Jaques Wagner, à direita, ao lado do irmão-ditador de Cuba Raúl Castro e de uma sua (dos Castro) admiradora incondicional, em recente viagem à ilha-presídio: vai ver ele foi lá aprender como se lida com grevistas de forma democrática...
Se tem uma coisa que a greve dos policiais militares da Bahia, que acabou recentemente depois de ameaçar espalhar-se para outros estados, provou por A mais B, é que os lulopetistas são um perigo à segurança pública.
Antes de tudo: este blog considera ilegítima e ilegal greve em serviços como saúde, educação e transportes. Greve com gente armada, então, é mais do que isso: é crime contra o Estado Democrático de Direito. Há muitas outras maneiras até mais eficazes de lutar por um maior salário ou por melhores condições de trabalho do que a greve, que deve ser vista como o úlimo recurso para atingir esses objetivos, e não como o primeiro, como geralmente acontece. Quem paralisa serviços públicos essenciais, seja por que motivo for, está prejudicando a população e merece, portanto, cadeia. Piquete armado é terrorismo. Ponto final.
Feita essa observação inicial - que espero ter ficado clara ao leitor -, voltemos ao ponto do primeiro parágrafo. Como afirmei, petistas são um perigo, uma ameaça à segurança do cidadão. Na Bahia, estado governado pelo petista Jaques Wagner desde 2006, a greve da PM - de fato, um motim, com ocupação da Assembléia Legislativa e ações de vandalismo que só podem ser descritas como terroristas - deixou um saldo de 150 cidadãos mortos pela bandidagem em 12 dias em Salvador. Os índices de violência na capital baiana, já alarmantes, triplicaram.
Aí vem alguém e pergunta: e o PT com isso? Respondo com as seguintes palavras. Leiam com atenção:
Em primeiro lugar solidarizo-me com nossos conterrâneos da Polícia Militar do Estado da Bahia, que há aproximadamente dez dias vêm se movimentando juntamente com seus familiares, particularmente as esposas, numa justa reivindicação por melhorias salariais. Infelizmente, a impermeabilidade do Governador do Estado fez com que o Comando da Polícia Militar punisse cerca de 110 militares. (…) Acho um absurdo o atual vencimento dos agentes da Polícia Militar da Bahia, bem como o dos oficiais. Entendo que aqueles que têm por tarefa a manutenção da ordem pública precisam ter uma remuneração condizente com o risco de vida a que se expõem todos os dias. (...)
Gostaram do discurso? São palavras do então deputado federal Jaques Wagner, do PT da Bahia. Ele mesmo, o atual governador. O discurso acima foi pronunciado em 18 de setembro de 1992, e está registrado no Diário do Congresso Nacional. Governava a Bahia na época Antônio Carlos Magalhâes, do PFL, adversário do PT. Entenderam?
E aí? Mudou Jaques Wagner? Mudou o PT? Na verdade, nenhum deles.
O Brasil mudou, mas eles não mudaram. Continuam os mesmos demagogos de sempre, os mesmos irresponsáveis. Estão sempre prontos para mentir e enganar um pouco mais, num vale-tudo para chegar ao poder.
Alguém poderia dizer: mas não é assim que fazem todos? não faz parte da política esse jogo?
Não! A metamorfose do discurso petista não é um simples expediente comum a todos os políticos. É, na verdade, algo muito mais sistemático. Trata-se de um método. Assim como, para os cumpanhêru, a corrupção não é algo simplesmente circunstancial, mas está no próprio sangue, no DNA, é da natureza do lulopetismo adaptar o discurso aos interesses do momento, escarnecendo de qualquer coerência. O que chamam de pragmatismo eu chamo do que verdadeiramente é: picaretagem pura, demagogia barata.
Do mesmo jeito que, na oposição, apresentavam-se como defensores da moral e da ética contra as bandalheiras (a Poderosa diria "malfeitos") dos outros, apenas para revelarem-se, uma vez no governo, os campeões da ladroagem, os petralhas sempre instrumentalizaram as greves para fazer politicagem e chegar ao poder, em prejuízo da população que diziam defender. E para isso sempre contaram com os sindicatos, a CUT etc. Diferente dos demais políticos.
Sem falar que, em matéria de estímulo à desordem, ninguém supera os petralhas. Existe claramente um abuso do direito de greve no Brasil, e os grandes responsáveis por isso são eles, os lulopetistas. Cansei de ver movimentos inconseqüentes e radicais puxados pela companheirada - quase sempre em época eleitoral. Greves estúpidas e inúteis de professores, médicos etc., com o único objetivo de indispor a população com o governo de plantão e fazer proselitismo vagabundo a favor deste ou daquele candidato do partido. Quase sempre os resultados eram pífios e o efeito era o oposto, com o povo se voltando contra os grevistas. Mas, para estes isso não importava: sendo funcionários públicos, não poderiam ser mandados embora - e havia a expectativa de vitória eleitoral, que tudo compensaria. Com a paralisação dos policiais na Bahia, o petista Jaques Wagner está provando do próprio veneno. E confirma-se o seguinte: no estranho mundo mental em que habitam lulopetistas, seus aliados e simpatizantes, greve feita por eles é sempre boa; greve contra eles é vandalismo (e, no caso da greve da PM da Bahia, é mesmo).
E o pior é que os mesmos que descem o cacete nos PMs amotinados de Salvador e em qualquer um que ousar contestar o "jeito petista de governar" acham o cúmulo da arbitrariedade o governo de São Paulo aplicar a lei para desocupar a cracolândia e restituir aos donos de direito um terreno invadido. Teve até um assessor de Gilberto Carvalho posando para as câmeras, todo pimpão e sorridente, dizendo ter sido atingido por uma bala de borracha da polícia tucana na desocupação do Pinheirinho. Na hora de condenar a violência contra os grevistas baianos, porém, esse pessoal some. Tudo que fazem é demagogia eleitoreira, safadeza política da pior espécie. Nojento.
Dois pesos e duas medidas. É assim que boa parte da imprensa se acostumou a tratar as malandragens dos petistas. E é por isso que eles se sentem tão à vontade em mudar de discurso como quem muda de camisa. Os 150 mortos durante a paralisação do policiamento em Salvador foram vítimas da irresponsabilidade e da demagogia sem limites dos que hoje governam a Bahia (e o Brasil). Se incitamento à greve na PM fosse considerado crime no Brasil, Jaques Wagner já estaria na cadeia há muito tempo. Assim como metade dos lulopetistas.
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P.S.: Faço aqui um mea culpa. Escrevi que, com a greve da PM na Bahia, Jaques Wagner estaria provando do próprio veneno. Creio que me equivoquei. Na realidade, quem está provando o veneno do modelo petista de segurança pública é o povo da Bahia. Aí estão 150 mortos em 12 dias para mostrar.
Um comentário:
Mas me diga quando o Brasil foi menos demagogo, seja PT ou PSDB no poder.
Nada de novo por aqui.. mas uma coisa digo, a forma como os policiais foram tratados na Bahia e a ocupação da cracolandia não pode ser comparados, primeiro porque bandido tem que ser preso e viciado deve receber tratamento.
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