quarta-feira, outubro 08, 2008

A FARSA OBAMA


Se Barack Hussein Obama for eleito o próximo presidente dos EUA, será por dois motivos principais:

1) a intensa campanha da grande imprensa norte-americana e mundial, maciçamente engajada em favor do endeusamento de sua figura e da criação de um culto de sua personalidade, que contrasta enormemente com o tratamento dispensado ao candidato republicano, John McCain, e em particular à sua vice, Sarah Palin; e

2) a atual crise financeira que assola os mercados dos EUA e do mundo, cuja responsabilidade é atribuída, em particular, ao governo Bush e, genericamente, ao "neoliberalismo" - e para a qual Obama e os democratas, com sua receita supostamente "progressista" baseada na maior intervenção e controle estatal, teriam a solução.

Esses são os principais trunfos da candidatura Obama. Elimine-os e aposto que, em menos de dois segundos, sua campanha vira fumaça. O que demonstra a fragilidade e o nível de impostura em que ela se fundamenta.

Sejamos francos: o que sustentou, até agora, a candidatura Obama? Certamente, não sua experiência (ele não a tem), nem suas idéias (ele tem slogans, como "Change"), nem a racionalidade de suas propostas (ele propôs, como solução para a questão do Irã, sentar-se para conversar com o maluco Ahmadinejad), mas aquilo que está num vídeo lançado algum tempo atrás pelos republicanos: ele é uma celebridade, e ponto. Melhor: ele foi transformado numa celebridade, devido a um processo de santificação de sua imagem que há muito não se via. Com raras exceções, a imprensa dos EUA - e, por extensão, do mundo como um todo - já elegeu Obama há tempos.

Não vi o debate de ontem entre Obama e McCain, mas sei que, certamente, antes mesmo de este ter acabado, já havia gente nas redações dos principais jornais americanos proclamando a vitória do democrata. Comparem a forma como a imprensa cobre as duas candidaturas. Creio que, a esta altura, já está claro, pelo menos para a minoria dos que pensam, que Obama é uma criação artificial, uma peça de puro marketing, sem qualquer substância, e que se beneficia de décadas de propaganda politicamente correta e esquerdista para passar uma persona de novo Kennedy, ou de novo Martin Luther King (sua confirmação como candidato democrata à presidência foi em 28 de agosto - mesma data do famoso discurso "I have a dream" de Luther King em 1963). Como tal, ele não precisa abrir a boca para ser aplaudido, e seus discursos já nascem "históricos", antes mesmo de serem pronunciados. Qualquer crítica que lhe for dirigida, e mesmo não sendo críticas - como a capa da revista New Yorker mostrando-o como um terrorista - será automaticamente interpretada como uma manifestação de "preconceito" (soa familiar?). No Brasil, quem falar mal de Lula é tachado de preconceituoso e elitista. Nos EUA, quem fizer o mesmo com Obama é racista. Assim como o Apedeuta, Obama não tem eleitores: tem devotos.

O oba-oba criado em torno da candidatura obamista pela imprensa americana só não é maior do que a disposição desta em achincalhar e demonizar a candidatura adversária. Na ausência de fatos escabrosos para atacar o titular, John McCain (o máximo que descobriram até agora foi uma advertência do Senado por um suposto escândalo financeiro de mais de vinte anos atrás), os marqueteiros de Obama passaram a centrar fogo na vice do senador republicano, Sarah Palin. Contra ela, não poupam ataques nem adjetivos injuriosos - "despreparada" e "inexperiente" (como se Obama o fosse!) são alguns dos epítetos mais suaves com que a brindam. Já chegaram a criticá-la até mesmo por ser... mãe! Por essas bandas cá em baixo, a coisa não é muito diferente. A GLOBO, Arnaldo Jabor ("Obama é sexy!")... até a VEJA entrou de cabeça na campanha pró-Obama, macaqueando a "mídia imperialista", antes tão combatida.

Toda essa fúria anti-McCain e anti-Sarah Palin parece servir para desviar a atenção do acobertamento de detalhes obscuros da biografia de Obama, que não são poucos. Sua verdadeira nacionalidade, para não falar em sua religião, por exemplo, é motivo de controvérsia. Recentemente, veio a público - não por acaso, pela boca de Sarah Palin - que quem pagou seus estudos na prestigiosa Universidade de Harvard foi uma associação encabeçada por um ex-militante terrorista do grupo Weathermen ("Homens do Tempo"), que se especializou em atirar bombas e em outros atos de violência nos anos 60. Sem falar no caso até agora mal-digerido de Jeremiah Wright, o pastor da igreja que Obama freqüentou por duas décadas e que ele considerava, até um dia desses, seu mentor e guia espiritual. Obama rompeu publicamente com Wright somente depois de ter vazado um vídeo na internet em que ele, Wright, amaldiçoava, com todas as letras, o país que Obama quer presidir. Tais fatos passaram como um relâmpago pela imprensa, enquanto o "despreparo" de Sarah Palin, e até seus hábitos pessoais e zelo de mãe cuidadosa ("hockey mom", dizem os americanos) são, há semanas, motivo de escândalo e escárnio nos EUA. No caso de Obama, o acobertamento, para usar um paradoxo de linguagem, só falta saltar aos olhos. No de McCain e Sarah Palin, beira a difamação pura e simples.

Não é preciso ter um QI de 180 ou possuir um Nobel de Física emoldurado na sala para perceber que estamos diante de uma monumental farsa, talvez a maior de todos os tempos. O pior de tudo é que se trata dos EUA, e não de uma republiqueta bananeira qualquer, em que esse tipo de coisa é corriqueiro. Que o digam os habitantes de um certo país da América do Sul, governado há seis anos por um sujeito que se elegeu e reelegeu graças a décadas de lavagem cerebral esquerdista e à sua incrível capacidade de embromação.

Quanto ao segundo motivo listado acima, creio que, infelizmente, será o fiel da balança na eleição americana. A crise financeira global é mais um motivo para desconfiar de Obama. Crises como a que os EUA estão enfrentando agora são um prato cheio para demagogos. Gente em geral sem nenhum compromisso senão com o poder vêem em colapsos financeiros como o que ora ocorre uma oportunidade de chegar aonde sempre quiseram chegar, sem muito esforço. A desconfiança tem mais razão de ser quando se vê que Obama escolheu bater em Bush e em sua política econômica "liberal" para responsabilizar pela crise, quando muitos conservadores americanos vêem o atual presidente dos EUA como qualquer coisa, menos um liberal em economia. Mas nada disso importa. O que realmente vale, para os sedentos de poder, é aproveitar o momento, mesmo violentando os fatos. Já vimos esse filme.

Não sei quem vencerá as eleições nos EUA. Provavelmente, Obama. Até porque, o que ele fará da vida se não for eleito para o supremo cargo da maior República do mundo, e para o qual já foi ungido e aclamado antes mesmo das eleições? A Secretaria Geral da ONU já está ocupada. A cadeira do Papa também. Quem sabe o governo mundial das ONGs.

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