento do sistema democrático no Brasil em décadas. É o julgamento de um bando de golpistas que atentaram contra a Democracia.
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Vira e mexe, os lulopetistas afirmam que o Mensalão foi uma "tentativa de golpe". É verdade. De fato, o Mensalão foi uma tentativa de golpe. Dos petralhas contra a democracia. Como demonstram as incursões do lulopetismo em política externa, como em Honduras e no Paraguai, eles falam de golpe porque de golpe eles entendem.
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Dito assim, parece o óbvio ululante. Mas o faço inspirado nas palavras do maior beneficiado e – são os fatos que apontam – mandante do esquema. Refiro-me a ele mesmo, o Apedeuta, Luiz Inácio Lula da Silva, inexplicavelmente ausente da denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, como notou o advogado do delator do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson.
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Vamos lembrar. Nos últimos sete anos, Lula apresentou, pelo menos, quatro versões para o que aconteceu. Primeiro negou que o Mensalão tivesse existido. Depois, tentou minimizar o ocorrido, dizendo que era caixa dois e que "todo mundo faz igual". Em seguida, ensaiou um pedido de desculpas em rede nacional e se disse "traído", sem especificar por quem. Finalmente, descobriu que foi uma tentativa golpista da "zelite". Desde então, essa tem sido a linha de defesa oficial do lulopetismo. Entre uma desculpa e outra, tentou safar-se com um "não vi nada, não sei nada" e esperou que acreditassem (e, pasmem, ainda há quem acredite...).
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De todas as versões apresentadas até agora pelo Guia Genial, a última, da conspiração, é a minha preferida. Sim, Lula está certo. Sim, houve uma tentativa de golpe no Brasil. Por parte dos mensaleiros.
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Existe a tendência, bastante simplista, de enxergar a corrupção em termos tão-somente de ganhos financeiros pessoais. O Mensalão não se encaixa nessa categoria. Na verdade, o escândalo foi além disso. Foi uma tentativa de golpe contra a democracia, mediante o acabrestamento do Legislativo. Para tanto, montou-se um esquema gigantesco – e milionário – que envolveu deputados, militantes, publicitários, banqueiros e figuras do submundo da política. Um esquema altamente sofisticado de compra de votos no Congresso, mediante desvio de dinheiro público. Tinha tudo para dar certo, e daria, se um dos membros da gangue – Roberto Jefferson –, inconformado em ser feito de boi-de-piranha após a descoberta do esquema fradulento do PTB nos Correios, não resolvesse chutar o balde e botar a boca no trombone. Como sói acontecer no submundo do crime, foi preciso que um participante da maracutaia abrisse o bico para que toda a lama viesse à tona.
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Por trás de tudo isso, estava não somente a vontade de lucro pessoal – apesar de imagens ridículas, como a dos dólares na cueca, e de alguns membros da quadrilha, como o notório Silvinho Land-Rover, terem se beneficiado financeiramente –, mas, sobretudo, o interesse de um partido e seus aliados de submeterem as instituições políticas do país a seu projeto político de poder. Como nos filmes sobre a máfia – e o PT é uma associação mafiosa –, é a lealdade ao “chefe”, o capo di tutti capi, ou à organização criminosa, o que esteve em primeiro lugar (há inclusive um bode expiatório que se dispõe a ser sacrificado, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares). Tratou-se de uma tentativa de acabar com a independência dos Poderes e instalar, em seu lugar, um regime autoritário, com um Legislativo dócil e submisso ao Executivo – por 30 mil reais mensais a cabeça. Esse sempre foi, aliás, o grande objetivo do PT, que sempre desprezou a democracia. O Mensalão foi, assim, nada mais do que a culminação de toda uma trajetória política, pautada desde o princípio pela idéia de que para “mudar o sistema” todos os meios eram válidos.
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(Claro, sempre há os cínicos ou idiotas, que botam a culpa de tudo no "sistema" e depois vão dormir. Acabo de ler um texto de um simpatizante esquerdista que, citando Hegel, responsabiliza o "capitalismo" pela corrupção petista... Segundo esse esquema mental, os petistas seriam seres puros e angelicais, idealistas que se teriam "desviado" do reto caminho da justiça e do socialismo pelo contato com a política "burguesa"...)
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O julgamento do Mensalão – que os petralhas, ainda por cima, fizeram de tudo para melar e adiar, inclusive com uma tentativa de chantagem de Lula a um juiz do STF – não é, portanto, mais um julgamento sobre um caso de roubalheira nos cofres públicos. É mais do que isso. É o julgamento da tentativa mais descarada e atrevida – como disse o Procurador-Geral da República – contra o funcionamento do sistema democrático no Brasil em décadas. É o julgamento de um bando de golpistas que atentaram contra a Democracia.
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Vira e mexe, os lulopetistas afirmam que o Mensalão foi uma "tentativa de golpe". É verdade. De fato, o Mensalão foi uma tentativa de golpe. Dos petralhas contra a democracia. Como demonstram as incursões do lulopetismo em política externa, como em Honduras e no Paraguai, eles falam de golpe porque de golpe eles entendem.
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